Hey, boa leitura bbs ❤️

– Lucy Somers, você aceita casar comigo? 

A mulher não respondeu, mas se jogou nos braços do namorado. O beijou apaixonadamente e finalizou com vários "sim". 

– Então, um brinde a Lucy e Roberto. – falou Anne, erguendo o copo e sendo acompanhada pelos outros. 

Continuaram ali por mais algum tempo até Linn e Anne alegarem cansaço e irem pro quarto. 

– Minha mãe se casar era a última coisa que eu imaginava que aconteceria, sério! – falou Linn, se jogando de costas na cama. 

– Por que? Ela é solteira a muito tempo, uma hora ou outra ia acontecer. Acho que nunca perguntei, mas o que você acha de casamento? 

– Ah, eu nunca me imaginei casando… 

– Nossa! Pois eu sempre sonhei, entrando na igreja com um vestido maravilhoso… 

Linn sorriu vendo os olhos de Anne brilharem. 

– Eu nunca amei tanto alguém para pensar em casar com ela. Mas é claro que quero isso com você, se você quiser, claro. – Linn se enrolou para falar, corando. 

– É claro que quero, meu bem. Vou tomar banho.

Anne foi tomar banho, ainda maravilhada com o amor da sogra. Agora mais que nunca ela imaginava o próprio casamento. 

Que Linn queria se casar com Anne era fato, mas ela era muito racional e para ela não era o momento, mesmo sabendo que era aqueles olhos verdes que ela queria ver ao acordar pelo resto da vida. Ambas estavam focadas em suas carreiras profissionais, ainda não era o momento. 

Mas planejava um futuro incrível com Anne. 

No dia seguinte, elas acordaram mais tarde e desfrutaram do delicioso café da manhã de Lucy; cuscuz, bolo, café e pão.

– Eu acho que vou voltar para Londres com alguns quilos a mais! Que comida maravilhosa. – falou Anne e todos da mesa riram. 

Hoje elas iriam ficar em casa, mas Linn a levaria para a praia no dia seguinte de manhãzinha, bem cedo. 

– Então hoje vai ser dia de preguiça? – perguntou Anne quando Lucy e Roberto foram para a casa dele. Pelo visto a mulher estava praticamente morando com ele. O filho de Roberto, Christian, estaria lá e Lucy pediu para Linn ir jantar lá de noite para conhecê-lo. 

– Dia de preguiça! Assiste Harry Potter comigo? – perguntou Linn, com uma voz impossível de recusar qualquer pedido. 

– Assisto!

Já de noite, o casal já estava pronto para o jantar. Linn usava uma blusa preta de veludo e um short social azul escuro e um tênis vermelho que lhe dava alguns centímetros a mais. 

Anne optou por uma blusa branca simples sob um kimono florido e uma saia preta lisa. Nós pés um vans branco. 

– Você tá maravilhosa! – falaram ao mesmo tempo e riram. 

Deram o endereço ao motorista e sem muita demora, chegaram na enorme casa do futuro padrasto de Linn. 

A mãe dela já estava esperando. Tinha três andares e boa parte da casa era de vidro, os muros ao redor dela eram enormes. Uma piscina decorava a frente do lugar. 

– Aqui é lindo, eu sei. Venham, fica mais bonito ainda por dentro. – falou indo em direção a porta. Elas entrelaçaram as mãos e seguiram Lucy. 

– Olá meninas, deixem-me apresentar meu filho Christian e sua noiva, Marcely. – uma versão mais jovem de Roberto estendeu a mão para Linn e a mulher ao seu lado estendeu a mão para Anne. Linn notou um aperto demorado no cumprimento de Anne e Marcely. 

Sorriu e deixou de lado. 

– Prazer, sua mãe é um anjo na vida do meu velho aqui.  – Linn riu. 

– Bom, eu fui pega de surpresa sobre essa relação, mas está na cara que esses dois foram feitos um para o outro. 

Lucy e Roberto se abraçaram e guiaram todos para a sala, que tinha dois sofás grandes e confortáveis e uma televisão gigante. Poderia passar horas vendo Harry Potter nessa televisão, pensou Linn. 

– Então, quando o casamento sai? – questionou Marcely, sorrindo abertamente para Lucy. 

– Nós ainda não marcamos a data, está muito recente, mas acho que próxima semana vamos resolver isso, não é querido? 

– Sim, sim. Espero casar o quanto antes. 

O clima estava muito bom, a conversa estava fluindo como se todos se conhecessem a anos. Christian com certeza tinha a simpatia do pai. 

Ainda assim, algo incomodava Linn. Ela não sabia se era paranóia de sua cabeça ou se era real, mas a noiva de Christian tinha a necessidade de tocar no ombro de Anne toda vez que falava e ria estericamente de qualquer coisa que saísse da boca de Anne.

– Onde fica o banheiro? – perguntou Anne, que foi informada por Chris que era na segunda porta à direita do segundo andar.  Saiu da sala, tendo dois pares de olhos a seguindo.

– Oh! – o grito de surpresa de Marcely chamou a atenção. Ela havia derramado um pouco de vinho em seu vestido azul claro. – que desastrada! Dêem licença. Chris, ainda tem roupa minha no seu quarto? 

– Tem sim, quer que eu te mostre? 

– Não precisa se incomodar, eu vou sozinha. – falou saindo depressa da sala. Linn ergueu a sobrancelha. Ela realmente não havia gostado daquela mulher. 

– A comida está pronta, me ajudem a colocar a mesa de jantar. – pediu Lucy, seguindo para a cozinha. Roberto e Chris foram junto, mas Linn ficou para trás, dizendo que tinha de ir ao banheiro. 

Subiu devagar os degraus, a porta do banheiro estava entreaberta e ela pôde ouvir a voz de Marcely. 

– Você pode me ajudar com o zíper? Emperrou… – a voz daquela mulher de cabelos negros estava dando ânsia em Linn, mas ela queria saber o que Anne faria. 

– Ok, vire.