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Capítulo 23: Eu te Encontrei Meu Amor

A vida parecia ter desmoronado ao meu redor, e eu sabia que era minha culpa. Cada erro, cada palavra impensada, cada escolha errada que me afastou dela... tudo isso me consumia. O vazio dentro de mim parecia crescer a cada dia, um poço sem fundo que, por mais que eu tentasse preencher, continuava a me sufocar. Tentei seguir em frente, mas a raiva e a frustração por ter perdido Lana eram um fardo insuportável. E não importava o quanto tentasse escapar, o pensamento dela permanecia comigo, como uma sombra constante.

Foi então que Carol apareceu.

Ela foi uma distração. Uma fuga, talvez. Me convenci de que aquilo era só algo temporário, um jeito de abafar a dor que parecia corroer cada parte de mim. Carol foi se aproximando devagar, como quem sabe que a entrada é permitida, e eu, sem perceber, a deixei se instalar na minha vida. Ela se tornou uma válvula de escape, uma forma de adormecer o vazio que eu já não sabia mais como enfrentar. Mas, por mais que tentasse me convencer de que aquilo não significava nada, Lana ainda dominava minha mente. Sua voz, seu sorriso, seu jeito... cada detalhe dela parecia se projetar em tudo ao meu redor, e cada gesto de Carol apenas reforçava essa ausência.

Me sentia um lixo. Era como se eu traísse tudo o que poderíamos ter sido. Mas eu estava preso nesse ciclo, numa dor constante por ter deixado Lana ir, por tê-la perdido. Sentia falta da sua risada, da sua presença leve e natural, e, acima de tudo, do que poderia ter sido entre nós. Queria desesperadamente voltar no tempo, corrigir tudo. Mas sabia que isso era impossível. Tudo o que eu tinha era essa culpa, esse arrependimento que parecia me consumir.

Minha busca por Lana se tornou uma obsessão. Fiz de tudo. Perguntei a amigos, conhecidos, mas ela havia desaparecido. Nenhum sinal, nenhum rastro. Com cada dia sem notícias, a sensação de vazio só aumentava.

Até que, numa conversa que eu claramente não queria ouvir, Lucas me confrontou. Ele sempre teve uma maneira de falar o que pensa sem meias palavras, e dessa vez não foi diferente.

— Daniel, você não vai encontrá-la se continuar nessa espiral. Precisa se reerguer. Temos uma reunião importante em Madrid, no hotel SanDiego, com um cliente de uma multinacional. Precisamos estar com a cabeça no lugar.

Encarei ele, lutando contra uma mistura de raiva e frustração. Não queria ouvir aquilo. Não queria pensar em mais nada além de Lana. Mas sabia que ele estava certo. A vida não poderia simplesmente parar porque eu havia falhado. Eu precisava me levantar, continuar, mesmo que parecesse impossível. Talvez fosse hora de seguir em frente, mesmo sem saber onde ela estava ou se algum dia teria a chance de corrigir tudo.

O tempo passa, e, aos poucos, me ajusto à nova vida. No apartamento, as coisas parecem finalmente se acomodar, mas as sombras do passado continuam a me assombrar. Daniel está sempre presente nos meus pensamentos, como uma dor silenciosa, uma lembrança constante de algo que nunca se cura completamente. Pelo menos Ana está bem. Ela se adapta à creche, e ver sua felicidade e segurança me dá um pouco de paz. Isso me alivia, me dá algum consolo, mesmo que o vazio continue ali.

Consegui um trabalho temporário no Hotel SanDiego, e ele rapidamente se torna minha válvula de escape. Entre o ritmo acelerado e as demandas que não param, mantenho a mente ocupada, afastando os pensamentos que insistem em me assombrar. Mas, naquela semana, o ambiente parece especialmente carregado. Há uma tensão no ar, algo que se intensifica a cada dia. O hotel se prepara para um evento importante, e o movimento frenético deixa todos ainda mais pressionados. Eu me esforço para lidar com as solicitações de última hora, mas a ansiedade, somada ao peso crescente da gravidez de quatro meses, torna cada tarefa mais exaustiva.

É um evento de uma multinacional, mas eu não faço ideia de qual. Até o momento em que o destino, numa ironia cruel, revela a verdade. A empresa é de Daniel. Ele está ali.

O dia é mais agitado que o normal, e, no intervalo que consigo, corro para o banheiro para me recompor. Ao sair, distraída pelo caos na recepção, não percebo sua chegada. Só soube quando ouvi meu chefe gritar.

— Lana, café na sala de reunião 3, agora!

Com a bandeja nas mãos, entro na sala e, no instante em que abro a porta, nossos olhares se cruzam. Paro, sem ar. O silêncio é ensurdecedor. Instintivamente, pressiono a bandeja contra a barriga, como se fosse uma barreira que pudesse me proteger. Ele me observa, e seu olhar desliza sobre minha barriga antes de se fixar nos meus olhos, como se tentasse entender, confirmar o que via.

A tensão é avassaladora, uma onda que me deixa sem reação. A pergunta não dita está estampada nos olhos dele. E a verdade, óbvia, revela-se sem palavras. Como ele reagiria ao ver minha barriga? Como explicaria algo que eu mantive em segredo?

Ele quebra o silêncio, a voz rouca, entre surpresa e alívio.

— Eu te encontrei, meu amor.

Meu coração aperta, como se o tempo tivesse parado. Quero falar, mas, em vez disso, apenas solto a bandeja, que cai ao chão, ecoando pela sala. Sinto as lágrimas ameaçando, o peso da situação, e antes que consiga controlar o impulso, viro-me e corro pelo corredor.

Não sei para onde vou, mas sei que preciso escapar, fugir daquela tensão que me consome. No entanto, meu chefe surge no corredor, irritado e apressado, e me bloqueia, a frustração estampada no rosto.

— Lana, o que está acontecendo com você? Isso é um cliente importante! Não pode sair correndo assim!

Ainda ofegante, paro, as palavras presas na garganta, enquanto luto contra o caos em minha mente. Foi então que uma sombra se impôs atrás de mim: Daniel. A presença dele, intensa e imponente, interrompe a discussão. Seu olhar frio fixa-se no meu chefe, e sua voz, firme, soa como um golpe.

— Com todo o respeito, quem decide aqui sou eu. Ela tem mais do que o suficiente para lidar no momento. E você não faz ideia do que está acontecendo.

Meu chefe fica em silêncio, surpreso. Mas Daniel não me dá tempo para fugir. Erguo o olhar e, ao encará-lo, não consigo dizer nada. O choque, a dor e o medo estão ali, claros, visíveis para ele.

O ar entre nós é pesado, a tensão espessa. Ele não diz uma palavra, mas seu olhar fixo transmite tudo. O que ele quer? Por que está ali? Depois de tanto tempo, e agora, com tudo que eu não havia contado?

Quero fugir novamente, mas suas palavras ainda ecoam em minha mente. E a verdade sobre minha gravidez me prende ali, incapaz de ir embora. Engulo em seco, a voz trêmula, mas firme o suficiente para romper o silêncio.

— Daniel...

O olhar dele se suaviza por um instante, mas a expectativa está evidente. Eu sei que qualquer coisa que eu diga mudará tudo entre nós. Sei que ele merece respostas, e que não há mais como fugir.

— Isso... vai mudar tudo, Daniel — Murmuro, a dor e a vulnerabilidade claras na minha voz.

O silêncio que segue é carregado de significado. A realidade daquela gravidez, do que mantivemos em segredo, está ali. Ele sabe. Eu sei. E ambos precisamos enfrentar, finalmente, as perguntas que deixamos sem resposta.

A questão paira no ar, inevitável: estará ele preparado para as respostas que eu tenho de dar?

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