Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

15 - Como um passarinho




No final de novembro, acordei de madrugada com sede e fui pegar um copo bem cheio de água gelada. Apreciei o frio escorregar pela garganta. Faltavam só alguns dias para as provas finais. Eu estava confiante, mas... com um pouco de medo. Precisava passar nessas provas! Sem boas notas, sem trabalho na academia, era assim que funcionava. E sem dança, eu morro. Depois que o ensino médio ficasse para trás eu poderia dedicar o dia todo ao ballet, mas para isso eu precisava passar nas provas.

— Nem acredito que consegui mesmo entrar para o ballet. — falei sozinha. — Consegui. O que eu sempre quis. Desde que ainda usava fraldas. Consegui um contrato para dançar ballet profissionalmente na Companhia Dolabella. Um sonho tornado realidade.

Algumas pessoas passavam uma vida inteira, apenas tentando encontrar o seu lugar no mundo, apenas tentando descobrir o que realmente amavam fazer, no que realmente eram boas. Eu, não só descobri isso bem cedo, como estava tendo o privilégio de vivenciar.

— É isso aí, Alma Arantes Ferraz. — falei comigo mesma. — Você é uma garota de sorte. — enxaguei o copo e coloquei para escorrer. — Agora só não estrague tudo perdendo nota naquelas provas!

Voltei para o meu quarto. O ventilador de teto estava ligado no máximo e zumbia de leve. A brisa fresca da madrugada entrou pela janela aberta me atraindo instantaneamente para lá. Inspirei profundamente de olhos fechados. Cheiro de vento de chuva. Ao fundo as nuvens estavam bem fechadas e escuras, mas sem sinal de raios. Vamos esperar para ver, quem sabe, talvez ainda chovesse.

Olhei à minha direita. O meu coração parou de bater.

— O que pensa que está fazendo?! — gritei a plenos pulmões.

Eu o vi sentado na própria janela, com as pernas penduradas para fora, observando a noite com um olhar desolado, completamente perdido em seu próprio mundo interior. Num primeiro instante pensei que ele fosse se jogar. O meu coração escorreu com esse pensamento e me faz tremer inteira. Nem sei o que teria feito se isso tivesse acontecido! Eu gritei com ele, sem parar para pensar que assustá-lo talvez o desequilibrasse e isso não seria uma boa ideia. Gael deixou o seu próprio mundo e se fixou no meu desespero.

— Que merda é essa?! Sai logo daí! Está querendo se matar?! E me matar do coração também?!

— Tudo bem, tudo bem! Já estou saindo! Não precisa ficar nervosa. — tentando me acalmar o rapaz passou o corpo para dentro. — Já desci! Pronto.

— Quer dar de cara com o chão lá em baixo? — eu continuava gritando, ainda histérica. — Desça pelas escadas!

— Desculpe, foi estúpido mesmo...

— Estúpido?! Jura?! Eu nem tinha percebido!

— Tá, tá bom, mas agora pode, por favor voltar um pouquinho para trás? — pediu, debruçado no parapeito onde estivera sentado, agora com medo que eu me desequilibrasse e caísse lá em baixo.

Eu ainda não tinha reparado que estava me espichando tanto. Parei de ficar na ponta dos pés e voltei mais para dentro cuspindo um insulto para ele:

— Imbecil!

Acordei os meus pais com a gritaria, é claro. Eles já tinham chegado para ver o que estava acontecendo. O meu corpo inteiro ainda estava tremendo nessa hora. Tive que explicar, meio alterada e com a respiração acelerada, as ideias estúpidas do meu vizinho e colega de turma com olhos verdes de esmeralda.

— O idiota ali decidiu que queria apreciar a vista noturna sentado na janela do terceiro andar! Empoleirado feito um passarinho! — eu realmente precisava me controlar porque além de histérica, estava tremendo.

O meu pai chegou a cabeça para olhar também o vizinho.

— Está tudo bem com você, Gael? — ele perguntou.

— Sim, senhor.

— Tem certeza? Você está deprimido, filho?

— Não é nada disso que estão pensando. Foi só um mal entendido. Eu garanto. Adoro a vida!

— Você não tem um par de asas, sabia?! — cuspi desesperada. — Seu retardado! Imbecil!

— Desculpe mais uma vez. Não deveria mesmo ter feito isso. — Gael se desculpava como podia.

Ele pediu desculpas mais um monte de vezes e assumiu a sua estupidez — imensa! Diga-se de passagem! Onde já se viu?! —, assegurando a todos nós que não tinha nenhum tipo de ideias suicidas.

— Idiota!gritei com raiva para ele uma última vez e fui me deitar, o coração ainda ardendo de susto dentro do peito. Apesar de ter tentado com afinco, não consegui desacelerar a pulsação e adormecer novamente.

Alma histérica! kkkkkkk

Toda preocupada com o vizinho. Que fofo.

Se gostou não esquece da estrelinha e vamos ao último de hoje.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro