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25 • Unicórnios antes dos garotos

Qualquer partícula de fé que eu tenha, é minimamente esmagada. O que eu mais temo, pode ocorrer a momento, ter de fazer uma gastrostomia porque estou perdendo peso muito rápido, pois não consigo engolir ou comer mais nada. De quarenta um quilos que eu possuía, que já era um peso para lá de alarmante, estou com trinta e cinco. Ou meu maior pesadelo, ter de fazer uma traqueostomia³² porque aos poucos estou perdendo a capacidade de respirar devidamente.

Durante à noite, meus pulmões falharam, e senti que eu morreria pelo simples fato de não conseguir puxar o ar nem pelo nariz ou pela boca. Meus sintomas estão ficando cada vez piores. Obviamente, tia Ellie acordou em alerta, e tio Carl trouxera o nebulizador para mim. Foi uma terrível experiência e isto foi uma pequena amostra do que me aguarda pelo caminho. 

Pela primeira vez na vida, eu estou com medo. Porém, quando recordo-me do Infinito Amor de Deus por mim, e mesmo em tantas tribulações Ele ainda demonstra o Seu amor por mim, sinto-me imensamente grata. Nunca temi a morte, mas temo deixar sofrendo aqui na Terra todos aqueles a quem amo.

— Tia Ellie, por acaso viu em algum lugar o meu suéter de arco-íris? Não estou encontrando-o em parte alguma. 

Lanço para o alto e para os lados todas as minhas peças de roupas que estavam amassadas e empurradas no fundo do meu armário de cerejeira. O chão do meu quarto está uma verdadeira zona. Tem calças, camisas, saias e vestidos, todos jogados ao chão, pois estou em busca de meu adorado suéter de listras coloridas. 

— Menina, que bagunça é esta? Um furacão passou por aqui? Mary, você não é desse jeito! — tia Ellie até tenta me dar bronca mais não consegue, pois parece divertir-se mesmo perante à tamanha desordem. — Seu suéter está no cesto de roupas limpas.

Humm... já posso imaginar ter de usar o meu suéter limpinho e com cheirinho de amaciante de flores. É um dos pequeninos prazeres que a vida ainda reserva a mim.

— E para onde a mocinha vai com tanta pressa? 

— Ué?! Vou para a escola — anuncio com um sorriso estrelado. — Hoje vamos ao Observatório do Oregon.

— Por acaso é aquele observatório que fica em Sunriver?

— Esse mesmo.

— E que fica a uma hora daqui?

— Sim, senhora.

— E a mocinha quer ir para esse passeio assim mesmo? 

Aceno com a cabeça, em um fragmento de esperança para que a tia Ellie permita que eu vá para a excursão em Sunriver.

— Não lembro de ter assinado nenhuma autorização de viagem. Carl, venha já aqui agora mesmo!

Apesar de eu já possuir dezoito anos completos, ainda assim, preciso de uma autorização assinada pelos meus responsáveis para a excursão escolar, devido à fragilidade da minha atual condição. Seria muito irresponsável por parte da escola transportar uma garota com a saúde quase debilitada.

Tio Carl aparece, completamente calmo, como se a tempestade chamada "tia Ellie" não pudesse abalá-lo de forma alguma.

— Está sabendo a respeito desta excursão escolar, Carl? Porque, pelo o que eu sei, nenhum papel de autorização passou pelas minhas mãos.

— Eu assinei a autorização da Mary, meu bem — meu tio explica, com um sorriso amigável no rosto.

Meus tios são o exato oposto um do outro. Tia Ellie é muito esquentada, demasiado preocupada comigo, como se eu fosse estilhaçar-me diante de seus olhos a cada decisão equivocada que tomo. Já o tio Carl, é um homem de temperamento tranquilo, e ele quer que eu aproveite cada mínimo segundo que me resta. Não direi que ele é um homem que gosta de atender os meus caprichos, mas diferente da tia Ellie, ele quer eu seja feliz fazendo tudo o que gosto, ao invés de minguar trancada em meu quarto, contando as horas para a doença paralisar cada pedaço de mim.

— Mas, Carl, a Mary, a nossa Mary... oh, pobrezinha dela... 

— Querida — tio Carl aproxima-se, tocando o rosto dela com suavidade —, Mary estava esperando por essa excursão há muito tempo. Ora, a escola tem o nosso telefone, e caso algo aconteça, nós seremos os primeiros a saber. Temos de dar um voto de confiança para Mary. Sei que você está preocupada com ela, e está tudo bem com isso, pois eu também estou preocupado, apesar de não parecer, mas trancafiá-la em casa e não permitir que ela desfrute suas experiências de vida é um pouco cruel, não acha?

— Oh, mas a excursão fica a uma hora daqui, Carl — tia Ellie, pequenina como é, repousa a cabeça no tórax de tio Carl, recebendo o afago dele. Somente ele para acalmá-la. — Se pelo menos essa excursão não passasse de Paradise...

— Eu vou ficar bem, tia Ellie. Eu juro, juradinho.

— Estou indo buscar o seu suéter de arco-íris, Mary — tia Ellie diz, em uma voz embargada, pegando a minha mão com quebrantável apreço.

• • •

A excursão da escola foi mudada para muito antes do Dia do Fundador da cidade (que é justamente o dia primeiro de abril, quer você acredite ou não), e para não ter de arrastar os alunos em pleno feriado para uma excursão escolar em outro lugar, até porque certamente uma multidão de alunos desaprovaria tal coisa, ajustaram o calendário.

E, aqui estamos nós, em plena sexta-feira do dia 29 de março, às 9h00, no estacionamento da L. M. Alcott High, esperando o famigerado — e nada novo — ônibus escolar em amarelo-girassol, que nos levará para Sunriver. Para o Observatório do Oregon. 

As palmas das minhas mãos estão formigando de ansiedade. Eu quero muito ir para o observatório. Sinto que será uma viagem e tanto.

Arrumei a minha mochila com uma garrafinha de água, minha caixinha de remédios, caneta e caderno para anotar tudo o que aprenderei no observatório. 

— O motorista está atrasado — Jake diz, sentado em cima do capô de sua caminhonete, com o rosto voltado para o céu, como se estivesse tomando um banho de sol... embora o céu esteja nublado. Ele veste uma camisa cinza, e por cima desta, uma camisa de flanela vermelha, da qual deixara aberta. A calça jeans dele contém alguns rasgos na parte da frente, assim como a minha calça.

— Conseguiu mesmo convencer a sua tia, hein? — Lara cutuca-me com o cotovelo. — Seu poder de persuasão é incrível, Mary. Eu queria ser como você com todo esse poder de convencimento. Quase que a minha mãe não me deixou vir com essa roupa. Disse que era muito "escandalosa".

Lara está uma graça com este casaquinho em quadriculado cor-de-rosa, além da bermuda jeans, que eu não faço ideia de como sua mãe aprovara (pois a mãe da Lara consegue ser muito mais rígida do que a minha tia Ellie), pois a bermuda da minha amiga está um tanto curtinha. Ela fez uma franja que combina demais com sua personalidade adorável.

— E para quê você trouxe uma mochila tão grande, Lara? — Jake pergunta, ainda com a face para cima.

Agora que ele falou, observo a monstruosa mochila jeans, com retalhos de corações vermelhos, nas costas de minha amiga. Lara sempre é precavida. Um pouco até demais, eu diria.

— Ora, eu trouxe tudo o que é necessário para uma garota como eu, porque nunca se sabe o tipo de apertos que vamos passar — ela responde, embora eu ache que Lara tenha se sentido um pouco insultada, e cita todos os itens que está na mochila. — Na minha mochila tem: colírio, brilho labial, rímel, protetor solar, barras de cereal, barras de chocolate, chicletes de menta, uma garrafa de água, repelente para mosquitos, um mapa, óculos de sol, uma capa de chuva, uma manta, desodorante, uma escova de dentes, uma escova de cabelo, lenços umedecidos, uma lanterna e as chaves da minha casa.

— Caramba, garota, estamos fazendo apenas uma excursão até Sunriver, e não uma viagem para o Canadá — Jake diz, embasbacado com as coisas que Lara carrega consigo, e tenho de concordar com ele.

— Não pode aprisionar o meu espírito de aventureira. Eu já fui escoteira, sabia? — Lara diz extremamente orgulhosa.

— E não teria uma câmera filmadora nessa mochila, teria? — Jake pergunta à ela, em tom de gozação.

— Ah, não! Eu sabia que tinha esquecido algo — Lara lamenta-se. — Esqueci de pedir emprestada a câmera do papai.

Acho que Lara não entendeu que Jake estava sendo sarcástico com ela.

— Olha só quem vem vindo aí — Jake escorrega do capô de sua caminhonete, mirando os olhos no carro antigo que adentra o estacionamento da escola.

O motor barulhento do carro de John anuncia escandalosamente a sua chegada. Ele sai do carro, e anda até nós. Carrega a mochila em apenas um ombro, e ao redor de seu pescoço, está os fones de ouvidos amarelos de seu walkman. Usa uma jaqueta jeans, e em suas costas encontra-se bordada a bandeira dos Estados Unidos. Diferente de outros dias, ele não se intimida mais com os olhares dos oitenta e oito alunos que também estão a esperar o ônibus da excursão.

— Já são quase 9h30. O ônibus ainda não chegou? — John pergunta.

— Óbvio que chegou, não está vendo-o? É um ônibus invisível — Jake fala.

— Tão engraçadinho, Benson. Já pensou em ser comediante? — John aperta os lábios e franze a testa.

Não demora muito e finalmente o ônibus chega sob uma enorme ovação dos alunos, iniciando-se assim uma correria para quem sentaria nos melhores lugares do ônibus. Nem atrevo-me a correr. Jake parece ser o mais afobado de todos, e sai em disparada, talvez, rumo a guardar lugares para nós. 

O professor Kent por fim põe um fim na baderna desenfreada dos alunos, e tardiamente ordena que todos os alunos do segundo e terceiro ano fiquem em fila única. O restante que ficasse, disse ele, teria que esperar o segundo ônibus que estava por vir.

Lara mal consegue andar rápido diante de tamanho peso em sua mochila, e como uma verdadeira ajuda vinda dos céus, John trata de puxar a mochila dela — de forma muito gentil —, tomando-a da garota de óculos, e apoiando uma das alças da mochila dela em um de seus ombros.

— Não precisava me ajudar, John! Eu consigo dar conta de carregar a minha própria mochila! — o rosto de Lara está corado por debaixo da armação de seus óculos. Procura de alguma forma, tomar de volta a mochila que está em posse de John.

— É óbvio que precisa de ajuda. A sua mochila está quase rasgando o fundo. E a propósito, o que tem aqui dentro? Pedras?!

— Claro que não! Estou levando...

— Segredos de menina, Walker — detenho Lara antes que ela cite todos os seus itens muito bem catalogados outra vez.

Sorrio daquela situação, embora, eu tenha uma leve desconfiança de que a minha melhor amiga esteja sentindo uma quedinha por John. Quem sabe, seja apenas suspeita vinda de minha parte. Lara me contaria se ela estivesse gostando de John Walker. Eu acho... Ah, ver esse tipo de cenário (meus amigos em um provável romance) me faz querer bancar o papel de cupido.

— Ei, guardei os assentos de vocês — Jake grita com a cabeça do lado de fora da janela do ônibus. — Mas andem logo, porque estou em uma disputa acirrada com a Erika Ferrera. Ela quer saber por que estou guardando quatro lugares!

— É um exibido mesmo — John desacelera os passos, ficando ao meu lado. — Acho que ele vai querer nosso agradecimento eterno por esse gesto.

— Jake não é assim — defendo o meu amigo. — E você escutou-o. Ele está guardando quatro lugares. Um deles é para você.

— Acha mesmo?

É a nossa vez de adentrarmos o ônibus e John deixa a mim e Lara passar em sua frente.

— Primeiro as damas — John diz.

Quando Lara passa por mim, percebo a vermelhidão desaforada em seu rosto de traços gentis. Se continuar a agir dessa forma, John, a minha amiga vai realmente cair de amores por você.

Andamos pelo corredor estreito do ônibus em direção ao Jake, que sentiu alívio por nós finalmente estarmos ali, pois assim Erika Ferrera pararia com sua discussão desnecessária sobre os assentos reservados. John devolve a mochila para Lara, e rapidamente, ela trata de sentar-se ao lado de Jake, o que parece deixá-lo um tanto desapontado. 

— Lara, você não ia sentar perto do John? — questiono-a.

— Não! E por que eu iria sentar ao lado dele, Mary? — Lara apoia os cotovelos sobre a montanhosa mochila. — Estou na melhor parte do ônibus. 

Eu, por outro lado, sem alternativa, sento no banco atrás de Jake e Lara. Fico do lado da janela e John senta-se ao meu lado.

— É... você tinha razão, Marshall.

— Eu não disse? Um banco reservado especialmente para você. 

Uma latinha de refrigerante vazia bate na parte de trás da cabeça de John, garantindo a risada do restante dos alunos do ônibus. Foi de propósito. Fico furiosa com aquilo, e logo descubro quem era o autor de tal ato reprovável. Peter Grant, a cópia carbono de um dólar e noventa e nove centavos de Billy Carson. Karen, tão pálida quanto da última vez em que eu a vi, gargalha como uma hiena do que Peter acabou de fazer, e ambos olham com desprezo para John. Estão apenas eles dois, e nada de Billy junto a eles. E fico contente por não ter de encarar aquele valentão de novo.

— Algumas pessoas realmente desceram o nível — Peter diz, gargalhando.

— Do clube dos bacanas para o clube dos bananas — Karen complementa.

Jake automaticamente encara por cima do assento, ficando de joelhos sobre o mesmo, Karen e Peter a sentarem-se no fundo do ônibus, ainda rindo aos montes.

— Que audácia — Jake exclama para mim e para John. — "Nós" somos o clube dos bacanas! — e retorna a sentar-se depois que o professor Kent lhe dá um sermão.

Depois que o professor Kent repassa as regras — tais sobre não fazer barulho, não andar no corredor do ônibus enquanto o mesmo estiver em movimento, não ficar em pé sobre os assentos, e não colocar a cabeça para fora das janelas —, o ônibus parte, levando-nos para o desconhecido.

— Já passamos pela torre d'água da cidade — algum aluno grita no ônibus. 

Contemplo a velha torre d'água da cidade, que em verdade era apenas uma estrutura muito alta com armação de ferro, com uma caixa d'água no topo com o nome "Paradise" escrito em azul. Estávamos saindo da cidade. Não havia mais como voltar, e eu não estava nenhum pouco a fim de regressar. 

John está quieto ao meu lado. Mesmo ardendo em uma curiosidade mórbida para lhe perguntar a respeito de Bonnie Tyler (sim, a porcaria da informação duvidosa de Billy ainda permeava em minha mente), não acho ser ético, e nem mesmo, adequado questioná-lo em um ônibus cheio de alunos tão barulhentos sobre um assunto tão íntimo. Seria desprezível de minha parte, e nada sensato, trazer à tona um assunto que eu sei que somente traria dor a ele. 

Tamborilo os dedos sobre a mochila em meu colo, sem tirar os olhos do panorama que passa distorcido, como várias pinceladas rápidas, manchadas de verde e azul. Ao meu lado, John abre a sua mochila, e percebo sair dela uma cabeça branca, com crina cor-de-rosa e um chifre saliente. Por que ele teria um unicórnio de pelúcia na mochila?

— Ei, não me olhe desse jeito, Marshall. Esse bicho de pelúcia tem uma história longa e confusa.

— Sou todo ouvidos. Preciso de uma história que me distraía da viagem.

— Aconteceu quando saí ontem para comprar Tic Tac's, e confesso que estou seriamente viciado nesse trequinho... Enfim, eu vi do lado de fora do mercadinho, uma senhorinha que estava com extrema dificuldade em atravessar a rua. Poxa, eu não tenho coração de pedra, e fiquei com muita pena dela. Logo pensei "e se fosse a minha avó?" E, também, estava começando a chover. Esqueci imediatamente de comprar os Tic Tac's, e corri, munido do meu guarda-chuva, até a senhorinha. Ela ficou muito agradecida com a minha atitude e não parava de apertar as minhas bochechas. Acredite, estão doendo até agora. Dei o meu guarda-chuva de bom grado para ela, e em troca, ela me presenteou com um dos bichinhos de pelúcia que ela levava na sacola. Justo um unicórnio. Não sei por qual motivo ela fez isso, mas a minha mãe me ensinou que é muito feio recusar presentes. Tentei entregá-lo para Lucy, mas ela me disse "dê para a Mary", e aqui está. É para você.

Entrega-me o unicórnio de pelúcia. É tão fofo e pequenino que cabe na palma da minha mão. 

— Ainda acho que é o bichinho de estimação perfeito para você, pois aposto que sua tia não será contra. Mais um item riscado da lista de desejos?

Assinto sem relutância.

— Vou zelar com todo o carinho do mundo por esse presente.

— Então, está contemplando o seu "grande milagre", certo? Afinal, você me disse que queria ver um unicórnio.

— Meu "grande milagre" não tem nada a ver com unicórnios, John. E este daqui não vale pois é inanimado, no entanto, valeu a tentativa mesmo assim.

Volto-me para a janela, apertando o pequeno unicórnio contra o meu peito. Lembrarei de escondê-lo das vistas da Lara, pois ela pode entender o presente de John de forma errada. Tudo o que eu mais queria era o silêncio. Todo esse vozerio está perfurando os meus tímpanos.

De modo repentino, John coloca seus fones de ouvido amarelos sobre meus ouvidos, e como se ele adivinhasse que estou aborrecida com toda a gritaria estridente e algazarra anárquica dentro do ônibus. Eu aproveito o passeio ao som de Out of Touch³³. 

A nossa viagem para o observatório tem algumas paradas desnecessárias. Primeiro, foi porque Hazel Biss estava chorando porque sua câmera Polaroid havia voado pela janela enquanto ela tirava fotos das paisagens, e após, paramos no ponto mais próximo pois Karen Watterson estava fazendo o maior escândalo, pois queria descer urgente do ônibus para vomitar.

Foi uma longa viagem até Sunriver.



˚ . ˚ . * ✧🌌🌠✧˚ . ˚ . *

💫Nota 32: A traqueostomia é um procedimento cirúrgico, no qual é feito uma abertura frontal na traqueia do paciente. Essa é uma parte do corpo humano localizada entre a laringe e os tubos bronquiais. Basicamente, sua função é levar o ar até os pulmões no processo de respiração

💫Nota 33Out of Touch é uma canção dos artistas Hall & Oates, lançada em 1984.


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