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2 - rosa no inverno

- Temos novidades, Sr. Okumura.

Me acomodei na cadeira a sua frente e assenti para que continuasse, encolhendo o meu corpo sob a sala que me trazia tantas memórias indesejadas. Nesse mesmo escritório, a crise de choro me impediu de contribuir com o interrogatório no dia de seu assassinato e assim, tive que retornar na semana seguinte. Foi aqui que a minha ficha começou a cair e percebi que Cole não voltaria. Afastei o pensamento e respirei fundo, aqui não era lugar para perder a cabeça.

- Nós confirmamos que você está livre das acusações.- meu coração palpitou levemente ao ouvir, o mais próximo de alívio que cheguei a sentir recentemente e entreabri a minha boca para tentar perguntar mais- Não, não podemos revelar mais informações.

Claro que não...melhor eu ficar satisfeito em saber que não sou mais um suspeito.

- Devo lembrar também, que ainda não pode sair do país, Okumura.- o delegado pontuou, vendo que eu pretendia me levantar.

- Eu não sairia.- ergui um pouco o queixo e fui sincero ao manter o tom firme- O senhor já acabou?

- Ainda não.- ele respondeu e eu afundei na cadeira novamente.

- Como você sabe, já se passaram 3 meses desde o crime e infelizmente não conseguimos avançar nas investigações.- gesticulou casualmente ao me fitar e eu engoli em seco- Vamos transferir seu caso para outra pessoa, o delegado Blanca. Ele tem uma boa taxa de sucesso em seus trabalhos, estará em boas mãos.

- Tudo bem, obrigado.- repliquei com um aceno de cabeça e ele me dispensou educadamente.

Espero que consigam resultados dessa vez.

Os guardas do meu apartamento me esperavam na calçada da delegacia e logo eu estava encostado em um dos extremos do banco de trás no carro. Estava quase cochilando até meu celular vibrar com mensagens novas. Espiei o contato que me enviava o sms e desbloqueei a tela num suspiro, esse eu infelizmente não podia ignorar.

-

J.R - 17h05: Me encontre no lugar de sempre.

E.O - 17h06: Estou cansado, não pode ser por ligação?

J.R - 17h06 : Não, é assunto de trabalho. Já fiz a nossa reserva.

E.O - 17h07 : Ok, estarei lá.

-

Instruí quem estava no volante para me deixar algumas quadras antes do apartamento e fizeram como eu pedi, mas o segurança loiro de semblante fechado ficou encarregado de me acompanhar. Dei ombros e enfiei os meus dedos nos bolsos do jeans, o tempo esfriara e uma brisa congelante ameaçava irritar minha pele. Peguei o elevador e subi até o 65° andar do Rockefeller Center.

Falei meu nome para a atendente e tive que aturar o olhar de pena ela que me dirigiu, esqueci o quão exaustivo era lidar com a influência da mídia no caso. Eu tinha a vantagem de não ser reconhecido facilmente, fotógrafos raramente eram marcantes o suficiente para serem associados pela sua aparência. Ainda assim, o nome nos identificava e por isso, eu não conseguia mais escapar da fama que um dia tanto almejei. Ficar em casa me poupava destas coisas, entretanto.

Tanto faz, vou ver o que ela quer e fugir daqui o quanto antes.

O Sixty Five remanescia exatamente como eu me recordava, disputado e de alguma maneira, aconchegante por ser aberto. A vista do Empire State ainda arrancava sorrisos admirados dos visitantes e uma pontada de inveja surgiu ao perceber que a paisagem que eu tanto amava simplesmente perdeu a graça para mim.

No momento Arthur, o policial que ficou responsável por mim, esperava numa mesa distante e circundava o perímetro com seu olhar. Minha chefe estava atrasada, como de costume, e um garçom me servia um copo de água enquanto eu rolava lentamente pela minha timeline do twitter.

Eu sabia que ela iria demorar e estava começando a me sentir sufocado com o movimento que crescia, queria mesmo ir embora. Incomodado com o balançar das minhas pernas ansiosas, avisei Arthur que iria ao banheiro e pedi que me desse um pouco de privacidade. Ele hesitou em aceitar, porém, cedeu depois que eu garanti que seria rápido. Fui atrás do ingresso com a câmera fazendo peso em meu braço esquerdo.

Após passar pelo detector de metal, minha mente finalmente se acalmou ao pisar no topo do prédio. Sem as grades ou vidros para cercar o ambiente, as cores do pôr do sol tingiam toda a cidade em tons de laranja e o vento ruía em meus ouvidos quando o mundo ao meu redor subitamente se calou.

Agasalhado com um sobretudo bege que esvoaçava às suas costas, os dourados fios escorridos escapavam ao se mesclar com a imensidão de construções abaixo. Para mim, foi como ver uma rosa que se recusava a ceder em meio a um severo inverno. O inverno que me fazia enxergar tudo cinza desde a sua partida. Era como se ele implorasse para ser fotografado e a vontade de cristalizar beleza em fotos me arrebatasse mais uma vez.

Como se o fotógrafo em mim tivesse despertado de um longo coma, eu sentia que a mais viva das paletas fora selecionada para pintar o que estava em minha frente. Não me permiti raciocinar e puxei a minha máquina fotográfica, ajustando o ângulo com a mesma facilidade que eu tinha para respirar. O flash, por sorte, estava desligado...o problema foi o barulho de tirá-la. Piscando diversas vezes para associar o que eu fiz, baixei a câmera e fui devorado pelos olhos esmeraldas do loiro, que exibia uma feição nada satisfeita.

Não posso simplesmente sair fotografando estranhos por aí...Deus.

- O que vai fazer com essa foto?- indagou, arqueando uma das claras sobrancelhas.

- Eu...desculpe.- envergonhado pela situação, tive que desviar o olhar- Pode apagar, se quiser.- entreguei a câmera em suas mãos.

- Cara, você é bom nisso.- sua expressão se suavizou com a minha reação e seus lábios se curvaram num sorriso discreto- Qual o seu nome?

- Eiji Okumura.- para o meu espanto, ele apenas assentiu- Eu costumava trabalhar com fotografia.- quis justificar ao me esquivar do elogio.

- Por que parou, Eiji?- me devolveu a câmera e parecia sincero ao questionar.

Não sabe sobre a tragédia, então.

- Longa história.- cortei com o tom mais educado que pude, não queria mesmo ter que explicar isso a um desconhecido.

- Bom, se decidir voltar, me ligue. Estou precisando de emprego.- me deu um tapinha no ombro e colocou um papel em meu bolso de trás.

É sério? Confiaria no meu trabalho mesmo eu tendo tirado fotos sem a sua autorização?

Ele com certeza conquistaria a atenção da mídia, sua postura era boa e confiante. Os traços de seu rosto pareciam ter sido moldados para pertencerem a uma celebridade, principalmente o fino nariz arrebitado. Era arriscado avaliar seu porte físico sob as camadas de roupas de frio, mas era seguro dizer que entraria nos padrões de diversas marcas.

Daria um bom modelo, pensei...e imediatamente me arrependi por sequer considerar. Minha carreira acabou com Cole, arrumar um substituto seria como trair a sua memória. Devo todo o meu sucesso a ele e mesmo que eu jamais mostrasse interesse romântico, eu não mais tinha capacidade para me reerguer profissionalmente sabendo que Cole não cresceria ao meu lado.

- E qual o seu nome?- falei por cima do ombro, ele já se dirigia para a saída.

- Ash Lynx.- acenou como despedida.

- Foi um prazer em conhecê-lo, Ash.- devolvi o aceno, era um nome interessante.

-Sr. Okumura!- Arthur estava ofegante ao me chamar do elevador.

Merda, demorei demais.



nota da autora:

- não esqueça de votar e comentar, isso ajuda bastante a promover a história -

- E aí, será que o Eiji vai mudar de ideia? Quem é a chefe dele e que assunto de trabalho eles tem para resolver?

- Espero que tenham gostado da primeira interação deles. Eu estou amando escrever essa fic! Ótimo final de semana para todos vocês.


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