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Capítulo 11: Despedida de Solteira da Clara

Não sabia como havia chegado até aquele ponto - onde tudo parecia emaranhado, doloroso, e as emoções se misturavam como uma tempestade dentro de mim. O sol brilha lá fora, iluminando a paisagem, mas a luz não é suficiente para dissipar a escuridão que toma conta do meu coração. A vista deslumbrante da suíte era ofuscada pela imagem de Daniel e Caroline, que continua a me atormentar. Aquelas cenas se repetem em minha mente, como uma tortura incessante, e cada vez que tentava afastá-las, elas voltam com mais força.

Sei que preciso confrontar Daniel, colocar as cartas na mesa. Porque, ao contrário do que ele pensa, eu não sou apenas uma acompanhante para ser descartada quando o jogo termina. Eu mereço mais do que ser tratada como uma peça de um tabuleiro que ele manipula à sua vontade. Eu mereço ser mais do que isso.

Vou até a sala onde ele está e, assim que nossos olhares se encontram, vejo o rosto que domina meus pensamentos e sentimentos, agora com aquele olhar que tanto temo. Tento não deixar que ele perceba a vulnerabilidade que me domina, mas é impossível esconder a ansiedade crescente dentro de mim.

— Precisamos conversar — digo, tentando firmar a voz, mas o tremor de nervosismo é inconfundível. Ele hesita por um momento, mas acena para que eu entre.

Vou direto ao ponto, sem rodeios.

— O objetivo está cumprido, Daniel. — As palavras saem com uma clareza que me surpreende. — E, por isso, peço permissão para ir embora. Não sei como você consegue fazer tudo isso sem se importar, mas...

Daniel parece surpreso, como se minha sinceridade o tivesse atingido de forma inesperada. Ele abre a boca para falar, mas eu o interrompo antes que qualquer palavra saia.

— Você conseguiu, Daniel. A reconquista de Caroline foi um sucesso. — A ironia em minha voz é amarga, e o sorriso que se forma em meus lábios não é nada genuíno, mas sei que ele entende perfeitamente. "Você é bom em manipular pessoas", penso, o peso da nossa relação me sufocando como uma corrente invisível.

Ele dá um passo em minha direção, agora com uma expressão mais séria, mais calculada, como se tentasse entender o que está por trás da minha mudança repentina.

— Lana, você está dizendo isso porque está magoada. Eu não queria que isso acontecesse, nunca quis te fazer sofrer...

Mas suas palavras, que antes talvez tivessem algum poder sobre mim, agora soam vazias. Não consigo mais ouvir promessas que não têm significado real.

— Só quero ir embora... — minha voz soa mais firme agora, cortando o silêncio como uma lâmina. — Sei o que está acontecendo, Daniel. Você nunca se importou de verdade comigo. E agora você tem Caroline de volta. O que mais há para discutir?

Ele suspira, frustrado, como se, pela primeira vez, a situação estivesse realmente lhe afetando. Aproxima-se mais, como se tentasse me convencer a mudar de ideia, mas seus olhos... aqueles olhos... mostram que ele só quer uma saída confortável, uma desculpa para não lidar com as consequências de suas escolhas.

— Não é assim tão simples, Lana. Quero que você fique. As coisas nunca foram simples entre nós... — Ele fala, a voz agora mais suave, mas a tensão ainda visível em seus olhos. — Eu... eu me envolvi de uma forma que não esperava. Mas não é tarde demais. Podemos tentar entender o que isso significa.

Encaro-o, sentindo um misto de frustração e desgosto crescer dentro de mim. Como ele pode falar assim, como se tudo tivesse uma explicação fácil? Ele acha que pode simplesmente ajustar os fios soltos da nossa história, mas a realidade não é tão simples. Não para mim.

— Você acha que pode me convencer agora, Daniel? — Respondo, com a voz baixa, mas carregada de uma dor que ele parece não perceber. — Você nunca foi claro comigo, sempre jogando com as minhas emoções, e agora vem com esse papo de que se envolveu de uma forma que não esperava? Não sou idiota e não estou mais disposta a ser uma peça nesse jogo.

Ele dá um passo à frente, como se quisesse se aproximar ainda mais, mas algo em mim o impede.

— Eu... não queria que fosse assim, Lana — ele tenta, uma expressão de remorso surgindo, mas ainda insuficiente para quebrar a barreira entre nós.

— Não queria? — Rebato, forçando um riso sem humor. — Então me explique como tudo isso aconteceu, Daniel. Porque não estou mais disposta a viver uma mentira só para manter as aparências.

Balanço a cabeça, sentindo o peso de suas palavras, a maneira como ele tenta manipular a situação mais uma vez.

Decido que é hora de seguir em frente. Dou-lhe as costas e saio sem esperar sua resposta.

Resolvo conhecer o que o Havaí tem de melhor. À medida que caminho pelas ruas, a sensação de liberdade começa a tomar conta de mim, como se uma corrente invisível tivesse se rompido. As ondas quebrando na areia são a única coisa que consigo ouvir, o som da minha alma tentando encontrar paz em meio ao caos.

Enquanto caminho, encontro Clara, radiante em seu vestido colorido, e não consigo evitar pensar em como ela, com sua energia pura e bondosa, sempre me fez sentir que sou mais do que apenas uma espectadora no jogo da vida.

— Lana! — Clara me chama, vindo até mim com um sorriso brilhante. — Você está bem? Percebi que você não foi ao café da manhã com os noivos e nem confirmou sua presença para a minha despedida de solteira.

Sua pergunta é direta e me pega de surpresa. Clara tem um jeito único de enxergar as coisas que poucos conseguem.

— Estou apenas explorando — respondo, tentando evitar desviar para a verdade, mas Clara não se deixa enganar.

— Preciso te contar algo — ela diz, inclinando-se para mim com um tom mais baixo. — Lucas me falou sobre o contrato entre vocês.

Meu coração dispara. Como Lucas poderia fazer isso? Mas Clara não para por aí.

— Sempre percebi que você e Daniel têm uma conexão. E, sinceramente, nunca gostei de Caroline. Ela só está aqui porque a família dela e a do meu noivo são amigas... Não sei, talvez você e Daniel realmente se gostem.

Fico em silêncio, absorvendo suas palavras. Clara tem razão. Parte de mim quer acreditar que há algo mais entre Daniel e eu do que apenas um contrato. Ela segura minhas mãos com carinho e me olha com uma compreensão que me toca profundamente.

— Não quero que você se sinta sozinha, Lana. Apesar de termos nos conhecido recentemente, já te considero uma amiga.

Essas palavras são como um bálsamo para minha alma. Em meio ao turbilhão de emoções, Clara está aqui, oferecendo-me uma mão amiga. Sinto uma onda de alívio, como se pudesse finalmente exalar tudo o que estava preso dentro de mim.

— Desde que minha mãe faleceu, ninguém se preocupa comigo. Só... não quero me afastar de você, mas isso implica ver Daniel, e não sei se consigo — desabafo, a dor transparecendo nas minhas palavras.

Clara aperta minha mão, e eu continuo.

— E o pior é que, apesar de tudo, me apaixonei por ele.

As lágrimas escorrem dos meus olhos, e sinto um peso sendo retirado do meu peito. Clara me olha com compreensão e, de forma inesperada, sorri levemente.

— Vamos aproveitar esta viagem, e quem sabe o que pode acontecer entre você e Daniel?

Algo muda dentro de mim após essa conversa. Talvez eu não tenha todas as respostas, mas decido ficar e ir à despedida de solteira de Clara. Como poderia me afastar de algo tão importante, de uma amizade que está apenas começando?

A noite chega, e me arrumo para a despedida. Coloco um vestido curto, azul, que deixa minhas costas à mostra, e faço um coque despretensioso, com alguns fios soltos caindo suavemente ao redor do rosto. Ao me vestir, uma sensação de liberdade me invade. É como se, ao colocar esse vestido, eu estivesse deixando para trás um peso enorme.

Quando saio do quarto, percebo Daniel me observando com intensidade. Seus olhos percorrem cada detalhe, demorando-se em mim, e ele logo diz, com a voz baixa e quase imponente:

— Você está linda.

Finjo que não ouvi e sigo em direção à porta. Ele insiste.

— Sério, Lana, você está incrível.

Paro e viro lentamente para ele, sem esconder o desconforto. Respiro fundo e, com um sorriso forçado, pergunto:

— Você tem algum problema?

A expressão dele muda rapidamente, como se minhas palavras o tivessem atingido. Por um segundo, quase vejo uma ponta de frustração em seus olhos, mas ele rapidamente se recupera e não responde. Não quero mais me envolver nesse jogo, e aquele comentário dele só me faz sentir mais distante.

Desço para o salão de festas, e a atmosfera logo me envolve. A festa está incrível, cheia de risos, danças e vinhos. Permito-me rir mais do que o normal, beber mais do que devo e me divertir com as amigas de Clara. Por um momento, consigo esquecer a confusão que Daniel causou em meu coração.

Caroline está lá, mas faço questão de ignorar sua presença. Ela parece em seu próprio mundo, distante, e eu me mantenho ocupada para não me deixar afetar.

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