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7 • Quem avisa, amigo é.

— Voltaremos em breve, espero que tudo esteja bem com vocês dois. A mãe da Susan melhorou um pouco, a situação já não é mais preocupante. Estão se comportando? Estão comendo direitinho? Espero que não tenham brigado nesse meio tempo — foi a ligação de Robert que recebi. Ele tem ligado religiosamente, e sempre questionado as mesmas coisas. Só falta-me perguntar se tenho escovado os dentes também. 

Contudo, ele nunca diz que está com saudades.

Novembro finalmente nos dá o ar de sua graça, e os céus em Paradise continuam cinzentos, ameaçando derramar sobre nós toda a sua ira. Para piorar o clima de hoje, tudo foi engolido pela névoa, que fez-me recordar de um filme de terror que assisti há algum tempo, sobre uma cidadezinha que é encoberta por um estranho nevoeiro... A Bruma Assassina... era esse o nome do filme.

Deixo Lucy na escola, mesmo que não fosse meu dever. É que senti pena em vê-la caminhar sozinha enquanto adentra este sinistro nevoeiro. Como o aquecedor do carro ainda está quebrado — em parte, por culpa minha por ter acelerado o processo —, Lucy acabou por fazer como eu, e usar um cachecol e luvas de lã. Um observador de fora poderá pensar que estamos exagerando, mas só quem está dentro do meu Lada sabe como o carro está frio pra caramba. Estreito os meus olhos, não conseguindo enxergar nada nesta neblina tão espessa, e dirijo o mais devagar possível. Paradise sempre me surpreendendo de formas inesperadamente ruins.

Assim que chegamos na entrada do colégio dela, Lucy de imediato salta do carro, e coloca sua mochila cor-de-rosa com estampas de gatinhos no banco do passageiro, abrindo-a, e com todo o tempo do mundo, tira o caderno e um lápis cor-de-rosa com borracha em forma de coelhinho na ponta, escreve algo na última folha do caderno, rasgando metade e passando-a para mim.

Observo alguns desenhos nas costas de suas mãos e dedos, feitos com canetinhas coloridas. Rabiscos de borboletas, corações e estrelas marcados em sua pele pálida.

— Sua mãe e o Robert não vão ficar zangados por vê-la "tatuada" desse jeito?

Ela nada diz sobre o que eu acabei de pontuar, e ainda segura o pedaço de papel, balançando-o para mim, incitando-me para que eu o pegue de sua mão. Assim que o pego, ela bate a porta do carro e corre para a escola. 

No pedaço misterioso de papel estava escrito. 

"Não há necessidade em me buscar. Vou pegar carona com a mãe da Hannah. Obrigada."

Ah, ótimo. Agora estamos nos comunicando... por meio de bilhetes. Uma preocupação a menos, eu diria. 

• • •

Tenho de recuperar o conteúdo perdido das aulas. Mesmo com os livros didáticos do terceiro ano em mãos, estou completamente perdido nas aulas, principalmente em Álgebra, L. Inglesa, e também sou péssimo nas aulas de Datilografia, pois sempre tenho a proeza de fazer a fita ficar presa na máquina, ou gastar muito papel pois sempre erro. Ainda estou meio deslocado com tudo isso. Penso em ir até a biblioteca, para apanhar alguns livros para complementar os estudos. Logo, lembro-me que a biblioteca ainda está em reforma, e eu não sei para qual lugar moveram os livros. Pode não parecer, mas eu gosto de estudar. Sinto-me em paz comigo mesmo por não ter de acumular o dever de casa.

— Está perdido, Jaw?

Reconheço a voz de Billy. Abre para mim um sorriso faceiro, preso acima de sua orelha esquerda está um cigarro. Não sei como os professores não dão bronca nele por causa disto. Veste sua inseparável jaqueta esportiva vermelha com mangas brancas, e descobri recentemente que Billy é o capitão do time de basquete. É muito difícil acreditar que ele leve o time a sério, pois nunca o vi treinar uma vez sequer. O que eu estou falando? Eu também não levo nada a sério!

— Estou precisando de uns livros, mas esqueci que a biblioteca está em reforma.

— Jaw é um nerd? Não sabia que você era desse tipo. Por isso se recusou a entrar no time de basquete?

— Não, nada a ver — o olhar de Billy sobre mim faz-me sentir-me como um mané. — Eu disse que precisava de uns livros, mas não tenho interesse em nenhum neles. A professora meio que me obrigou a lê-los. Tem pegado no pé desde que entrei na escola.

— Sim, isso é um saco. É por isso que eu mando algum otário fazer o meu dever de casa. Você nunca me verá sendo um ratinho de biblioteca. Mas ainda quer saber para onde moveram os livros da biblioteca?

Aceno com a cabeça de forma afirmativa.

— Siga-me — adianta os passos na minha frente. 

Sem outra opção, sigo Billy até o outro prédio da escola, tendo de deslocar-nos na neblina. A silhueta de Billy a uma pequena distância de mim o distorce fazendo-o parecer um ser que não pertence a esse mundo. Um monstro de longos braços e cabeça pequena. E eu preciso parar de assistir filmes de terror de madrugada!

Adentramos uma das salas do prédio C da L.M. Alcott High School, o tal prédio também está reforma, mas diferente da biblioteca, as reformas estão paradas. Nenhuma dessas salas estão com as portas devidamente trancadas, e Billy tem zero dificuldade em arrombar uma das portas. Usa uma espécie de grampo para fazer sua traquinagem. 

— Nunca pensei que esse trequinho que a Rachel usa no cabelo realmente seria de todo útil.

— Pensei que iria me levar até os livros, Billy.

— Ué?! E eu estou fazendo isso!

Assim que finalmente abre a porta, sou agraciado com a visão de todos os livros da biblioteca, organizando em montes e montes, abafando a sala. 

— Achou que eu ia ferrar com você? — ele pergunta, um tanto desapontado. — Sou seu amigo, cara. Você precisa parar de ser tão desconfiado e confiar mais nas pessoas.

Talvez, minha paranoia tenha sido muito perceptível. Ele enfia a mão no bolso da jaqueta e oferece-me um cigarro. Retira o cigarro que estava em sua orelha e o coloca na boca. Ele quer matar aula, definitivamente é isso. Olho para aquela tentadora oferta nas pontas dos dedos dele. 

— Eu só ia pegar um dos livros do Edgar Allan Poe e retornar para a sala. 

— Relaxa, Jaw, hoje dividimos o mesmo horário. Estudos Sociais com o infame professor Irwin. Não suporto escutar aquele calvo balbuciar. Aqui, toma — continua a segurar o cigarro na minha direção. — É o presente do seu amigão.

Pego o cigarro da mão dele. Quando vim para esta cidade, não passou por nenhum momento em minha mente que eu pudesse estar cometendo os mesmos erros realizados em Los Angeles. É como se eu estivesse preso em um grande labirinto infinito e circular, aonde somente dou voltas e mais voltas, sem conseguir desapegar de meus vícios.

"O prazer de seus pecados se tornará o seu abismo", escutei um pastor dizer isso uma vez na TV, enquanto zapeava pelos canais à procura de algo interessante para assistir. Desde então, essa frase tem estado cravada profundamente em minha mente.

— Tá, mas vamos fazer isso lá fora. Não quero ser responsável por incendiar nada.

— E você achou que eu seria irresponsável para fumar aqui dentro, Jaw? Poxa, não esperava que você me achasse tão panaca — apesar da voz fingida, acho que Billy realmente ficou chateado com minha nada nobre observação. — Você não ia levar um dos livros do Sr. Poe?

— Acho que eles não vão sair daqui, não é mesmo?

— Menino mau.

Vamos para o lado de fora do prédio, e nos sentamos no chão. Levo meus dedos ao bolso da minha calça, apanhando meu isqueiro verde com um desenho de um trevo de quatro folhas em cor branca, o meu isqueiro da sorte, por fim acendendo o cigarro.

— Isqueiro legal — Billy elogia. — Acende o meu cigarro também?

 Resolvemos matar o segundo e o terceiro horário de aula para fumar cigarros baratos. Apesar de eu demonstrar toda uma calmaria por fora, estou tendo um colapso por dentro. O que raios eu estou fazendo?

— Está chateado com algo, Jaw? — Billy pergunta, enquanto a fumaça do cigarro escapa da sua boca.

— Você não faz ideia — acabo por respondê-lo, mexendo no meu isqueiro, apagando e acendendo suas chamas. — Estou sozinho em casa, bancando a babá da filha da minha madrasta. E até agora a pirralha não disse uma palavra sequer para mim.

O cigarro permanece aceso, a fumaça escapando entre meus dedos, tomando formas espirais. Billy está com os olhos focados no céu, como se estivesse prestes a fazer uma reflexão.

— Essa garota deve estar enciumada — Billy diz. — Acho que ela não aceita o fato de não ser mais "filha única" — ele faz sinal de aspas com os dedos. — Eu tenho irmã, então sei como funciona essas coisas. Se bem que aqui não é o seu caso.

— Ela não é a minha irmã. Eu é quem deveria estar irritado com isso. — protestei. — Fala sério! Ela nem gosta de mim, mas me sinto obrigado a cuidar dela, como se fosse um bichinho de estimação.

— Não esquenta com isso, Jaw. Ei, que tal se dermos uma festa amanhã? Sabe, essa semana tem sido tão estressante... Eu falo com a galera! A gente devia aproveitar que seu pai e a sua madrasta não estão na cidade, e dá uma escapadinha. Eu conheço um chalé no bosque, fica em frente a um lago cristalino. Seria o lugar perfeito para a nossa festinha.

— Como sabe disso? — pego-me espantado com o fato de saberem que Robert viajou.

— É uma cidade pequena, cara. — Billy joga seu cigarro em cima da grama. — Aqui as notícias voam como malditas folhas secas.

Meus dedos percorrem os fios ensebados de meu cabelo. Robert alertara para que eu não fizesse festas em sua ausência. Porém, não estou fazendo festa, mas sendo convidado para uma. Devo riscar essa regra das minhas anotações, pois nunca fui um cara afeiçoado à segui-las.

— Tem uma história bem macabra que ronda o chalé. Dizem que um assassino mascarado matou cinco jovens no Dia das Bruxas. Mesmo nos dias de hoje, ele nunca foi achado.

Meus olhos estão fixos na névoa densa, e anseio que a qualquer momento o assassino da história de Billy irá surgir com sua arma impiedosa e nos ceifar.

— Ficou com medinho? É só uma historinha boba, cara.

— Meio perigoso fazermos uma festa, não acha? — levanto-me, assoprando outra vez meu cigarro. — E como irei para uma festa, sendo babá da filha da minha madrasta lá? Se eu for, tenho certeza absoluta de que a Lucy vai me dedurar.

— É só trazê-la com você.

— Billy, você ficou doido?

— Não precisa se preocupar com isso. Eu posso levar as bebidas e os aperitivos. Peter cuida da música, e a Rachel, do jogo de luzes. Pensando bem, Pete tem um péssimo gosto musical. Melhor eu deixar a Karen cuidar disso. Mas ela tem sido um saco esse dias. Sempre me cobrando atenção, presentinhos e essas coisas melosas que os casais fazem. Por isso arrastei você pra cá, queria um pouco de paz e sossego, e você não é tagarela como ela, o que já é um ponto positivo.

— Não sabia que vocês são namorados.

— E não somos. É que a Karen é um passatempo interessante. Entre ela e a Melissa Courtney, a líder de torcida gostosinha, Karen cede mais fácil, se é que você me entende — pisca um olho para mim. — Ela pode ser chata, mas sabe das coisas.

— Não, não entendi, Billy, e acho que você está brincando com fogo.

— Que chato!  Você está absurdamente sério hoje, Jaw. Então, nossa festinha está de pé?

— Tudo bem — sorrio, enfim, confirmando o que Billy queria. — Amanhã vou para a sua tal festinha. 

— Oito horas!

— Comprem as cervejas e os aperitivos. E mais uma coisa, será somente a gente.

— Não esquenta, Jaw — Billy passa o braço ao redor do meu pescoço. — Acha que a gente por acaso é popular para convidar a escola inteira? 

— Você é meio que popular por aqui, não é? Jogador de basquete, rebelde sem causa, você é um pacote completo.

— Só espero que Pete não invente de querer jogar Dungeons & Dragons durante a festa. Ele é um verdadeiro repelente de garotas. Esse idiota está sempre me envergonhando.

Ah, fala sério! Eu gosto de Caverna do Dragão. Billy não sabe o que diz.

— Se não gosta do Pete, por que então andam juntos?

— Eu sinto pena dele. O coitado não tem ninguém na vida. É um zero a esquerda. Um excluído. Um zé ninguém. Eu estou o modelando a minha imagem. A minha amizade com ele é unicamente um ato de caridade.

Às vezes, penso se Billy também não está querendo se enturmar comigo por pura caridade também.

O sinal toca outra vez. Não acredito que fiquei esse tempo todo com Billy matando aula.

— Vamos, Jaw! É hora do rango. Vão servir pizza hoje. E, quero que você sente com a gente no refeitório. Nada de comer do lado de fora da escola. 

• • •

Quando o último sinal toca, resolvemos nos misturar aos outros alunos que transitam pelos prédios da escola e fingir que nunca matamos aula para fumar cigarros. Vou para o meu armário, completamente deslocado de qual seria o próximo horário após o almoço.

— Onde você estava, Johnny? — era Rachel que falava comigo.

— Você estava matando aula? — Karen levanta uma sobrancelha para mim. — Esse cheiro de cigarro não engana ninguém. Aliás, você viu o Billyzinho por aí? Pensei que ele fosse me dar uma carona hoje, mas tive que pegar o ônibus escolar, e ele sabe que eu odeio pegar ônibus!

— E é por isso que Billy não te suporta... — sussurro o mais baixo que posso.

— O que você disse? — Karen questiona-me.

— Anda, vamos para o refeitório — Rachel puxa o braço de Karen. — Eles vão servir pizza hoje. 

Billy disse o mesmo. Acho que todos estão afobados para comer pizza.

— Estranho que vocês sejam de anos diferentes, e ainda assim, sejam amigas — observo.

— É que a Karen e eu somos do mesmo grupo da Igreja. E sempre fomos amigas desde então. E, também, porque muito em breve seremos cunhadinhas — Rachel fala com muita satisfação a frase final.

Topamos com Mary, no corredor do prédio E, lendo algo enquanto anda distraída. Na verdade, não a reconheci pelo seu rosto em formato de coração oculto pelo livro de capa dura. Suas meias dessa vez não são listradas, usa um par de meias em azul escuros com estrelas amarelas. Veste um blusão preto, novamente maior do que ela e com mangas compridas, cuja estampa é um grande smiley amarelo. Pergunto-me qual ser humano normal tem a proeza de andar, enquanto continua a ler, ao mesmo tempo? Bem, Mary consegue cumprir essa façanha e sem esbarrar nas pessoas. Se detém no nosso caminho, custando a levantar os olhos para nós, com o livro frente ao rosto, seu ato soando como uma espécie de fascinação.

— Hã, queridinha — Karen estala os dedos —, será se dá para sair da frente? Estamos querendo passar.

— A pressa é inimiga da perfeição. — Mary diz, como se recitasse um poema. Assim que abaixa o livro, posso ver claramente seus brilhantes olhos castanhos. — Somos tão jovens, para quê viver às pressas? — fecha o livro.

— Não entendi nada do que você falou, Pastorinha. — Rachel solta um riso forçado.

— Tá chapada por acaso? — Karen indaga em uma voz acusatória.

— É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada. — Mary recita Shakespeare. — Oi, John — Mary sorri para mim, para desagrado de Rachel e Karen.

— Oi. — respondo baixinho, tal qual uma criança que sofre repreensão.

— Está falando com a Pastorinha, Jaw? — Rachel joga seus cabelos ao vento.

— Cuidado. — Karen segura meu braço — Ela vai pegar um tufo do seu cabelo e fazer um ritual de magia para que você se apaixone por ela.

Mary revira os olhos. Com um sorrisinho capcioso, diz de forma nada prudente para as duas garotas agarradas em mim.

— É amigo da Carson e da Watterson, John? — Mary pronuncia com certa gozação. — Ouvi dizer que elas fazem experimentos horríveis nos novatos, transformando-os em mutantes, tal como elas são.

Rachel solta o ar, como se estivesse gravemente ofendida. Karen pisa duro no chão e ambas dão passos largos até a saída do prédio, deixando-me para trás com a Pastorinha. Tento prender um sorriso mas não consigo. Mary conseguiu tirar aquelas duas do sério. Em sequência a tudo aquilo, Lara passa por nós, fungando muito, assoando o nariz com um lenço, enquanto caminha para a cantina, ao lado do tal do Jake.

— Sua amiga está bem?

— Lara ficou chateada porque descobriu que a Via Láctea irá colidir com Andrômeda... daqui a bilhões de anos. Ela é muito dramática, tenho quase certeza de que ela está pensando em fazer o funeral de nossa galáxia.

—  Não está com pressa de ir ao refeitório? Eles vão servir pizza hoje, e pelo que posso perceber, ninguém nessa escola nunca comeu pizza antes.

— Vou ficar com a gelatina.

— Não sei como você consegue comer aquele troço verde — ponho a língua para fora, esboçando todo o nojo que posso. Lembro que tive de comer gelatina por muito tempo quando fiquei internado no hospital... depois daquilo... daquele fatídico dia.

— Gelatina é mais fácil de engolir. Pelo menos, para mim — ela responde calmamente. — Quer se sentar com a gente, John? Acho que a Lara guardou uma cadeira para você. Jake não faz questão de que você sente conosco, mas eu quero muito. Eu vou dar uma bronca nele por causa dessa rivalidade inexistente.

— Não dá! Billy já me convidou para sentar com ele.

— Ah, então você se rendeu ao feitiço da popularidade — Mary tem o tom de voz rouco, como se esboçasse decepção. — Seus novos amigos vão te abduzir para o Lado Sombrio da Força.

— É tão errado assim querer ser benquisto por alguém? Billy e eu já fomos amigos de infância.

— Um amigo que faz o outro matar aula para fumar cigarros escondidos? Não chamaria isso de amizade.

— Isso não é da sua conta, garota! — e como ela sabia desse pequeno detalhe? Nem compartilhamos a aula de Estudos Sociais?!

Mary permanece com expressão completamente desinteressada, ignorando totalmente o que eu disse para ela. Ela continuará se metendo em assuntos que não são seus.

— Você que sabe, Walker, você que sabe. Só tenho mais uma coisa para lhe dizer — olha-me direto nos meus olhos, desta vez, muito séria. — Há um velho ditado que diz: "quem avisa, amigo é".

Ela olha-me um tanto desolada. Juro que não entendo essa garota. Por que se esforçar tanto em cuidar da vida alheia?

— O que foi agora? Tem algo na minha cara? — pergunto, irritado.

— É uma pena. Realmente uma pena. Você tem potencial para fazer coisas incrivelmente maravilhosas.

— E o que seria uma pena? Eu ter potencial para isso?

— Não poder enxergar esse potencial.

Que garota mais sem noção!

A multidão de alunos que preenchia o corredor, mingua, todos em direção a famigerada fatia de pizza da escola. Assim como misteriosamente apareceu, Mary sumiu do alcance de minha visão. Naquele instante, eu tive a leve sensação de que eu deveria ter levado as palavras daquela garota mais a sério.

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