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Capítulo 25: É Menina

O dia está quente, o sol bate forte, mas nada disso parece me aquecer por dentro. Eu me sinto como se estivesse congelada, presa entre as escolhas do passado e as incertezas do futuro. Daniel está ali, à minha frente, com um semblante sério e determinado. Ele não parece disposto a recuar, e isso me deixa ainda mais inquieta.

- Não vou te obrigar a voltar para São Paulo, Lana. - Ele diz, e suas palavras me atingem como uma lâmina afiada. - Mas eu vou ficar aqui em Madrid.

Aquelas palavras ecoam em minha mente. Eu já sei que ele não vai embora tão facilmente. Mas isso não significa que eu vá permitir que ele seja uma constante em minha vida, não depois de tudo o que aconteceu.

- Daniel, você não pode ficar aqui. Você tem sua vida, sua carreira... - Tento dizer, mas a verdade é que eu não tenho mais argumentos. A sensação de insegurança me engole. Ele não parece disposto a se afastar de mim, e eu não sei o que fazer com isso.

- Não, Lana. - Me interrompe, seu olhar firme e seguro. - Eu vou ficar aqui, e você não pode me impedir de estar perto de você e do nosso bebê.

Eu sei que ele está certo, que ele tem todo o direito de estar ali, mas meu coração ainda se fecha. Como ele pode ser tão direto, tão seguro? Como ele não vê o que eu vejo? Como eu conseguirei manter a minha vida, minha independência, se ele não for embora?

- Daniel, você é pai do bebê, mas isso não significa que precisamos seguir juntos. - Eu falo, tentando convencê-lo, mas a minha voz soa mais como uma súplica do que uma defesa. Eu quero que ele vá embora, mas ao mesmo tempo, não quero que ele parta.

O tempo vai passando, e Daniel começa a fazer visitas regulares a Madrid. Ele fica por alguns dias e depois volta para São Paulo. Eu sei que ele está tentando se aproximar, tentando entender o que está acontecendo, mas eu não estou pronta para ele. Não quero que ele faça parte da minha vida de novo, não assim. Eu preciso de mais tempo, mais espaço para pensar, para decidir.

Porém, em uma dessas idas de Daniel a Madrid, ele me convence a reconsiderar, mas com uma condição.

- Lana, você vai voltar para São Paulo. - Ele diz, com uma determinação que me tira o ar. - Eu sei que você está com o emprego temporário, mas isso não vai mudar o que estamos vivendo. Eu não quero você só por alguns dias, não vou deixar você ir embora de novo.

Eu sei que não vou conseguir argumentar mais. Ele está certo sobre muitas coisas, e há algo em sua voz, em sua presença, que me faz querer acreditar que ele realmente está disposto a estar presente.

- Tudo bem. - Eu digo, mais por cansaço do que por concordar plenamente. - Mas só depois que meu emprego temporário acabar. Vai ser daqui a um mês.

Ele me olha, a tensão visível em seu rosto, mas então diz, com firmeza:

- Quando esse mês passar, você vai estar com seis meses de gravidez, Lana. Eu não quero que você faça isso sozinha. Não vou permitir.

Eu não sei o que responder a isso. Aquelas palavras soam diferentes do que eu esperava. Como ele pode estar tão certo sobre tudo, e eu, tão perdida em minha própria vida? Eu quero contestar, quero gritar, mas algo me impede. É como se ele já tivesse invadido todos os espaços da minha mente.

O tempo passa rapidamente, e logo chega o dia da minha consulta. Eu estou nervosa, como sempre, mas ao mesmo tempo, algo me diz que não posso mais fugir. Quando chego ao consultório, Daniel está lá, esperando por mim, com o olhar de quem não quer perder nem um segundo dessa jornada.

Durante o exame, a médica sorri ao olhar para os resultados e diz:

- Parabéns! Vocês vão ter uma menina.

Eu olho para Daniel, e pela primeira vez, vejo uma emoção genuína em seus olhos. Ele parece feliz, quase radiante, e isso me faz sorrir, apesar de todas as incertezas.

Na volta para casa, paramos em uma praça, onde o clima está mais tranquilo. O sol começa a se pôr, e a sensação de calma entre nós parece estranha, mas necessária. Ficamos sentados em um banco, sem pressa de voltar para a realidade.

- Eu estava pensando sobre o nome - começo, a voz baixa, quase hesitante. - Sempre quis chamar minha filha de Marina. Era o nome da minha mãe. Eu acho que seria uma homenagem bonita.

Daniel sorri, e o som de sua voz faz meu coração bater mais forte.

- Que coincidência, porque já temos um apelido: Nina - Ele diz, com um sorriso. Aquela simples palavra me aquece por dentro, e por um momento, a dor, o medo, tudo parece desaparecer.

Ficamos em silêncio por alguns instantes, mas o silêncio não é mais desconfortável. Estamos ali, compartilhando algo, uma ideia, uma visão do futuro. E então, de forma quase automática, nossos rostos se aproximam, e nossos lábios se tocam.

Foi um beijo suave, mas cheio de promessas não ditas. Por um segundo, eu senti que tudo poderia voltar ao que era antes, que nós poderíamos ser felizes. Mas então, quando me afasto dele, a realidade me atinge como um choque.

- Desculpa - Eu digo rapidamente, afastando-me dele e me levantando. - São só os hormônios. Não sei o que deu em mim.

Ele me olha, confuso, mas não diz nada. Eu sei que ele não acredita em mim, mas o que mais eu poderia dizer? Eu ainda estou em choque com tudo que está acontecendo, com tudo o que ele representa, com o que ele quer de mim. O que eu quero dele.

Ainda assim, algo dentro de mim me diz que não posso continuar fugindo.

Eu estou nervosa quando saímos da praça. Daniel me acompanha em silêncio, e uma parte de mim quer que ele se afaste, mas outra, mais profunda, deseja que ele esteja lá. Quando chegamos ao apartamento, a sensação de ter um espaço só meu, onde posso finalmente respirar, é um alívio, mas ao mesmo tempo, me deixa com a mente mais agitada.

Entro em casa, e Ana está brincando no chão da sala. Ela olha para mim com aquele sorriso encantador, o mesmo sorriso que sempre me fazia sentir que tudo estava bem, não importa o quanto o mundo estivesse desmoronando ao redor.

- Maninha! - Ela exclama, se levantando e correndo até mim, com os bracinhos abertos. Eu a pego no colo e a abraço com força, como se ela fosse a única coisa que eu pudesse controlar em meio a toda aquela confusão.

- Ana, eu tenho uma novidade para você. - Falo, tentando conter a emoção que me toma de surpresa.

- Você vai ser titia de uma menina. - No momento em que as palavras saem da minha boca, sinto uma onda de carinho invadir meu coração. É real. Eu estou realmente esperando uma filha, uma menina, que fará parte da nossa vida, mesmo que tudo ainda seja confuso.

Ana arregala os olhos e, por um segundo, parece não acreditar. Mas então, de repente, ela grita, uma explosão de alegria que faz meu coração derreter.

- Titia! Titia! - Ela bate palmas e pula de alegria, como se fosse a melhor notícia que ela já tivesse recebido. A pureza da sua felicidade me toca profundamente, e eu percebo que, não importa o que aconteça, eu farei tudo para garantir que ela seja feliz, que tenha uma infância sem as sombras dos meus erros.

Eu sorrio para ela, observando-a celebrar, e então continuo:

- E sabe qual vai ser o nome dela? Vai se chamar Marina, em homenagem à mamãe.

Ana para por um momento, como se estivesse pensando no nome, e então, com os olhos brilhando, diz:

- Nina! Eu vou chamar ela de Nina!

Eu rio, essa ideia de chamá-la de Nina faz sentido, e o sorriso de Ana me faz sentir que, de alguma forma, tudo está se encaixando. Mesmo com os medos, as incertezas, e toda a dor que eu carrego, naquele momento, parece que algo bom está nascendo. Algo que eu preciso aprender a proteger.

As risadas de Ana e seus pulos de felicidade me fazem esquecer um pouco de todo o resto. Eu tenho que manter essa alegria, essa pureza, em nossa vida. Por ela, por Marina, por mim.

Mas, mesmo assim, a preocupação com o futuro ainda me assombra, e sei que as perguntas que eu evito ainda estão lá, esperando por respostas.

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