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Capítulo 10: Entre Mentiras e Confissões

Observo Lana se afastar e bater a porta. O aperto no meu peito é  intenso, uma mistura de arrependimento e frustração. Eu estou dividido entre Caroline e Lana, e não quero machucar a última. Sei que o contrato que temos pode dar errado a qualquer momento, mas, ao mesmo tempo, a razão pela qual Lana está aqui me pesa na consciência. Ela precisa do dinheiro para seguir com a vida e cuidar da irmã. Será que o que sinto por ela é compaixão disfarçada? A ideia me deixa inquieto.

Decido me espairecer e vou para o banheiro. O jato quente da água me envolve como um abraço reconfortante, mas nem mesmo isso consegue dissipar a confusão que me atormentava. Como eu pude agir daquela forma com Lana? A lembrança das noites passadas estavam frescas na minha mente, o jeito como ela se entregou a mim, a vulnerabilidade em seus olhos, e como, em um único instante, tudo se transformou em um desentendimento desgastante.

Após alguns minutos de reflexão sob a água, ouço uma batida na porta que me faz praguejar mentalmente. "Quem é agora?" penso, frustrado. Mas, em um impulso, imagino que poderia ser Lana, que talvez tivesse se esquecido das chaves. Rapidamente me enrolo na toalha, ainda sentindo o vapor da água em meu corpo, e ao abrir a porta, sou surpreendido pela visão de madeixas loiras.

— Caroline? — pergunto, tentando esconder a surpresa que me invade.

— Sim, esperava outra pessoa? — responde ela com um sorriso malicioso, enquanto passa por mim e entra na suíte sem me dar a chance de reagir.

Fico paralisado por um segundo, o coração disparado. Caroline sempre teve essa habilidade de entrar no meu espaço, e, naquele momento, eu não tinha certeza do que queria.

— Eu vi Lana no bar do hotel — ela diz, com um tom provocador. — Não sabia que vocês estavam tão... próximos.

As palavras dela são como um soco no estômago. A imagem de Lana, a expressão confusa no rosto dela, me atormenta. O que eu estou fazendo? O que há de tão atraente em Lana que me faz esquecer o meu objetivo de reconquistar Caroline? O meu lado racional se debate, enquanto a atração e o desejo tomam conta de mim.

O que está acontecendo entre mim e Lana está emaranhado na minha mente, e eu me sinto culpado. Lembranças de como ela me olhou na noite passada e como ela estava tão vulnerável ainda queimam na minha memória. Tinha sido um momento intenso, mas agora parece tão distante, como se tivesse ocorrido em outra vida. E aqui está Caroline, em toda sua glória, me puxando para a realidade de um jeito que eu não estou pronto para enfrentar.

Ela se aproxima e me dá um beijo, e, no meio da confusão, eu acabo cedendo, permitindo que a atração tome conta de mim. O que começa como um impulso se arrasta pela madrugada, e quando dou por mim, Caroline e eu passávamos a noite juntos, entregues ao momento de maneira impensada.

Na manhã seguinte, acordo com o barulho da a porta se abrindo com um rangido, me viro, e a pessoa que eu vejo me deixa paralisado. A silhueta que aparece na entrada tinha cabelos escuros e olhos brilhantes, e eu reconheço Lana imediatamente. O olhar dela — demonstra um misto de surpresa, dor e indignação — me atinge como uma onda. A sensação de arrependimento e culpa quase me derruba.

Ao abrir a porta, paro imediatamente, meus olhos se fixando na cena diante de mim: Daniel está deitado na cama, a luz suave da suíte refletindo em seu rosto, e ao seu lado, Caroline, com um sorriso de vitória estampado no rosto. O contraste entre os dois me atinge como uma onda fria. Ela está deitada ao seu lado, casual, mas os olhos dela estão fixos em mim, desafiadores. Sinto o sangue ferver nas veias, a dor e o ciúme se entrelaçando, criando um nó apertado no meu peito.

Por um momento, o tempo parece desacelerar. Eu fico ali, parada, absorvendo a cena, o que ela implica, e como tudo o que havia tentado ignorar agora se coloca diante de mim com uma clareza brutal.

Caroline se inclina para Daniel, tocando o braço dele de maneira possessiva, o que me faz apertar os punhos. Daniel, por sua vez, não parece surpreso. Ele apenas me observa, um misto de calma e alerta em seus olhos, como se já soubesse que eu veria aquela cena em algum momento.

O silêncio entre nós três é pesado, mas não consigo mais segurar. O que está acontecendo aqui, afinal?

— Daniel... — minha voz sai mais fria do que eu pretendia, mas ele não parece surpreso.

Ele se levanta lentamente da cama, sem pressa, mantendo aquele olhar fixo em mim.

— Você demorou, Lana. — Sua voz é calma, mas há uma pressão ali, uma expectativa. Como se estivesse me testando de novo, como se eu fosse apenas mais uma reação a ser manipulada.

Caroline, por outro lado, levanta uma sobrancelha, e um sorriso sarcástico se forma nos lábios dela.

— Parece que a noiva está um pouco atrasada, não é? — Ela se recosta, satisfeita com o desconforto que causa.

Eu sinto o peso das palavras dela, e não sei se a irritação vem de minha própria vergonha, de como estou me sentindo exposta, ou da raiva crescente por ela se aproveitar disso.

— O que você quer, Caroline? — Tento manter a calma, mas a frustração transparece em meu tom.

Caroline dá um sorriso venenoso, e sua voz é doce, mas cheia de veneno.

— Eu? Eu só quero ver até onde você está disposta a ir por esse jogo, Lana. Porque Daniel já me deixou claro que você não é nada além de um capricho. E eu sou tudo o que ele realmente precisa. — Caroline diz com um sorriso vitorioso, virando-se para Daniel com um olhar cúmplice.

A amargura das palavras dela me atinge como uma onda. O que mais me incomoda não é só a certeza de suas palavras, mas o fato de que, de algum modo, talvez ela esteja certa. Daniel nunca se importou realmente comigo, e agora, ele está jogando um jogo muito maior, com um prêmio muito diferente do que eu esperava.

Sem pensar, avanço sobre Caroline e, num ímpeto, nós duas trocamos tapas. A dor da frustração e da humilhação arde em minhas mãos, mas é a única reação que consigo ter diante da situação que parece escapar de meu controle.

Daniel se levanta da cama com uma calma tensa, caminhando até mim e se colocando entre nós. Ele agarra meus braços com força, me separando de Caroline, e com um olhar severo, pede:

— Caroline, saia. Agora.

Ela hesita por um segundo, mas seu orgulho a faz sair sem protestar, deixando-nos sozinhos.

Respiro fundo, tentando não sucumbir à onda de emoções que ameaça me derrubar. Ele pode ter Caroline ali, ele pode ter todo esse jogo montado, mas eu tenho o direito de decidir até onde vou permitir que ele me use.

— Eu não sou seu capricho, Daniel. — Minha voz sai firme, apesar do turbilhão por dentro. — E eu não vou mais permitir que você me trate como se fosse.

Ele me observa com intensidade, e, por um momento, parece que ele vai reagir. Mas, em vez disso, ele apenas dá um passo para trás, como se estivesse aceitando o que eu disse, ou talvez apenas calculando os próximos movimentos.

Caroline, no entanto, não perde tempo.

— Você vai se arrepender, Lana. — Ela diz com um tom de desdém, quase previsível, enquanto sai, lançando um último olhar de desprezo para mim.

Sinto a raiva, a frustração e uma dor amarga que não sei como lidar. O que quer que eu faça, ela já me vê como uma rival, e eu não sei se tenho forças para competir com o que Daniel está realmente procurando. A sensação de ser uma peça em um jogo maior, que eu não fui capaz de entender, me sufoca.

Quando a porta se fecha atrás de Caroline, o silêncio entre mim e Daniel é profundo, carregado de palavras não ditas.

Bato palmas e digo, com ironia — Parabéns, Daniel. Você alcançou seu objetivo. Demorou menos do que eu pensava. Realmente, o prêmio de melhor ator vai para você.

Ele permanece ali, parado, observando-me com uma expressão indecifrável. O ar entre nós parece denso, como se estivéssemos prestes a dizer algo que mudaria tudo, mas, em vez disso, ele me surpreende com uma pergunta.

— Lana, o nosso contrato deixou tudo muito claro: "não se apaixone". — Ele faz uma pausa, e eu percebo a tensão na sua voz. — Você se apaixonou por mim?

Eu congelo. As palavras dele ecoam na minha mente, e por um momento, não sei o que responder. Como posso? Como posso entender o que sinto quando tudo ao meu redor parece ser apenas um jogo, e eu nunca pedi para ser uma peça nesse tabuleiro?

— Eu achei que você também estivesse... — Deixo as palavras escaparem, minha voz mais baixa do que eu esperava.

Daniel me observa, seus olhos penetrantes como se tentassem ler minha alma, como se cada pensamento meu fosse uma página que ele pudesse decifrar. O silêncio entre nós cresce, pesado.

Ate me encara e diz — Não se iluda, Lana. A única coisa que sinto por você é compaixão. — Ele diz isso com uma frieza cortante, mas algo em seus olhos me faz questionar se ele também está mentindo para si mesmo.

A raiva começa a ferver dentro de mim, e antes que eu possa me controlar, as palavras escapam com mais intensidade do que eu gostaria.

— Daniel, você pega essa compaixão e vai se foder! — Minha voz sai tremida, mas cheia de um desgosto profundo. Eu perdi o controle da situação, e não me importo mais.

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