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Capítulo 11


A presença de Alex é como uma inspiração a minha adrenalina. Ainda mais agora estando a poucos centímetros a mim. Mesmo que isso já tenha acontecido algumas vezes, dessa vez seria mais difícil de fugir. O que me conforta, é que ele está dormindo, ou fingindo muito bem.
A janela não é tão atraente quando o céu está escuro. O vento é mais forte e a vista mais embaçada. O jeito é me virar e encontrar a figura de alguém que me deixa completamente desconcertada.
Respiro fundo e vejo a mesma cena da festa na casa de Daniel. O mesmo Alex que suspirava e fazia sons engraçados. Dou um sorriso comedido e tento mais uma vez pegar no sono. E finalmente eu consigo.

Eu acordo e ainda está escuro. O silêncio ainda é dominante, o que me faz pensar que provavelmente eu não tenha dormido muito. Sinto um cheiro amadeirado e então percebo que estou encostada em Alex que está me abraçando. Eu o encaro e ele parece ainda dormir. Tento me livrar de seus braços com calma para que ele não acorde, mas Alex acaba me apertando mais forte, abre os olhos e me encara.
Nossos olhos começam a conversar, a afinidade deles é incrível, e um frio percorre o meu corpo.
Ele apoia sua mão sobre meu rosto chegando aos meus cabelos e se aproxima. Não tem telefone pra tocar, ninguém para chegar e muito menos a possibilidade de fuga.
Eu tento me afastar, ao mesmo tempo em que meu corpo pede pra ficar.

- Liza, por favor. - sussurra. Eu não reajo. Não consigo.
Então, seus lábios tocam os meus, indo para um selinho demorado, e antes que se tornasse algo mais, o ônibus dá uma freada acordando alguns passageiros. "Minha oportunidade".
Eu me viro novamente a contemplar a janela. Alex consente não reagindo.

O sol aparece e finalmente chegamos. O lugar é incrível, praticamente uma pousada. Havia muitas árvores, muitas flores e uma coisa que me chamou a atenção foram as macieiras. Lembrei na hora da história de Vovó.

Bem ao longe, tinha um riozinho, as árvores o enfeitavam com algumas flores vermelhas. Provavelmente teríamos tirolesa e arvorismo.
Subimos as escadas entrando naquele casarão. Logo na entrada, havia um hall que mais parecia um fliperama, tinha uns sofás aleatórios, uma mesa de sinuca, outra de pebolim e uma de tênis de mesa. Mais pra frente tinha uma sala de televisão, ao lado ficava o refeitório, e seguindo o caminho do corredor, tinha os quartos, quinze no total, divididos entre homens e mulheres, de forma incerta. Isso permitiu que os meninos ficassem ao lado do nosso quarto.
Sam, Back, Kate e eu dividimos nosso alojamento com mais oito meninas. Como não havia camas, colocamos nossos colchões dispostos da melhor forma possível a todos e de modo que minha amigas e eu ficássemos juntas.
Os coordenadores avisaram que era hora de tomarmos o café da manhã, pois, em seguida, teríamos jogos. Foi então que eu descobri que a alguns quilômetros daqui, existe uma quadra poliesportiva.

Pela primeira vez eu não estava tão animada para o café. Estava cansada, com sono e um tanto irritada. Fiquei calada o café da manhã inteiro. Todos notaram perguntando o que havia acontecido e eu só respondia com um "Está tudo bem, só estou com sono".

- Liza, você vai assistir aos jogos? - pergunta Sam.

- Acho que agora não. Vou ficar e ver se durmo um pouco. Se for o caso, vou depois do almoço. - respondo.
- Eu estou querendo ir, quem mais vai? - quis saber Kate.
Tanto Sam e Back, quanto os meninos, responderam que iriam aos jogos. Alex estava em dúvida e eu torcia para que ele fosse. Sendo assim eu iria ficar sozinha.
- Se importa Liza? Se quiser eu posso ficar? - pergunta Back.
Dou um gole no meu café:
- Imagina, podem ir. Só não vou agora porque não consegui dormir no ônibus.

Muita gente ficou dormindo, e eu não ficaria completamente sozinha. No meu quarto pelo menos só estava eu, o que pra mim era um alívio. Se de repente eu viesse a ter um pesadelo, ninguém se assustaria ou me acharia estranha, pelo menos não naquele momento.
Aproveitei que estava sozinha e troquei de roupa. Um colchão nunca me pareceu tão atraente quanto naquele momento. Repousei minha cabeça no travesseiro e sem nenhum esforço, eu dormi.

Tive um sonho bem diferente dos outros. Eu estava sozinha num lugar até então desconhecido. Era uma casa, muito bonita por sinal. Alguns gatos vieram em minha direção miando como quem estivesse a me receber. Olhei no espelho logo ao lado da porta, e não me reconheci com a idade que eu estava, talvez uns dez ou 15 anos mais velha. Avancei e vi uma mesa onde estavam expostos alguns livros, todos de minha autoria. Em cima de um deles tinha um cartão, era de um escritório de advocacia e meu nome estava nele. Por um momento, eu pensei "deu certo, consegui o que eu queria". Eu me afasto da mesa e sem querer acabo chutando alguma coisa. Olho para o chão e vejo uma maçã. Mas eu não me importo com ela. Estava feliz demais contemplando tudo o que eu havia conquistado.

Acordo com certa dificuldade. Coço os olhos e me espreguiço. Vejo as horas no celular e agradeço por ter conseguido dormir. Estava feliz com o sonho que eu acabei de ter e com certeza estava mais disposta. Olho para o lado, e novamente me mandaram pesadelos ao vivo. Forço as vistas a pensar que ainda estava dormindo, e infelizmente eu estou acordada.
Se monstros existem, com toda a certeza eles tem oito patas e quatro olhos. Nada me dava mais medo que aranha. Tão grande e tão peluda, que levantei num impulso e comecei a gritar. Ela estava bem em frente à porta do alojamento, impossibilitando-me de escapar. Minha respiração estava descompassada, meu coração gelado, e as mãos suando, se eu não estivesse tremendo de medo, provavelmente seria um caso de amor.
Tentei gritar socorro, mas minha voz estava embargada e fraca, minha vontade era de chorar. Ela se aproximava cada vez mais e meu desespero aumentava. Tentei novamente:
- Socorro! – Dessa vez saiu mais agudo, e eu rezei, implorei para que alguém me ouvisse. Escuto um barulho na porta, concentrada e assustada eu grito outra vez.
Alex aparece e me olha confuso. Eu então sem poder dizer nada, apenas com lágrimas nos olhos, eu aponto para aquela criatura horripilante.
O loiro de olhos verdes se aproxima e alcança um chinelo de alguém.

Ver a aranha não mais se mexer, não me deixou mais aliviada. Pelo contrário, eu chorava feito uma criança. Cada parte do meu corpo tremia. Nessa hora eu já deveria estar camuflando na parede, pois não consegui me desgrudar da mesma.
Alex se aproximou de mim e veio me abraçar.
- Calma Liza. Está tudo bem. - sussurrou. Ele beijou minha testa e acarinhou meus cabelos. Repouso minha cabeça em seu peito e seus braços me envolvem, relaxando cada parte do meu corpo. Era até gostoso sentir a sensação.
Respirei fundo e me desvinculei de seu corpo, mas não tive vontade de fugir. Levei minhas as mãos até seu rosto e o olhei profundamente.
- Obrigada. - digo com um sorriso fraco.

Alex me empurra fazendo com que eu faça parte da parede novamente. Nossos corpos e lábios colados e eu não conseguia parar aquilo, pra falar a verdade, eu não queria que parasse.
O beijo era intenso. Diferente de muitos que eu havia experimentado. Era difícil explicar toda aquela sensação. Sua mão no meu pescoço e a outra em minha cintura me arrepiavam sem nenhum esforço. Parecia que ambos desejavam aquilo mais que tudo.
Nos separamos por falta de ar e me arrependi por instante de ter feito aquilo.
- Alex. Desculpa. Isso não podia ter acontecido. - eu mal conseguia falar.
Ele passa a mãos nos cabelos com força.
- Eu sei. Você vem fugindo de mim há algum tempo.
Pressiono os lábios:
- Você sabe que eu...
- Eu sei. – interrompe. - Só queria que você me explicasse. Quem sabe assim eu desistiria.
- Tá. Acho que você merece uma explicação. Me espera perto das macieiras. Vou trocar de roupa.
Alex saiu pela porta, e novamente veio a vontade de chorar. Eu nem mesma sabia o motivo disso, e nem se eu estava pronta pra dizer alguma coisa. Mas guardar meus sentimentos, não estava ajudando.

Seria perfeito contar uma história nem um pouco amorosa perto das macieiras. A história de Vovó me acompanhava, e foi então que eu passei a me importar com a maçã do meu sonho. Eu havia esquecido completamente do amor. E não era exatamente isso que eu queria? Mais uma confusão pra minha mente. Assim como pra todos, eu precisava dar uma satisfação para Alex.

Fui até as macieiras e o vi encostado no tronco da árvore. Aproximei-me meio sem jeito e sem saber o que dizer.

- Bem Liza. - ele olha para o nada procurando o que dizer. - Eu ainda não sei explicar exatamente o que é, mas eu sinto algo muito forte por você. Foi assim quando te vi no primeiro dia de aula e foi assim quando nos beijamos pela primeira vez. Mas eu acabei ficando com raiva de você depois e...
- Alex. - eu o interrompo. - Eu também sinto algo por você, o qual eu também não sei explicar. E sinceramente eu não quero sentir isso. Me desculpe, mas eu não posso, não consigo e... Eu não quero.
- Pode me explicar? - ele pede - Por que você tem toda essa pira com amor, relacionamentos e coisas do tipo?
- São tantas histórias. - falo coçando a testa.
- Me conta o mais importante. – ele pede.

- Eu nunca fui uma garota popular. - começo um pouco receosa. - Pelo contrário. Sempre fui a garota gordinha com os cabelos ondulados, e os olhos de jabuticaba. A história clichê da nerd que se apaixona pelo popular se incluía muito a mim. A verdade é que os livros têm finais felizes e o bad boy se apaixona pela esquisita. Mas a realidade não é tão doce. É humilhante. Aos doze anos na minha festa de aniversário, o menino o qual eu era apaixonada, empurrou a minha cabeça em direção ao bolo. Todo riram de mim. Poderia ser apenas uma zoação, mas não quando as pessoas fazem por maldade. Aos quinze anos, dei meu primeiro beijo, o rapaz se arrependeu no dia seguinte dizendo que estava bêbado e por isso me beijou, e além do mais, um garoto como ele não poderia ficar com uma garota como eu. Mas a minha aflição veio aos dezessete. Mudei de aparência e de colégio. Emagreci, troquei meu guarda-roupa, e digamos que estava até que bem. Eu me tornei uma garota introspectiva. Eu tinha medo da reação das pessoas. No primeiro dia de aula, me sentei atrás de um garoto, Bill. Ele era lindo, sem qualquer sombra de dúvidas. Me surpreendi quando ele me deu oi. Todos os dias a gente conversava, até que com o tempo, viramos amigos. Éramos o casal perfeito, qualquer um podia notar. Nos dávamos bem, riamos constantemente, um provocava o outro. Resumindo, nos entendíamos como ninguém. Ele me apresentou alguns amigos, os quais com muito custo, eu acabei me enturmando.
Nossa amizade virou beijo, e quando menos esperávamos, um romance. Ele era cavalheiro, romântico e carinhoso, o príncipe encantado da minha coleção de contos de fadas. Porque no nosso primeiro encontro ele me levou ao meu restaurante preferido. Porque ele comprava chocolate quando eu estava na TPM e fazia massagem nos meus pés quando a cólica me judiava. Porque na minha última tentativa de ir bem no balé, no final da apresentação, ele me levou uma rosa vermelha. Porque ele segurou minha mão na montanha-russa quando eu disse que tinha medo de altura. Porque ele permitiu que eu pisasse nos seus pés para que ele me conduzisse no baile da escola, já que eu não sabia dançar. – O nó na garganta me impediu de continuar. - Porque no telhado da casa dele era possível ver a lua, estava cheia. Não havia melhor testemunha para um pedido de namoro. Porque no meu décimo oitavo aniversário. - meus olhos estavam marejados. - Ele decorou meu quarto com velas e pétalas de rosas. E então, eu me entreguei. Foi a minha primeira vez e foi linda. Ele foi carinhoso e cuidadoso. Ele era perfeito, seu único defeito era não saber amar. No dia seguinte eu o encontrei beijando outra garota. - dou mais uma pausa tentando conter o choro.

- Liza! - chama Alex.

- Naquele momento. – continuei - Ele destruiu tudo o que eu acreditava dos contos de fadas. Eu me tranquei em meu quarto por dias. Pra ajudar meus pais começaram a brigar. Discussões e mais discussões se tornaram rotina. Tão diferente daquele casal apaixonado que eu conhecia. Eu não aguentava mais. Fiquei três meses morando com a minha avó. Dona Branca foi o meu remédio. Jurei todo aquele tempo que eu estava lá, nunca mais me apaixonar e que eu ficaria sozinha o resto dos meus dias. Depois disso, eu comecei a ir a festas, bebia e ficava com qualquer um, de forma a descontar a raiva que eu sentia. Me tornei o completo oposto do que eu era, até chegar na Liza de hoje: convicta a realizar todos os seus sonhos e completamente desacreditada no amor.

Respirei fundo, aliviada e com certo arrependimento, eu odiava ter que voltar a esse assunto. Alex me olhou com ternura. Ele se aproximou e me deu um abraço. Eu não esperava sua reação e fiquei na dúvida se correspondia ou não.

- Tão forte e ao mesmo tempo tão indefesa. – concluiu. - Eu entendo o seu lado. Mas Liza, não acha que está generalizando?

- Não. Olha ao seu redor. Todo esse tempo que estive indo as festas vi homens e mulheres traindo seus parceiros e por mais que haja fidelidade, o amor é efêmero. Se desgasta com o tempo. O para sempre, o final feliz é pura ficção. - afirmei com ódio na voz.
Alex respira fundo.
- Meu pai traiu minha mãe quando eu tinha sete anos. Ver o sofrimento nos olhos da minha mãe me desmoronou. Depois disso eu nunca mais falei com meu pai. O primeiro dia de aula ele tinha vindo falar comigo, como sempre tentando uma reaproximação. Mas eu não consigo perdoá-lo. Prometi a mim mesmo que quando eu achasse a mulher da minha vida, eu não seria como meu pai. Nunca a trairia.

Dava pra ver pela sua expressão que os olhos verdes guardavam um grande rancor pelo pai.

- Alex, ele é seu pai. Por mais que eu não acredite nessa coisa de amor, família é algo precioso. Eu e minha mãe brigamos o tempo todo, mas eu não a odeio, mesmo não tendo paciência com elas as vezes. Mesmo que... Ela nunca tenha demonstrado qualquer tipo de carinho por mais, mas ela é minha mãe. E eu preciso dela.

- Liza você não conseguiu perdoar Bill. Não me peça para perdoar meu pai.

- São situações diferentes.
- Não me interessa mais. Ele agora tem outra família.
- Você tem irmãos por parte só do seu Pai? - pergunto.
- Tenho, mas eu nunca vi.
- Alex! - digo em tom de repreensão.
- Desculpa Liza. Não consigo.
Eu não insisto, até porque eu não tenho o direito de me meter. Eu então vejo as macieiras, e começo a entrar num devaneio.

- Liza? - Alex me traz à realidade novamente. - No que está pensando?
-Minha avó, Dona Branca, me contou uma história envolvendo maçãs, e eu estou aqui, meio que viajando eu meus pensamentos.

- História? – estranha Alex.
- Sim. E o mais engraçado, ela fala de amor.

Ele dá um riso contido.

- Pra quem não acredita em amor, está muito encantada com as macieiras.

- Eu sei. – respondo. - Mas elas mexem comigo de alguma forma. Cada detalhe da história possui uma mensagem. Mas a principal eu não consigo saber qual é.
- E por que não pergunta a sua vó?
- Eu já perguntei. Mas ela disse pra eu pensar. Ou seja, eu devo descobrir qual é a verdadeira intenção.
- Os idosos são sempre muito espertos. Sinto falta dos meus avós. - diz Alex.
- Posso te emprestar a Dona Branca qualquer dia desses. Só não se acostuma. - sorrio.
- Bem, eu não posso negar ou evitar sentir algo por você. Só não me peça pra desistir.
- Você vai acabar fazendo isso sozinho. - concluo.
- Não seja tão otimista.
- Eu só não quero te magoar. - confesso com ternura na voz.
Ele me abraça novamente.
- Esse é um risco que eu quero correr. - diz Alex.
- Mas me conta, eu achei que você estava vendo os jogos - tento mudar de assunto e entender mais uma coincidência.
- Eu não estava muito afim. Para ser sincero, não quis ir por sua causa.

"Tudo volta ao mesmo assunto"

- Por uma lado foi bom. Senão, posso afirmar que eu estaria naquele quarto lutando com a aranha até agora.

- E provavelmente estaria perdendo.
Dou um tapinha em seu ombro.
- Bobo. – sorrio. - Obrigada de novo.
Ele pega no meu pescoço fazendo um carinho de leve.
- Não se preocupa. - Alex puxa uma maçã das macieiras. - aceita?
Fico olhando aquela fruta toda vermelha e penso se devo ou não aceitar.
- É só lavar. – Acorda-me Alex.
"Liza é só uma história" .

Pego a maçã da sua mão ainda meio na dúvida. Dou um sorriso e vejo Alex sorrindo também.

- Então, vamos? Daqui a pouco as meninas vão chegar e eles vão servir o almoço. - pergunto.
- Certo. Podemos ir.

Na hora do almoço eu já estava mais animada. Queria participar de alguma atividade, ou assistir alguma coisa. As meninas chegaram na maior animação para me contar as novidades.

- Liza, a Kate ficou o tempo todo agarrada no Mat, nem ligou pra gente - contou Back fazendo bico.

- Essa daí ta praticamente casada. – concluo.

- Isso é tudo inveja de vocês que não arranjaram alguém ainda. - Kate mostra a língua.

- Se depender de mim, você pode ficar despreocupada. – Digo.

- Ai Liza, como você aguenta. Duvido que não tenha ninguém por quem você suspira. - desconfiou Sam.

Respiro fundo e olho para Alex. O mesmo não está prestando atenção.

- Se tem ou não, vocês não tem nada a ver com isso.

- Isso significa que tem. Senão ela já teria dito "eu, imagina". - diz Kate tentando me imitar.

- Fiquem tranquilas, que vocês não serão madrinhas do meu casamento. - falo com ironia.

- Pois eu acho que você será a primeira de nós a casar. - espera Back.

- Vai sonhando. Mais fácil a Kate parar de comer.

Tínhamos duas horas até que o próximo jogo começasse. Muitos que foram de manhã resolveram aproveitar esse tempo para descansar. Enquanto esperávamos pelo horário, decidimos ir a salinha de jogos e aproveitar um pouquinho.

Kate e Back ficaram no tênis de mesa. Kate e Sam preferiram assistir tv. Os meninos decidiram ir descansar. E depois da conversa que tivemos, Alex e eu não nos falamos mais.

Peter aparece e se oferece para jogar comigo.

- Seu amigo não vai se importar se eu jogar uma partida de sinuca com você vai? - pergunta num sorriso.

- Ele não tem que se importar ou não. Quem tem que se importar é você que vai perder. - mordo o lábio e lhe lanço um olhar desafiador.

Ele me olha e sorri.

- Não deveria fazer essa cara, senhorita Walker. É muito tentadora - diz Peter.

- Ótimo. Mais uma carta na manga. - levanto uma sobrancelha.

Pegamos nossos tacos e nos posicionamos.

- Primeiro as damas.

- Obrigada, senhor cavalheiro.

Preparo-me para dar a primeira tacada. Eu não era digamos uma profissional no jogo de sinuca. Mas eu sabia jogar até que bem. O jogo era livre, mais por diversão. Nada de seguir regras a risca. O jogo se inicia. Primeira tacada sem sucesso. É a vez de Peter, mas ele faz uma jogada aleatória. Dois minutos de jogos e ninguém pontua. Até eu consigo levar duas bolas até o buraco. Dou um sorriso malicioso, e Peter me olha como se fosse me comer com os olhos. E mais uma pontuação. Cinco minutos de jogo e o placar marca cinco a zero para mim.

- Bom Peter, acho que você já pode desistir. - provoco.

- Não sou de entregar o jogo fácil.

- Então vamos lá. É a sua vez. - mordo o lábio novamente.

- Liza, não pensa que vai me fazer errar fazendo essa carinha. - diz Peter rindo.

- Essa. - repito a mesma cara querendo provocá-lo.

Ele ri novamente e começa a jogar. Finalmente ele faz sua primeira pontuação. Ele ergue uma sobrancelha e eu retribuo com um olhar desafiador.

Quinze minutos, e o jogo vira, ficando sete a cinco para Peter.

- Liza, Liza, acho que podemos apostar. - sugere Peter.

- Oh não, só porque você está ganhando agora você quer apostar.

- Se eu ganhar. - ele me ignora. - Você vai sair comigo de novo.

- Tente a sorte. Minha vez. - digo me posicionando.

Agora era uma questão de princípios, vencer Peter.

- Fim do jogo, e a vitória é de Elizabeth Walker. - digo na maior animação.

Peter se aproxima. E segura minha cintura.

- Se não fosse por esse seus olhos, com certeza eu teria vencido.

Dou um sorriso desconcertado.

- Para Peter você é ruim mesmo. Confessa.

Ele me encara. Eu me afasto, colocando o taco de volta no lugar.

- Eu sei. a verdade dói. - concluo sorrindo.


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