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Capítulo 19


Sempre que temos um problema o qual nos deixa, completamente enlouquecidos, desnorteados e sem saber o que fazer, as pessoas dizem pra deixarmos pra lá. Ou então, quando não conseguimos resolvê-lo de imediato a solução mais imatura a se tomar, é fugir. Entretanto, sua mente parece focar única e exclusivamente naquilo. Tudo faz lembrar do que te incomoda, tortura, sufoca. E como se não bastasse, até o sono te trai. Você sonha a noite inteira, com cenários diferentes, resultados distintos, mas o roteiro é sempre o mesmo.

Estava eu dormindo tranquilamente sonhando com a noite que devo admitir, foi linda. Alex ainda estava abraçado a mim e a sensação era maravilhosa. Certeza que se alguém passasse pelo quarto, eu estaria sorrindo.

Uma movimentação começa e eu sou relutante a acordar. O encaracolado começa a se mexer sem parar, vira de um lado para o outro desesperado. Acordei e encontrei-o suando frio.

- Pai! - gritava sem abrir os olhos. - Pai! – repetiu. - Não me deixe, por favor. Eu preciso de você. - disse chorando.

Coloquei levemente minhas mãos sobre seu braço torcendo para que ele acordasse, mas o mesmo continuava a pedir pra que Charles não fosse embora.

- Alex. - chamei-o.

Finalmente ele se levanta um tanto assustado.

-Liza! Meu pai, Liza. - fala chorando.

- Calma, Alex, foi só um sonho. Calma. - tento acalmá-lo o apoiando em meu colo. Ele corresponde e posso sentir seus soluços. - Vai ficar tudo bem. - faço um carinho em sua cabeça, brincando com seus cachos na tentativa de relaxá-lo. Alex respira fundo e aos poucos vai se acalmando. Quando me dou conta, ele adormece, e eu o acompanho.

O sol não foi nem um pouco tímido em me dizer bom dia. A claridade estava tomando conta do quarto e por mais que eu tentasse permanecer com os olhos fechados eu estava ansiosa de mais. Levantei-me com cuidado removendo o braço de Alex da minha cintura. Fui em direção ao banheiro lavar o rosto, escovei e em seguida fui prepara o café. Minha geladeira não tinha muita coisa, só algumas frutas, as quais eu não vivia sem, então preferi passar na padaria da esquina e comprar algumas coisinhas para uma refeição matinal mais elaborada.
A padaria estava praticamente vazia, o que era bom, pois não teria fila. Comprei alguns pães, presunto e um queijo minas e não resisti a um bolo de nozes. Lá estava eu querendo agradar Alex novamente sem nenhum motivo evidente, ou nenhum que eu quisesse assumir pelo menos.

Cheguei em casa e comecei a arrumar a mesa. A água já estava no fogo, prestes a entrar ebulição, enquanto Alex dormia feito um anjo. Preparei um suco de laranja e coloquei os pães em uma cesta. Cortei mangas em pedaços, e enfeitei a mesa com algumas uvas. Dispus tudo da melhor maneira possível.
Enquanto colocava os copos na mesa, Alex acorda vindo até mim, e me abraça por trás.

- Bom dia, Bela adormecida. - digo.

-Não use minhas palavras contra mim. - diz beijando minha nuca, o que me fez arrepiar.

-Minha vingança... Você dorme tanto quanto eu.

- Você que acordou cedo demais.

- Certa pessoa não me deixou dormir confortavelmente. - sou irônica.

Ele me solta e eu me viro ficando a sua frente.

- Duvido!

- Como consegue ser tão convencido, logo pela manhã?

- É minha natureza. - ele revira os olhos e sorri.

- Tudo bem, então. Meu Deus! Esqueci da água. - desespero- me indo ate a cozinha.

- É normal, eu tiro a atenção das pessoas mesmo. – saio da cozinha rapidamente lha lançando um olhar irônico.

Encontro Alex já sentado e coloco o café em cima da mesa, indo me sentar ao seu lado.

- Está bem? - pergunto me referindo a seu pesadelo.

- Tirando o fato que não ganhei nenhum beijo de bom dia, sim esta tudo bem.

Dou de ombros, talvez ele não se lembre ou não queira comentar sobre.

Alex corta um pedaço de queijo o colocando em seu pão.

- Esse banquete todo é porque eu ganhei as duas apostas?

- Duas apostas? - franzo o cenho, sem saber qual era a outra.

- Sim, de você perder no xadrez e ter que dormir comigo, e a de que eu não falo enquanto eu durmo.

Dou um gole no meu café.

- Primeiro que não apostamos sobre isso e segundo você fala enquanto dorme. - lhe mostro a verdade com um sorriso forçado.

- Mentira! Sobre o que eu falei? - Pergunta desconfiado.

Limpo a garganta.

- Seu pai.

Ele parou de comer logo que ouviu o que eu acabara de dizer. Limpou a boca com o guardanapo e mordeu o maxilar.

- Não me lembro de ter dito nada relacionado a meu pai.

- Mas disse. – insisto. - E acho que isso tem a ver com o que você está sentindo. Aliás, dizem que a gente sonha com o que pensamos demais.

O encaracolado respira fundo.

- Eu não sei o que fazer.

- Pode começar indo visitar seu pai.

- Liza...

- Liza, nada. - eu o interrompo. - Eu vi o seu desespero implorando para que seu pai não fosse embora, que ele não te deixasse sozinho. Por Deus Alex. - coloco a mão na testa. - Ele é seu pai, é sangue do seu sangue e ele não te abandonou. Pelo contrário, ele tentou durante vinte anos uma aproximação com você e mesmo neste estado ele não desistiu. Eu não o conheço, mas se tem uma coisa que você e seu pai têm em comum é a persistência. Só não espere que seu pesadelo se concretize.

Alex me encara com os olhos arregalados.

- Eu... Acho que não consigo vê-lo daquele jeito.

- Já disse que irei com você. - enfatizo segurando sua mão.

Ele dá um sorriso pesado e faz um carinho em meus dedos.

- Obrigada. E desculpa te preocupar com isso.

- Você aguentou todos os meus desabafos e esteve comigo depois da notícia da separação dos meus pais. É o mínimo.

- Acho que alguém aqui adquiriu um coração. - Alex zomba.

- Ou talvez eu esteja emotiva demais pelo meu gosto. - falo soltando minha mão da dele e tento disfarçar despejando um pouco de suco no meu copo.

- Liza, não vou poder ficar muito, hoje. Com essa correria eu esqueci de te contar.

- O que? - pergunto.

- Vou viajar por uns tempos. Pode cuidar de Lucky pra mim?

- Viajar? Como assim viajar? - senti um desespero em minha voz.

- É para o trabalho. Sobre o novo projeto de materiais recicláveis. Algumas cidades reciclam mais que as outras. Quero saber como funciona todo o processo.

- Entendi. Mas porque eu tenho que cuidar de Lucky. E sua mãe? Naná? Sue irmão?

- Bem, minha mãe vai comigo. Meu irmão ja foi embora para a cidade dele e Naná sempre pega uma folga quando viajamos. Normalmente a gente o deixa numa espécie de spa para cães, mas é muito caro e Lucky não é muito amigável com outros cães. Você gosta tanto dele, achei que também gostaria da ideia. - Ele explica.

- Seria um prazer cuidar dele, mas não sei se o sindico autorizaria um cachorro daquele tamanho dentro de um apartamento.

- Lucky é um bom cachorro e é bem, comportado. - Alex parecia um pouco decepcionado.

- Não tenho dúvida. Só preciso ver com o sindico primeiro.

- Ótimo, vou preparar minhas malas e aproveito e deixo Lucky aqui. - disse animado.

...

Ficar sem ver Alex seria ótimo para colocar minha cabeça e meus sentimentos no lugar. Pelo menos foi o que eu pensei. Fazia três dias que ele estava fora e eu me sentia num completo tédio. Tudo me irritava, nada me animava. Trocávamos algumas mensagens no dia, mas nem isso me ajudava. Era como se eu dependesse dele. Toda essa situação me incomodava. Se em três dias eu não era eu mesma, imagina um ano e meio.

Lucky era um ótimo cachorro, mas minha rotina ficou ainda mais agitada. Essa raça é propensa a lugares frios e o calor não estava ajudando, além do mais, eu não parava em casa e isso de certa forma o deixava agitado, fazendo ele andar de um lado para o outro. Virar duas era a melhor solução, mas infelizmente esse poder eu não tinha.

Acordei de madrugada com seus latidos, ele subia no sofá e na minha cama fazendo isso com uma frequência absurda e quando achei que finalmente ele havia cansado, Lucky começava novamente. Eram cinco horas da manhã e mesmo que naquele horário algumas pessoas já iniciavam a sua rotina eu morria de medo de sair sozinha. Mas era o único jeito de acalmar aquela fera. Coloquei meu casaco e coloquei a coleira em Lucky. O mesmo se deitou várias vezes para que eu fizesse carinho, bem como balançava seu rabo sem parar. Esperava com muita esperança que eu conseguisse ter força para segurá-lo, e pedi a minha coordenação motora que me ajudasse.

Lucky saiu em disparada pela porta me fazendo derrapar várias vezes até conseguir fechá-la de vez. A noite estava fria e isso ajudou aquele bichinho de quatro patas e 25kg a ficar mais calmo.

Nunca pensei que caminhar aquela hora fosse tão gostoso. Era calmo, tranquilo e contagiante, mesmo uma insegurança me dizendo "oi" um minuto ou outro.

- Ei garotão, está andando rápido demais. - Lucky não se contentou numas simples caminhada e decidiu aumentar a velocidade de seus passos. Uma pessoa sedentária era de se esperar que se cansasse com facilidade. - Podemos fazer isso mais vezes se você quiser, mas tem que me prometer que não vai correr e vai ficar mais calmo. Eu prometo ser mais presente, ok. - Estava fazendo um trato com um cachorro, e isso não me pareceu normal, mas não custava tentar.

Deveria estar com olheiras enormes quando cheguei ao escritório. Doutor Eduardo era um pouco mais novo que seu irmão, o doutor Philips, mas eram muito parecidos, tanto na fisionomia, quanto na personalidade.

- Está tudo bem? - Eduardo pergunta logo que eu sento em minha cadeira. Ele estava com uma sobrancelha levantada.

- Está. Só dormi menos do que eu gostaria. - respondo meio sonolenta.

- Você está assim desde o começa da semana. Está com problemas em casa?

- Não. Só um cachorro que me deixaram pra que cuidar. - dou um bocejo.

- Não querendo te assustar, mas não chega nem aos pés de uma criança. Tenho dois filhos. Quando você tiver os teus o trabalho vai ser maior do que um cachorro, pode ter certeza.

- Se puxar ao pai vão ser bem teimosos. - concluo redigindo o primeiro parágrafo da petição.

- Não sabia que estava namorando.

"Meu Deus, o que foi que eu acabei de dizer?"

- Eu...Não estou... - tento consertar. - Aliás, não vou ter filhos.

- Como não? Já sei, aquelas mulheres modernas do século XXI. - deduz.

- Quase isso. - concordo pra não ter que entrar em detalhes.

Ainda estava incrédula com minha resposta e tentando procurar os motivos pelos quais eu tinha falado aquilo. A verdade sempre foi a de que eu não queria namorar, nem casar, e consequentemente não ter filhos. Agora eles já têm personalidade e um pai. Precisava de um tratamento, e com urgência.

Estava concentrada no meu trabalho quando chega uma mulher loira, muito bonita, mas estava com um lenço em mãos e com toda certeza a noite dela teria sido pior que a minha. Ela se senta em frente à mesa de Eduardo e desabafa.

- Doutor, sou casada a mais de quinze anos e descobri recentemente que meu marido me traiu. - expõe os fatos chorando. - Desculpa, mas eu ainda estou muito abalada com toda essa situação. Eu não esperava que isso fosse acontecer. Éramos apaixonados. - ela dá um sorriso sarcástico. - Pelo menos eu era. Temos uma filha pequena. Não vejo outra saída a não ser o divórcio.

- Não há nenhuma chance de reconciliação? - Eduardo pergunta.

"Pra quê"? Pergunto a mim mesma não vendo o menor sentido para isso diante daquela situação.

- Não. Nenhuma. Só quero o divórcio mesmo e que ele pague uma pensão a minha filha. - seus olhos estavam marejados e minha vontade era de abraçá-la e dizer que eu sei o que ela sente.

- Ok. Preciso dos seus documentos, documentos do matrimonio, e como quer a divisão de bens. - Doutor Eduardo pede.

Amber ouvia as explicações do advogado com total atenção, e com seu coração em mãos. Ela se sentia desamparada e durante todo o tempo trabalhando naquele escritório, definitivamente seu estado mexeu comigo como nenhum outro.

Ela saiu secando suas lágrimas e, eu não me contive. Fui atrás dela.

- Ei, Amber. Espera! - chamei-a.

- Esqueci alguma coisa? - estranha.

- Não. Só que... Você parece muito abalada.

- Desculpa. Não queria parecer dramática. Mas é que eu ainda amo meu marido, e foi uma decepção muito grande. Eu larguei tudo por ele. Meus sonhos. Meus objetivos, minha carreira. Dediquei quinze anos da minha vida cuidando de um relacionamento que não deu certo. E agora me encontro sem chão. Como se eu não soubesse como seguir em frente. O pior é que ele não contestou, nem nada, apenas concordou com a minha decisão. Disse apenas que... - Ela começou a chorar novamente. - Que tinha conhecido outra mulher.

Ela soluçava. Não sabia como agir e a abracei. Desde quando ela entrou por aquela porta eu senti que necessitava fazer isso. Identifiquei-me com o seu jeito, e ainda mais agora com o que ela disse sobre abrir mão de tudo para um grande amor. Senti uma vontade de chorar imensa, porque definitivamente eu me encontrava nela. Estava dividida, e então eu abracei mais forte, como se eu também estivesse precisando, e quem sabe eu estava mesmo.

- Escuta... - digo afastando-me dela. - Eu não sou uma boa pessoa a dar conselhos amorosos, mas uma coisa eu te digo, você é uma mulher bonita e tem uma filha pra cuidar. Pense nela, mas pense em você também. Não se sinta culpada porque você não é. Vá atrás de seus sonhos, lute para dar a volta por cima. Eu sei o quanto a dor é grande, mas não deixe que ela tome conta de você. Agora me responde uma coisa? - Ela consente - Apesar de tudo, ele é um bom pai?

- Sim. É um paizão. - ela responde sorrindo.

- Lembre-se sempre que a briga é entre você e seu marido. Não coloque a criança no meio, isso é extremamente prejudicial para o seu crescimento. Incentive-a amar o pai, mesmo diante de todas essas circunstâncias, promete?

- Claro. - ela concorda.

- Está certo. Agora me dá outro abraço.

O resto do dia minha cabeça estava nas nuvens. Fiquei o dia todo sem comer e sem pronunciar nenhuma palavra. A tarde, estava sozinha em minha sala, encarando fixamente a mesa de Alex e imaginando o mesmo trabalhando. O jeito como brincava com a caneta enquanto lia alguma coisa, ou como balançava os dedos sobre a mesa quando estava concentrado. A sua mania de andar de um lado para o outro ao falar no telefone. E como me irritava quando era a minha vez de estar concentrada. Como me pegava desprevenida e tentava me dar um beijo. Ou quando jogava aviõezinhos papel para chamar minha atenção, e ele achava graça de tudo aquilo. Senti uma lágrima escorrer dos meus olhos e respirei fundo. Tudo aquilo valeria a pena? Tudo aquilo fazia algum sentido? E se eu estivesse fazendo a escolha errada? E se desistir fosse errado? E se eu fosse a Amber do futuro?

Novamente as perguntas invadiam a minha cabeça e eu não tinha nenhuma resposta. Acordo dos meus devaneios quando meu celular vibra. "Você tem uma nova mensagem de Alex Becker". Sou relutante em abri-la, mas assim eu faço.

"Estou com saudades, beijos".

Deixo escapar um soluço e opto por não responder. Pelo menos não agora. Olho para o computador e para a pilha de papéis que estavam em minha mesa. O telefone decidiu não me dar paz eu o agradeci por me fazer parar de pensar.

O dia estava com pressa ou eu que estava ocupada demais. Eu não estava prestando atenção em nenhuma aula. Esforcei-me o máximo para afastar Alex e Amber de meus pensamentos e me concentrar em direito penal, mas a cada meia dúzia de palavras ditas eram quinze minutos de devaneios e eu me consumia de raiva por não absorver nada, pois sabia que teria que estudar em dobro depois.

- Liza! - chamou-me Kate no meio da aula. - O que aconteceu com você? Está viajando na aula.

- Sei lá. Não dormi direito essa noite. - omito.

- Você está assim desde segunda. - constatou Sam.

- Deve ser TPM.

- Ou o fato do Alex estar viajando. - observou Back.

- Não é nada disso. Devo estar preocupada com as provas que estão por vir.

- Ainda faltam duas semanas. - avisou Sam.

- Eu sei, mas estou sem tempo de estudar.

- Está trabalhando demais, não acha? - interrogou Back.

- O suficiente para eu conseguir ir pra Alemanha.

- Meninas! Estou atrapalhando? - bronqueou o professor.

Nego com a cabeça, e tento novamente prestar atenção.

No intervalo, tentei me distrair e interagir no assunto de minhas amigas evitando tocar no nome de Alex.

- Sabe. O Jhony e eu saímos ontem e ele me pediu em namoro. - Sam comunica com um sorriso radiante. - Claro que tivemos uma comemoraçãozinha depois, e senhor, que corpo, que pegada, que tudo.

- É isso aí amiga. - Kate e Sam bateram as mãos em sinal de cumplicidade.

- Mat também. Ele tem um fogo. Não dá sossego. - disse Kate.

- Você tem fome de comida e ele de sexo. Casal perfeito. - concluo sem muito ânimo, mas acabo soltando um riso e as meninas me acompanham.

- Eu ainda não sei como Liza e Alex não transaram ainda. Desculpa amiga, mas Alex é um Deus grego. Como você resiste? - Back questionava com surpresa nos olhos.

Não respondi de imediato, pois lembrei das vezes que tivemos oportunidade e o quanto foi difícil resistir, dou um leve sorriso e Back estala os dedo a minha frente.

- Como é?

- Quero saber como resiste ao Alex. - Back repete sua pergunta.

- Tem um motivo, o qual eu não posso compartilhar.

- Como assim? Somos suas amigas. - espantou Kate.

- Eu sei, mas é esse motivo que me faz resistir ao Alex e eu não posso contar, desculpa.

- Já até sei. No mínimo é aquela velha história de que não posso me apaixonar e eu vou atrás dos meus sonhos. - deduziu Sam imitando minha voz. Em parte ela estava certa.

- Quase isso.

-Liza, desculpa pelo que eu vou te dizer, mas eu sinto pena de você. Pena pelo seu futuro. Nós prometemos ser amigas até ficarmos bem velhinhas e montar uma sociedade dos crochês, mas não estaremos com você pra sempre. Como sobreviverá, sem filhos, netos, ou até mesmo alguém do seu lado? Como se sentirá quando Back arranjar um namorado? Ficará sozinha quando sairmos? - preocupou-se Kate.

Abro a boca tentando pronunciar alguma coisa, mas a fecho por ter perdido as palavras. Sentia-me diante de um uma prova a qual eu não sabia nenhuma resposta e iria reprovar na certa.

Chego em casa e sou recebida com um Lucky todo saltitante. Abaixo-me e o abraço fazendo carinho em sua cabeça.

- Oi amigão, também estou com saudades. Vem. - levanto-me - Vou preparar sua comida.

Coloco ração em seu pote e o mesmo não espera um segundo para devorá-la. Estava sem sono e decidi estudar um pouco, preferindo o sofá como acompanhante. Apoiei meus cadernos e livros sobre o assento e coloquei o note book em meu colo. Minha área de trabalho tinha a foto da principal praça de Munique - Glockenspiel. A olhei por alguns segundos e senti uma vontade imensa de estar nela naquele exato momento. Respirei fundo e balancei minha cabeça tentando desviar meus pensamentos e focar nos meus estudos.

Duas horas se passaram. Lucky estava deitado no chão tentando dormir, mas estava ofegante e impaciente. Estava na hora de ir pra cama se eu quisesse levar aquele cachorrão para um passeio matinal. Troquei de roupa e coloquei água gelada para Lucky que a bebeu em seguida. Vou até meu quarto e ligo o ar condicionado deixando a temperatura mais fria possível. Deitei-me no lugar de costume e Luck veio atrás deitando no chão e me olhando com a cara mais fofa do mundo, como se estivesse me pedindo alguma coisa. Fechei os olhos, e Luck latiu.

-Não está na hora de passear agora. - aviso fechando os olhos novamente. Lucky resmunga e lati novamente. - Por favor, você vai acordar todo mundo se continuar latindo. - Ele abana o rabinho e choraminga. - Quer dormir comigo? - sugiro dando tapinha no colchão. O cachorro pula por cima de mim deitando-se ao meu lado. Pego o celular pra programar o despertador, a tela mostrava Alex e eu em frente ao chafariz. A encarei por alguns segundos e Lucky latiu mais uma vez. Virei para olhá-lo e ele encarava o celular.

- Está com saudades? - pergunto. Ele choraminga novamente e volta se deitar. Viro-me completamente e o abraço. - Também estou com saudades...

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