9# - Protocolo Exo
- Elizabeth, podes por favor explicar o que estamos a fazer aqui? - Perguntei inquieto, estava no banco de trás de uma van, vestindo um traje a prova de bala reforçado, e junto de mim estava Elizabeth e Susan trajadas como eu - Eu estou sendo assado vivo aqui dentro, era assim tão necessário vestirmos estes trajes?
- Eu só quero ter uma breve conversa com a minha irmã, e se pensas que os homens dela vão receber a gente com leite e bolachas, estás mal-enganado - respondeu Elizabeth verificando a munição, era engraçado ver ela com aquele traje, onde ela arranjou um do seu tamanho? - Lá estás outra vez a olhar-me desse jeito, podes por favor ficar um momento sem ser preconceituoso?
- Eu nem disse nada, deve ser só a tua imaginação - dei uma pequena risada e tentei mudar de assunto - Então, falta muito para chegarmos?
- Dois minutos até o local - respondeu Denise deslizando o vidro que separava a gente da parte de frente onde o motorista que era Valick, e Denise estava como apoio - Chegaríamos mais cedo se ele evitasse ser um cidadão exemplar.
- Acho que esqueceste duas coisas, eu não tenho carta de motorista e sou muito novo para ter uma! - disse Valick com um tom bem audível. Bem que eu queria que ele viesse para a ação, mas as sequelas da pequena diversão que Penélope teve com ele ainda não haviam curado, por isso, ele terá de limitar-se a conduzir - Só espero que a vossa pequena invasão valha a pena, não levantei as 3 da manhã pra nada.
- Vai valer muito a pena, e mal posso esperar para ouvir eles sofrerem enquanto lidam com as minhas balas - O comentário de Susan provocou um enorme silêncio, e a face psicopata dela estava me assustando, acho que ficar muito tempo parada fez mal a sua sanidade, só espero que não afete a nossa missão - O que foi?
- Pastilha? - dei pra ela como um jeito de caridade e foi o suficiente para meter um sorriso lindo e inocente dela, o que era bem irônico, mas me deixou menos preocupado - Boa menina...
- 10 segundos, se preparem - avisou Denise, então Susan levantou com a metralhadora na mão e mirou para a porta traseira, deixando ela a girar. Aquilo parecia um casino, e haviam 5 homens armados na portaria, então Valick acelerou e acionou o freio parando bem na porta com a traseira virada para eles - Boa noite, meus bons senhores.
- O que você está fazendo, não podes estacionar aqui! - gritou um deles caminhando até a van, chegou até o lado de Valick e continuou a gritar - Tira essa lata velha da...
Uma bala vindo da pistola de Elizabeth atravessa a cabeça do homem sujando Valick com sangue, a seguir entregou-lhe um lenço de bolso e bateu levemente no seu ombro.
- Um dia habituas-te - levantou pegando no ombro de Susan - Acho melhor guardares esses dez segundos para o que nos espera lá dentro.
- Está bem... - Desmoralizada, pegou na pistola e abriu a porta, sendo recebida com um tiro na cabeça, e graças a Deus que ela estava de capacete, senão... - Droga, mas que filho da...
- Poupa as asneiras para depois - respondi ajudando ela a levantar, enquanto isso Elizabeth já estava fora do veículo disparando que nem uma louca - Ei, poupa uns para mim.
Consegui sair a tempo de atirar na cabeça de um deles. Havíamos pensado que a costa estava livre, mas as balas vindas de dentro do casino disseram o contrário.
Sem perder tempo, Denise sai do carro com um escudo e um lança-granadas mandando várias capsulas de gás lacrimogênio nas janelas. E com a máscara de gás posta, Susan arromba a porta fazendo chover balas para todos os lados.
- Morram, seus viados! - A psicopatia dela estava aos poucos sendo alimentada e após exatos 10 segundos, não havia alma viva para contar a história, então ela larga a metralhadora suspirando e sorrindo de tanta satisfação - Alguém quer mais um pouco?
- Acho que eles tiveram o que chegue por hoje, agora vamos antes que... - fui interrompido por uma mulher que caiu bem em cima de mim, e depois tentou enfiar a sua espada no meu peito, mas empurro ela com o meu pé fazendo ela se afastar até uma distância segura e a mesma olha pra mim passando a língua em sua espada, o que era pouco higiênico.
- Noby Galaxy, finalmente encontrei você - disse mirando a espada pra mim, eu não a conhecia, mas não podia dizer o mesmo no lado dela - Veremos se o teu sangue é tão doce como Elise diz...
Senti até um arrepio só de ouvir isso, quem era ela?
- Me deixa eu cuidar dela - disse a loli com o punho erguido, parece que não é a primeira vez que elas se encaram - Nevaska, estou surpresa por ver você aqui, como você conseguiu sair da tua pequena jaula na Sibéria?
- Não é da tua conta, sua anã, até os meus sapatos são mais altos que você - zombou rindo exageradamente, e tenho que admitir que tive de conter a minha risada, mas olhando para a cara de Elizabeth, quase que pulava de susto - O que foi, vai chorar?
- Não achas que estás a ser um pouco infantil? - perguntei.
- Noby, deixa ela! - Apesar de Nevaska ter ido tocar em uma ferida "muito baixa", Elizabeth exibiu um sorriso malandro - Essa cadela siberiana ladra muito, mas não morde.
- O quê! - Nevaska avança girando a espada de uma maneira bem impressionante, mas Elizabeth defende com o seu punho literalmente. Parece que ela estava usando uma espécie de luva especial, porque se não fosse o caso, a sua mão estaria voando - Como você fez isso?
- Não é da sua conta, cadela - agarrou na espada e com a outra mão deu um soco bem forte no meio da cara de Nevaska deixando ela inconsciente - E bons sonhos...
Depois olhou para nós que estávamos espantados.
- Você é uma caixa cheia de surpresas intermináveis - elogiou Susan subindo as escadas.
- Vamos lá antes que a tua irmã escape - Seguimos Susan até o 1º andar, onde um corredor estreito se estendia até uma única porta no fundo.
- Prontos? - perguntou Elizabeth, e fizemos sinal concordando - 3... 2... 1...
- A porta está destrancada - disse Elise em voz alta - Já não fizeram estrago o suficiente.
Entramos no escritório e peculiar o jeito que estava decorado. Tendo como tema principal a vida selvagem, havia um tapete com a pele e a cabeça de um urso pardo, todas as cadeiras tinham pele de zebra, e na sua mesa havia vários crânios de primatas de tipos diferentes, o vermelho se estendia do chão até as paredes deixando o teto todo branco e ocupado de luzes. Deu até um arrepio após eu passar da porta.
- Vejo que o teu péssimo gosto se estende até esconderijos - Elizabeth chegou perto de Elise já atacando verbalmente, e vejo que ela tocou bem no ponto fraco de sua irmã, porque a sua expressão de indignação era impagável - Mas não vim para criticar você, e acho que sabes o que eu quero.
- Irmãzinha, eu não sou vidente e só porque somos gêmeas, não significa que pensamos o mesmo - Elise olhou pra mim sorrindo - Noby, como está a Erza?
Essa pergunta fez uma raiva subir em mim como se fosse uma bala. Inconsequente, pego a pistola e chego até ela encostando na sua testa.
- Nunca mais ouse tocar no nome dela! - gritava sem parar bem na cara dela - Por sua culpa, ela está na cama de hospital!
Elizabeth pega na minha mão e olha pra mim séria, e não eram preciso palavras para entender que ela não queria que eu ficasse fora do controle. Então baixei a arma caminhando até a porta, e Susan estava parada só a olhar, eu tenho a certeza que ela queria que eu tivesse disparado na cabeça dela.
- Você pode me fazer o favor de falar, porque eu tenho a certeza que Noby vai adorar torturar você - Eu sei que foi um simples blefe, mas se ela mencionasse de novo Erza, eu faria com todo gosto - Então, como queres que isto acabe?
- Eu posso ser maléfica, mas não sou maluca - respondeu Elise abrindo a pasta de documentos e entregou à Elizabeth - Então dei a quem pagar mais.
- Você tem noção do que fez... FBI,MI6,KGB..., fizeste uma festa com eles - deu um suspiro e guardou o documento - Parece que limparei a tua borrada como sempre.
Deu meia-volta e começou a andar até a porta fazendo sinal para nós irmos também
- Espera..., você sabe do que eles são capazes, não? - gritou Elise - Então, por que quer tanto eles?
- Pra que usar eles para ganhar guerras, se pudemos usá-los para evitá-las - respondeu Elizabeth sem mirar para irmã - Essa é a diferença entre mim e para todos aqueles que entregaste.
Saímos de lá deixando ela sozinha, mas ao contrário de Susan, eu estava com uma pulga atrás da orelha, quem eram "eles"?
- Você pode me dizer o que foi aquilo? - eu perguntei, mas ela me ignorou continuando a caminhada - Sabes que me deves - Uma explicação!
- Mas tu podes deixar dessa mania de querer saber tudo, seja um pouco como a Susan para variar - disse olhando diretamente para mim, por um segundo lembrei da minha mãe - Olha no momento não posso falar nada pra você, mas quando chegar a hora, eu irei te explicar tudinho, combinado?
- Certo, então isso quer dizer que finalmente acabou - respondi suspirando, mas do jeito que ela olhou pra mim, eu percebi que nem estava perto disso - O que foi?
- Lamento informar-te, mas agora vocês são agente da A.I.P. - disse calmamente metendo os óculos escuros, mas ainda eram 4 da manhã - Esperem pelo meu telefonema.
- Haha, de volta ao jogo - celebrou Susan, me deixando mais indignado.
- Espera aí, como, eu não pedi por isso...
- Era isso, ou matar vocês...
- Ahm?
Fim de Capítulo.
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