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Um pai e um amigo

— Custa muito colocar o vestido, Kaira? — sua mãe perguntou e ela soltou uma risadinha sapeca, Stella começava a ficar impaciente. Kaira acabara de sair do banho e estava confortável em seu roupão felpudo do Batman. Pulava de um lado para o outro na cama, animada para o jantar. Aparentemente Torrent viria passar à noite com eles e sua mãe tinha feito uma comida deliciosa. — Sossega, menina!

Ela riu e desviou do caminho de sua mãe, deitando-se e rolando.

— Falo sério, Kaira — Stella avisou uma última vez. — Vou falar para Leo não levá-la na floresta, então me obedeça.

— Mamãe! — reclamou, rolando de barriga para baixo.

— Levante-se e coloque o vestido, vou descer e ver a costela — Stella foi até a porta e se virou antes de sair. — Falo sério, se eu voltar aqui e você não estiver com o vestido pode ter certeza que seus passeios vão acabar.

Kaira ainda rolou alguma vezes antes de se secar e colocar o vestido leve e azul. Penteou o cabelo e saiu do quarto, descendo os degraus da escada lentamente enquanto o delicioso cheiro de carne invadia suas narinas.

Leo estava sentado em uma das cadeiras e conversava baixinho com sua mãe, então ela foi até a sala e pegou a cesta de DVD's que colecionava. Os principais filmes eram de desenho, heróis e os seus favoritos do Jurassic Park. Pegou um deles e colocou no aparelho de mídia, depois ligou a TV e se sentou no sofá, ficando boa parte dos próximos minutos entretida no começo do filme.

— O que está assistindo?

Um peso maior afundou o sofá ao lado dela e Kaira automaticamente se ajeitou no colo de Leo, que a aceitou com um ronronar e esfregou a bochecha na testa dela. Kaira adorava quando ele fazia isso.

— Jurassic Park, é de dinossauros.

— Eles são grandes e ferozes — ele murmurou olhando a televisão. — Não tem medo, minha pequena?

Ela balançou os ombros.

— Dinossauros não existem mais e eu não tenho medo de nada!

— Hm, minha filhote corajosa — ele rosnou baixinho e a colocou de costas no sofá. As mãos grandes desceram e Kaira sabia o que viria, quando Leo começou a fazer cócegas ela soltou uma risada alta.

— Não!

Rolou de um lado para o outro conforme ele cutucava seu abdômen, mas não conseguia fugir do sofá. Gargalhou mais alto e fechou os olhinhos quando ele passou uma unha na sola do pé dela.

— No meu pé não, por favor!

— Tarde demais.

Leo só parou quando sua barriga começou a doer de tanto rir e seus olhos se encheram de lágrimas. Ela se sentou no sofá e o empurrou com um pé, ainda rindo um pouco fraca.

— Vocês dois são tão barulhentos — sua mãe riu da cozinha e Leo se levantou, Kaira foi atrás e segurou um riso ao ver o macho andando lentamente até sua mãe, pegando-a por trás e também fazendo cosquinhas em seu corpo. — Leo, n-não!

Ela se encostou na parede e ficou observando a cena engraçada, sua mãe era tão escandalosa quanto ela quando gargalhava. O som de uma batida chamou atenção de todos eles e Kaira se prontificou a correr até a porte e abrir, sorrindo para o convidado.

— Olá, eu sou Kaira!

Torrent riu da empolgação dela e simplesmente não podia ignorar o rosto todo corado.

— Olá, pequena — ele bagunçou o cabelo dela. — Sou Torrent.

— Eu sei, vimos você e alguns lobos na floresta há alguns dias, achei o máximo. Gosto de gatos, mas também de cachorros, eles são da mesma família, os lobos e cachorros, não é?

— Bom, todos eles são caninos.

— Será que eu poderia chegar perto deles algum dia?

Ela viu certa hesitação nos olhos dele, mas o macho simplesmente deu de ombros depois.

— Eu poderia levá-la algum dia comigo, talvez o meu cheiro ajude com que eles te aceitem com mais facilidade.

— Legal! — ela avançou e pegou na mão dele. — Vem, meus pais estão na cozinha.

Kaira levou Torrent para dentro depois de fechar a porta, segurando com força a enorme mão dele. Ela havia gostado do enorme cabelo negro que ele tinha e também dos olhos azuis, pareciam sérios e frios, mas ele sorrira antes.

— Torrent — Leo o cumprimento. Estava encostado no armário e próximo da fêmea, com os braços cruzados e com um olhar divertido. — Vejo que a pequena Kaira já o pegou.

— Sua filhote fala como um dos nossos.

— Ela é um dos nossos — Leo respondeu e piscou para Kaira, ela apenas riu. Ela não queria falar para ele o quão estranho o olho dele parecia quando fazia aquilo.

— Oi, Torrent — Stella acenou para o macho. — Sente-se e vou servi-los.

Kaira arrumou um cadeira ao lado do convidado e ficou o tempo todo fazendo perguntar sobre os animais. Ela queria ver os lobos e os felinos, mas tinha uma curiosidade incrível pelos ursos, queria realmente vê-los.

— Smiley treinou com algum dos ursos, talvez ele possa te apresentar alguma dia, temos Gus e Pete. Gosto deles, mas passo a maior parte do meu tempo com os lobos.

— Entendi, eu vi alguns esquilos também — ela deu uma risadinha se lembrando do quão baixo eles corriam. — Estavam gordinhos e não tinham medo de se aproximar.

— Valiant cuida deles.

— Quem é ele?

— É o companheiro da Tammy, querida — sua mãe respondeu e cortou um pedaço de carne para ela. — Eu fui visitar ela, lembra?

— Sim, senhora.

— Eles tem um filhote como você, pequena — Leo disse, pensativo. — Talvez vocês dois pudessem ser amigos, que tal?

Apenas o pensamento de ter alguém para brincar já a deixava animada o suficiente para querer sair correndo pela casa toda.

— Eu quero!

— Noble com certeza vai gostar — Torrent disse. — Salvation e Forest às vezes estão aqui, mas na maior parte do tempo o pequeno está sozinho, ter uma companhia será boa. Para os dois.

— Viu? — sua mãe puxou sua bochecha, rindo. — Parece que alguém vai ter um melhor amigo para o resto da vida.

— Quero conhecê-lo!

— Você vai — Leo riu. — Mas agora coma sua carne ou não vai ter força o suficiente para acompanhar Noble.

Depois de jantar e conversar muito com o seu novo amigo, Leo a acompanhou enquanto escovava os dentes e a deitou na cama. Abraçou-o quando ele ronronou e também se esfregou na bochecha dele, rindo baixinho.

— Boa noite, pequena.

— Boa noite... — ela pensou em chamá-lo de pai, mas esperava o momento certo, assim como sua avó dissera.

Kaira demorou para dormir naquele dia, apenas conseguia virar de um lado para outro enquanto pensava em como Noble seria.

🌡️

Demorou exatamente uma semana inteira para que sua mãe e Leo finalmente a levasse até a casa de Noble. Nesse tempo todo Kaira só conseguia pensar em seu novo amigo e se ele também gostaria de tê-la como amiga. Esperava que a tagarelice dela não o assustasse. Ela tinha arrumado uma caixa de papelão com algumas coisas que gostaria de mostrar para ele, seus brinquedos e suas histórias em quadrinhos favoritas.

Naquele dia em questão tudo começou maravilhosamente bem, tirando o fato de que a porta do quarto de sua mãe estava trancado e Kaira não conseguiu acordar ela e Leo de surpresa. Mas tudo bem, o café da manhã a fizera se esquecer rapidinho daquilo.

Sua mãe preparou waffles e ela usou chocolate para decorar os de Kaira, deixando os morangos de lado. Ela detestava morangos. Bebeu um pouco de café depois, porquê sua avó a tinha deixado viciada naquilo mesmo sua mãe dizendo que crianças não deveriam beber.

— Comeu tudinho?

— Sim!

— Sua avó realmente fez bem em dizer que se você comer tudo vai ficar grande — sua mãe riu e levou os pratos para a pia. — Depois eu limpo tudo isso, vamos lá fora, tem algo que Leo quer mostrar para você.

Ela pulou do banco alto e correu até a porta dos fundos, pensou que o macho estaria lá, mas o quintal estava vazio.

— Ele deve estar chegando — Stella ficou atrás de Kaira e separou algumas mechas do cabelo dela, começando a fazer uma trança. Ela contava os minutos e sorriu quando uma enorme caminhonete surgiu no caminho de terra e estacionou próxima da casa.

Ela se aproximou, deixando a mãe para trás e correu animada.

— Jericho!

Era o seu amigo quem dirigia o carro e Leo estava de carona, os dois desceram e ela correu até Jericho. Ele abriu os braços e Kaira se jogou nele, abraçando-o com força. O macho girou o corpo dela no ar e Kaira gargalhou, muito feliz. Pensava que nunca mais o veria, mas ali estava ele e seus olhos bonitos.

O seu Batman.

Agora poderiam correr pela floresta e brincar.

— Que bom que você voltou! — murmurou contra o pescoço dele.

— Somos amigos, não é? — Jericho perguntou divertido, seus olhos avermelhados cintilando. —  Sempre vou vir vê-la.

— Isso é tão legal!

Alguém forçou a garganta ao lado deles e Jericho a colocou no chão, rindo. Leo estava na parte de trás da caminhonete e o outro macho foi até lá, abriu-a e eles tiraram algo que a princípio parecia um grande tronco de árvore. A madeira era clara e tinha belíssimos desenhos, além de que um formato estranho, onde algo parecia se encaixar.

Depois Leo voltou e pegou outro grande pedaço de madeira quadrado e longo, levou até aquele que estava no chão e encaixou.

— Você pode mudar a altura que quer com esse pedaço de ferro — Jericho indicou um suspensório de metal de poucos centímetros que suportava o peso da madeira. — O que achou?

Kaira queria chorar, nem podia acreditar que Leo realmente trouxera uma gangorra. Ela pensava que teria uma como aquelas de parquinhos, mas a dela era móvel e eles poderiam levar para qualquer lugar, além de ser muito bonita e enfeitada.

Correu até as pernas de Leo e o abraçou, escondendo seu rosto na coxa dele. Ela não queria chorar, mas era tarde demais, algumas lágrimas grossas escorriam de seus olhos e um sentimento forte preencheu seu coração ao ponto de o sentir latejar em sua garganta.

Só queria chorar e ficar agarrada no grande felino.

— Eu sinto o cheiro intenso do sentimento dela — Jericho murmurou, chocado.

Mãos quentes a envolveram e Leo a pegou no colo, preocupado, mas ela escondeu o rosto e não deixou que ele a olhasse daquele jeito, toda vermelha e chorona, queria ser durona. Uma outra mão alisou as costas dela, era sua mãe levando em consideração que era tão pequena e leve.

— O que foi, meu bebê? — sua mãe perguntou de maneira doce e afagou suas madeixas. — Por que está chorando?

— É que eu... — ela hesitou pela primeira vez e aquilo não era normal para Kaira, mas ela estava sufocada em alguns sentimentos estranhos, se sentia feliz e triste ao mesmo tempo.

— Você? — Leo perguntou e isso a fez se desmanchar em lágrimas novamente. — Acho que o problema sou eu — ele murmurou e tentou passá-la para os braços de Stella, no entanto Kaira se agarrou mais a ele, não queria sair. — Droga, eu não sei o que fazer, Stella.

— Querida, o que foi? — sua mãe insistiu. — Você estava animada e uma gangorra era tudo o que queria, não é? Você sempre pediu e agora tem, não tem porque chorar.

— Não era tudo o que eu queria, tinha algo mais importante e que eu não podia pedir — resmungou se lembrando de todos aqueles dias especiais para as crianças da escola e o motivo pelo qual não participava.

— E o que seria? — Leo perguntou, confuso. — Posso fazer o que você quiser, pequena.

Kaira inclinou o corpo para longe do peito dele e encarou os olhos dourados de Leo com intensidade, perdida em diversos pontos de amarelo, hora escuros e alguns claros, era muito bonito.

— Um pai.

Os olhos de gato se arregalaram, surpresos e então, com força, Leo prendeu o corpo dela contra ele; o peitoral masculino vibrou e ele ronronou, novamente roçando suas bochechas.

— Você é minha agora e eu sou seu pai — orgulho se desprendia da voz dele, estava feliz e também poderia chorar. — Me chame de pai, minha filhotinha.

Eles ouviram um soluço e uma risada chorosa, era Stella chorando também.

— Desculpem-me, são os meus hormônios de grávida!

Eles riram juntos e depois de algumas frases agradáveis Kaira foi brincar na gangorra com Jericho, ele não subiu e apenas usou a mão para fazer peso do outro lado, mas mesmo assim ela se divertiu com ele quando tentava fazer mais força.

Foi muito legal.

Ele também correu com ela quando seus pais foram para dentro e também escalou uma árvore, mostrando para Kaira como era bom naquilo. Eles observaram o rio enquanto Jericho contava sobre o seu melhor amigo para ela, novamente citando o nome de Smiley.

Ele disse que tinha duas coisas para dar para ela, mas apenas depois do almoço e isso a deixou ainda mais elétrica, como se fosse possível. Quando voltaram para casa e ela viu a gangorra se perguntou se Noble gostaria de vir brincar com ela em seu novo brinquedo.

Seria tão divertido!

Sonhava sozinha com todas as coisas que gostaria de fazer com ele.

Almoçaram seu prato favorito, frango grelhado com limão e um suco natural de laranja. Estava risonha na mesa, conversando com todos ao mesmo tempo. Sua mãe depois tirou uma torta grande da geladeira e colocou na mesa.

— Presente de Jericho, então agradeça a ele.

— Muito obrigada, Jeri! — abraçou-o e eles atacaram a torta de chocolate, que ele dissera ser a preferida dele. Leo não comeu e só de olhar para o chocolate ele já parecia enjoado.

Brincaram novamente na gangorra e quando estava ficando mais tarde Jericho disse que precisava ir embora, algo sobre pegar um helicóptero e voltar até Homeland.

Ele se aproximou dela e se ajoelhou, tirou algo do bolso e estendeu a mão aberta para ela.

— Uau, é uma gracinha!

Era um colar delicado de prata, com um pingente fofinho com o rostinho de um macaco.

— Deixa eu colocar em você.

Kaira se virou e tirou o cabelo do caminho, sorrindo quando ele disse que podia se virar. Ela segurou o pingente com cuidado e carinho, nunca mais tiraria aquele colar.

— Eu não tenho nada para te dar.

— Este dia foi o melhor presente que eu poderia ganhar — ele sorriu de uma forma diferente, parecia triste e ao mesmo tempo conformado, ela se sentiu estranha. — Me diverti muito com você, pequena, sempre vou voltar para vê-la, até que um dia você diga para eu parar.

Ela riu alto.

— Tá aí uma coisa que não vai acontecer!

Abraçou o amigo com força e beijou a bochecha dele, se divertindo com o barulho diferente que ele fez. Não era como seu pai, era mais forte e sentimental, ela gostara.

— Tchau, Jericho.

— Até, pequena.

Acenou para o macho enquanto ele partia de carro e voltou para dentro, tinha que ajudar sua mãe e fazer tudo certo para que mais tarde Stella não pudesse a chantagear como fazia quando saiam.

Era quase noite quando sua mãe encheu a banheira com água e espuma, Kaira se aproveitou e brincou com alguns brinquedos enquanto Stella lavava seu cabelo. De volta ao quarto, ela se vestiu com um pequeno short mostarda com lacinho e uma camiseta delicada, branca com bolinhas da cor da parte inferior do conjunto. Lógico que fez birra na hora de colocar as sapatilhas, mas sua mãe conseguiu fazê-la colocar depois de ameaçar acabar com à noite por ali mesmo.

Essa era a última coisa que ela queria.

Sua mãe e Leo também estavam prontos, sendo que Stella também o obrigara a colocar sapatos, pelo incrível que pareça.

Eles foram a pé pela trilha, seguindo os passos do macho. Ela realmente levou aquilo para o lado da aventura, gostando dos barulhos da floresta à noite; as folhas nas árvores se agitavam conforme a brisa as tocava e alguns animais noturnos faziam barulho, ela podia jurar que estava ouvindo uma coruja.

Andaram um pouco quando o felino parou e farejou o ar, dizendo:

— Torrent vem ai.

Stella se agarrou ao braço do companheiro, Kaira olhou para o lados animada para vê-lo e contar as novidades. O macho grande surgiu entre algumas árvores, seus passos eram leves e bonitos, ele parecia realmente selvagem com os olhos azuis brilhando na escuridão de onde viera.

Torrent encarou todos eles e perguntou:

— Estão indo até Valiant?

Kaira deu um passo saltitante em direção a ele, quase não suportando a caixa de brinquedos e derrubando tudo no chão, no entanto se equilibrou sem ajuda. O papelão estava um pouco pesado, mas ela se recusava a deixar o pai carregar.

— Sim — ela respondeu antes que os mais velhos abrissem a boca. — Estou indo encontrar Noble!

— Que bom, pequena — ele sorriu, se divertindo com o comportamento infantil. — O filhote deve estar literalmente subindo pelas paredes enquanto a espera. Ele ficou muito feliz quando soube que estava aqui.

— Mesmo?!

— Com certeza — Torrent disse e mudou de assunto. — Uma ninhada de cinco crias nasceu hoje, são tão pequeninhos e a fêmea os protege ferozmente.

Os olhos dela brilharam ao ouvir aquilo.

— Pensei que você gostaria de ir vê-los, não vai poder pegá-los ou chegar muito perto por causa da fêmea, mas quando eles crescerem mais vão ser receptivos a você, tenho certeza.

— Eu quero! — virou-se para os pais e estava prestes a implorar quando sua mãe revirou os olhos e fez um gesto com a mão, como quem diz vá em frente.

— Confio em Torrent — Stella se aconchegou mais em Leo. — Eu imagino que você possa passar o dia com ela, certo?

O macho concordou com um aceno.

— Vou deixá-la com você depois do café da manhã, perto do rio — Leo quem disse e depois disso Torrent se despediu e foi embora, lançando a ela um olhar dócil.

Continuaram a caminhada e só pararam em frente a uma casa bonita e grande, afastada como todas as outras. Era parecida com a casa de sua avó, antiga. Uma certa insegurança a invadiu de repente, coisa que dificilmente acontecia.

Ela respirou fundo e suas mãozinhas vacilaram um pouco, mas ela as apertou ao redor da caixa.

— Posso sentir seus sentimentos — Leo disse e seu rosto estava confuso. — O que foi? Está com medo?

— Não estou com medo, mas... e se ele não gostar de mim?

Stella gargalhou alto e se abaixou perto dela, distribuindo beijos por todo o seu rosto.

— É impossível que alguém não goste de você, princesa. É a garotinha mais inteligente e doce que eu conheço, aposto que ele vai perceber isso assim que a conhecer e também vai gostar muito de você.

— Espero que não goste muito — o macho murmurou para si mesmo, sentindo-se um tanto incomodado com aquilo. Era a sua pequena fêmea e ele esperava que Noble não fizesse nenhuma gracinha, não queria assustar o filhote de Valiant.

— Leo!

Stella o repreendeu com uma risada e estava para falar mais quando a porta da frente se abriu, revelando o corpo de Valiant. Os olhos dourados e intensos passaram por todos eles com indiferença, mas assumiu certa curiosidade ao fitar Kaira.

— Vocês pretendem ficar aqui fora a noite toda ou vão entrar? — perguntou, irônico. — Minha Tammy está muito animada e eu quero que ela continue assim.

— Já estamos entrando, Valiant — Stella respondeu divertida, estava acostumada com o temperamento do macho. — Vamos lá, querida, você vai amar Tammy!

🌡️

Tammy realmente queria que Noble parasse por alguns segundos e a deixasse relaxar, mas era difícil controlar o seu filhote. Ele estava maior e mais forte do que uma criança normal e as unhas dele eram perigosas, não conseguia mais brincar com ele como fazia antes ou poderia facilmente se machucar.

Valiant dizia que era difícil para ele controlar a própria força agora que estava numa fase de descobrimento, então ela resolveu deixa-lo testar os próprios limites, só não esperava que ele fosse subir pelas vigas da casa e ficar como um gato a observando de cima, para o seu assombro ele ainda pulara do teto para o sofá, quase a matando do coração.

Noble e suas garras eram um terror.

— Por favor, Noble — ela tentou segurar o filhote, mas ele foi ágil e escapou de seu abraço, ainda por cima riu na cara dela. — Coloque a camisa, filho, ou vou chamar seu pai!

A simples menção de chamar Valiant fez com que ele parasse e colocasse toda a roupa. Ele não tinha medo, mas algumas vezes o macho rugia como um verdadeiro leão e colocava o filhote em seu devido lugar, principalmente quando Noble estava aprontando uma de suas bagunças.

Ela entendia que isso eram os instintos de animais em seus DNAs e não os julgava.

— Lembre-se! — ela segurou a ponta do nariz dele e apertou, os olhos dourados que a encararam de volta eram como os de seu companheiro. — Não faça nada de extravagante com Kaira, ela é pequena e frágil, você pode machuca-lá numa brincadeira inocente.

— Eu sei — respondeu com um resmungou, balançando o rosto para longe das mãos de Tammy. — Não vou fazer nada, juro!

— Sei — ela estreitou os olhos. — Não me faça te colocar de castigo, Noble. Seja bonzinho e nada de subir em lugares altos hoje, combinado?

— Amanhã sim?!

— Amanhã é amanhã, depois conversamos.

Alguém bateu na porta do quarto e eles souberam instantemente que não era Valiant, ele simplesmente entraria sem se importar. As narinas de Noble se abriram e fecharam, seus olhos dourados brilharam de entusiasmo.

— É Stella e tem alguém com ela, cheira como pêssegos!

— Que narizinho em! — ela riu. — Por que não vai lá ver?

Ele pulou da cama e correu até a porta, abrindo-a de uma única vez. Tammy não pode ver a reação de Stella e sua filha, mas o que ouviu e observou a seguir a deixou surpresa de verdade.

— Kaira!

Ninguém esperava que Noble fosse se flexionar sobre as pernas e se lançar em direção a garota como uma verdadeiro felino, abraça-la com força e fazê-la cair no chão junto dele.

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