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Capítulo 14: De Volta à Vida Real

O jatinho segue silencioso, com o suave zumbido dos motores criando uma sensação de tranquilidade no ar. O sol da tarde inunda o interior, e eu me sinto suspensa entre o passado que deixei para trás e o futuro incerto que me espera. Ao meu lado, Daniel está pensativo, os olhos fixos na janela, mas algo em seu olhar transmite uma calorosa esperança que me faz querer acreditar no que vem pela frente.

— Eu ainda não conheço a sua história — ele diz de repente, quebrando o silêncio, a voz suave, curiosa. — Como você entrou na VIPSecret?

Sinto um calor subir pelo meu rosto, e um nó se forma na minha garganta. Falar sobre isso nunca foi fácil, mas a maneira como ele me observa, com tanta atenção e sem julgamento, faz meu coração se abrir, mesmo que relutante.

— Você conhece sim — respondo, com um sorriso fraco, tentando disfarçar a tensão. — O dossiê. Completo.

Daniel me observa com calma, mas seu olhar é penetrante. Ele parece querer entender mais do que qualquer pedaço de papel poderia transmitir.

— Eu quero ouvir de você — ele diz, a voz suave, mas firme. — Não de um pedaço de papel, Lana. Quero ouvir você. O que você passou. O que você sente.

Eu respiro fundo, tentando organizar as palavras. Ele me dá espaço, não pressiona, mas sua presença é tão intensa que me sinto compelida a compartilhar.

— Quando meus pais faleceram, tudo virou um caos. Minha irmã ainda era muito pequena, e eu precisei ser forte... Mas, por dentro, eu estava quebrada. A VIPSecret apareceu como uma saída, um jeito de garantir o futuro dela. Eu hesitei, não queria esse tipo de vida, mas sabia que não tinha outra escolha. Foi difícil... cada dia foi difícil. Mas eu sabia que era a única maneira de dar à minha irmã a vida que ela merecia.

Daniel me observa em silêncio, mas posso ver a dor e a compreensão em seus olhos. Não há julgamento, só uma aceitação profunda, então continuo.

— Eu não queria isso para mim. Mas eu precisei fazer o que fosse necessário. Eu fiz escolhas, e nem todas foram fáceis — minhas palavras saem em um suspiro, a pressão no peito quase insuportável.

Ele me olha atentamente, seu olhar ainda está curioso, como se quisesse saber mais.

— Quantos homens você já ficou? — ele pergunta, não há agressividade, apenas curiosidade, uma tentativa de entender mais sobre mim.

Meu estômago se revira, e a resposta parece escapar de mim. Tento me esquivar, mas a tensão no ar é palpável. Antes que eu consiga falar, desvio, tentando aliviar a atmosfera.

— Se você for desistir do pedido de namoro, me avisa — digo, tentando brincar, mas a minha voz traindo a insegurança.

Ele me olha com uma expressão serena, como se tudo o que eu falasse fosse recebido com mais compreensão do que eu imaginava.

— Não é isso, Lana — ele responde, a voz suave. — Eu só quero te conhecer melhor. Eu realmente quero saber quem você é.

— A Sarah, dona da agência, nos deixa escolher nossos limites — tento mudar de assunto, mas a insegurança ainda está lá. — Mas, quanto mais envolvimento, mais dinheiro.

Ele me observa com olhos penetrantes, e posso sentir a intensidade da sua curiosidade.

— E você não quer me dizer quantos? — ele pergunta, a voz mais baixa, mas sem pressa.

Meus dedos apertam o tecido da cadeira, e eu tento buscar forças para ser honesta. Não sei se estou pronta para falar sobre tudo isso, mas a suavidade de seu olhar me dá coragem.

— Não é fácil quantificar. Cada encontro foi diferente. E, sinceramente, não importa quantos foram. O que importa é que fiz tudo o que pude para cuidar da minha irmã — minha voz falha um pouco no final, mas eu preciso que ele entenda — Você me julga? — a pergunta escapa antes que eu consiga impedir.

Ele me observa por um momento, os olhos suaves e cheios de uma compreensão que eu nunca imaginaria encontrar em alguém. Então ele sorri, como se tivesse encontrado uma parte de mim que eu nem sabia que precisava mostrar.

— Eu nunca vou te julgar, Lana. Nunca. Eu vejo você, e o que vejo é alguém forte, alguém que fez o que pôde para proteger quem ama. E isso, para mim, é mais importante do que qualquer coisa que você tenha feito no passado.

Suas palavras chegam como uma onda de alívio. Finalmente, alguém não me julga, alguém me vê por quem eu sou e pelo que fiz. Antes que eu tenha chance de falar mais, ele se inclina para me beijar. O toque suave nos meus lábios é tudo o que eu preciso, e tudo o que eu quero.

O beijo, que começa delicado, logo se torna mais intenso. As mãos dele tocam meu rosto com uma suavidade que me faz perder o controle. O calor entre nós dissolve as dúvidas e medos que ainda existiam. E por um instante, não há mais nada além de nós dois.

Quando nos afastamos, nossos olhares se encontram, e ele sorri, como se soubesse que, de alguma forma, estamos em sintonia.

— Vamos enfrentar isso juntos, certo? — ele pergunta, a voz cheia de determinação, mas também de algo mais profundo, uma promessa silenciosa.

— Juntos — respondo, o coração batendo mais forte, sentindo pela primeira vez que o futuro pode ser mais do que uma incerteza.

Ao chegarmos ao Brasil, o calor me envolve, mas o que realmente me deixa nervosa é o olhar de Daniel. Ele tem algo em mente, e a curiosidade me consome.

— Tenho uma surpresa para você — ele diz, o sorriso no rosto fazendo meu coração acelerar.

Tentando disfarçar a ansiedade, pergunto, com a voz trêmula — Uma surpresa?

Ele não revela nada, mas logo percebo que estamos indo em direção ao internato onde Ana está. Uma sensação de inquietação começa a tomar conta de mim.

— Daniel, o que você está aprontando? — pergunto, mais ansiosa agora.

Ele não diz uma palavra, mas logo nos encontramos diante do internato, e ele, com aquele sorriso enigmático, revela a surpresa.

— Enquanto você estava falando ao telefone na varanda da suíte, eu ouvi você dizer que queria trazer a Ana para morar com você novamente. Já pedi ao advogado para organizar a saída dela — ele diz, a voz suave, mas com uma confiança que me faz sentir uma onda de gratidão imensa.

Fico sem palavras por um instante. Ele realmente estava prestando atenção em tudo, muito mais do que eu imaginei.

Chegamos ao internato, e, ao ver Ana correndo em minha direção, o peso da ansiedade se dissolve. A sensação de segurança que sempre procurei se instala em meu peito, e tudo parece se encaixar.

Ela olha para Daniel, seus olhos curiosos e desconfiados.

— Quem é você? — ela pergunta, com uma inocência que me faz sorrir.

— Ele é uma pessoa especial, Ana. Ele vai cuidar de nós — digo, tentando transmitir a confiança que finalmente sinto.

Daniel sorri para nós duas, e há tanta ternura em seu olhar que eu vejo, naquele momento, que ele realmente se importa com o que é importante para mim.

— Tenho outra surpresa para vocês — ele diz, e a expectativa cresce ainda mais.

Ele nos leva até uma casa linda, com um jardim vibrante e espaço de sobra para nós duas. Eu fico atônita, sem palavras.

— Daniel, não posso aceitar isso — digo, sem saber o que mais dizer. Sinto que minha vida está mudando, e não sei se estou preparada para tanto.

— É parte do pagamento pelo que você fez. Já está resolvido — ele responde com firmeza, sem deixar espaço para discussão.

Antes que eu possa argumentar, meu celular vibra. A mensagem de Sarah surge na tela: Sarah – VIPSecret: Lana, cancelei sua suspensão. Pode voltar amanhã. Hesito por um momento.

Daniel percebe, e sua expressão muda, mas ele não diz nada. Ele se aproxima e me dá um beijo suave no rosto e vai embora, como se precisasse de espaço.

Ligo para Sarah.

— Sarah, sou grata, mas não posso e não quero voltar... — digo, minha voz firme, como nunca antes.

Quando a ligação termina, envio uma mensagem para Daniel.

"Daniel, já pedi demissão da VIPSecret."

Uma sensação de leveza me envolve, uma sensação de liberdade que eu nunca soube que precisava. O futuro ainda é incerto, mas algo dentro de mim diz que estou pronta para vivê-lo, ao lado de alguém que realmente se importa.

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