3# - A Nemesis Indesejada
- Antes de começares a fazer perguntas e acusações sem cabimento, apresento-te a minha secretária Denise, ela estará por perto sempre que precisares de mim, agora senta-te - Apesar de querer entrar gritando e apontando o dedo, ela antecipou a minha jogada e tirou as palavras da minha boca e logo que sentei na cama, ela deixou cair no meu colo um dossiê - A responsável pelo acontecido na escola foi Elise, dona de uma firma de assassinos de aluguel e minha irmã gêmea.
- Ótimo, agora tenho duas lolis idênticas no meu pé, nada pode ser pior que isso - Elizabeth estava com um copo feito de vidro na mão no momento que eu disse aquilo e o mesmo quebrou como fosse nada - Mas continuando, não há uma maneira pacífica de tentar resolver as coisas com ela?
- Tipo sentar em um bar e enquanto bebemos falamos calmamente com ela, não me faças rir - deu uma pequena risada e olhou para mim - Não me digas que estás falando a sério?
- Acho que se soubermos os motivos dela, melhor será a nossa abordagem, e possivelmente poderemos resolver isso numa boa.
- Uhm, acho que o motivo dela está bem do teu lado - respondeu apontando para Erza, a seguir deu um suspiro e pegou no celular - Pelo teu olhar, deves ter algo em mente, então só espero que saibas o que estás a fazer...
- Conheço um bar bem movimentado no centro da cidade, iremos só nós os dois, enquanto isso Denise levará ela em um local seguro e...
- Já está.
- Como assim, você nem me deixou terminar.
- Hoje a noite no bar que você sugeriu, não era o que você queria?
- Sim, mas como é que você tem o contacto dela?
- Enquanto os nossos pais continuarem vivos, o mundo ainda será grande o suficiente para nós as duas.
- Compreendo, e será que é preciso irmos armados ou...
- É óbvio que sim, você enlouqueceu, só espero que sejas tão eficiente como Kazumi falou.
- Não me subestime, posso chegar até a surpreender você.
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- Pensando melhor, acho que não foi boa ideia virmos aqui - disse com um frio na barriga. Já estávamos a 10 minutos no bar e estava lotado, apesar de ser segunda-feira - Mas com essa quantidade de pessoas, ela não teria coragem de fazer nada, certo?
- Se eu fosse a ti não confiaria nisso, uma vez ela teve a audácia de deitar fósforo branco em uma praça cheia de inocentes só para pegar um homem - Depois de Elizabeth dizer aquilo, o frio na minha barriga só piorou - Foi você que propôs isso, então cadê a coragem agora.
- É que... - A porta se abre e não tinha como errar, Elise entra com uma mulher alta que pelos óculos escuros e máscara não dava para ver quem era. Elizabeth levantou a mão sinalizando e as duas vêm até a nossa mesa e sentam-se.
- Querida irmãzinha, é bom ver que estás inteira depois do nosso último encontro, fazem dois anos, certo? - disse Elise com um sorriso psicopata, mas Elizabeth não compactuou olhando séria para ela - Vejo que não estás aqui para matar saudades...então diz-me, porque estou aqui?
- Acho que você sabe o porque...encomendaste a morte dele, e obviamente há uma razão específica para isso, não achas?
- Digamos que a minha cliente quer algo de valioso que ele adquiriu a uns dias atrás - Elise mete a mão sobre o ombro da mulher ao seu lado e continua - Apresento para você, Penélope Richards, herdeira da família Richards que possui grande nome na Inglaterra.
- Vejo que não trouxeste a Erza - Disse Penélope tirando os óculos e a máscara. Levantou da cadeira se aproximando de mim, sua voz era sedutora e ameaçadora ao mesmo tempo - O teu bisavô roubou ela da minha família, e eu irei certificar-me de que ela volta para nós, tal como era antes.
- Sendo sincero, eu não tenho problema nenhum em entregar ela, se quiseres eu posso...
- Ei, você enlouqueceu? - perguntou Elizabeth puxando o meu braço - Eu dei para você com objetivo delas não pegarem, não mãos erradas, a Erza pode ser extremamente letal podendo até derrubar governos em uma noite.
- E você só diz isso para mim agora, francamente...
- Caluda vocês os dois, sabes quantas pessoas morreriam só para ter uma exo? - gritou Penélope indignada - Nem merecias estar a respirar neste momento com uma mentalidade dessas.
- Espera aí, podemos resolver isto sem... - ela deitou a mesa para o lado me agarrando logo de seguida - Que rápida!
- Tu ainda não viste nada, moleque - Atirou-me contra uma das mesas, mas eu consegui rebolar por cima dela e cair em pé, mas ela dá um pontapé na mesa fazendo atingir o meu estômago e atira duas facas, e eu rapidamente pego em um prato defendendo - Nada mal, mas eu estava só aquecendo, agora é pra valer.
Rebolou sobre a mesa dando um pontapé no meu peito me empurrando até o bar onde havia um policial bêbado dormindo no balcão, então eu tiro a pistola em seu coldre disparando duas vezes falhando miseravelmente e acordam o policial que ao levantar, Penélope quebra uma garrafa em sua cabeça fazendo ele cair duro no chão.
- Anda cá, seu desgraçado - ela me atira para o outro lado do balcão e pula para cima de mim metendo uma faca no meu pescoço - Fim da linha para ti.
- E que tal cruzarmos ela juntos? - Após eu dizer isso, ela ouve o clique do revólver encostado em sua barriga - Então, como vai ser?
Sinceramente eu esperava uma reação totalmente diferente da que ela acabou demostrando, começou a dar risadas que se intensificavam a cada segundo, e do nada cessaram e ela olhou para mim sorrindo, e pelo seu olhar estava bem visível que ela não tinha medo de morrer naquele instante, mas quem me salva é Elise.
- Penélope, vamos agora, o teu pequeno show chamou a atenção das autoridades locais, então brinca com ele em outra ocasião - Caminhou até a porta e abriu - Se quiseres riscar o Japão do teu passaporte, estás à vontade, mas eu não estarei aqui para ver isso.
- Que droga, hoje é o teu dia de sorte garoto, mas na próxima eu garanto que ela não estará contigo - levantou pulando agilmente o balcão e correu até a porta - É melhor vigiares a tua retaguarda, porque a qualquer momento estarei de volta para terminar o serviço.
Ela saiu e um silêncio tomou conta do bar, já que aquela pequena luta afugentou todo mundo, e as sirenes da polícia já se ouviam.
- Levanta-te daí e vamos - Disse Elizabeth dando um último gole no seu refrigerante e a seguir levantou - Estou sem vontade de assinar papeladas.
Saímos pelas traseiras e entramos no carro desportivo dela, e devo admitir que estava impressionado que os pezinhos dela chegavam facilmente até os pedais.
- Então, não vais dizer nada? - Perguntei olhando para ela pisando no acelerador.
- Ainda estou dando tempo para você aceitar que uma pessoa do meu tamanho consegue conduzir um carro desses - respondeu abanando a cabeça reprovando o meu preconceito - Mas tinhas razão, este encontro nos deu uma noção do problema que te meteste.
- Ei, não atira tudo para cima de mim, até porque foste tu que trouxeste a Erza para mim, e eu não a quero e nem desejava nada disto.
-...Senhora, avisaste a ele que nós estavamos na linha, certo? - Fiquei em branco quando eu ouvi a voz de Denise - ...Só queria dizer que chegamos a pouco na casa de Noby.
Desligou e um silêncio abafado pelo som do motor de alta potência tomou conta do carro.
- Depois dessa, dou um pouco de razão a Penélope, tu não a mereces.
- É que... - Não conseguia um argumento válido para me defender naquele momento - Já arranjaste uma solução para aquelas duas.
- Tive uma ideia genial, acho que vais adorar...
- Sério?...
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- Eu odeio aquela loli.
- Entrem organizadamente no autocarro, não podemos deixar Osaka a nossa espera! - gritava Jika emocionada, acho que era a primeira vez que ela saía de Tokyo - Senta comigo, Noby.
- Lamento dizer-te, mas já tenho uma companheira de viagem, vamos lá, Erza - A mesma passou por mim com frieza nos olhos e entrou no autocarro, ainda não tive a oportunidade de desculpar-me.
- Não fiques assim, ela já te perdoa - disse Valick pegando no meu ombro - E se não for o caso, tenta apenas relaxar porque algo me diz que será uma viagem bem tranquila.
- Acho que ouviste mal meu caro, porque o clima diz o contrário.
- Como assim?...
Fim de Capítulo.
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