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Capítulo 15 - É minha filha

Gustavo

— Estou bonita, papai?

Aurora me pergunta quando eu termino de ajudar a calçar sua sandália.

— Você está linda, querida!

— Você acha que a Esmeralda vai gostar?

— Tenho certeza!

Aurora veste uma jardineira jeans, por baixo está com uma camiseta rosa. Minha pequena ainda está na fase de chapéus, o de hoje é um rosa no mesmo tom de sua camiseta. As sandálias que eu coloquei em seu pé também tem o tom igual.

Hoje é sexta, no domingo faz uma semana que fiquei doente e Esmeralda foi até mim. Eu vivi algumas emoções naqueles dias. Primeiro, a surpresa de vê-la ali, depois, as borboletas no estômago quando ela comentou sobre ficar. Ela não falou sobre isso de novo, mas agora que sei da possibilidade, minha mente tem sido bem fértil.
No dia seguinte, eu fiquei feliz quando Esmeralda quis incluir Aurora no nosso dia. Talvez eu devesse blindar minha filha de uma amizade com data para acabar, mas não tenho coragem. Ela gostou de Esmeralda instantaneamente. Irei lidar com os sentimentos ruins depois. Além disso, vivemos em um lugar turístico, relações passageiras e pessoas indo embora fazem parte de nossas vidas.

Falando em sentimentos ruins, achei que aquele dia acabaria logo no café quando ela me perguntou sobre meu acidente. Eu poderia socar meu irmão e berrar para ela que ele é o escroto. Eu poderia contar tudo, mas não tive coragem. E acredite! Eu disfarcei bem. Disse que não contaria porque ela ficaria dividida, mas no fundo, eu tive medo. Medo dela não ter a mesma reação. Medo dela duvidar de mim, já que ela aparentemente não duvidou dele.

— Você não pode mesmo ir, papai? O nosso piquenique foi tão legal!

Meu coração se aperta um pouco. Hoje é um dia cheio no bar e eu não posso deixar tudo lá. Sei que Aurora não está me perguntando porque não sou presente, nosso piquenique realmente foi divertido e eu tive mais um turbilhão de emoções ao ver a interação entre as duas, mas minha culpa permanece aqui.

— Se eu for, vai deixar de ser um programa de garotas, certo?

— Certo porque você é um garoto.

Aurora já voltou a ficar na casa da minha mãe, mas hoje, ela e Esmeralda vão ter um dia de meninas pela ilha.

Minha campainha toca e Aurora corre para abrir.

Sigo atrás bem a tempo de ver Esmeralda aparecendo na porta. Ela está linda com um short jeans e uma camiseta rosa.

— Nós estamos igual, Esmeralda!

Aurora diz tão eufórica que eu nem corrijo o seu português.

— Uau! Isso é um sinal que o dia vai ser muito divertido.

Esmeralda diz enquanto se abaixa e abraça minha filha, então, ela olha para mim e meu coração dá uma cambalhota.

— Oi, Gustavo!

— Tudo bem, Esmeralda?

Então, penso nas mensagens que trocamos ontem a noite e preciso me controlar. Ela tem se soltado comigo e trocamos algumas mensagens bem quentes.

— Tudo e você?

O jeito que ela sorri para mim, me faz perceber que ela também está pensando no que falamos.

— Aurora, por que você não vai buscar a bolsa que você quer levar? - Eu pergunto, ela sorri e vai para o quarto.

— Por que eu tive a impressão que você acabou de despistar sua filha? - Esmeralda brinca.

Eu me aproximo dela e falo baixo, próximo ao seu ouvido.

— Por que eu sei que você também está pensando em tudo o que eu disse que posso fazer com meu pau.

Ela cora e eu sorrio porque sabia que isso aconteceria.

— Gustavo…

— Hoje depois que eu fechar o bar, você vai ficar.

Não é uma pergunta, nem um convite. Estou apenas afirmando.

— Eu vou. - Ela confirma.

Eu quero beijá-la, mas Aurora aparece.

— Onde vocês vão?
Eu pergunto ativando o modo pai.

— Pensei em irmos na feirinha do artesanato e depois tomar sorvete na orla.

— Excelente. - Eu digo. - Deixa eu pegar minha carteira e…

— Para quê? - Esmeralda pergunta me interrompendo.

— Tem brinquedos na feirinha,
Aurora costuma querer ir em todos e…

— Aurora é minha convidada.  - Ela me interrompe de novo.

— Mas…

— Você não é mais o meu chefe.

— Eu nunca me considerei o seu chefe, você sabe disso!

Ela revira os olhos e diz que precisa ir. Eu dou um beijo em Aurora e falo para ela se comportar. Dou um abraço comportado em Esmeralda.
Pouco depois que elas saem, uma notificação surge em meu celular.

Esmeralda: Que pena, eu gostaria que você bancasse o chefe hoje! ;)

Essa mulher vai me matar.

Gustavo: Posso fazer.

Esmeralda: Alguma ordem?

Gustavo: Você tem lingerie aqui?

Esmeralda: Sim.

Gustavo: Use hoje a noite.

Esmeralda: Sim, senhor.

Eu sorrio. Estamos indo devagar, mas acho que Esmeralda está pronta. Não quero criar expectativas e se ela quiser apenas gozar, bom, nós vamos providenciar isso. Ainda quero levá-la para um encontro de verdade, acho que ela merece mais que um quarto em cima do bar, preciso organizar minha agenda. Mas sei que ela entende. Também sei que ela se diverte indo até lá, ela e Yasmim estão se aproximando bastante.

Continuo com meus afazeres e vou até o bar começar o trabalho.  Meu dia passa rápido, organizo tudo no bar e também dou uma geral no quarto. Durante janeiro, até o carnaval, nós abrimos de tarde e de noite, então o dia é cheio.

Rapidamente as horas passam e no fim da tarde, tenho uma Aurora saltitante e uma Esmeralda sorrindo hesitante, o que me causa um pouco de estranheza.

— Oi, vocês! - Eu digo.

— Oi, papai! Olha, ganhei um presente!

Aurora diz e ergue uma boneca de pano, o cabelo dela é feito de lã verde.

— Escolhi verde porque é igual a Esmeralda.

Eu sorrio.

— É linda! - Então, olho de novo para Esmeralda, ela parece um pouco tensa e eu estranho novamente. - Você não precisava se preocupar.

— Tudo bem, Gustavo, eu…

Seja o que for que ela vai dizer, é interrompida por Aurora.

— Foi muito legal, papai, o tio Alex também foi.

Eu congelo e Esmeralda me olha apreensiva.

— O que disse, princesa?

— O tio Alex estava lá e ficou com a gente.

Eu não respondo. Apenas olho para Esmeralda, meu sangue ferve.

— Aurora, por que você não vem na cozinha comigo para ver se achamos algo por lá?

É Yasmim quem pergunta. Eu nem tinha notado que ela estava prestando atenção na conversa. Aurora vai com ela.

— Gustavo…

Esmeralda começa se aproximando.

— Pro quarto de cima.

— Eu…

— Vamos conversar lá.

Eu estou no automático, apenas me viro e subo as escadas. Espero que ela esteja me seguindo.

Quando entro, espero ela fechar a porta e digo:

— Quem você pensa que é para decidir quem está com minha filha?

Esmeralda

Eu sabia que ele ia ficar bravo, mas eu não soube como agir. Alex estava lá por coincidência. Ele veio me cumprimentar e cumprimentou Aurora. Então, ele apenas ficou. Quando eu disse que ia levar Aurora em um brinquedo, ele respondeu que nos acompanharia e eu não consegui dizer que ele não podia.

— Foi uma coincidência. Ele apenas estava lá.

— Ele estava lá? Difícil de acreditar.

— Como assim?

— Hoje é sexta, ele não deixaria o mercado numa sexta à tarde só para passear .

— Você tá insinuando o que?

— Não estou insinuando. Estou dizendo que você chamou o Alex para passear com vocês. Com a minha filha.

Ele diz ríspido, ele não grita, mas seu tom é tão gelado que eu sinto um frio na espinha.

— Não, Gustavo… Ele apenas estava lá e eu não soube como dizer para ele não ficar por perto. E como no dia que sua mãe caiu, a Aurora foi com ele e com seu pai, achei que não teria problema.

— Com meu pai.

— Mas eu estava lá hoje, não deixei a Aurora sozinha com ele. Eu juro.

— Não interessa! Eu estava no hospital aquele dia, eu decido. Ela é minha filha. Você não é nada dela, porra!

Ouch. Essa verdade dói.

— Me desculpa, eu não pensei…

— Eu é que não estava pensando. Onde eu estava com a cabeça de deixar a Aurora com uma desconhecida? Você não sabe de nada das nossas vidas. Eu fui um irresponsável.

Cada palavra dele me deixa desestabilizada. Elas me machucam e eu não sei o que dizer.

— Eu não devia ter baixado a guarda, mas me envolvi com você e não pensei em como isso pode afetar minha filha.

— Não. Eu prometo que isso não vai mais acontecer, se acalma, por favor, vamos conversar sem brigar.

— Eu não estou brigando. É uma briga perdida, você nunca entenderia porque você acha que eu sou o vilão da história do meu irmão. Você nunca entenderia porque não sabe o babaca escroto que ele é. Você acha que eu sou o otário aqui.

— Eu não acho nada disso.

Ele suspira, passa a mão pelos cabelos. Tira o óculos e aperta os olhos com as mãos.

— Gustavo…

Tento falar, mas é como se ele não me escutasse, como se minha voz não saísse.

— Você tem razão, Esmeralda, não vai mais acontecer. Não vai porque não nos veremos mais. Você agora é só uma cliente e não vai chegar perto da minha filha também.

Fico sem reação. Eu não esperava por isso, mas ele não vai me ver implorar. Agora, deixo a raiva me dominar. Eu aceito estar errada, mas ele nem quer me ouvir.

— Eu não sou nem mais uma cliente, não piso mais nesse bar.

— Boa sorte para encontrar outro tão bom quanto o meu. - Ele responde petulante.

— Eu posso ir na orla ou beber em minha casa, seu prepotente! - Então, talvez eu me arrepende mais tarde, mas digo mesmo assim: - Ou posso ir para o Rio com o Alex.

Gustavo me fuzila com o olhar, mas eu não recuo.

— Então, se você não é mais cliente daqui, você pode sair.

Não respondo, apenas viro, quando chego na porta, ele me chama de novo.

— E não se esqueça, não chega perto da minha filha.

De novo, eu não respondo. Acho que vou começar a chorar se eu falar mais alguma coisa, então, eu saio.

Quando desço, Aurora está com Yasmim. Yasmim me olha querendo algum sinal da minha conversa com Gustavo, mas eu apenas balanço a cabeça.

— Você vai comer com a gente? - Aurora pergunta.

Eu me abaixo, não sei se Gustavo já desceu, mas não me importo.

— Não, querida, eu preciso ir. - Falo tentando controlar minha  voz. - Eu… Preciso te falar uma coisa, tá bom?

— O quê?

— Eu vou ter muito trabalho agora e talvez a gente se veja menos.

— Mas você disse que a gente ia chamar meu pai pra outro piquenique na colina.

— Eu sei, me desculpa. Mas acabei de receber uma ligação do trabalho.

Ela suspira e meu coração aperta.

— Mas você é uma turista. Você não tem que estar de férias?

— É que eu trabalho em casa, então preciso me dedicar.

— Quando você for embora, vai se despedir de mim?

— É claro que vou.

E vou mesmo, Gustavo que se foda.

— Você é minha melhor amiga adulta.

Ela me diz e meu coração se parte um pouquinho.

— Você é minha melhor amiga na ilha!

Eu a abraço e saio. Minha visão periférica mostra que Gustavo estava observando a cena, mas eu não me importo com isso.

Quando estou quase chegando no meu carro, ouço alguém me chamar. É Yasmim.

— Sim?

— Como você está?

— Bem.

Eu digo. Eu não posso estar mal, certo? Gustavo não é nada na minha vida. Eu terminei um noivado, isso me abalou. Terminar com um ficante não vai me abalar. Estou bem. Estou bem. Estou bem.

— Ele fica irracional quando o assunto é o Alex.

— Não foi combinado, ele estava lá.

— Eu sei, não me orgulho, mas sondei a Aurora. Olha… a Aurora desestabiliza todas as estruturas do Gustavo e aí junta o fato de que ele é brigado com o irmão…

— Por quê? Ele diz que eu não entendo, mas ele não fala sobre isso. Como eu vou entender? Como vou deixar um amigo de lado porque o irmão mais velho dele que eu acabo de conhecer diz que ele é um escroto?

— Não é minha história e se eu te contar, vou trair a confiança do meu marido.

— Não, quer saber? Eu não me importo. Não vim aqui pra isso. Eu vim para ficar bem e não entrar num drama familiar fodido. Alex é meu amigo e o Gustavo é só alguém que eu conheci. Eu não me importo.

— É uma pena…

— Até logo, Yasmim.

Então, eu entro no carro. Antes de dar a partida, noto que Yasmim já se foi. Pego meu celular.

Esmeralda: Será que você pode fazer uma viagem?

Não vou chorar porque estou bem. É impossível eu me importar tanto assim com um homem que acabei de conhecer. Estou bem. Estou bem. Estou bem.

Gotas grossas começam a cair no carro. Óbvio que logo hoje, choveria mais cedo…

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