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Park Jimin

Acordei bem cedo, e a claridade invadiu o meu pequeno quarto. É inverno, e para algumas pessoas é difícil acordar na parte da manhã no inverno, mas eu já estou acostumado com esse frio mesmo sendo um ômega.

Levantei da minha cama começando a arrumá-la. Depois fui fazer as minhas higienes. Tirei meu pijama e coloquei minhas roupas de inverno. Desci até a cozinha que estava com um cheiro delicioso de panquecas, mel e leite quente.

Adentrei o cômodo vendo minha mãe de costas olhando para a janela que ficava em frente a pia. Quando esta percebeu minha presença virou para trás me lançando um sorriso acolhedor.

- Bom dia, meu pequeno! - Disse bebericando o café que tinha na caneca.

- Bom dia, omma! E só para avisar que nós dois somos do mesmo tamanho tá bom?! - Disse vendo ela gargalhar da minha resposta.

- Sim, somos do mesmo tamanho, sente-se, tome seu café e vá até a loja dos Manoban para mim, fazendo favor. - Disse me olhando sentar na cadeira.

- O'Que quer que eu compre omma? - Perguntei logo em seguida dando uma mordida na panqueca.

- O meu remédio. - Disse ela simplista, e eu somente acenei positivamente com a cabeça, sorrindo depois.

Havia um bom tempo que minha mãe tomava aquele remédio. Meu pai, de acordo com ela, havia morrido, por isso eu nunca vi ele em todos os meus dezenove anos de vida. Minha mãe fazia uso do remédio, por causa da marca, doía como o inferno, mas eu não entendia o porquê da marca ainda permanecer se meu pai havia morrido. Ficava com uma pulga atrás da orelha, mas nunca toquei no assunto, já que tinha receio de machucar minha mãe de alguma forma.

Quando terminei de comer, ela veio até mim segurando a minha blusa de frio enorme, minhas luvas brancas e o dinheiro. 

- Vista. - Peguei as peças colocando como ela havia mandado.

- Aqui, a mesma quantidade de sempre. Cuidado, não se distraia e volte logo! - Disse me entregando o dinheiro depois me depositando um beijo na testa. Assenti e deixei um beijo na testa da mesma.

Saí pela porta logo sentindo o vento bater contra o meu rosto. Eu gostava muito quando chegava o inverno. É normal fazer muito frio até na primavera, mas o verão é quente e também muito acolhedor, assim como o frio intenso que fazia no inverno. A neve branca que cobria o chão, e os flocos de neve que caiam do céu, simplesmente me dava uma sensação de paz. Parei de refletir sobre e comecei a caminhar em direção ao meu destino, a loja dos Manoban. Era uma loja que vendia remédios feitos manualmente com produtos naturais, vendiam roupas, comidas, produtos de limpeza, ferramentas e várias outras coisas. Minha mãe é muito amiga dessa família.

A filha dos donos da loja, Lalisa, é a minha melhor amiga junto de Min Yoongi. Esses dois, quando ficam juntos comigo, só posso dizer que a gente apronta muitas coisas. Caminhando mais um pouco pelas ruas, cheguei ao meu destino. Passei pela grande porta, e escutei o barulho do sininho.

O Senhor Manoban, que estava atrás do grande balcão procurando algo, levantou a cabeça para olhar quem havia entrado. Quando ele me viu abriu um grande sorriso no rosto que continha algumas rugas.

- Bom dia Jimin! - Disse se sentando no banco atrás do balcão.

- Bom dia Senhor Manoban - Disse devolvendo o sorriso.

- O de sempre? - Perguntou mesmo sabendo qual era a resposta.

- Sim, o de sempre. - Disse chegando mais perto do balcão.

- Como ela está? - Perguntou procurando o remédio nas prateleiras cheias de remédios.

- Bem. Hm, e a Lisa? Eu não vi ela essa semana. - Perguntei.

- Oh, ela está na Alcateia dos Lobos de Garras de Platina. - Disse esboçando aquele sorriso que eu conheço muito bem quando ele vê alguém se casar, fiquei meio confuso e pareceu que ele percebeu que eu estava confuso e continuou a falar. 

- Ela foi conhecer a noiva dela, ela não te contou que estava noiva? - Me perguntou colocando o remédio que eu compraria em cima do balcão. Ela não havia me contado uma coisa que era tão importante para ela.

- Não acredito! Eu vou matar aquela cachorra! - Disse tentando fazer uma cara de raiva mesmo estando alegre com a novidade, Senhor Manoban riu com a cena que eu fazia, então parei e voltei a ficar sério, peguei o dinheiro na bolsa e entreguei para ele.

- Obrigado, e volte sempre Jimin! - Disse com um ar engraçado.

- Eu sempre volto! - Peguei o remédio e guardei na bolsa. Me despedi de Senhor Manoban e sai da loja.

Comecei a caminhar de volta a minha casa, e ela era um pouco afastada das outras casas que continham ali na aldeia. A casa pintada de azul gelo, ficava numa rua, onde só tinha minha casa mesmo. Foi no meio do caminho que me senti observado. Olhei para trás e avistei os alphas que me odiavam.

Bong Soo, Yu Kamashiro, Sang Yoon-Hee e Lee Kuan.

Eles me odiavam por causa que o ancião estava sempre a me elogiar, e eu não tinha culpa se eles eram burros, então apertei o passo com um pouco de dificuldade, por causa do meu problema temporário, mas foi em vão, porque eles começaram a correr na minha direção, e eu corri também, ou melhor tentei correr.

Corria feito um louco em meio às ruas cobertas de neve, que nem percebi quando eu atravessei o portão de entrada da alcatéia, indo para fora desta. Enquanto corria, eu tropecei em uma raiz de alguma árvore, e acabei caindo ganhando um corte no supercílio.

Ainda caído, olhei em volta, percebendo que estava num lugar que eu não conhecia, e que com certeza, ficava longe de Nortffigan, num súbito olhei para trás e vi que eles haviam me cercado.

- Chim Chim. - Kuan disse debochado, esboçando aquele sorriso cínico.

- Você é um estorvo na minha vida Chim Chim, e eu vou fazer você sumir dela, só espero que colabore para que isso acabe logo. - Me sentei rapidamente na neve, pronto para correr de novo, mas Kuan avançou sobre mim agarrando o meu braço, então os abutres que ele chamava de amigos, me seguraram para eu não correr. Comecei a me debater, querendo me soltar do aperto doloroso que eles me colocaram, mas foi em vão. Kuan sorriu do meu desespero de querer estar o mais longe dali, então ele soltou o meu braço, para agarrar o meu queixo. Ele aproximou o rosto do meu e disse bem baixo o meu apelido, que nos lábios dele, saiam com sarcasmo. 

Aproveitando a aproximação, bati minha testa de encontro com o nariz dele. Ele se afastou e gritou pelo atrito forte, que fez o nariz dele sangrar, talvez quebrado.

- Ahhh! Seu desgraçado! - Ele levantou a cabeça abaixada, e avançou em mim de novo, me dando um tapa no meu rosto. Minhas pernas vacilaram, e ainda sendo seguro pelos abutres, cai de joelhos no chão coberto de neve.

- Eu vou te MATAR JIMIN! - Ele socou o meu estômago e a falta de ar me pegou, me fazendo tossir. Então uma sequência de chutes e socos vieram em seguida do primeiro soco, me acertando do pescoço para baixo. Fraco e com dificuldade para respirar, eles me soltaram no chão, então Kuan me chutou no ombro esquerdo, e no meio das minhas costas duas vezes. Não consegui ficar consciente por muito tempo, pois a dor que sentia no corpo era forte demais, mas antes de desmaiar por completo escutei ele dizer que era pra eu morrer.

Depois a escuridão veio.

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Autora

Kuan quando viu que Park já estava inconsciente, mandou Bong e Yu carregarem o ômega, o grupo andou por três horas, para deixar o Park no meio de uma clareira. Yugyeom que vigiava os arredores da alcatéia de NorthUrion, viu o grupo de alphas correr em direção contrária a alcatéia dele, então achando a situação estranha, mandou Jackson ir avisar Jungkook, o filho dos líderes da alcatéia, sobre.

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Jeon Jungkook

Estava fazendo a vistoria no portão de entrada da alcateia, quando Jackson chegou todo afobado.

- JungKook, Yugyeom disse que viu alphas próximos à clareira da Cava. - Jackson disse meio ofegante por ter corrido todo o caminho.

- Então vamos verificar oque eles vieram fazer. - Disse simples começando a caminhar para fora do portão de entrada de NorthUrion, em meio o caminho para a clareira encontramos Yugyeom nos esperando. Quando estávamos próximos a clareira da cava, avistei ao longe um corpo estirado ao chão coberto de neve. Troquei olhares com Yugi e Jackson, dizendo para nos aproximarmos com cautela, pois poderia ser uma armadilha de renegados.

Aproximamos devagar olhando sempre ao redor da clareira, e farejando o ar, procurando algo suspeito. Vendo que não tinha mais ninguém ao redor, olhamos para a pessoa no chão, não consegui identificar a classe de longe pois o cheiro estava fraco, mas agora que estávamos perto o suficiente, pude sentir o cheiro mais claramente.

Maçã e licor.

Era um ômega loiro da pele bem alva, e ele estava inconsciente, na testa tinha um pequeno corte, junto a outro corte no supercílio direito. Ele tinha sangue seco no nariz, e na boca também, então constatamos o óbvio, ele havia sido agredido. Eu senti uma pontada de raiva vendo aquilo, mas não liguei muito para isso naquele momento.

- Cara, cê tá bem? - Jackson perguntou, e eu assenti.

- Sim, estou bem. Vou levá-lo para o casarão, lá Baek cuidará dele, você e Yugyeom vão comunicar a alcateia mais próxima sobre o ocorrido, pois ele não é um lobo daqui. - Disse a eles, pegando o loiro no colo que não era pesado, ele era leve. Jackson e Yugi acenaram em concordância, então logo partiram para as torres de vigia, para pegarem os cavalos, e eu comecei a caminhar de volta para os portões de entrada de Northurion.

Enquanto caminhava fiquei admirando aquele ser, tão belo e frágil quanto uma boneca de porcelana. Por algum motivo meu lobo, estava agitado com a situação.

E esse foi o motivo de um pequeno sorriso rasgar a minha face.

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Primeiro capítulo de Nortffigan, agora totalmente reescrito, revisado e corrigido.
Espero que tenham gostado!

Beijos!

(Revisado)

.Suzy.
#rosquinhas.