14
Hey, vamo conversar? Vocês vão conhecer uma parte da Linn que explica porque ela é tão reservada e antisocial, ela é meu bebê todinho. Espero que gostem, o conteúdo é meio pesado, mas dá pra ler kk comentem, me digam o que estão achando até aqui, okay? Quem escreve sabe como os favs e comentários dão um incentivo. É isso, babys.
Flashs passavam em sua cabeça a todo momento. Um dos principais motivos para Linn querer sair do seu país era que havia sofrido um enorme trauma antes de entrar no ensino médio. Ela conseguiu evitar o pensamento sobre o seu passado durante todo o dia, mas na volta para casa relembrou o que havia acontecido.
No auge dos seus quatorze anos ela entrou na famosa fase rebelde no qual a maioria dos adolescentes passa e no meio da noite, após uma briga séria com sua mãe, Linn saiu escondida de casa com algumas roupas na mochila e sem rumo. Tinha algum dinheiro guardado e pegou o primeiro ônibus que apareceu. Lá, observou um homem a olhando muito. Não parecia ser tão velho, ela lhe daria uns 25 anos.
Quando ônibus esvaziou um pouco, o cara sentou-se ao seu lado sem dizer uma palavra. Já próximo ao final da linha ele põe a mão em sua coxa e sussurra “Você vai descer junto comigo sem dizer uma palavra ou eu mato você” e ela sentiu a ponta de uma faca em sua barriga. Eles desceram em uma rua completamente deserta.
– Qual o seu nome?
– Porque você quer saber? – em seguida ela sentiu uma dor aguda em seu braço – faca afiada. Linn. Meu nome é Linn.
– Robert. É o seguinte, Linn. Você não será mais uma menina. – Ela o olhou completamente confusa. Estava rezando para ser apenas morta. – Você agora é uma boneca.
– É sério, cara, você é muito bizarro. Puta que pariu. Será que você pode, por favor, me matar logo?
– Eu não vou te matar. Pelo menos não quero. Eu não quero que se preocupe, você não vai sentir nada, mas eu vou arrancar seus membros, suas cordas vocais e seus dentes. E te vender para algum psicopata por aí. E não há nada que você possa fazer. Oh, minha casa é logo ali.
– Incrível como sempre tenho meu celular por perto, mas justo hoje resolvo sair sem ele. Maravilha.
– É porque você estava destinada a me encontrar hoje.
Ela estava apavorada, suas pernas estavam bambas e estava ficando sem ar. Nunca desejou tanto ter um infarto como naquele dia. Quando entrou na casa de Robert, viu uma mansão aparentemente normal, mas foi levada para um quarto vermelho. Completamente vermelho.
– Claro, antes de outros te usarem, eu quero te experimentar. – Ela entendeu o que iria acontecer e começou a tentar lutar contra o homem à sua frente, mas ele era muito maior que ela e conseguiu a imobilizar sem muito sacrifício. A amarrou e começou a desabotoar seu cinto.
– Não, por favor, me solta. Não, não, não! – Ele começou a lhe bater, bater forte e pegou um gel e passou nas partes dela logo após rasgar a roupa da menina. A penetrou forte e rápido, Linn gemia de dor e ele gostava daquilo, então ela segurou o máximo os gritos de pavor. Quando ele terminou a deixou sozinha. Ainda amarrada. Mas só. E ela chorou como um bebê até não aguentar de cansaço e adormecer.
– Acorda, vadia. – Ele havia jogado um balde de água gelada nela e estava amarrando seus pés. – Agora sua rotina de boneca sexual começou. – a botou em uma espécie de maca, ela não sabia bem pois estava vendada e amordaçada. Quando sentiu que estava em uma descida, ouviu sirenes muito próximas. – Merda!
Ela ouviu a voz de um homem em um alto falante dizendo que a casa estava cercada. Robert se desesperou saiu correndo para tentar fugir, mas Linn pôde ouvir tiros e logo ouviu passos. Começou a tentar gritar através do pano e sentiu ser desamarrada.
– Cadê ele? Meu Deus, mãe! – Sua mãe veio ao seu encontro, aos prantos. – Como você me achou?
– Tá vendo esse cordão? Tem um rastreador nele. Filha, eu te amo tanto. – Linn se deu conta que não iria morrer e desabou no choro enquanto se abraçavam. Desde então, sua relação com a mãe ficou mais forte, porém, seu psicológico apenas decaiu.
Chegou em casa, Anne estava sentada no tapete da sala assistindo alguma coisa. Linn murmurou um “oi” e foi para o banho. Não ia conseguir conter as lágrimas por muito tempo.
Anne havia decidido dar-lhe espaço, então tentou se manter focada no que estava assistindo. Conseguiu fazer isso até ouvir soluços. Levantou rapidamente e ficou esperando Linn sair do banheiro. Antes que a menina pudesse falar algo, Anne a envolveu nos braços e Linn, mesmo relutante, deu o braço a torcer e aceitou o abraço.
– Olha, você sabe que pode me contar tudo. Eu estou aqui. Guardar sentimentos ruins não faz bem. – ficaram ali por um tempo até que Linn fosse se vestir e em seguida contou toda a história do seu passado para ela, que chorou junto com Linn enquanto segurava sua mão. – Você foi tão forte por aguentar tudo isso!
– Foi bom contar isso para alguém. Obrigada mesmo.
– Posso ser sua caixinha de segredos.
– Então, minha caixinha, vamos comer algo?
– Por que você só pensa em comida, menina? Por Deus!
– Você podia fazer aquele macarrão que só você sabe, né? – Anne encarou a cara extremamente fofa que a garota fez e revirou os olhos, mas logo foi fazer. – Eba!
Os meses foram passando e Linn e Anne ficavam cada vez mais próximas. Era uma ligação realmente muito forte. Para Anne, era um sentimento maior que amizade, mas tinha dúvidas em relação a outra.
Já Linn, estava começando a sentir coisas que não entendia ainda sobre a loira. Era estranho ver alguma outra garota conversar com ela. Ela revirava os olhos e ia beber para não ficar estranha com a amiga.
– Hey, vou sair hoje com a Kate e a Mandy, quer vir? – Anne perguntou quando chegou do trabalho. Linn estava deitada com uma bolsa de gelo sobre sua barriga.
– Não, obrigada. Estou com dor, acho melhor eu ficar em casa.
– Quer que eu fique aqui com você? Eu posso cancelar, de boa.
– Claro que não! Pode ir. Eu vou ficar bem. Pedir pizza e assistir Netflix.
– Tem certeza?
– Absoluta! Eu tô bem. – Anne assentiu e foi tomar banho. Ela realmente gostava de Linn, mas por não saber que poderia ser recíproco e por medo de contar, começou a conhecer outras pessoas.
Kate era uma pessoa legal e muito bonita, então Anne resolveu dar uma chance.
– Eu tô saindo, qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, me liga.
– Espera, você e a Kate… é sério?
– Não sei ainda, porque?
– Curiosidade só. Vai lá, divirta-se.
A amiga de Kate não pôde ir, alegando estar doente, então virou realmente um encontro.
– Então, o que você faz?
– Nada muito interessante. E você?
– Bom… eu meio que passo o dia trabalhando.
– E trabalha em que?
– Uns processos administrativos. – Anne tentava puxar assunto, mas ficava olhando o celular direto. Linn sequer ficou online.
– Você já namorou uma garota?
– Não, nunca. E você?
– Já, algumas. Mas as experiências não foram tão boas.
– É? Porque? – Ficaram conversando e bebendo por mais uma hora, até que Anne não aguentava mais ficar longe de casa.
Sabia que Linn não estava bem. A cólica dela é horrível. Só pensava em como queria cuidar da garota.
– Então, Kate, eu vou ter que ir. Mas a noite foi muito boa, você é ótima. – Falou e deixou dinheiro para pagar a conta e saiu apressada.
Ao chegar, abriu a porta e levou um susto enorme, pois Linn deu um grito e Anne acabou gritando junto.
– PUTA MERDA
– QUE PORRA FOI ESSA.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro