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27 - O ódio excita brigas, mas o amor perdoa as ofensas.

Pedro estava tenso, a tensão na sala era palpável.
Temeroso ele não saia do lado do filho, que diga-se de passagem, era o único que estava à vontade.

Ele cumprimentou a cada um pessoalmente, perguntou nomes, o que faziam na vida, aonde moravam, ele foi gentil com todos.

- E agora mora só vocês dois nesse casarão? - Perguntou aos avós, observando a tudo que estava ao seu alcance.

- Não exatamente, no momento tem um sobrinho meu morando aqui. - Respondeu o pastor, como se nunca tivesse parado para pensar que estavam mesmo sozinhos naquele casarão.

- E ele não está aqui, agora?

- Ele está no quarto. É complicado! - Respondeu dona Ana.

Paulo ficou um tempo, olhando para os avós alternadamente, como se quisesse dizer algo, mas mudara de ideia.

- Eles querem dizer que ter um membro problemático na família é complicado. - Disse Ben, encostado na parede.

Todos assustaram, pois ninguém tinha visto o garoto chegar.

Pedro viu o sorriso do filho, e sorriu compreendendo, 'ele vira Ben Chegando' - Pensou sacudindo a cabeça.

Foi até o Ben.
- Ben este é o meu filho, Paulo este é o meu primo. - Apresentou-os, mas Paulo não apertou a mão estendida, sorrindo ele abraçou o garoto.

Afastou-se de Ben e o observou atentamente.

- Você sabia que se deixar a tristeza criar raízes, ela embaça sua visão e te impedi de ver as coisas boas que Deus tem para você? A tristeza não pode fazer morada no seu coração. - Disse Paulo fitando-o nos olhos.

- E quando a gente perde toda a alegria, quando Deus tirou tudo da gente? - Perguntou Ben desolado.

- Deus nunca tira tudo, Ele sempre deixa algo. - Paulo sorriu, aquele sorriso que ilumina os olhos.

- Nem que seja um amigo insuportável que não vai te ajudar em muita coisa, porque talvez ele esteja precisando de ajuda mais do que você, e um álcool setenta para passar nas feridas.

'A mágoa, a dor, o ressentimento, a raiva, impede as pessoas de verem o que Deus deixou para elas se curarem, e faz com que elas fiquem focadas no que acreditam que Ele tirou delas.

- Eu não apenas acredito, Deus tirou de mim! E não foi apenas uma coisa foi a minha família inteira, e você sabe o que a minha mãe fez? Ela orou. - Ele disse em meio às lágrimas.

- E você está com raiva de Deus por causa disso, e você tem todo o direito de estar, mas não sei se você sabe, mas enquanto isso, Deus está chorando junto com você, Ele está esperando você se voltar para Ele e pedir ajuda, e sei que você vai detestar o que eu vou falar, mas louvado seja a Deus, porque sua mãe está em um ótimo lugar.

Ben chorava em silêncio, e Paulo o encarava; na sala não se ouvia nem um suspiro até as crianças estavam silenciosas.

- Eu sei que ela acreditava nisso. No dia daquela tragédia ela olhou no meu olho e disse:

'"Deus, não permita que nenhum dos meus filhos morram, se ainda não estão prontos para está na sua presença."

'Então ela sorriu para mim e disse: "Não tenha medo meu filho eu te amo, mas Deus te ama muito mais."

'E morreu, eu também pensei que iria morrer, mas acordei dias depois naquele hospital sozinho. Ela sabia que eu iria sobreviver, ela sabia que eu não prestava.

Ben chorava compulsivamente.

Pedro abraçou o primo.

- Não é verdade que você não presta, jamais pense uma coisa dessas, você apenas não estava em paz com Deus naquele momento, e Ele misericordiosamente te deu uma nova chance, agora cabe a você decidir o que fazer com essa nova chance. - Disse Pedro, os olhos marejados.

O pastor se aproximou do sobrinho.

- Porque não disse nada disso para nós meu filho? Você nunca fala daquela noite fatídica! - Disse o pastor desolado.

Ben desvencilhou-se de Pedro e do pastor e se virou para Paulo.

- Verdade. Eu nunca falei disso para ninguém, nem mesmo para os psicólogos, até porque eu mesmo pensei que estava ficando louco imagine os outros, mas aí apareceu você e pronto as palavras foram saindo sem que eu me desse conta. O que você fez? - Se aproximou do outro curiosamente.

- Eu não fiz nada! Apenas vi uma pessoa que parecia estar em uma depressão profunda e fiz o que um bom cristão deve fazer, falar do que está cheio o seu coração, do amor de Deus.

- E como você sabia que ele estava em depressão? - Perguntou Jemima curiosa, Pedro se pôs ao lado do filho.

Todos encaravam Paulo agora.

- Eu e alguns amigos prestamos serviço voluntário em um hospital psiquiátrico, e no início de seus tratamentos, eles tem o mesmo olhar vazio, sem vida, dele. - E apontou para Ben. - Me desculpa se te deixei mal. - Pediu constrangido, olhando Ben.

- Me deixou mal? Você tá brincando? Eu tenho gastado uma nota com psicólogos e nenhum deles me fez sentir o que você fez.

'Ainda está doendo, mas tem um alívio que eu não sei explicar. Será o álcool setenta? - Perguntou para Paulo sorrindo e foi um sorriso real, um sorriso que chegou ao olhar.

- Às vezes é necessário, para curar. - Disse Paulo sorrindo.

Renata saiu de onde estava e abraçou Paulo.

- Você é um presente, muito bem vindo. E eu estou muito feliz, em fazer parte desta família, e assim poder receber este presente também. - Disse Renata, com o rosto molhado pelas lágrimas.

Pedro precisou se afastar, pois os familiares agora estavam todos em cima de Paulo, menos o pai que se mantinha afastado.

E Ben que se aproximou dele.

- Você percebeu que acabou as chances, de você ficar sozinho com seu filho,não percebeu? - Perguntou sorrindo.

- Percebi. - Disse sorrindo. - E você, como está?

- Não sei te explicar, mas você se importa em dividir o seu filho comigo também? Você viu como ele fala. Parece que não é ele quem está falando! Desculpa estou divagando.

- Não está não. Você sentiu isso, porque naquele momento provavelmente não era mesmo ele falando, e sim Deus, falando com você. Era do que você estava precisando ouvir.

- Seu pai e seu irmão são pastores, porque eles nunca falaram assim comigo? - Perguntou confuso.

- Você já imaginou, meu pai ou meu irmão comparando a palavra de Deus com álcool setenta? - Pedro riu.

- Não mesmo! - Disse sorrindo. - Mas o estranho mesmo, foi eu ter entendido dessa forma. Eu sempre fui meio lento para essas parábolas, não! É sério eu disse parábola? Você fez algo muito certo com esse filho seu. - Brincou Ben.

- Não fui eu Ben, foi a mãe dele. - Disse olhando a família feliz à sua frente.

- Ben o que você pensou, quando Paulo disse no amigo insuportável? - Perguntou olhando para o pai, que continuava à distância.

- Acho que é melhor ficar com essa para mim. - Disse constrangido.

- Você pensou no meu pai, não foi?

- Desculpa Pedro. Mas pensei sim, foi mal. E claro que eu posso estar imaginando coisas, mas acho que seu filho também.

- Eu também acho. - Disse Pedro triste.

- Você sabe que a qualquer momento ele vai estourar. Meu tio não é famoso pelo controle. - Afirmou Ben.

- Eu sei. - Confirmou Pedro preocupado.

Finalmente o pastor não se segurou mais, provando que Ben o conhecia muito bem, e se aproximou do grupo, aonde todos já eram melhores amigos de infância. Todos se afastaram.

- Você é um garoto muito diferente do que eu imaginava em todos os aspectos.
- Comentou o pastor.

- Acho que não entendi. - Começou Paulo confuso. - Em todos os aspectos? Como exatamente, o senhor quer dizer fisicamente, jeito de vestir, se portar, falar, enfim, como o senhor me imaginava? - Perguntou interessado.

- Acho melhor você interferir. - Disse Ben. - Gosto do seu garoto.

- Pai... - Começou Pedro.

- Você quer que aceitamos seu filho, então não tem espaço para hipocrisia, você não acha Paulo? - Inquiriu o avô, olhando-o nos olhos.

- Claro! Está tudo bem pai. - Respondeu sem desviar o olhar do avô. - E então, que tipo de pessoa o senhor imaginava que eu seria?

- Porque sua mãe te deu o nome Paulo? - Questionou o avô.

- Oi?? - Paulo ficou confuso. - Bem pela minha estatura que não foi! - Brincou Paulo.

O avô olhou-o de cara feia.

- Desculpa, brincadeirinha. Bem, antes de qualquer coisa, com certeza foi porque ela ama as cartas de Paulo.

'Mas também porque meu nome representa a essência do cristão, não importa a sua altura, a sua força, o seu status, ou o seu poder.

'Você precisa ser pequeno. Você precisa ser humilde e honrado, caso contrário, você não representa a Jesus. - O avô ficou imóvel olhando-o.

- Me desculpem! Mas sabe, eu sei o que todos vocês pensavam sobre mim, principalmente o senhor vô. - Lamentou Paulo.

- Eu sei que fui uma surpresa para todos, foi para o meu pai também, as primeiras vezes que nos falamos, ele ficava surpreso a cada palavra que eu falava, eu acho! - Disse sorrindo.

- E eu ficava mesmo! - Concordou o pai orgulhoso.

- Espero não desaponta-los, por não ser nada do que vocês imaginavam, porque pelas reações eu diria, que eu fui uma surpresa muito maior para vocês do que para o meu pai. - Disse erguendo a sobrancelha.

- O problema meu filho, é a sua mãe... - Começou dona Ana, Pedro a interrompeu.

- Mãe não começa. - Pediu Pedro, Paulo sorriu.

- Eu sei vó. A minha mãe me disse, que provavelmente vocês seriam cautelosos comigo, por causa dela.

Ele se aproximou da avó.

- A lembrança que vocês têm dela, é da garota que supostamente seduziu o filho de vocês, manchou a honra da familia, e depois sumiu no mundo com o neto de vocês para criar de qualquer jeito.

'Eu sei disso, e está tudo bem eu conheço a minha mãe, e nenhuma opinião equivocada sobre ela me afeta. Só espero que todos vocês um dia a conheçam como eu a conheço. - Disse tranquilo.

O silêncio foi constrangedor, até Felipe começar a rolar de rir.

Carol sua esposa pediu para ele parar, mas ele estava descontrolado.

- Desculpa! Mas Pedro, seu garoto é muito mais esperto do que você era na idade dele. - Disse Felipe ainda rindo.

- Eu diria que ele é mais esperto que o Pedro, até na idade atual. - Disse Jemima também rindo.

Todos começaram a falar de uma vez. E as coisas se ajeitaram.

O restante da tarde foi tranquilo, até o momento em que Paulo disse que estava na hora de ir pra casa.

- Você poderia dormir aqui, temos tantas coisas para falar, para descobrir uns sobre os outros. - Pediu a avó.

- Deixa para outro dia vó, eu não avisei nada para a minha mãe.

- Não seja por isso, seu pai vai lá buscar umas coisas para você e diz pra ela que você vai passar a noite aqui! - Argumentou a avó, ele pegou em suas mãos, e as beijou.

- Teremos muito tempo para nos conhecermos vó, mas não quero que minha mãe sinta que eu a estou deixando de lado, não custa nada irmos devagar. Amanhã eu volto.

- Sua mãe não deveria ter criado você tão dependente dela! - Recriminou o avô.

- O senhor não poderia estar mais equivocado, meu avô! - Disse sorrindo.

- Eu fui ensinado a ter as minhas próprias opiniões sobre as coisas e tomar decisões sozinho, e a arcar com as consequências delas.

'Eu estou aqui agora tomando uma decisão na qual ela vai me apoiar, e se eu decidisse ficar aqui, ela também me apoiaria, pois foi para isso que fizemos essa viagem, para que nos conhecêssemos.

'Mas isso não significa, que eu vá magoa-la ou simplesmente deixa-la o tempo todo sozinha, até então temos sido só nós dois e Deus. - Disse sorrindo.

'E como ela costuma dizer, se ela tiver que interferir em cada atitude que eu tiver nessa vida, então ela não terá feito um bom trabalho, e eu gosto muito do bom trabalho que ela fez comigo.

Todos estavam vidrados no garoto, e Felipe, claro quase tendo uma síncope de tanto rir.

Continua...

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