Capítulo 11 - Uma cama para dois
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Como todos os dias desde que cheguei, começou a chover. De início, a chuva estava mediana: fraca para ser chamada de tempestade, mas forte o suficiente para fazer com que os clientes fossem embora. Sentei novamente para beber meu vinho, até que Gustavo se aproximou.
— Esmeralda, vou dispensar meus funcionários e terminar tudo aqui. Estou com medo que eles fiquem presos por causa da chuva, mas vou demorar mais um pouco para ir embora. - Ele hesita. - Você… Quer pegar carona com algum deles?
Eu sorrio ao perceber que ele hesitou, isso me faz pensar que ele quer que eu fique.
— Não. Eu posso ficar e te ajudar.
— E se a chuva aumentar?
— Bom, eu já tomei um banho aqui, acho que poderia dormir também? Se for necessário…
Ele sorriu para mim e eu retribuo. Não sei se é o vinho ou se é ele quem me faz sorrir, mas sei que ando sorrindo bastante desde que cheguei na ilha.
— Claro. Você com certeza pode!
Gustavo vai falar com seus funcionários e quando eles saem, eu me levanto para ajudar a arrumar as mesas.
— Você não precisa fazer isso, estou acostumado.
— Quero ajudar, não vou ficar sentada enquanto você trabalha.
— Você já não fez isso a noite toda?
Ele diz em tom de brincadeira e eu dou um tapa leve em seu ombro.
— Não, eu estava curtindo a noite. Agora a diversão se foi.
Ele me olha e dessa vez, seu sorriso é quase predador. Coloca a mão em minha bochecha e, em seguida, a leva até meu queixo e o levanta um pouco fazendo com que eu o olhe em seus olhos. Então, me beija. Em seguida, aproxima sua boca de meu ouvido e sussurra:
— A diversão está só começando.
Sua voz é rouca e me faz arrepiar. Ele ri baixinho e passa as mãos em meus braços, sobre minha pele arrepiada.
— Está com frio? - Ele provoca de novo.
— Você sabe que não.
Ele sorri e pisca para mim. Sinto minha pele esquentar. Então, nós começamos a organizar o bar. Não demoramos muito e Gustavo faz muito mais que eu porque são anos de prática.
— Você quer comer algo? - Ele pergunta.
— Não, estou bem. Mas talvez, possamos subir com um vinho?
— Claro que sim!
Gustavo verifica se tudo está fechado, a chuva ainda continua forte lá fora e um trovão mostra que fizemos certo em ficar. Quando subimos, minha ficha cai e lembro que temos apenas uma cama. Talvez seja por isso que ele pareceu preocupado quando eu disse que ficaria aqui.
Imediatamente, me lembro de uma passagem de um dos meus livros preferidos e estou quase me sentindo como Tiffy - a mocinha da história, mas no caso, o dono da cama acabou sendo o amor de sua vida.
— Tudo bem? - Ele pergunta.
— Sim.
Vejo quando ele deixa o vinho e as taças na mesinha de centro. Ele me olha divertido e ergue uma sobrancelha.
— Não parece.
Então, ele solta um suspiro.
— Tenho uma filha.
Ele diz e eu estranho.
— Eu sei? Acho que tenho sido a babá dela.
Ele ri e se aproxima de mim.
— Não é isso. E não estou dizendo que eu não agiria assim se não tivesse a Aurora, mas… Depois que me tornei pai, eu penso muito mais em como agir, se você quiser só dormir, nós só dormiremos, se você se incomodar em dividir a cama, posso dormir no chão.
De que espécie de livro de romance esse homem saiu? Ele não tem defeitos?
— Eu estava apenas lembrando de um dos meus livros favoritos.
Eu digo mentindo um pouquinho porque Gustavo é um poço de maturidade e cavalheirismo, eu não quero estragar tudo com toda minha gosma de inseguranças. Ele me olha desconfiado. Cruza os braços e se encosta na pequena mesinha que tem ali.
— Ah, é? Qual?
— Teto para dois.
— E por que você se lembrou dele?
— Porque só tem uma cama. Quer dizer, os dois dividem a casa, mas não se encontram por causa do trabalho. Daí dormem na mesma cama, mas separados… Só que a Tiffy, a mocinha, fica se questionando se eles dormem do mesmo lado ou não. - Ele continua me olhando divertido. - Desculpa, sei que é bobo…
— Não é bobo, só… Você me tira do eixo, Esmeralda. Estou te olhando e não vejo nada mais lindo do que você me falando uma história de romance só para não dizer que ficou preocupada com uma cama só.
Eu rio.
— É mesmo um dos meus livros prediletos.
— E eles resolvem o problema da cama?
— Sim, eles apenas falam qual o lado predileto de dormir.
— Direito.
— Então combinamos, eu gosto do esquerdo. - Eu suspiro e olho para ele. - Você não vai precisar dormir no colchão, sei que não tenho agido como adulta, mas não vou fazer a cena de deixar você dormir no chão, ficar com dó e te chamar no meio da noite! - Digo divertida.
— Combinado, então.
— Mas eu preciso desesperadamente de um banho, eu posso?
— Claro. Eu também vou… Depois. Depois de você.
Ele diz se corrigindo e mais uma vez eu gostaria de ser despojada e dizer que ele poderia me acompanhar. Eu já fui essa mulher e é bizarro perceber que um homem me quebrou tanto que me mudou completamente.
Gustavo
Enquanto tomo banho, tento não pensar que minutos antes, Esmeralda estava aqui. Tento não pensar na água escorregando por sua pele, no meu sabonete deslizando por seu tato. Eu preciso me controlar. Essa mulher é diferente e eu soube disso desde o momento em que eu vi tristeza em seu olhar.
Quando saio do banho, ela não me ajuda muito a manter a calma. Ela está com uma camisa minha. Está sentada na cama encostada na cabeceira e com os pés esparramados. Seu cabelo está solto, está um pouco bagunçado, combinando com o fim da noite. Tão sexy. Ela sorri ao me ver, eu estou apenas com um short e não vou fingir modéstia. Ela está observando meu corpo, assim como eu estou observando o dela.
— Sabe de uma coisa? - Ela diz.
— O que?
— Bendita hora em que entrei no seu bar ensopada de chuva. Talvez, se não tivesse molhada, eu apenas sentaria em uma mesa qualquer e a gente não teria se falado.
Eu sorrio. Eu duvido muito. Eu teria ido falar com ela. Ela me atraiu instantaneamente. Eu a quis desde o primeiro momento. Porém, esse pensamento faz outro chegar: ela só entrou ali para procurar por Alex.
— Eu não sei se eu teria conseguido ignorar sua presença.
Digo para disfarçar que agora estou apenas pensando no fato de que, se não bastasse todos os nossos problemas, meu irmão e eu estamos interessados na mesma mulher. Vou até o vinho que trouxe, abro e sirvo as duas taças tentando afastar esse pensamento da minha cabeça. Não ignoro, porém, o fato de que ela veio por ele. Não por mim. E se ele não tivesse passando o ano novo sei lá onde, era com ele que ela estaria.
— Tudo certo?
Ela pergunta e só então percebo que estou de costas para ela segurando as duas taças. Eu me viro e admiro mais uma vez a imagem dela na cama. Ela está comigo agora, certo? Então, devo aproveitar. Nós nos conhecemos a pouco tempo e ela tem todo o direito de ficar com quem quiser. Eu também poderia. E agora. Hoje. É com ela que estou e ela está comigo.
— Tudo certo, apenas ouvindo a chuva que não para.
Eu vou até a cama e me sento ao lado dela, da mesma forma que ela está. Entrego a taça e ela ergue para o brinde.
— Feliz ano novo, Gustavo.
— Feliz ano ano, Esmeralda.
Sorrimos e bebemos um pouco.
— Quer que eu coloque uma música? - Pergunto.
— Não. Só conversa está ótimo. Quero um pouco de silêncio, festa demais a noite toda.
Eu sorrio surpreso. Eu também me sinto assim sempre que saio de uma festa ou do trabalho. É barulho demais a noite toda e em casa, só quero silêncio.
Nós dois, então, começamos a conversar. Mais uma vez, como na outra noite, falamos amenidades e descobrimos muitos gostos em comum, outros nem tanto, mas percebo que é fácil conversar com ela.
Ela ri fácil e é espirituosa, divertida. Vive dizendo que se tornou pesada depois de tudo o que aconteceu, mas acho que não percebe que a mulher que ela é ainda está dentro dela. Algo natural quando passamos por algum tipo de sofrimento.
— Você se importa quando perguntam?
Percebo que não ouvi sobre o que ela falava. Eu me distraí observando seus detalhes.
— Hum?
— Sobre as tatuagens, quando perguntam o que elas significam. Eu me irrito um pouco quando perguntam das minhas. Parece que tenho a obrigação de me desnudar para as pessoas.
Eu dou de ombros.
— Geralmente eu respondo que são coisas que eu gosto.
Ela toca meu braço e desliza as mãos pelos desenhos. Eu arrepio. Então, ela chega na parte em que os desenhos disfarçam minhas cicatrizes. Ela franze a testa.
— Você se machucou feio aqui, foi cozinhando?
— Não. Tive um incidente com fogos de artifício na adolescência. Coisa de adolescente sem juízo.
Eu poderia mentir. Não quero correr o risco dela pedir detalhes, mas todos nessa cidade sabem que foram fogos. Alguém poderia comentar sobre isso e aí eu teria que explicar a mentira.
— Sinto muito. Como foi a recuperação?
Eu demoro para responder, não porque seja difícil lembrar, mas porque ela ainda está passando a mão pelo meu braço e minha pele está arrepiando.
— Cheia de preocupações por causa da diabetes, mas não tive complicações. Só as dores normais mesmo.
Eu digo dores normais porque toda queimadura é dolorosa, eu ainda sinto meu estômago embrulhar quando penso nos momentos em que eles precisavam desbridar a pele. Maldito Alex.
— Você nasceu diabético?
— Não, foi na adolescência.
— Você precisa de insulina?
— Sim.
— Seringa?
— Não, graças a Deus, eu odiava aquelas espetadas. Eu tenho um dispositivo, não se assuste quando me ver sem roupa.
Eu falo brincando, mas já aconteceu de fazer sexo e a mulher se assustar quando tiro a calça e ela pode ver minha bunda. O dispositivo é indolor, mas entendo quem não conhece e se assusta. Talvez eu deveria avisar, mas você imagina parar uma preliminar para dizer: "ei, isso redondo em minha bunda é apenas minha fonte de insulina"?
— Estarei preparada!
Ela então, volta a fazer carinho em meu braço.
— Tadinho, você amenizou, mas imagino que tenha sido difícil.
Ela diz como se falasse com um garoto e eu sinto meu coração se encher de ternura.
Então, ela ergue meu braço e distribui beijos em minhas cicatrizes. A ternura se transforma em algo mais carnal. Essa mulher vai me matar.
— Esmeralda…
Eu digo quase gemendo, porque os beijos dela agora estão arrastados e sinto seus lábios deslizarem em minha pele. Ela para e me olha.
— Deixa eu sentir…
Ela diz e eu não entendo.
— O quê?
Ela se ajoelha na cama, o movimento faz a camisa que ela veste se levantar um pouco e é minha perdição. Ela me beija.
— Deixa eu sentir que eu sei fazer você me querer.
Por um instante, penso em dizer para ela que está óbvio demais. Mas o tom que ela usa é tão vulnerável, tão ansioso que eu resolvo mostrar. Eu faço com que ela suba em meu colo. Cada perna dela está de um lado meu. A blusa que ela veste sobe por inteira e eu posso ver sua calcinha preta em cima de mim. Meu pau está duro buscando por ela.
— Precisa sentir mais do que isso? - Pergunto rouco e ela responde se esfregando em mim, ela solta um gemido e eu fecho os olhos. Ela me beija de novo e dessa vez, seguro suas pernas. Minha mão procura por sua calcinha e sinto a umidade pelo tecido.
— Gustavo…
Ela diz em tom de pedido. Morde minha orelha e de novo repete meu nome como se implorasse por algo.
— O que você quer que eu faça?
— Eu quero… quero gozar.
— Pode ser assim?
— Como?
— Com você em cima de mim. Quero te ver gozar assim.
Ela esfrega com mais força seu corpo no meu.
— Pode.
Eu levo as mãos até sua camisa e ela se contrai um pouco. Vejo que está com vergonha. Entro em um impasse. Eu não devia forçar, mas eu sei o suficiente para saber que isso foi sua insegurança e não sua falta de vontade.
— Eu posso fazer você gozar vestida. - Digo correndo o risco de ser prepotente - Mas não tem nada mais que eu queira agora do que ver você sem roupa. Eu quero ver seus peitos na minha cara enquanto você goza. O que você quer, Esmeralda?
Ela não responde, apenas me olha e ela mesma tira a camisa. Essa camisa definitivamente fica melhor nela do que em mim e eu vou me certificar dela vesti-la por todo o verão. Quando ela termina de tirar, seus peitos pulam e eu solto um gemido só com essa cena.
— Eu sempre soube que eles seriam minha perdição.
Então, eu abocanho um por um. Os gemidos que ela solta, a forma que ela sussurra meu nome, me fazem procurar sua calcinha novamente. Dessa vez, eu coloco meu dedo dentro dela e não seguro o som de satisfação quando sinto que ela está molhada. Ela também geme.
— Isso, querida, se entrega pra mim.
Ela começa a se esfregar mais em mim e sei que também vou gozar.
— É isso que você quer, certo? Você quer gozar no meu pau?
— Sim, Gustavo…
— Então vamos gozar.
Nós continuamos nos beijando e nos esfregando. Quando eu volto a chupar seu peito, sinto que o corpo dela começa a estremecer. Ergo um pouco minha cintura para aumentar o atrito que estamos fazendo enquanto ela se esfrega em mim. Então, ela ergue a cabeça para trás e diz meu nome quando seu orgasmo vem. Essa cena, essa maldita cena me faz gozar também. Nós dois ficamos ofegantes. Ela cola sua testa na minha enquanto respira. Depois de um tempo, ela joga seu corpo na cama e deita ao meu lado.
— Sou oficialmente um adolescente gozando nas calças.
Digo divertido. Ela sorri.
— Desculpe, só eu me diverti.
— O que? Não sei se penso em uma diversão maior do que ver você gozando em cima de mim.
— Então você é menos criativo do que pensei.
Ela diz provocando e eu a beijo novamente. Levanto para trocar de roupa e quando volto, ela já está com minha camisa de novo. Finjo que não reparei, apenas deito a seu lado e continuamos conversando como se todos os dias nós fizéssemos isso. Por fim, ficamos sonolentos, eu faço com que ela recoste em mim, sua cabeça deita em meu ombro e uma de suas pernas, trança com a minha. Ela adormece primeiro, eu não demoro a adormecer, mas antes disso, tenho tempo para desejar que o verão demore a passar.
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