001.
NO WAY HOME.
Kim Ha-yun não estava pronta para enfrentar o fim do mundo, mas, quando ele começou, ela não teve outra opção a não ser lutar para viver.
Agora, três dias desde que começaram a ouvir barulhos do lado de fora do prédio e um estranho zunido vindo dos corredores. Da-hyun e Ha-yun estavam em silêncio. Uma barricada foi feita com caixas pesadas na janela e a porta foi trancada usando todos os cadeados que passava pelas fechaduras.
── Você ouviu o anúncio. Podemos ir para o térreo, é seguro ── Ha-yun falou.
── Não. De jeito nenhum ── Da-hyun falou ── Não vamos sair daqui até ter certeza do que está acontecendo lá fora.
── O fim do mundo é claro ── Ha-yun murmurou.
Da-hyun fazia uma arma improvisada com um taco de beisebol. Ela conseguiu colocar alguns pregos na pronta e testou para saber se poderia funcionar.
── Isso não vai matar aquela coisa lá fora ── Ha-yun disse.
── Não vai. Mas podemos ganhar tempo para correr ── Da-hyun disse.
Três dias haviam se passado, Ha-yun não conseguia manter-se quieta e a tranquilidade de Da-hyun a irritava. Claro, sua irmã mais velha só queria transmitir confiança e que ficariam bem.
Ha-yun não queria ficar ali. Estava ciente que ficar ao lado de mais pessoas a deixaria mais calma naquela situação.
── Da-hyun, podemos conversar...
── Cala a boca ── Da-hyun falou.
── O quê...
── Sh! ── Da-hyun levantou a mão e caminhou lentamente em direção à porta ── Tem alguma coisa lá fora.
Demorou alguns segundos até que o barulho de estalos voltasse a ecoar pelo corredor, Da-hyun sentiu um arrepio por todo seu corpo.
Em uma fração um emaranhado de galhos retorcidas atravessou a porta, Da-hyun conseguiu se abaixar a tempo antes de ser atingida e Ha-yun gritou alto.
── Se tranca no quarto, agora! ── Da-hyun gritou e Ha-yun estava paralisada demais para ouvir ── Ha-yun!
O monstro atravessou a porta e, com as orelhas atentos, buscou por qualquer barulho. Da-hyun estava bem ao seu lado e prendeu a respiração ao notar que o monstro captava sons. Ha-yun, que estava no canto da sala tremendo de medo, fez o mesmo.
Calmamente, Da-hyun levantou a mão e colocou um dedo nos lábios. Ha-yun conteve as lágrimas e concordou.
O monstro atravessou a sala, seus galhos estavam fincados nas paredes por todo o cômodo. Enquanto ele caminhava resmungando coisas que eram capazes de entender, Da-hyun se levantou devagar e tentou alcançar o taco de beisebol que fora lançado para o outro canto da sala.
── Não... ── Da-hyun conseguiu ouvir o sussurro de Ha-yun, mas continuou tentando alcançá-lo.
Da-hyun pisou em falso, a madeira solta daquele apartamento antigo fez um rangido. Nada muito alto para que os vizinhos pudessem reclamar, mas isso o fez se virar no mesmo instante. Antes que Da-hyun pudesse reagir, um disparo foi feito na direção do animal a sua frente e ele caiu no chão no mesmo instante.
── Merda. Ha-yun! ── A garota correu para os braços da irmã, soluçando.
── Ele morreu? ── Ha-yun não quis olhá-lo para confirmar.
── Ele ainda ‘tá vivo ── Da-hyun reconheceria aquela voz de olhos fechados. Grave e sem emoção.
── Sang-wook… ── Da-hyun o observou atravessar a sala com uma arma apoiada nos ombros.
── Peguem tudo que precisarem, agora. Essa coisa vai acordar em breve e ── Ele olhou para Da-hyun ── não vão querer estar aqui quando isso acontecer.
── Ha-yun, vamos ── Da-hyun segurou os ombros da irmã e a afastou gentilmente ── Pegue suas coisas. Precisamos sair daqui.
Ha-yun enxugou as lágrimas e correu em direção ao seu quarto. Da-hyun encarou o monstro jogado no chão da sua sala, imóvel. Em algum momento ele acordaria e aquilo fez Da-hyun temer pelo pior.
── Não tem ninguém nesse andar. Todos os moradores estão no térreo, até o seu namorado ── Sang-wook falou.
── Cala a boca ── Da-hyun também se moveu e pegou sua mochila que estava jogada no outro canto do cômodo ── Foi escolha minha ficar aqui. Viu aquela coisa lá fora? ── disse, apontando pela janela ── E você? O quê faz aqui?
── Procurando o filho da puta que fugiu de mim ── Sang-wook caminhou em direção a porta e olhou para os dois lados do corredor.
Sang-wook virou apenas o rosto para olhá-la e sorriu. Aquele sorriso que fazia Da-hyun sentir ainda mais raiva.
── Vamos, seu namorado está esperando ── Sang-wook riu quando percebeu que Da-hyun revirava os olhos.
── Ele mandou você vir até aqui? ── Da-hyun perguntou.
── Não. Mas ele ia mandar o garoto vir atrás de você de qualquer forma ── Sang-wook respondeu ── O garoto…acho que a Ha-yun o conhece.
── Estou pronta ── Ha-yun apareceu ao lado de Da-hyun e olhou para Sang-wook e depois para o monstro no chão, ele começou a se contorcer ── É melhor irmos. Agora.
Da-hyun deixou que Ha-yun fosse na frente e assim, os três saíram do apartamento. Sang-wook acendeu um cigarro no meio do trajeto até o elevador e o ofereceu para Da-hyun que apenas o ignorou.
As luzes piscavam, o cheiro de sangue e podridão estava no ar. Era quase impossível respirar.
Sang-wook apertou o botão para chamar o elevador e assistiu aos números subirem gradativamente.
── Ei, pirralha ── Sang-wook olhou para Ha-yun que o ignorou ── Não saia de perto da sua irmã, entendeu? Obedeça ela e nem pense em dar uma voltinha pelo prédio.
Ha-yun continuou o ignorando, até o elevador chegar e ela entrar. Aquilo irritou Sang-wook.
── Ela não sabe respeitar os mais velhos? ── Sang-wook olhou para Da-hyun.
── Da-hyun disse para não falar com você ── Ha-yun respondeu. Sang-wook riu.
Da-hyun também entrou no elevador e quando as portas estavam prestes a se fechar, as segurou.
── Você não vem? ── Da-hyun não se importava e nem gostava de Sang-wook, mas não podia ignorar o fato de que ele havia as salvado.
Sang-wook se aproximou da porta e Da-hyun pensou que ele entraria, mas apenas a olhou por alguns segundos.
── Cuide da pirralha ── E enquanto as portas se fechavam, Sang-wook falou ── e controle seu namorado.
── Desgraçado. Ele não é meu… ── As portas se fecharam no mesmo instante, Da-hyun amaldiçoou Sang-wook por sempre conseguir a irritar.
À medida que os andares iam descendo, Da-hyun apertava o taco com mais força. O que poderiam encontrar quando chegasse no último andar? Da-hyun não sabia e, por isso, se colocou na frente de sua irmã.
A letra T aparece no painel. Da-hyun prendeu a respiração quando as portas começaram a se abrir e, assim que a figura a sua frente a encarou profundamente, ela não se sentiu menos aliviada ao vê-lo.
── Eun-hyuk?
Ele ajeitou os óculos.
── Da-hyun.
AVISOS.
Sei que eu demorei, mas
andei trabalhando em capítulos
para todas as minhas histórias
nas últimas semanas. Tentarei
trazer atualizações sempre que
possível.
002.
Não esqueça de votar e
comentar suas teorias.
Até o próximo capítulo.
Bjos!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro