Capítulo 16 - Cavalgada para a Morte
Já se havia passado dois longos dias e nenhum deles havia "mudado" Emanuell ficava se queixando o dia inteiro que havíamos quebrado ele, que ele não conseguia mais falar com os demais. De acordo com o garoto a última coisa que ele se lembrava era um monstro estranho prendendo Samuel e todos os demais e na sequência ele puxou Manu é fazendo o mesmo com ele, o trancando no consciente coletivo.
Bruno, este já era um pouco mais complicado ele não se lembrar dos últimos dois ou três anos, sua mente de acordo com ele está uma bagunça, que toda vez que fechava seus olhos tinha diversos flash do seu passado, mais nem ele conseguia explicar direito o que eram estas imagens destorcidas em sua mente. Evitava ficar muito tempo longe do hotel, mesmo a contra gosto do meu namorado, que hora ou outra me dava uma bronca pelos meus exageros, e às vezes eu exagerava somente para ter toda sua atenção, isso poderia ser até estranho, mas amava está sua preocupação em excesso, ainda mais com os meninos.
— Olha! Novamente ele fez aquilo.
Ele disse sussurrando, conforme Emanuell se aproximava de Bruno e falava algo ao seu ouvido, eu simplesmente acabava sorrindo toda vez que isso acontecia.
— Ele devia ter ficado no hotel ajudando as meninas.
— Deixa de ser paranoico.
Revirei meus olhos sem dar muito importância as suas queixas que vieram na sequência, estava mais preocupado com nossa saída é a rapidez que a nuvem de poeira se aproxima de nossa localização atual, mas tínhamos que ter vindo aqui hoje, não havia outro modo de conseguir o que precisávamos se não aqui no hospital.
— Está levando tudo o que pedi?
Bruno olhou para Emanuell e falou algo ao seu ouvido e os dois idiotas ficaram na mesma posição e bateram continência. Que brincadeira idiota, foi o que pensei em dizer, mas alguém ao meu lado, não havia levado nada a sério é entrou na brincadeira com eles.
— Sério mesmo?
Foi a última coisa que eu disse a ele conforme saímos do hospital, repassava em minha mente tudo o que Dani e Emili me falaram sobre o Bruno, como sua personalidade era fria, como ele seguia de olhos fechados as ideia do tal amigo morto delas, somado a isso os exames de sangue dele haviam dado uma diferença nos resultados, era como se ele fosse um viciado em drogas, e que os dias que passou dormindo tivessem removido a toxina de seu corpo é a única sequela deixada for está sua confusão mental.
A cada passo que demos saindo do hospital tive a certeza que cada pequena entrada possível estava bem selada, que nada sem vida aparente iria conseguir entrar no local.
O dia estava extremamente quente é muito abafada, a nuvem de poeira já estava cobrindo nossas cabeças é aquilo não era nada bom, ainda mais quando as meninas nos avisaram pelo rádio que já conseguiam ver um grupo grande com mais de quarenta andantes em nossa direção.
Emanuell sorriu todo feliz balançando uma longa barra de aço, em uma de suas pontas havia algo que misturava a lâmina de um machado com um martelo, Bruno já usava duas espadas curtas que lembravam um par de katanas.
— Nada de lutas desnecessárias, vamos somente volta ao hotel, nem o cheiro deles vai disfarça a nossa presença ou será nosso passe seguro.
Falei puxando um dos dois cavalos zumbis que carregavam as coisas mais pesadas, a agitação deles passou a me preocupar quando viramos a esquina seguinte, isso não é a por menos pois haviam um grupo de Cães zumbis a nossa espera.
— Tarado! Porque os de traz me parecem familiar? - Emanuel falou ajeitando melhor a mochila em suas costas.
— Devem ser os mesmo que fugiram de nós no dia que o Bruno chegou.
Passei a mão no rádio, sabia que onde estava com eles era um ponto cego na vida do hotel, de imediato pedia as meninas para vir ao nosso encontro e ver a passagem mais segura até chegarem aqui, onde não deveria ter mais nenhuma surpresa.
Só foi o tempo de falar com elas e dois cachorros correram em nossa direção, achei estranho aquele tipo de ataque tão coordenado, era como se tivessem testando nossa organização, como se procurasse um elo mais fraco entre nosso grupo, mas não iriam achar nada,
— Vai demorar para chegar aí rapazes, tem dois cães do inferno aqui próximo a entrada.
— DROGA!
Gritei bravo aí ouvir aquilo, aquelas coisas estavam ficando mais espertas ou era somente uma casualidade de ter dois grupos de caninos atacando? A nossa frente Cinco cães ferozes, voltar para hospital não seria uma boa ideia. Mas ver o modo como Emanuell acertou o primeiro cão o fazendo cair no chão com parte do seu rosto esmagado aquilo me deixou mais aliviado, única coisa a fazer era somente derrubar aquelas coisas.
— Vamos usar isso!
Falei pegando as escopetas, o barulho de um tiro delas seria o suficiente para atrair qualquer monstro próximo a nós, mas meu plano era simples derrubar os cães e abrir caminho para o hotel, aquilo era um último recurso para uma situação que não tinha como ficar esperando um milagre.
Passamos na frente dos meninos, e mirando naquelas coisas, a nossa distância não era longo, cerca de uns cem ou duzentos metros no máximo, o cachorro que os meninos derrubaram estava a poucos metros de mim, seu crânio era só uma massa de sangue, o segundo cachorro foi acertado por um tiro dado pelo meu namorado que ouvir gemer baixinho de dor por conta do coice da arma.
— Vai com calma!
Falei a ele que sorriu, não somente ele, mas o rosto de Emanuell brilhava, com toda certeza se fosse outro momento ele teria gritado "Minha vez de atirar", contudo nem assim daria uma arma daquele calibre não mão daquele garoto com os seus parafusos soltos, talvez se fosse Samuel ali confiaria entregar uma arma a ele, e isso e estranho, já que Samuel não passa de outra personalidade dentre as diversas que se manifestavam naquele corpo que fugia da lógica de como as coisas deveriam funcionar, realmente o mundo era um local louco e sempre lotado de novidades em cada esquina. Porém não deveria me preocupar com as loucuras humanas, não naquele dia, pois a minha frente havia o segundo cadáver de um cão zumbi espedaçado e morto, mas a frente ainda existia a ameaça de mais dois ali conosco, e pelo rápido relato das meninas ainda existiam mais dois cães na entrada do hotel, precisávamos pensar rápido. Em poucos segundos começamos a ouvir um barulho bem estranho que vinha de trás de nos, parecia que um trator gigante desgovernado vinha em nossa direção.
— Não sei o que vocês pretendem fazer, mais saiam da rua agora!
Dani gritava desesperada no radio, isso era um aviso que o barulho do tiro havia chamado e muito a atenção de diversos andantes, os cães restantes uivaram o mais alto possível antes de sumirem correndo dali, os desgraçados haviam notado o gigantesco perigo que se aproximava de todos. Pensa rápido, pensa rápido, falava para mim mesmo conforme corremos em direção ao Hotel, se eles chegarem ali é com toda certeza invadir o local, não por serem esperto e sim, por conta da grande quantidade de andantes que vinha em nossa direção.
Assim que ficamos a poucos metros do Hotel olhei para o homem que conseguiu conquistar meu coração, mas dominava cada um dos meus pensamentos, ver ele correndo com os garotos me fez parar de pensar muito sobre o que deveria ou não fazer, em um dos cavalos havia uma quantidade razoável daquele mistura de amônia que Kauã havia preparado, entreguei as armas para ele e mandei correr na direção das meninas que esperavam por nos, em seus olhos era fácil nota o desespero, bruno me olhava com medo, mas Emanuell esse já me olhava com uma esperança, era como seu o garoto já soubesse o que eu iria fazer antes mesmo de eu fazer.
— Eu te amo Kauã, trate de sobreviver por favor.
Falei isso e fiz furos nos galões de amônia, os corpos mortos dos meus pais que estavam presos ao muro começaram a se mexer, realmente aquelas coisas odiavam o odor que começou a subir, não somente eles, mas eu sentia minhas narinas queimarem, fui à direção daquele barulho enorme é confesso que nunca senti tanto medo em minha vida, quando virei a esquina que havíamos passado minutos atrás, ali deveria tem 10 mil, 100 mil, meu deus aquele lado da cidade estava dominado facilmente por mais de 500 mil criaturas, dali eu tinha dois caminho correr na direção do hospital ou ate os limites da cidade. Meu plano era levar eles para o limite da cidade onde encontrei com Kauã pela primeira vez, assim deixaria todos seguros. Onde parei por um poucos segundos foi o suficiente para deixar aquela rua com o Odor que eles odiavam, assim conseguiria fazer que a maior partes deles caminhassem na direção que eu deseja, mas para meu plano dar certo precisa que o cheiro do meu sangue chamasse a atenção daquelas criaturas.
Sem pensar muito fiz um corte em cada uma das minhas pernas, cortes não tão profundos mais o suficiente para vazar uma quantidade bem razoável de sangue gritaram o mais alto que conseguia conforme corríamos pelas ruas desertas de Colombo, as criaturas estavam a poucos metros de mim. Os últimos dez minutos na cela do Cavalo zumbi foi o suficiente para afastar o grupo que corria na minha direção, assim que avistei a grande escultura "COLOMBO" ouvi o barulho de algo se quebrando e no instante seguinte meu corpo foi de encontro ao asfalto quente, quando olhei meu companheiro vi que uma de suas pernas havia, se soltado.
— Obrigado pela ajuda!
Me levantei e consegui correr mais alguns metros, era estranho que a adrenalina do momento não me fazia sentir a dor dos cortes, quando olhei para trás vi as primeiras criaturas se desviando do cavalo caído no chão, as mas com o tempo não vi mais anda alem daqueles monstros que conseguiram me alcançar, fechei meus olhos naquele dia onde o sol aquecia minha pele, e meus últimos momentos fechei meus olhos me forçando a lembrar do rosto de João Pedro, e junto dele ouvi a voz doce das mulheres que me criaram após sair das casa dos meus pais me chamando.
— Breno? É você mesmo meu garoto!
Oi gente, quero agradecer a todos que vieram acompanhando este projeto
Primeira parte do Livro esta chegando ao seu FIM, este e o Penúltimo capitulo.
Na sequencia já temos o ULTIMO CAPITULO!
Voltamos com tudo em 2023, mil mordidas dos "Não Mortos"
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