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Capítulo 12: Conselhos

Estou caminhando pelas ruas quando encontro Lana. Ela tem um olhar distante, como se estivesse perdida em seus próprios pensamentos, e não posso evitar me aproximar. Parece estar em um lugar muito longe daqui, com um peso em seu rosto que nunca vi antes. De certa forma, vejo Lana como uma irmã, mais do que apenas alguém envolvida com Daniel.

Quando nos encontramos, ela sorri, mas é um sorriso forçado, e eu logo percebo isso. Mesmo com a proximidade, sinto que algo a corrói por dentro. Lana sempre foi tão cheia de vida, tão independente, mas agora algo nela parece quebrado. E sei que a causa disso está bem diante de mim.

— Vai à despedida de solteira? — pergunto, tentando parecer casual, mas, na verdade, o que mais quero é entender o que está acontecendo com ela. Minha família, Daniel... tudo parece tão confuso e emaranhado. Não quero me envolver demais, mas não posso ignorar o que vejo.

Lana balança a cabeça e responde de forma tranquila, quase vazia: "Vou embora hoje, o dever me chama."

Naquele instante, percebo que ela quer dizer mais. Está tentando fugir de algo, talvez tentando recuperar o que foi perdido. E sei que, no fundo, Lana está se afastando de Daniel. Uma parte de mim quer gritar para ela não desistir dele, porque vejo que ele também está perdido. Mas não quero interferir. Daniel é complicado, e, por mais que nossa relação seja boa, sei que nunca vou entender totalmente o que ele busca.

Mas também sei que ele é capaz de grandes gestos. Algo me diz que está fazendo tudo errado, mas, no fundo, ainda se importa com Lana. Ele não sabe como demonstrar isso, e Lana, por sua vez, ergue uma muralha ao redor de si mesma. Entendo o motivo, sei que é difícil para ela ver uma luz nesse túnel. Mas quero que ela saiba que ainda há algo ali. Só não sei como ajudar.

Olho para ela, com os olhos marejados e aquele ar de quem está prestes a desabar. Me sinto impotente. Queria que fosse mais simples, que tudo se resolvesse como num conto de fadas, mas sei que a vida não funciona assim. Existem feridas profundas, e ele é difícil de lidar. Mas não quero que ela desista completamente. Daniel tem seus defeitos, mas se importa. Eu vejo isso, mesmo que seja difícil para ele demonstrar. Parece que ele tem medo de se entregar totalmente, e isso está machucando Lana. Não quero que ela desista dele.

Respiro fundo, tento encontrar as palavras certas sem ser invasiva nem pressioná-la. Mas vejo o que está prestes a acontecer se ela não lutar por isso.

— Não desista dele, Lana. Ele pode estar perdido, mas você é o que ele realmente precisa. Não deixe ele escapar para sempre. Você sabe o que ele significa para você, e eu sei o que ele significa para você. Não desista, por favor. Ele não é perfeito, mas se ainda há algo entre vocês, se ainda houver uma chance, lute por isso.

Lana me olha em silêncio por um momento, com olhos cansados, quase derrotados, mas sei que ela está ouvindo. A questão é se ela está pronta para escutar o que seu próprio coração diz.

Ela fica quieta, com o olhar distante, como se estivesse pesando minhas palavras. Observo atentamente, tentando entender o que passa em sua mente.

— Clara... — ela diz, sua voz baixa, quase como se estivesse tentando se convencer. — Eu não sei. É difícil ver tudo isso, ver como ele agiu... Eu me deixei levar, e para ele é só um contrato. Não sei se vale a pena tentar.

Tento manter a calma, quero que ela entenda que não é sobre forçar nada, mas sobre perceber que o que existe entre eles não vai desaparecer tão facilmente.

— Eu sei que está difícil. Ele cometeu erros, mas você conhece o coração dele, Lana. Ele tem medo. Medo de se entregar, medo de perder. Eu já vi isso em filmes: contratos que começam frios, mas acabam se transformando em algo verdadeiro. Eu acredito que o que vocês têm vai além de um simples acordo. É real, mesmo que seja difícil de enxergar agora.

Lana balança a cabeça, como se tentasse afastar minhas palavras, mas vejo a tensão em seu rosto, a confusão.

Ela ri com um humor forçado e solta um longo suspiro, como se estivesse lutando contra algo muito profundo.

— Clara, minha vida, apesar de parecer um dramalhão digno de Oscar, não é... Eu não sei se consigo, não sei se é possível voltar atrás depois de tudo. E se eu me machucar ainda mais, Clara?

A dor em sua voz me aperta o peito. Sei o que ela sente. Não é fácil confiar novamente quando a confiança foi quebrada, mas ainda é possível. Só é preciso dar o primeiro passo. Às vezes, as pessoas precisam de mais tempo para perceber o que realmente importa.

Me aproximo dela, tentando ser suave, mas firme.

— Às vezes, o amor envolve riscos, Lana. Sei que parece assustador, mas o que mais te assusta: arriscar e tentar, ou viver com o arrependimento de nunca ter dado uma chance real? Você sabe o que sente, e ele também. Só é preciso fazer o que é certo, por mais difícil que seja. E você não está sozinha. Sou sua amiga e estou aqui para o que precisar. Você não precisa fazer isso sozinha.

Lana fica quieta, os olhos perdidos no horizonte. Posso ver que ela está pensando, processando tudo, mas está lutando contra a ideia de se entregar mais uma vez, de abrir o coração e confiar novamente.

— Eu não sei... — ela sussurra, mas há um leve brilho em seus olhos, um vislumbre de algo que não está totalmente perdido. — Não sei se sou forte o suficiente para isso.

Sorrio suavemente, tentando transmitir todo o apoio que sinto.

— Você é mais forte do que pensa, Lana. E, se decidir tentar, vai descobrir que é capaz de mais do que imagina. Só não desista dele. Nem de você mesma. Às vezes, é quando estamos prestes a desistir que descobrimos o quanto somos capazes de lutar pelo que realmente importa.

Ela fica em silêncio por um momento, antes de finalmente me olhar, como se tivesse tomado uma decisão, ou pelo menos começado a entender o que precisa fazer.

— Vou pensar sobre tudo isso, Clara. Obrigada.

Sinto-me aliviada. Não peço que ela tome uma decisão imediata, apenas quero que ela saiba que há uma chance, uma possibilidade, e que ela não está sozinha. No final, o que realmente importa é que Lana escolha o que for melhor para ela, com ou sem Daniel.

— Por nada. Agora, coloca um sorriso no rosto e vamos aproveitar o resto desta viagem. Nada de ir embora. Te espero na minha despedida de solteira, ok?

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