Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

22 - algo para ficar

arte: @boom_sate225 | twitter

Ash

Eu não tinha certeza se estava respirando. Precisava chegar até ele, atravessar aquele pequeno quarto e impedir que meu mundo acabasse. Nada mais importava. O barulho do trânsito abaixo nem sequer era captado pelos meus ouvidos enquanto angústia, como jamais conheci, esmagava meu coração. 

- EIJI, NÃO!- a suplica me escapou, aguda. 

Vidro estilhaçou no chão e ele hesitou, atendendo meu pedido desesperado ao afastar-se da janela escancarada. Eiji girou os calcanhares e nossos olhares se encontraram, puxá-lo para perto foi automático.  

- Desculpa, eu...não queria que você visse isso.- Okumura praticamente desmanchou no meu embrace.

Como chegou a esse ponto? Eu devia ter prestado mais atenção nele.

Quis tanto acreditar que ele estava melhorando que perdi os sinais. 

- Tá tudo bem, você está aqui.- passei por cima do meu pânico e tentei oferecer algum tipo de consolo.

Afaguei os fios pretos com cuidado e ignorei a urgência de gritar para que nunca mais me assustasse assim. A adrenalina ainda corria pelas minhas veias, bagunçando meu raciocínio...mas, por algum milagre, a necessidade de acalmá-lo conseguia ser maior. 

- Eu só to tão cansado, Ash- sussurrou fraco, tremendo conforme os soluços se intensificavam- Não aguento mais ser um fardo para todo mundo. 

- Eiji, você nunca foi um fardo na vida de ninguém...você é importante.

Principalmente para mim.

Bem mais do que eu imaginava ser capaz de considerar alguém.

- Como não?! Tudo isso é minha culpa, Cole está morto por minha culpa. Seria bem melhor se eu desaparecesse de uma vez.

- Não fala uma coisa dessas como se realmente acreditasse- disse, cerrando o punho em frustração- Só tem um culpado nessa história.

É injusto que ele se sinta responsável por isso...Eiji foi quem mais perdeu naquele dia.

Okumura se desvencilhou do meu peito e segurei seu queixo de leve. Ergui sua face para perto da minha e estudei os escuros olhos, irritados pelo choro. Palavras não seriam suficientes para transmitir o que eu queria...então teria de servir.

Acariciei o rosto magro e limpei as lágrimas com o dorso de minha mão, desejando que ele encontrasse algo para ficar. Que se agarrasse a qualquer resquício de esperança forte o bastante para fazer toda essa dor valer a pena.

Eiji apenas me fitou sereno, como se finalmente conseguisse escapar do estado de pânico, e relaxei a postura ao contemplar a mudança de semblante. As linhas de preocupação estavam  abandonando seu semblante quando um raio cruzou os céus e quebramos o contato visual pela surpresa. Meu corpo reclamou da distância instituída quase imediatamente.

- O que é aquilo?- Eiji repentinamente indagou, apontando para a sacola que derrubei ao entrar no quarto.

- Ah, eu tinha até me esquecido- massageei a têmpora, rindo- Era o seu presente de aniversário.

- Meu Deus- ergueu as grossas sobrancelhas, curioso- Será que quebrou?!

- Relaxa, foi melhor assim. Eu não sou bom com presentes.

- Impossível, a culinária é sua única falha- brincou, numa tentativa de descontrair o clima- O que você tinha comprado?

- Um globo de neve...de Tokyo- cocei a nuca, envergonhado por ter escolhido algo tão simples- Eu queria comprar um da sua cidade, só que não encontrei nas lojas daqui. Aí pensei em pedir online, mas não ia chegar a tempo. 

- Poxa, devia ser lindo. Desculpa por estragar isso também.- Okumura lamentou e algumas gotas de chuva invadiram o cômodo, molhando seu futon.

- Eiji...você tem que parar de pedir desculpas pelo o que não está no seu controle. Caiu porque eu tinha algo mais importante para segurar na hora, não foi sua culpa.

- Tá bom- sorriu, com os olhos puxados lacrimejando novamente- Promete que vou ganhar outro?

- Prometo.- garanti, espelhando seu sorriso.

Uma coleção inteira de globos de neve, se for preciso.






Observei os prédios se dissiparem com a velocidade do carro, escorado na janela manchada pela chuva que se agravava. Eiji dormia pacificamente em meu ombro, imune aos ruidosos relâmpagos afora, e Arthur me encarava desconfiado de seu banco.

A lembrança do ensaio na semana passada nublava minha mente, repassando a maneira como ele me defendeu daquele diretor e meu orgulho não se feriu. Okumura parecia prestes a socar o babaca depois dele sugerir que eu pulasse o almoço para tirar as próximas fotos. 

Deve ter sido a primeira vez que eu o vi tão irritado com alguém e a memória fez com que meus lábios se curvassem num sorriso discreto. Eiji provavelmente não fazia ideia, mas mesmo em seu estado mais frio...conseguia ser caloroso com sua gentileza.

Notei como a minha atitude mudava na presença dele e o conceito de impossível era maleável caso ele precisasse de alguma coisa. Ah, eu estava apaixonado e inevitavelmente condenado. O medo que me consumiu diante da possibilidade de perdê-lo mais cedo, confirmava essa teoria com todas as letras.

Era como se tivessem anunciado que os paraquedas estavam quebrados e eu aparecesse para saltar de bom grado. Não que eu questionasse minha escolha. Se tivesse que acontecer com alguém, fico feliz que seja ele. O problema era que...nunca seria reciproco. 

Eu sempre seria o único enfrentando a queda.

Expulsei o pensamento deprimente e me convenci de que, considerando o meu passado, estar ao lado dele já era mais do que eu merecia. Entramos no estacionamento da agência e abri o celular para avisar Valerie que chegamos. 






Eiji

No momento que pisei fora do elevador, confete estourou e a equipe inteira apareceu para cantar parabéns para mim. Jessica segurava o bolo enquanto Valerie obrigava Leon a usar o chapéu de aniversário e Shorter filmava a cena com um largo sorriso no rosto. 

Max exibia um cartaz com meu nome e idade escritos em um glitter azul. Não consegui conter a risada depois de vê-lo. Sing assobiou alto no meio da bagunça, ganhando um olhar de censura da Jess. Lynx permanecia à minha direita, batendo palmas junto ao coro. 

Rondei a recepção com meus olhos e absorvi os pequenos detalhes que fizeram questão de decorar. Os balões cuidadosamente espalhados e a sequência de fotos penduradas numa especie de varal. Eram fotografias tiradas nos meus últimos ensaios com Ash.

E pensar que tiveram todo esse trabalho por mim.

Randy se aproximou para que eu apagasse a vela e entreabri a minha boca para agradecer na sequência. Ela entregou o bolo para Sing colocar na mesa de centro e o time formou um circulo ao meu redor. Felicidade e um senso de pertencimento me preencheram, mas a pontada de culpa por ter tentado morrer horas atrás ainda estava presente. 

- Não se atreva a dizer que não precisava, Eiji Okumura.- Jessica antecipou minha fala e eu balancei a cabeça em negação, ainda sorrindo.

- Eu tenho muita sorte de ter vocês- reformulei a frase e os sete me envolveram num abraço apertado- Agora vocês estão me sufocando!



nota da autora:

- não esqueça de votar e comentar, isso ajuda bastante a promover a história -

- Ash finalmente percebeu que está apaixonado! Gostaram da perspectiva dele?

- Esse cap tá repleto de depressão, mas aliviei no final...dessa vez, terminei sem matar vocês de curiosidade. Eiji merece um pouco de paz no aniversário.

- No próximo vou avançar na investigação e me esforçar para deixar vocês suspeitando de todo mundo novamente. Preparem os corações.


Obrigada por lerem! amo vocês <3

[link da playlist na bio]

tiktok: japadreams | insta: japa_dreams

youtube: amanda hikague



Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro