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8# - Uma Última Redenção


Eu estava desesperado. Penélope raptou 3 pessoas importantes pra mim e a única coisa que eu poderia fazer era ficar sentado esperando pela sua ligação.

- Noby, eu te devo um pedido de desculpas - Elizabeth aproximou-se de mim colocando a sua mão no meu ombro - Infelizmente, eu subestimei Penélope.

- Subestimaste demais ela - disse Susan batendo na mesa e depois apontou na cara dela - Se eu soubesse que tudo isto aconteceria, nunca teria ficado aqui relaxado.

- Todo mundo está tenso, que tal eu preparar um chá pra vocês - disse Denise sem saber o que fazer, o telefone que estava na mesa começou a tocar - Será que é ela?

Eu limito-me a atender e levo o celular ao ouvido, e era mesmo ela.

- Noby, Noby, Noby, você pensou que se safaria no final? - deu uma pequena risada e continuou - Lamento te informar, mas este livro não terá um final feliz dessa vez, muito pelo contrário.

- Enquanto o meu nome estiver no título, podes esquecer isso - Ela não era a única que pode quebrar a 4º parede, ou quem sabe era só uma metáfora dela - Eu quero falar com eles.

- Pra que falar pelo celular se podem encontrar-se pessoalmente... - disse com um tom irônico - Estarei no último andar do que sobrou do teu mísero colégio daqui a uma hora, vem sozinho, e se atrasares, só posso dizer-te que o tráfico humano está em alta ultimamente.

- Sua desgraçada, eu vou... - oiço um zumbido e quando olho para o celular, a chamada havia caído - E não é que ela desligou na minha cara.

- O que seja que ela falou pra você, deve ser uma armadilha - avisou Susan.

- Eu sei, mas não posso ficar parado aqui enquanto eles estão sofrendo nas mãos dela - levantei e fui até a escada - E eu tenho um plano, não se preocupem, e Erza, se prepare para nós sairmos.

Entrei no quarto e lá fiquei durante meia hora, e quando sai estava vestido com uma roupa toda preta, como se eu estivesse indo para uma briga de rua e desci as escadas encontrando Erza já pronta me esperando na porta.

- Tens a certeza que não precisas de reforço? - perguntou Elizabeth - Pode ser perigoso.

- Irei com uma exo, acho que eu já tenho todo reforço que necessito - abri a porta - Desejem-me boa sorte, coisa que irei precisar muito.

Logo que fechei a porta, subi na moto juntamente de Erza e nos dirigimos para o local combinado. Eram 10 da noite e as ruas já estavam vazias, o que era raro, mas permitiu que nós chegássemos rapidamente a escola, onde ferros, gruas e andaimes cobriam ela devido à renovação que estava ocorrendo, já que o 3º andar estava praticamente destruído.

- É aqui que tudo se encerra - disse a ela descendo da moto - A pessoa que sair por aquele portão será o teu dono definitivo.

- Espero que tu ganhes, Noby - respondeu com o habitual sorriso inocente no rosto.

- Assim espero também - virei e comecei a andar em direção à entrada da escola - Enquanto estiver lá em cima, você tenta localizar eles e os tira daqui.

- Está bem - em meio segundo ela desapareceu como se nunca estivesse lá.

A escola estava iluminada por luzes usadas em obras à noite, e várias setas de cor amarela pintadas anarquicamente nas paredes indicando o destino final que era o 3º e ultimo andar. 

Chegando até lá, era bem perceptível a renovação, já que havia paredes inacabadas, sem pintura, caixas e materiais espalhados por todo lado, e no meio de tudo, estava Penélope sentada com uma espada samurai bebendo um Red Blue, isso mesmo, publicidade não é de graça.

- Vieste mais cedo do que eu esperava - deitou a lata e olhou para o relógio levantando - Bem, o importante é que estás aqui.

- Onde estão eles? - perguntei, não estava com a cabeça para ficar no bate-papo - Diz-me agora!

- Apressado come cru - tirou o celular do bolso mostrando o mapa - A localização deles é esta, mas para conseguires, terás de tirá-la de mim.

Pegou outra espada e atirou pra mim. Cada um tomou uma posição trocando olhares com o outro.

- Me mostra o que vales! - avançou implacavelmente com golpes fortes, logo que aproveitei uma oportunidade para atacar, ela usa a parede para dar um mortal passando por cima de mim - Impressionado?

Evitei falar para não perder o foco, virei agachando e girei a espada. Ela pulou e atacou movimentando a espada de cima para baixo, então eu rebolei para o lado e atirei a espada. Ela conseguiu esquivá-la, mas não contava com o meu pontapé em seu estômago que a empurraria a parede.

- Já cansou? - peguei na espada e comecei a andar até ela - Agora dá-me o...

- Mais devagar, seu imbecil - ela sacou um lança-granadas que estava embaixo do casaco, apontou para mim - Eu te avisei Noby Galaxy, agora você morre aqui mesmo.

Logo que ela disparou, Erza pôs-se a frente de mim e a explosão atingiu diretamente ela, mandando todo mundo para longe. Aquele um minuto que fiquei desacordado, foi o suficiente para o fogo se espalhar rapidamente e quando eu abri os olhos, praticamente todo o andar já estava em chamas.

- Mestre Noby...? - disse Erza com uma voz fraca, e quando eu levantei para vê-la, foi chocante ver ela naquele estado. Eu conseguia ver coisas que não era suposto estarem expostas, e um de seus braços estava sem paradeiro conhecido - Você está vivo, ainda bem...

- Ei, não faças nenhum esforço - cobri ela com o meu casaco e peguei na face dela sorrindo - Eu prometo que não te deixarei aqui.

- Pra que tanta preocupação, ela estará novinha em folha daqui a uns dias - disse Penélope caminhando até mim lentamente co a espada na mão. Pelo jeito que ela mancava, eu tinha a certeza que a perna estava quebrada e a explosão havia causado queimaduras em várias partes de seu corpo, e as suas roupas eram quase inexistentes - Vem e luta!

Eu já estava farto disto, estava farto da Penélope e aquelas duas lolis, isso só mostra que o ser humano é capaz do impossível em busca de poder, o que eu achava nojento.

- Mesmo com tudo caindo a tua volta, você não consegue ganhar consciência? - Ela tenta atacar, e eu cheio de ódio defendo e ataco logo em seguida, mas quando ela ia tentar defender, os seus ferimentos deixaram ela mais fraca, então a espada dela foi para longe e a minha atravessou a sua barriga - Feliz agora?

- Parece que temos um vencedor - deitou o seu queixo no meu ombro e começou a chorar - Bisavô, me desculpa, acabei desiludindo você no final.

- Até parece que eu te deixarei aqui no meio desse incêndio - disse metendo ele no colo - A espada não atravessou na insubstituível, então vamos lá.

- Eu não vou deixar... - golpeei o seu pescoço, fazendo ela desmaiar. Fui até Erza, por inacreditável que pareça, o estomago e os seus componentes magicamente voltaram no lugar.

- A recuperação dos exos é surreal, consegues andar? - ela parecia melhor do que à 5 minutos atrás - Precisamos sair daqui antes que tudo se desmorone.

- Acho que sim, mas a minha perna ainda não... - tentou levantar apoiando-se na parede com dificuldades, então eu peguei nela - Eu apenas irei te atrasar.

- Vamos, que eu não deixarei ninguém para trás - aos poucos descemos até o rés do chão, mas suas últimas escadas, uma explosão nos fez ir ao chão - Droga, estamos a ficar sem tempo.

Com todo o meu esforço, fiz a Erza subir às minhas costas e com a Penélope no colo eu corri até a saída antes que aquela parte do edifício ruísse.

- Quem diria, você conseguiu nos tirar daqui - disse Penélope acordada pela última explosão, desmaiando logo em seguida, a espada saiu quando caímos e sangue começou a escorrer rapidamente.

- Droga, aguenta aí - peguei uma bandagem e comecei a enrolar no local do ferimento para tentar atrasar a fuga - Erza, encontraste eles?

- Ali - ela apontou para uma van preta na entrada da escola, ela havia posto aí.

- Certo - meti as duas a frente e fui checar a parte de trás, e encontrei Valick, Jika e Shizuki amarrados e amordaçados, estavam sob efeito de tranquilizante - Consegui salvar a todos, agora próxima paragem, o hospital...

Fim de Capítulo.

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