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Capítulo 17: E se ela partir?

Gustavo: Certo. Quando você quiser…

Eu olho pela milésima vez a última mensagem que mandei e não recebi resposta. Eu disse isso há dois dias.  Eu já passei de ansioso para bravo novamente. Eu posso ter exagerado, mas ela ainda deixou minha filha passar um dia inteiro com meu irmão, se eu devo um  pedido de desculpas, ela deve também e se ela quer partir sem isso, eu não posso fazer nada!

A risada de Aurora me traz de volta à realidade, nós estamos assistindo Viva, minha filha ainda é muito pequena para entender a profundidade desse filme, então, por enquanto, é apenas um filme colorido que ela ama - mesmo não tendo princesas. 

O som de uma notificação faz meu coração disparar e eu imediatamente olho. Seguro a frustração ao ver que é uma mensagem de Pedro. Abro sabendo que ele vai falar sobre hoje a noite. O bar está aberto, mas hoje é minha folga e a de Yasmim.

Pedro: Mano, a Yasmim convidou a Esmeralda para o churrasco.

Eu devia achar ruim, mas não consigo fingir. Ainda bem que Pedro não está me vendo, pois eu sorrio. 

— Papai…

Olho para Aurora e só então percebo que a atenção dela não está mais no filme, mas sim em mim.

— Sim, princesa?

— A Esmeralda ainda tá trabalhando?

Odeio mentir para Aurora, mas eu estava lá, eu vi quando Esmeralda se despediu dela.

— Ela está, meu bem, mas hoje nós vamos encontrar com ela.

Aurora abre um sorriso tão sincero que destrói o meu coração.

— Vamos?

— Sim, no churrasco na casa do tio Pedro.

— Eba!! Vou levar a coroa dela.

— Faça isso, princesa, ela vai amar.

Ela sorri e volta sua atenção ao desenho. Tento fazer o mesmo.

— Papai, um dia vou ter outra mamãe ou depois que a minha foi para o céu, eu fico sem?

A pergunta me pega de surpresa. Pode ser a cena do filme ou apenas curiosidade genuína, mas é a primeira vez que ela fala dessa forma. Não sei o que responder.

— Querida, se um dia eu me casar, você terá uma nova mamãe.

— Você vai casar um dia?

— Eu não sei, princesa.

— Eu não posso escolher?

— Infelizmente não, mas eu nunca escolheria uma mamãe que você não goste.

Não sei se ela entendeu realmente alguma coisa do que eu disse, mas eu sinto que devo deixar claro que sua felicidade é minha maior prioridade.

—  Eu ia querer a Esmeralda.

Ela diz e meu coração dá um salto. Eu me recuso a pensar que vejo a possibilidade de também querer isso.

— Princesa, já falamos que a Esmeralda está aqui de férias, certo? Ela vai embora logo.

Um frio na espinha sobe em mim, penso na conversa com Eduarda e sei que esse logo pode estar mais perto do que imagino.

— Mas, papai, então por que ela está trabalhando?

Prendo um suspiro diante de tantas perguntas infantis. Eu gostaria de dar outras respostas.

— Porque ela trabalha em casa, então aproveitou para fazer as duas coisas: passear e trabalhar.

— Ser adulto é ruim. Vocês nunca têm férias.

Eu devia achar graça, mas mais uma vez sou tomado pela culpa. Eu tenho férias, mas na época que Aurora já está na escola e acho que ela nem se dá conta. Além disso, Esmeralda só não está aqui com ela porque eu as afastei. Mais uma vez meus pensamentos são interrompidos pelo som do meu celular, mais uma vez olho correndo pensando que pode ser Esmeralda. Mais uma vez me engano, dessa vez é minha mãe.

Esmeralda

Eu respiro fundo antes de entrar na casa de Yasmim e Pedro. Sei que Aurora e Gustavo estão aqui, Yasmim não escondeu isso de mim. 

Primeiro pensei em negar, nós nos encontramos por acaso hoje cedo e ela me convidou. Quando eu disse que ia trabalhar, ela insistiu e disse com um tom meio chateado que mandou mensagem e eu ignorei. Então tive que explicar que perdi meu aparelho há dois dias, quando estava passeando com o Alex no Rio. Eu jurava que tinha deixado em cima da mesa de um barzinho quando fui ao banheiro, mas quando retornei, Alex disse que não tinha saído dali e que eu não tinha deixado. Provavelmente eu tinha levado para o banheiro, fui até lá e já não estava mais. Falamos com o dono do bar, mas ninguém viu ou deixou no balcão. Já comprei outro e se eu estivesse em minha cidade, teria chegado, mas bem… Resolvi passar as férias em uma ilha e isso quer dizer que vai demorar mais que o esperado.

Não foi de tudo ruim, tenho uma novidade e tenho certeza que se eu estivesse com o celular, não ia aguentar e acabar contando para Gustavo.

— Está tudo bem.

Yasmim diz percebendo meu nervosismo e me tirando dos pensamentos.

— Eles já estão aqui?

— Eles estão. 

— Sabem que eu vinha?

— Sim.

— Ele não espera que eu ignore a Aurora, né?

— Se ele esperar isso, eu mesma o mando embora dessa casa e ainda me demito do bar.

Ela diz e pisca para mim. Eu sorrio e consigo relaxar um pouco. Quando chegamos em seu quintal, Aurora me vê e vem correndo até mim. Eu nem me preocupo em olhar para Gustavo, apenas abaixo e abraço minha princesa. Eu a ergo em meus braços e sinto meu coração se encher de alegria. Maldito seja o pai dela por nos afastar. Ok. Maldito é forte, ele não é isso, mas ele foi um escroto.

— Oi, Esmeralda, que saudade!

Ela diz feliz, eu sorrio e dou um beijo em seu rosto.

— Oi, princesa, também estou com saudades.

Eu a coloco no chão e começo a mexer em minha bolsa.

— Veja, tenho um presente para você.

— Eba!!

Ela diz enquanto eu pego o pequeno embrulho. Entrego para ela e ela sorri ao abrir e ver  o chapéu jeans com bordados de coração cor de rosa e um escrito em tom mais escuro.

— Está escrito "Princesa". - Eu mostro.

— Eu amei! Obrigada!

Ela diz e sai para mostrar a seu pai. Vou atrás dela. 

— Olha o que ganhei, papai!

Ele olha para o chapéu, sorri para ela.

— É lindo, querida, você quer usar agora?

— Sim, vou ficar muito linda!

Todos nós sorrimos. Gustavo olha para mim.

— Obrigado, Esmeralda.

Seu olhar é tão profundo, tenho a impressão de que sua voz sai até meio rouca. Não há vestígios da hostilidade de nosso último encontro.

— De nada.

— Oi, Esmeralda! 

Pedro diz. Eu sorrio e devolvo o cumprimento. Há poucas pessoas aqui, mas Yasmim me apresenta a todos, eles são simpáticos e meu nervosismo diminui um pouco. Em alguns momentos, percebo que Gustavo está me observando, mas só percebo porque eu o observo também.

Quase duas horas depois de chegar - e ele e eu não trocarmos nenhuma palavra, embora ele não parece se incomodar com a interação que tenho com Aurora - estou pegando um pouco de refrigerante e ele aparece.

— Sem vinho hoje? - ele pergunta.

— Estou dirigindo e tenho certeza que vai chover quando eu for embora. - Respondo, torcendo para meu nervosismo não transparecer.

—  Eduarda já foi embora?

— Eduarda?

— Sua amiga.

— Eu sei quem ela é, só não sabia que você sabia.

Eu digo estranhando. Ela não me disse que os dois se conheceram.

— Ela esteve no bar, nós dois conversamos um pouco.

Isso me pega de surpresa. Eduarda estava convencida que devíamos ter raiva dele. Ela foi embora hoje e notei que nos dois últimos dias, ela parou de ser raivosa, mas estranho ela não ter me contado. 

— Bom, se vocês conversaram, vou deixar que ela mesma diga sobre sua ida.

Isso que eu disse nem faz sentido, mas não estou raciocinando agora. Estou apenas pensando nos dois juntos no bar e no fato de que ela me escondeu isso. Eu me recuso a falar mais, então, apenas começo a me afastar.

— Esmeralda! Espera.

Meu coração dispara e eu viro esperançosa. Talvez ele tenha reconsiderado, talvez tenha percebido o quanto ela foi hostil. 

— Sim?

— Eu… - tenho a impressão que ele solta um leve suspiro, meu coração dispara. - Queria saber se você pode cuidar da Aurora semana que vem.

— O quê?

Sério. Eu quase posso ouvir meu coração partindo de novo.

— Quer dizer, eu vou te pagar. Minha mãe ligou hoje dizendo que ela e meu pai vão viajar e…

— Eu não posso. - Interrompo. - Nossa, então foi por isso que você não se importou. 

— Eu sei que nosso último encontro não foi tão bom, mas eu…

— Não foi tão bom? Você gritou e me mandou ficar longe dela.

— Eu sei, mas…

— Você não confia em mim para cuidar da sua filha e só está me pedindo porque deve estar sem opções.

— Esmeralda…

Eu o interrompo de novo:

— Mesmo que não fosse isso. Não posso. Não estarei aqui.

— Como assim? Você já vai embora?

— Isso importa para você ou você quer saber se vai precisar achar uma outra babá?

Ele suspira de novo e vejo que fica com raiva. 

— Eu não entendo você. - Ele diz.

— Como assim?

— Você age como se não fosse você que está decidida a manter a distância e sem conversas por enquanto.

— Oi? Você está louco?

— Devo estar, Esmeralda, e você que está me deixando assim.

— Eu sou a culpada de todos os seus problemas, né? Mas pelo que sei, você não tem dificuldade em tirar as pessoas da sua vida.

Dessa vez eu não espero por respostas. Apenas saio. Eu volto a sentar com as primas de Yasmim. Gustavo demora um pouco para retornar, mas quando volta, nossos olhares se encontram e tenho a impressão que somos só nós.

— Por que você não vai falar com ele?

Júlia, uma das primas dela me pergunta. Eu me surpreendo e percebo que as outras estão atentas.

— Desculpa, é uma ilha… A gente meio que sabe de tudo aqui.

Eu sorrio e bebo um pouco do meu refrigerante.

— Acabamos de ter uma conversa desagradável.

— É uma pena, confesso que vocês têm sido um bom reality show para a ilha. — Laura, a outra prima, diz. —  Com todo respeito - completa.

— Tudo bem, acho que já acostumei.

— É que desde a gravidez de Bruna, Gustavo nunca mais se envolveu com alguém daqui, ou com turistas duradouras. Sempre com alguém de passagem rápida. — ela explica.

— Foi meio que uma surpresa e é pedir muito que algo assim tire a atenção da ilha. — Júlia concorda. Eu olho para ele, ele está conversando com Pedro, seus ombros estão tensos. Júlia e Laura são agradáveis, conversaram  comigo a noite toda, não sei se é certo eu tentar sondar algo, mas elas não têm com ele a relação que Yasmim tem. 

— Imagino que eu ser amiga de Alex faça a ilha prestar mais atenção.

— Sim. - É a única coisa que Júlia diz.

Eu preciso de mais. Preciso entender o que acontece entre esses dois. Eu tento abstrair, mas a sensação de uma peça fora do lugar sempre está lá.

— Essa briga deles é de muito tempo? - Pergunto.

— Bom, na adolescência eles não eram melhores amigos, mas se falavam. - Laura diz. - Eu namorei com Alex na adolescência. E eu me lembro que logo depois do acidente do Gustavo as coisas desandaram.

— É, sei que houve algo por ali.

Isso não me diz muita coisa, desde a noite que Alex foi me visitar, eu sei que algo nesse dia aconteceu entre eles.

— Mas a parte do bar também deu ruim.

Opa. Isso é novidade.

— O bar?

— Era do avô deles. 

Eu tenho uma lembrança de Gustavo me dizendo que o avô sempre deixaria o bar para ele e isso vai contra o sonho de Alex de ter um bar. Será que essa foi a motivação de tudo? Patrimônio e dinheiro?

— Eles não teriam que dividir?

— Ah, Alex nunca quis o bar. Ele preferiu o dinheiro, sempre foi assim. Mas quando Gustavo assumiu de vez, Alex resolveu que era injustiça, mas ficou com a quantia exata que o bar valia na época. 

— Alex nunca quis o bar?

— Não. 

Ela confirma, eu olho para Júlia que está quieta. Antes que eu pergunte mais alguma coisa, Yasmim aparece e se senta.

— Você já vai embora e não ia se despedir?

Pergunta um pouco magoada.

— Oi? Como assim?

— Da ilha. Você vai com a Eduarda?

— Hum? Não. Ela já foi hoje cedo. De onde você tirou isso?

Ela franze  a testa, mas logo diz:

— Acho que bebi demais, Gustavo comentou que você não estará aqui semana que vem e eu logo pensei que você estava indo. Desculpa.

— Eu realmente disse para ele que não estarei, mas não é isso. Eu consegui um emprego em um estúdio de tatuagem no Rio, por enquanto, vou apenas treinar e observar, mas…

— Um emprego? Isso é ótimo, então quer dizer que você vai ficar mais ou você vai mudar para o Rio?

— Por enquanto vou ficar, não vou todos os dias e meu horário se encaixa na balsa para voltar. Vamos ver como vai ser depois…

Yasmim sorri e me deseja boa sorte, ela me abraça eufórica dizendo que eu posso me mudar de vez e que eu seria bem-vinda. Enquanto ela me abraça, meu olhar procura por Gustavo, ele está sorrindo para Aurora e dizendo algo que faz a filha ri. Queria ser bem-vinda naquela pequena ilha também.

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