|| Capítulo 42 ||
Como o combinado.
Pode comentar bastante nesse também, adoro ler todos.
Amo vocês!
Jimin on.
— Esse foi horrível, porque eu descobri ontem, após cinco testes, que estou grávido! — engasguei com o sorvete.
— Piada, né? — perguntei.
— Quem dera fosse Jimin. — abriu uma caixa de madeira que está na mesa de centro, tirou um teste de dentro e me entregou.
— Você está grávido mesmo, com oito semanas, de dois meses Jin. — a vontade que tô de gritar. — Eu vou ser tio!
— Que bom que está feliz. — pelo jeito ele não está.
— Você não quer? Sabe que ainda tem um jeito né? — um pouco triste, mas é uma escolha dele.
— Eu sei, mas não vou abortar. — ainda bem, já tô pensando nas roupinhas que vou comprar. — Eu só ainda não digeri bem essa informação, porque não estava nos nossos planos.
— Imagino. — será que vai ser um menino, ou uma menina?
— Tipo, eu ia fazer faculdade de moda no próximo ano, e após terminar me casaria. — contou seus planos.
— Jin, a faculdade é dois anos, ainda pode fazer isso, porque eu não sei se lembra, mas tu é bilionário. — criança não impede um rico de conseguir o que quer. — As aulas teóricas você faz por EAD, tendo mais tempo para ficar com a criança, e o Tae cuida quando você tiver que ir para aulas presenciais.
— Não sei se ele vai gostar muito, nunca conversamos mesmo sobre filhos. — entendo.
— Eu tenho certeza que ele vai gostar. — esses mafiosos gostam de procriar. — Vocês serão excelentes pais!
— Obrigado Jimin! Sabia que você poderia me ajudar. — sou incrível. — Vai me ajudar no jeito de contar para ele?
— Sim, mas eu vou ser padrinho né? — se não for eu, nem ajudo.
— Claro que será você. — ótimo!
— E me fala o nome desse remédio ruim que você tomou, para eu não tomar. — anotei no celular. — O que você pensou?
— Algo simples, nada exagerado, mas tocante a ponto dele chorar. — que difícil.
Pensei, pensei mais um pouco.
— Já sei. — falei. — Você coloca pistas no caminho até o quarto.
— Clichê. — chutei ele.
— Quieto e escuta. — tô usando algo que eu faria para o Jungkook.
Ainda tem uns anos até eu entrar para o time dos papais, posso pensar em outra ideia.
— A última você escreve, "1+1=3, nosso amor multiplicou". — tem que ser bem clichê. — Quando ele entrar no quarto, tem duas opções.
— Fale as duas.
— A primeira, você dá uma caixa com o teste e roupinha de bebê. — gosto mais da outra. — E a segunda, você com um laço na barriga, o presente de aniversário é um bebê.
— Estranhamente eu gostei mais da segunda. — sou demais. — Mas primeiro, eu preciso confirmar com um médico isso.
Concordo.
— Você fala russo, vai comigo e traduzir tudo que o médico falar. — sou tradutor agora?
— Tá, mas você já viu a clínica? — confirmou. — Então vamos.
— Tenho que trocar de roupa, essa está horrível. — ele está com uma roupa que compra literalmente um carro.
Primeiro guardou os sorvetes e depois foi trocar de roupa. Voltou com uma roupa mais cara, não vou nem falar do tênis.
O tanto que esse bebê vai ser mimado.
Jin é filho único, os pais dele também, e os avós.
Então, pais, avós, e bisavós mimando.
Saímos do apartamento e descemos.
— Espero que Tae goste mesmo. — ele vai.
Um motorista comigo, Jin deu o endereço, ele nos levou para a clínica.
Na recepção pediu os documentos de sempre, ele entregou todos, pagou pelo exame e consulta.
— Logo vão te chamar, senhor Kim. — fomos sentar.
— Tô nervoso! — eu também estaria, peguei água para ele, bebeu tudo. — Vou ter que parar de beber, comer tanto doce, coisas com pimenta, sushi.
— É só por mais sete meses Jin, passa rápido. — tentei tranquilizar isso.
— Como meus pais irão reagir, engravidar com dezenove anos, antes de ter faculdade ainda. — está muito preocupado.
— Jin, seus pais te amam, tenho certeza que vão aceitar bem a ideia de serem avós. — afirmo isso.
Aceitaram ele namorar mafioso, um neto é mais fácil.
— Como não notou que estava grávido? — perguntei.
— É porque eu não tive enjoos, só meu humor que está uma merda, e isso é normal. — concordei na mente. — De resto eu tô normal, só ganhei mais corpo, o que Tae está amando e eu doidinho para perder o que ganhei.
— Vai conseguir não, a tendência é engordar mais, meu amigo bolinha. — provoquei a fera.
— Kim Se... — olhamos a enfermeira, uma senhora tentando ler o nome do Jin. — Se...
Tem nomes mil vezes mais estranhos, mas Seok-jin não está saindo.
Levantamos.
— Qual dos dois? — apontei ele. — Acompanhante? — confirmei. — Me acompanhem por favor.
Seguimos ela, entramos em uma sala.
— Sente ali, senhor Kim. — apontou a cadeira.
"Disse para você sentar", ele sentou.
— Ele tem deficiência auditiva? — neguei. — Não fala russo? — confirmei. — Você entende, mas não fala.
Isso aí minha senhora.
— Pede para ele tirar a jaqueta. — já falou comigo que é mais fácil.
"Tire a jaqueta".
Tirou, e ela colocou o elástico, logo o sangue dele estava enchendo um tubo.
Foi rápido essa parte, depois ele ganhou um potinho para fazer xixi.
— Que vergonha! — resmungou quando entramos no banheiro.
— Vergonha? Já tive que tirar um vibrador do seu pau, isso é vergonha Jin, agora anda logo. — Esperei ele do lado de fora da cabine.
Voltamos e tudo foi levado para laboratório.
Em duas horas é para voltar, então fomos em uma loja que tem perto.
Um monte de coisas de bebê, Jin não quis comprar nada, porque quer ter a certeza antes, mas fez a vendedora separar um monte de coisa.
Infelizmente a coitada falava inglês, está fazendo a festa.
— Isso aqui também, quero dois desse. — dois? Jin, é só um criatura.
— Exagerado. — resmunguei, ganhei um peteleco.
— Te ouvi.
Olhei para o outro lado da rua, uma loja para gestantes.
"Já volto" avisei.
Deixei ele ali e fui até aquela loja.
Uma vendedora veio sorridente me atender, escrevi no celular porque não irei falar e o que quero.
— Tudo bem, é por aqui. — me guiou. — Todos os tamanhos e cores.
Olhei e escolhi um.
Escrevi no celular outra coisa que quero.
— Venha. — fomos até o local, escolhi. — Será os dois itens?
Confirmei.
Paguei por eles, foram para uma sacola, saí de lá e pedi para o motorista guardar no banco da frente para o Jin não ver.
Jin saiu da loja.
— O que foi comprar? — perguntou.
— Um negócio para o Jungkook. — só que não.
— Tá! Então vamos, já deu a hora. — voltamos para a clínica.
Foi rápido para chamarem ele, uma doutora que fala inglês, o envelope azul fechado.
— Podem sentar. — sentamos. — Vamos ver os resultados, senhor Kim.
Ela abriu, tirou várias folhas de dentro.
— O senhor está grávido, parabéns! — isso. — Podemos fazer o ultrassom?
— Sim. — respondeu.
Ele subiu na maca, a enfermeira entrou, e o preparou enquanto a doutora ligava os aparelhos.
Eu filmando a primeira ultrassom do meu apadrinhado.
— Agora vamos saber quanto tempo está, se está saudável, o tamanho, o líquido amniótico é suficiente ou precisa beber mais água. — começou a passar o aparelho. — Vai ouvir o coraçãozinho do pequeno embrião, pai.
Ouvimos os batimentos, não tão altos.
— Coração forte. — a doutora falou.
Advinha quem tem lágrima nos olhos, eu obviamente, mas Jin também.
Limpou.
— Não precisa limpar as lágrimas, é bem normal se emocionar. — que bom!
Porque talvez eu abra boca chorando aqui.
— O tamanho está ideal, do tamanho de uma uva, e você está de oito semanas e meia. — quase nove. — O líquido amniótico está bom, pelos exames também você não apresentou nenhuma alteração na saúde que precise se preocupar, está tudo controlado, mas agora vai precisar melhorar sua alimentação para esse bebê nascer forte.
— E vitaminas? — perguntou.
— Eu vou receitar tudo que você precisa tomar todos os dias. — excelente.
Saímos do consultório com os exames e fotos da primeira ultrassom, mais a receita de tudo que ele tem que tomar.
— Eu vou ser tio, que delícia! — falei. — Tá feliz?
— Sim, o que é bem estranho, porque ontem quando vi positivo nos testes, chorei de soluçar. — entendo. — Agora eu tô feliz.
Voltamos na loja, o motorista teve problema para levar tudo para o carro.
Ele já comprou um berço, eu disse que era exagero.
— Você acha que eu levo um carrinho? Não sei se vai ter desse na Coréia. — perguntou olhando o carrinho.
— Jin, espera ele ter pelo menos forma para comprar essas coisas, ainda é cedo.
Ele comprou o carrinho, a mesma coisa de falar com a porta.
Ainda compramos as coisas para fazer a surpresa.
O caminho até o apartamento foi rápido, levar tudo que comprou para cima não foi, três viagens.
— Agora me ajuda a escrever as pistas. — no final eu escrevi todas.
Esse sem vergonha já está usando a desculpa "Tô grávido, não posso me esforçar".
Estou com dó do Tae, vai sofrer tadinho.
Além dessa surpresa, ele comprou um negócio para o Tae.
Uma moto.
É uns tipos de presentes.
Tudo bem que o Jungkook é exagerado também, tipo me dar mais de trezentos mil em presentes.
Mas Jin exagera mais.
Moto de colecionador.
Fui embora antes do Tae chegar.
Subi para o quarto com a sacola, presente do Jin e para o bebê.
Troquei de roupa, não vou sair mais hoje.
Entrei no banheiro para escovar os dentes, almocei lá com Jin.
— Neném? — abri a porta e saí escovando os dentes.
— Jeon Jungkook, por que uma parte do seu cabelo está branca? — quase engasguei com a espuma.
— Eu e Tae apostamos que se eu perdesse iria pintar ou cortar, como eu sei que se cortar, você cola na minha cabeça de novo. — isso aí. — Pintei.
— Mas ele também perdeu, qual foi o castigo? — esse meu noivo não fica feio, que ódio!
Se fosse feio, eu iria ser bem menos possessivo.
Jeon, fique feio pelo bem do nosso relacionamento.
— Ah! Ele raspou o cabelo. — Jin vai matar o Tae.
— Malucos. — essa é a minha conclusão. — Mas você ficou mais lindo Kook, em compensação, sair você não vai mais.
— Neném ciumento. — sou também.
Entrei no banheiro, enxaguei minha boca, passei um hidratante labial.
Ao sair, Jungkook saiu do closet com o pequeno macacão de bebê que comprei para o Jin.
— Neném, você está grávido? — o sorriso está enorme.
— Kook, nós nos protegemos, não é meu, e não estou. — murchou. — Não conte para ninguém, mas Jin está gravidinho.
— Taehyung sortudo. — entrou no closet reclamando.
Cada coisa.
Sentei na cama.
O doido para ser pai, foi tomar banho bicudo porque eu não estou grávido, sendo que não fazemos sexo sem camisinha.
E nem daria para ver agora, teria que passar pelo menos uma semana e meia, antes disso é bem difícil.
Vou dormir um pouco.
Deitei, fechei os olhos e fiquei assim, mesmo não dormindo.
O quarto escureceu porque ele fechou as cortinas, melhor assim.
Logo senti Jungkook deitando do meu lado, me abraçou e me puxou para perto dele.
— Neném? — falou baixo.
— Hum? — realmente quero dormir.
— Certeza que não tem um bebezinho crescendo na sua barriga? — está com a mão alisando.
— Absoluta, e para de alisar minha barriga como se tivesse um bebê. — subiu a mão até meus mamilos. — Tira a mão daí safado, eu vou dormir!
— Você está sendo malvado! — claro. — Não quer nem me dar um filho.
— Fala isso como se te dar um filho, fosse como comprar um doce na esquina e te entregar. — simples. — Já falei que só após vinte e cinco anos.
— Mas tá longe neném. — eu não acho. — Por que não faz como Jin?
— Porque eu não sou o Jin, e diferente dele, meu pai te mata se eu engravidar com dezenove anos, não vou criar esse filho sozinho. — ele tem cada ideia às vezes.
— Acha mesmo que Vittorio deixaria ele me matar?
— Ele ajudava o meu pai, os dois estão de acordo, não é para eu aparecer com um neto para eles. — perigoso até eu ir ver Jesus de perto. — Já basta o Hoseok ter perdido a virgindade com quinze.
— Um netinho não faz mal para ninguém. — meu pai discorda. — Eu pensei que ele já tinha perdido.
— Meu pai teria matado Yoongi. — isso eu tenho certeza. — Com você, ele já ficou se coçando para fazer isso, a sua sorte é que fiz com dezenove, se fosse com dezoito em casa você estaria proibido de ir.
— Agora eu já não vou, até ele esquecer que tirei o restante de pureza do filho quietinho dele. — não vai nunca mais. — Realmente vinte e cinco neném? É muita coisa.
Ele não vai desistir.
— Que tal assim, quando eu estiver com vinte e um, se nós dois estivermos em uma fase boa, tranquila, e eu estiver quase 100% curado de traumas, podemos conversar sobre filhos, combinado? — única solução.
— Combinado! — beijou meu pescoço. — Eu te amo, neném!
— Eu te amo, Kook! — virei para ele. — Por que não me beija na boca?
— Porque ultimamente toda vez que te beijo, terminamos sem roupa. — verdade. — E você disse que iria dormir.
— É mesmo. — deixei minha mão em cima da sua barriga. — Quero fazer outra tatuagem.
— Seu pai deve estar pensando em formas de me matar, cada vez que faz mais uma tatuagem, ele aumenta o nível de tortura. — bem capaz. — Qual neném?
— Uma aranha, e agora que você já viu meu corpo inteiro, tenho mais lugares para fazer tatuagem. — quero virar um gibi.
— Claro neném, quantas quiser. — estou com a cabeça deitada em seu peito.
Senti cheiro de morango, lambi ele.
— Por que está me lambendo? — perguntou.
— Você usou meu sabonete seu sem vergonha? Você costuma ter cheiro de menta, não morango. — não se faz mais noivo como antigamente.
— O meu acabou, e o seu estava moscando. — vai moscar na tua cabeça, ladrão de sabonete. — Vou comprar outro depois.
— Compre mesmo, ou eu te mordo. — está avisado.
— Neném agressivo! — não sou! — Agora dorme.
Fechei os olhos.
— Durma bem, nenéns! — bati em seu peito.
— Não tem neném na minha barriga.
— Infelizmente!
Felizmente!
Dormi recebendo carinho no cabelo, me fez apagar mais rapidamente.
Quando acordei já era noite, Jungkook ainda estava comigo, mexendo no celular.
E no meu.
— Kook, esse celular é meu. — caso não tenha notado.
— Tô olhando as fotos que você tem de nós dois, desde o início do namoro. — mostrou uma.
— Gosto de ter lembranças dos nossos momentos juntos. — bom ter recordações com quem ama. — Qual sua preferida?
— Essa. — mostrou uma que estou loiro. — Foi no dia que ouvi sua voz pela primeira vez. — boas lembranças. — E a sua?
Alcancei o celular e fui passando o dedo até achar a foto.
— Nosso primeiro encontro. — na sala de cinema. — Melissa deve odiar esse dia.
— Com certeza, saiu com quem colocou chifres nela na frente da escola inteira. — Peter, o fofoqueiro contou com todos os detalhes. — Tive que achar algum podre dele para poder matar.
— Qual seria? — perguntei.
— Pornografia ilegal, a máfia tem repudia contra essas coisas. — demorei para entender.
Que nojo!
— Não pode matar ninguém sem motivos né? — negou.
— Eu não sou psicopata, só mato pela máfia. — claro que não é.
Se fosse, não me amaria.
— E quem fez mal a mim? Qual foi o motivo para matar eles? — perguntei.
— Fazer mal aos mais fracos, também é errado perante a máfia, a única diferença é que na máfia eles teriam perdido as mãos. — só isso. — E quem matou foi a Kitty, não eu, ela é sociopata.
— Você já matou uns cinco que me fizeram mal, não se faça de sonso. — quer pagar de santo.
— Três tentaram fazer o pior tipo de crime que existe contra você. — realmente, estupro é algo horrível. — E dois já tinham vivido demais.
— Meu protetor! — o mais lindo de todos. — O que vamos comer?
— Tá com fome? — confirmei. — Toma banho, vamos sair para jantar.
— Já volto. — levantei e fui para o banheiro.
Estava bem tranquilo passando o sabonete na bucha.
— Neném? — não vou transar agora. — Jin, está te ligando.
Desliguei o chuveiro, abri o box, me entregou uma toalha, sequei as mãos.
— Para de olhar Kook. — fica me secando.
— Mas eu já vi tudo. — entregou o celular e virou, atendi.
— Oi, Jimin! — ouvi a voz do Jin.
— Oi, Jin! — falei. — Deu tudo certo com o Tae?
— Sim, ele amou a notícia, ainda não consegui desgrudar ele da minha barriga. — imaginei que isso aconteceria. — Você está no banheiro?
— Porque você atrapalhou meu banho. — difícil isso. — O que precisa?
— Já que perguntou, tem como fazer um jantar na sua casa e chamar nossos amigos? — eu não ouvi isso, ouvi?
— Como é? — Jungkook curioso virou.
— Coloca no viva voz. — tirei do ouvido e coloquei.
— Por favor, Jimin! — meu Deus!
— Pra quando isso, Jin? — perguntei.
— Hoje. — vai se...
Grávido Jimin, lembre que ele está grávido.
— Mas Jin, eu ia sair para jantar com o Jungkook. — meu noivo concordou. — Para quê esse jantar?
— Contar que estou grávido. — não tá fácil. — Você tinha razão, meus pais adoraram a notícia de que serão avós.
Meu pai teria entrado em coma após matar o Jungkook.
— Manda uma mensagem no grupo. — tô afim disso não.
— Jimin, é algo muito importante para só mandar uma mensagem. — então liga.
— Por que tem que ser na minha casa? — Jungkook está muito interessado em saber isso também.
— Porque diferente do Tae que não planejou um apartamento para receber visitas, a casa de vocês é grande que o Caleb contou, disse que a mesa tem lugar para doze pessoas. — fofoqueiro. — Por favor, Jimin! Não faça por mim, faça pelo seu sobrinho.
— Isso foi baixo Jin, até para você, não meta o bebê no meio. — meu sobrinho nem nasceu e já quero devolver para os pais. — Eu faço!
Jungkook revirou os olhos.
— Obrigado, Jimin! Te amo daqui...
— Até o inferno, puta que pariu! — ele riu e eu desliguei. — Não vamos mais sair para jantar.
— Isso eu notei. — ignorei.
Mandei mensagem no grupo.
Todos estão convocados a jantar em minha casa hoje, às 20:30h.
Melissa
Só amigos, ou até os namorados?
Namorados também.
Gui
Precisa levar algo?
Não, só venham.
Mandei o endereço, entreguei o celular para o Jungkook.
Terminei meu banho em três minutos, fui direto para o closet, coloquei um shortinho moletom e camiseta do Jungkook, não vou usar meus croppeds novinhos.
Passei bastante desodorante, neutro para não irritar meu nariz, e nada de perfume.
Cozinhar usando tanto perfume é até errado.
Comer bife com cheiro de rosas do campo? Não dá.
Calcei minha pantufa e saí do quarto. Bati à porta do quarto que Caleb e Peter estão, como se alguém tivesse morrido.
Peter abriu a porta, cara amassada assim como o cabelo, estava dormindo.
— Quem morreu? — viu?
— Ninguém. — por enquanto. — Mas em uma hora e meia, nossos amigos estarão aqui para jantar, só avisando.
— Uma hora e meia? — confirmei. — Por que não avisou antes Jimin? Tenho que arrumar meu cabelo.
E correu para o banheiro, só assim vi que Caleb estava atrás dele.
— Jantar? — isso. — Preciso achar uma roupa.
Desci ao primeiro andar, Jungkook estava pegando uma chave.
— Vai aonde? — perguntei.
— Comprar comida, assim não precisa fazer. — neguei.
— Obrigado, Kook! A intenção é ótima, mas a médica tirou um trilhão de coisas que o Jin não pode comer, e a maioria delas é a base da culinária russa, eu mesmo faço a comida. — que ódio! — Mas pode ir ao mercado para mim?
— Sim, o que precisa neném? — fiz a lista e ele anotou no celular. — Eu volto logo.
— Volte mesmo! — saiu de casa. — Jin, eu ainda te mato!
Fui até a lavanderia, peguei umas coisas e voltei, limpei a sala de jantar e a sala de estar. O lavabo também, deixei impecável.
Não quero ninguém chamando minha casa de suja.
Subi para pegar mais pantufas, se alguém entrar com sapato, eu juro que mato.
Deixei tudo certinho no hall de entrada.
Fui para a cozinha, lavei a mão, peguei ingredientes básicos na geladeira, armário e dispensa.
Vou fazer comida italiana, ter um padrasto italiano me ensinou muita coisa, e mais na parte da cozinha.
Escolhi quais pastas e molhos fazer, agora é mãos na massa.
Literalmente!
Farinhas e ovos, uma pitada de sal, deixei a massa descansando.
— Neném, as coisas que pediu. — olhei e Jungkook colocou as sacolas em cima do balcão. — Tem farinha na sua bochecha.
Limpei.
— Obrigado, Kook! — abri as sacolas. — Me diga que não trouxe só esse pedaço de carne.
— Sim. — Deus, não abençoaste teu filho com um cérebro?
É oco?
— Eu pedi quatro quilos e meio. — porque temos mais um. — Tem meio quilo aqui.
— Tô brincando neném, esse aí é para depois, comprei cinco quilos. — colocou a sacola, abri e suspirei. — Quer ajuda?
— Não precisa, vou me concentrar mais sozinho. — infelizmente.
Quem diria que não ter ninguém na infância para me ajudar a fazer as coisas causaria trauma? Agora quero fazer tudo sozinho.
— Tudo bem, estarei na sala de jantar caso precise. — me deu um selinho e saiu.
Peguei os temperos e fiz uma marinada, injetei na carne, como se fosse cocaína para um viciado.
Vai pegar gosto nem que seja a força.
Coloquei no forno que estava pré aquecendo desde que fui limpar as coisas.
— Se você não assar essa carne, eu vou te quebrar na paulada, é bom que asse e por igual. — ameacei o forno.
— Neném, tá ligado que é um forno né? — levantei. — Melissa me ligou, mas é com você que ela quer falar.
Meu celular está lá em cima.
Tirou do mudo.
— Pronto Melissa. — ele falou, colocou no meu ouvido.
— Oi, Melissa! — falei.
— Oi, Jimin! — seja algo bom. — Eu liguei porque queria perguntar se posso levar a sobremesa? Acho meio chato aparecer de mãos vazias.
— Te amaria para sempre se fizer isso. — eu já estava querendo fazer doce de Jin.
— Menos Jimin, é só uma sobremesa. —
— ela não tem noção do quanto é. — Prefere bolo gelado, ou torta?
— Bolo. — é mais fácil.
— Okay! 20:30 eu tô chegando aí. — despediu e desligou.
— Ela vai trazer a sobremesa.
— Uma coisa a menos para você fazer, neném.
Continuei na luta contra o fogão, ele tentou me envergonhar não querendo ligar, apontei uma faca e rapidinho ligou.
— Tá ameaçando o fogão?
— Sai Jungkook! — apontei a faca para ele.
— Dia oito de julho comemora o estresse, né? — às vezes é melhor ignorar.
Respirei fundo, voltei a cozinhar.
Fiz uma opção com legumes, caso alguém não queria nada de carne.
E eu tô cozinhando dentro dessa cozinha!
Mesmo com a coifa ligada evitando que a casa inteira fique cheirando carne assada, vai cheirar Jimin assado logo.
Tudo "simples" eu terminei oito horas.
— Jimin não quer ajuda? — ouvi Caleb falando com o Jungkook, estou limpando a cozinha.
— Não mesmo, a última vez que entrei ele me expulsou com uma faca. — que calúnia!
Terminei de limpar, as louças eu coloquei na máquina.
Só falta a carne chegar no ponto.
Saí da cozinha, Jungkook levantou.
— Terminou neném? — perguntou.
— Ainda falta a carne, mas o restante eu terminei. — respondi. — Eu vou tomar banho, estou cheirando a comida.
— Como não me deixou te ajudar, arrumei a mesa aqui. — olhei.
— Obrigado Kook, está lindo! — cansei!
Saí da sala de jantar, Caleb na sala.
— Jimin. — olhei. — Posso chamar o Mike? — perguntou com vergonha.
— Hm... — sem coragem para zoar. — Pode, só fala para o Jungkook colocar mais um lugar na mesa.
Subi para o segundo andar, direto ao meu quarto.
Com sabonete de morango tirei o cheiro de alho e temperos variados que eu estava. Lavei meu cabelo, cheirava a carne assada.
Escovei meus dentes e fui vestir roupa. Uma calça jeans preta, mais uma camisa social branca. Passei desodorante e creme, apenas.
De pantufas desci, e fui direto para a cozinha, olhei o forno, a carne chegou ao ponto.
Peguei várias travessas de vidro, colocando as comidas.
— Oi, Jimin! — virei para trás, Melissa com duas travessas tampadas. — A casa de vocês é linda!
— Obrigado! Pode colocar na geladeira.
— Não, viria uma chinela voando da Coréia, minha mãe me mata se descobrir que abri alguma geladeira por aí, você guarda. — colocou em cima do balcão.
Saiu da cozinha.
Deve ser coisa dos brasileiros, Guilherme também não abre a geladeira.
Terminei de colocar nas travessas, guardei a sobremesa que a Melissa trouxe.
Na sala de jantar, coloquei os apoios e depois levei cada item, com as conchas para pegar.
Ao sair, quase todos estão aqui.
— Oi, Jimin! — Gui me cumprimentou.
— Oi! — a campainha tocou, Jungkook foi atender.
— Trouxemos bebidas, vinho. — ótimo!
— Obrigado!
Mike apareceu com Jungkook.
— Oi, Jimin! — falou comigo.
"Oi" cadê o Jin?
— Caleb disse que Melissa trouxe bolo, trouxe sorvete para acompanhar. — Jungkook mostrou a sacola. — E tem seu preferido, Moranguinho.
Foi falar com Caleb, Peter ainda está arrumando o cabelo.
Jake veio me cumprimentar com Polina.
— Primeiro jantar na casa nova. — nem me lembre.
Estou sendo coagido a fazer, tudo pelo meu sobrinho!
A campainha tocou.
"Licença".
Afastei e fui atender, Jin e Tae.
Dei espaço para entrarem.
— Oi, Jimin! — acenei para o Tae. — Cuidado Jinnie. — ajudou Jin subir um degrau de seis centímetros.
Resolvi não falar nada.
— Deu tudo certo, Jimin? — Jin me perguntou.
"Assim que o bebê nascer, eu te mato!" Foi avisado.
— Também te amo! — pois eu não.
Fomos para a sala, só falta um.
— Cadê o Peter? — Jake perguntou.
— Lá em cima. — Caleb respondeu, olhou para mim.
"Chame ele, pode ameaçar".
Caleb subiu, em menos de cinco minutos voltou com Peter.
— Finalmente né Peter, atrasando nossa janta. — Jake falou.
— Chama eles para a sala de jantar Kook. — falei com meu noivo.
— Bando, calados, vamos para a sala de jantar. — esse jeito doce dele sempre me encantou.
Abriu as portas, todos entraram, escolheram seus lugares, menos a ponta e o lado, ninguém quis.
Todos em pé.
— Pega a carne, eu não aguento. — colocar no forno foi um sacrifício.
Fomos até a cozinha, entreguei as luvas para ele proteger as mãos, abri o forno.
Ele pegou a forma com toda a carne, fechei o forno, levei uma faca bem grande mais um garfo de duas pontas.
— Só saio daqui rolando. — Melissa falou olhando.
— Eu nem saio, não vou passar da porta. — Gui acompanhou a faminta.
— Tirar a barriga da miséria. — quem vê pensa que passa fome.
Jungkook colocou no apoio que eu apontei, tirei as tampas de tudo.
— Jungkook sortudo, vai casar com alguém completo, porque ele não sabe cozinhar. — sabe mesmo não.
— Fala para eles sentarem. — Jungkook foi e sentou na ponta, aí sentaram.
Melhor assim.
Comecei a cortar a carne, orando para estar no ponto perfeito.
Deus obrigado!
Assou!
Cortei tudo, facilitar.
Coloquei as conchas certas em cada travessa.
Peguei meu prato e do Jungkook, coloquei para nós dois, ele não come enquanto eu não estiver sentado comendo.
Sentei, coloquei um pedaço de carne na boca.
Delícia!
Atacaram a comida.
— Me dá a concha? — estão brigando até.
— Não, eu peguei primeiro. — adivinha quem está brigando?
Peter, essa é a dica.
Jin não pode se estressar, então não é ele.
Melissa já está comendo faz tempo, ela foi a primeira a pegar após eu começar.
Com Guilherme ele não tentaria a sorte, bichinho bravo, misericórdia.
Com Caleb, ele não é doido a esse ponto.
A resposta é Jake, outra criança.
— Eu sou mais velho na máfia, me dá a concha? — sinceramente.
— Quem? — ele vai cair nessa?
— Como? Quem o quê? — caiu.
— Quem te perguntou? Eu fico com a concha besta. — meu Deus.
— Acaba com isso. — falei com o Jungkook.
— Me dá a concha. — nem esperou, tomou, colocou comida para os dois como se fossem crianças.
— Jungkook acabou com o meu divertimento. — Tae falou.
— Eu não, Jimin que mandou. — é, eu mesmo.
Eles conversaram bastante enquanto comiam, tô cansado demais para fazer isso.
A tristeza nos olhos indicam que comeram bastante, e ainda sobrou muito para comer amanhã.
Só Melissa que ainda está comendo, ela comeu todas as massas que fiz.
— Enchi. — falou após comer o último fio de espaguete.
— Quase não comeu também. — Peter provocou.
— Bem pouco, graças a Deus. — Jake entrou na provocação. — Polina vai precisar ser sócia de mercado para alimentar a Melissa.
— E Gui pode ficar rico vendendo língua de boi. — Melissa rebateu.
— Vai besta. — Gui falou para o namorado.
— Vocês são sempre assim? — Mike perguntou.
— Provocando um ao outro? — Melissa perguntou e ele confirmou. — Isso significa que estamos bem!
— Quem mais provoca? — quem você ach,a Mike?
— Você vai namorar ele. — Jin respondeu, ele olhou Peter que se fez de sonso.
— Pergunta se vão comer mais, para eu tirar as coisas. — pedi ao Jungkook.
— Alguém vai comer mais? — perguntou alto, Melissa pegou mais um pedaço de carne.
— Não.
Ia levantar, Jungkook me fez ficar sentado.
— Taehyung, levanta e me ajuda a tirar as comidas daqui. — eu amo esse homem. — Anda Taehyung.
— É Taehyung, vai lá! — esse Peter.
Tamparam tudo e levaram para a cozinha, recolheram os pratos.
— Já vai servir a sobremesa, neném? — confirmei.
Logo ouvi barulho da minha louça novinha batendo.
Mas eu não quero levantar.
— Eu pego. — Caleb falou e foi lá.
Voltou com os pratos de sobremesa, colocou um para cada um com as colheres pequenas.
— Agora entendi o porquê Jimin fez cara de dor ao ouvir a louça batendo. — Gui comentou olhando o prato.
— Isso aqui custou um rim. — Melissa falou. — Se eu quebrar, o rim da Polina é seu.
— Por que o meu? — ainda pergunta.
— Você me ama e não me deixaria ficar com um rim só. — excelente resposta.
Colocaram as travessas com bolo na mesa, mais os potes de sorvete.
— Posso servir? — Melissa perguntou me olhando, confirmei, ou vou ter que levantar. — Me dá o seu prato.
Entreguei para ela.
— Qual você quer, chocolate ou coco? — pensei.
Apontei o de chocolate, ela serviu um belo pedaço, colocou três bolas de sorvete e me deu.
"Obrigado!".
Experimentei o bolo, recheado e coberto com brigadeiro, que delícia!
O sorvete de morango ajudou a não ficar tão doce.
— Jungkook e Polina tem sorte. — Jake falou.
— Sabe cozinhar Gui? — confirmou. — E você fofinho? — Caleb confirmou. — Jin?
— Sim, mas não gosto. — realmente.
— Jungkook eu sei que não sabe.
— Se enganou Mike, Jungkook aprendeu a cozinhar o prato preferido do Jimin. — Melissa falou. — Por que não faz isso Polina?
— Ficar perto do Jimin e do Jungkook, é saber que você vai ser cobrada de um monte de coisas, difícil! — faz parte. — Eu compro sua comida preferida, Shockolad.
— Obrigada, mas não é a mesma coisa. — meu noivo é perfeito.
— Amanhã vamos almoçar minha comida preferida, você vai fazer Jake. — Jake que estava comendo bolo bem quieto, olhou o namorado.
— Eu não sei fazer o negócio com dois. — negócio com dois?
— Baião de dois. — ah! Não sei o que é, deve ser do Brasil. — Tenho certeza que ficará uma delícia.
Vi Jin cochichando para o Tae, vão falar.
— Pega a sacola branca em cima da ilha, Kook. — pedi ao meu noivo.
Não demorou para voltar, deixei no chão ao meu lado.
— Gente. — Jin chamou a atenção de todos, ficaram em pé. — Eu e o Tae, queremos primeiro agradecer aos Jeon por fazerem esse jantar.
Ao Jimin, quem quase derreteu fui eu.
— Em especial o Jimin, que fez toda essa comida em uma hora e meia. — por nada!
— Se vocês anunciarem que vão embora eu choro. — Melissa falou.
— Não é isso. — passou nem perto. — O que queremos anunciar é que logo nosso grupo vai aumentar, eu tô grávido!
— Meu Deus! — aí foi aquela choradeira.
Melissa chorando como sempre.
Todos deram os parabéns, abraçaram.
Eu não me movi, já sabia desde cedo.
— Se tiver vaga para madrinha, tô aqui. — xô Melissa.
— Jimin já aceitou ser padrinho. — cheguei primeiro.
— É porque somos pretos que não nos escolheu? — Peter apontou ele, Melissa, e Gui.
— Não caio mais nessa, sem vergonhas! — concordo, são terríveis.
Os três riram.
— Vocês brincam com isso? — Mike perguntou preocupado.
Liga não, é disso pra pior.
— Essa é a mais leve que os três fazem, tem bem piores, e não pode rir. — Caleb contou.
— Se rir, os três passam o restante do dia te perseguindo. — ainda bem que eu nunca ri.
— Vocês são terríveis! — eles sabem.
— Mas nós nos vingamos, eu e o Jimin fazemos o mesmo, mas com asiáticos, aí eles não podem rir. — nós somos péssimos, eu sei.
— E você fofinho? — perguntou ao Caleb.
— Não tem como fazer isso sendo branco, nasci branco, loiro, e rico. — difícil, o coitado sofre.
— É engraçado Peter falando com ele, "Cadê meu privilegiado mais lindo?". — Melissa contou.
— Tadinho. — isso, defenda ele dessas cobras criadas.
— Anda Tae. — Jin cutucou Tae.
O que o Tae vai fazer?
— Jungkook, você me bate, me xinga, me ameaça, mas me ama. — não tenha tanta certeza. — Crescemos juntos, então agora nessa nova fase da minha vida quero que esteja lá, e como padrinho do meu filho.
Emocionante!
— Vou ensinar ele ou ela a atirar. — olha os ensinamentos que o Jungkook quer dar, falo nada.
Peguei minha sacola e fui para o outro lado da mesa.
"Vai receber muitos presentes para o bebê, serei o primeiro".
Entreguei.
— Obrigado Jimin! — agradeça mesmo.
— Abre Jin, eu quero ver. — jura?
— Menina curiosa! — nem é.
Abriu, tirou primeiro um macacão branco pequeno.
— Que fofinho! — também achei.
— Eu amei. — é bom mesmo.
Dobrou e devolveu para a sacola, pegou o outro item.
Uma jardineira branca, mas para ele.
— É lindo! Mas vai ficar grande.
"Não por muito tempo".
Tu vai rolar meu amigo.
— É mesmo Jin, sua barriga vai crescer, a jardineira irá caber perfeitamente. — exato Gui.
— Eu vou ficar enorme. — é, você vai.
— Vai continuar lindo! — melação do cacete.
Voltei ao meu lugar, terminar meu bolo.
— E vocês, casal diabético? Tem um bebê a caminho? — Melissa perguntou para mim e Jungkook.
— Infelizmente não. — Jungkook respondeu.
"Felizmente".
Infelizmente o nariz dele.
Eles foram embora tarde, mais de meia-noite.
— Tenho que lavar louça. — falei ao Jungkook.
— Nós lavamos neném. — puxou Peter de volta.
— Nós quem? — perguntou.
— Eu e você!
— Droga! — foi basicamente arrastado para a cozinha.
— Eles já acharam a máquina de lavar louça? — Caleb me perguntou enquanto subimos.
— Não mesmo. — rimos. — Boa noite, Caleb!
— Boa noite, Jimin! — cada um entrou em seu quarto.
Eu escovei meus dentes, depois vesti um pijama, me deitei.
— Que dor! — me cobri.
Dormi rapidinho.
[...]
— Neném, hora de acordar. — vou ignorar. — Eu sei que está acordado neném, você começa a ser treinado hoje.
— Desisto da máfia, me deixa dormir. — cobri a cabeça.
— Vai neném. — menino insistente. — Jimin, levanta.
Sentei na cama.
— Cansou de ter dentes? Vou nem te falar nada.
— Sabia que funcionária, bom dia, neném! — beijou minha testa.
— Só dia, estou cheio de dor tendo que acordar cedo. — oito horas da manhã.
— É só por duas semanas. — apenas isso.
Levantei e fui para o banheiro, tomei banho para despertar, escovei os dentes. Passei pomada na tatuagem, ontem eu comi bolo e sorvete ainda.
Posso fazer mais isso não.
Vesti uma roupa confortável, calcei o tênis.
Tomei café da manhã reforçado e saudável.
Como era longe eu tive minha sessão de terapia no carro, coloquei fones no Jungkook e fui falando com a psicóloga.
Avisei que um psiquiatra vai entrar em contato com ela para saber se posso ter arma.
— Jimin, por que você quer ter porte de arma? — porque eu entrei para a máfia.
— Eu tô na Rússia, e nós vamos sair para caçar, para ter uma arma, mesmo de caça preciso ter porte liberado.
Que mentira! Eu nunca iria caçar animais indefesos.
Pessoas sim.
— Ah tá! — mesmo assim ela anotou no caderninho do capeta.
Já sabia que faria isso.
O paciente que não conseguia nem encarar as pessoas, agora quer caçar, é óbvio que ela vai anotar algo.
— Como foi sua semana? — contei que agora falo com meus amigos. — Que notícia maravilhosa! Você está evoluindo muito!
Sim, obrigado!
No final da sessão ela me falou que vai liberar para o psiquiatra.
Isso!
Ao chegar em meu destino Melissa já estava, sentada e querendo roer as unhas.
Ela chegou primeiro, então foi a primeira.
Ela ficou uma hora lá dentro, isso foi suficiente para deixar o Caleb nervoso.
Não vai conseguir falar nada tadinho.
Saiu.
— Consegui! —mostrou o papel para o Jungkook.
— Jimin Park. — logo eu?
Levantei e fui, entrei na sala.
Como eu tenho acompanhamento com psicóloga e psiquiatra, ele já foi falar com ela.
Enquanto eu fazia os testes por escrito, foi moleza para mim.
Quando terminei, levantei a mão. Ele avaliou todas as minhas respostas, depois imprimiu um papel e me entregou.
Eu sou oficialmente liberado para ter armas.
Falou algumas coisas, e pude sair. Caleb foi o próximo a entrar, uma hora lá dentro.
Saiu com a sua liberação, e mais calmo.
Peter o último.
Fiquei mexendo no celular, Melissa enchendo o saco do Caleb para ele contar sobre o Mike.
Jungkook também no celular, mas com uma mão, a outra mexia no meu cabelo já que estou encostado nele.
— Vou postar essa foto, o que acha? — mostrei ao Jungkook.
— Brincadeira né neném? — neguei. — Não vai postar uma foto que está curvado e mostrando todas as tatuagens nas costas, inclusive a nova, é uma arte só para eu admirar.
— Então não vai me deixar postar? — até parece que vou postar, meu pai me mata, e eu tenho vergonha.
— Você pode postar neném. — eu posto e ele me ignora por um mês.
— Não vou postar meu ciumento, sabe que tenho vergonha. — e muita. — E essa?
Mostrei uma nossa.
— Essa é boa. — postei ela. — Quem você segue?
— Meus amigos, irmão, padrasto, e você. — respondi. — Tirei todos os outros que eu seguia, só não paro de seguir meus amigos porque você sabe como eles são.
— Melissa, Gui, e Peter vão dizer que é por eles serem pretos. — eles vão. — Jin vai fazer drama, Caleb talvez não ligue.
— Meu irmão me bloqueia se eu parar de seguir ele, Vittorio não faz mais minhas comidas preferidas. — dramáticos. — E você chora.
— Choro mesmo. — eu sou um neném, e ele que chora.
Peter saiu se abanando com a liberação.
— O pai vai matar geral. — graças a Deus esse povo não entende.
— Mas eu nem tô grávido. — Caleb falou.
— É gíria, bebê. — sim, que ele aprendeu com a Melissa.
Mas ela fala "mãe".
Saímos de lá e fomos para a sede da máfia.
Primeiro a sala de treinamento, é o cunhado do Mike que vai fazer.
É físico, mas a minha mente estava a ponto de enlouquecer.
Queria sair gritando e arrancando meus cabelos.
Que cara insuportável!
Se você errar o que ele mandou fazer, vai pagar flexão.
Caleb fica nervoso, já pagou umas cinquenta.
Melissa se segurando para não bater nele é o melhor.
Ela fecha as mãos apertando, dá para ver as pontas dos dedos dela ficando vermelhos.
Peter, já ouvi ele resmungando vários tipos de xingamentos.
Nós nem almoçamos.
À tarde eu já sabia cem formas diferentes de matar ele.
— Em posição. — ficamos um ao lado do outro, postura ereta, e cabeça erguida.
Ou paga dez.
— Vocês passaram. Descansar. — graças a Deus.
Mas ainda quero te matar!
— Desculpa a forma de tratar vocês, sei que pensaram em me matar. — pode ter certeza disso. — Mas isso não foi um treinamento físico, foi psicológico.
Meu querido, não precisava disso, eu te contar o que passei na escola seria suficiente.
— Eu não faço esse treinamento com novatos, costuma ser quem está aqui há mais de cinco anos, então não sei como agir com quem acabou de entrar. — legal.
Quem colocou ele aqui?
— Mike que faz isso, mas tem gente nessa sala que ele não teria coragem de fazer nada, então Jeon me colocou para treinar vocês. — eu vou bater no Jungkook.
— Por que nosso psicológico é testado? — Melissa perguntou.
— Caso um dia vocês sejam sequestrados irão aguentar a tortura psicológica. — ainda dá tempo de desistir? — Se preparem, amanhã é o teste de dor.
Amanhã eu não venho!
— Não sou eu que faço, é a Selina, ela chegou hoje do Brasil. — droga, eu já vi como ela trata os soldados.
Deus, me mata?
— Estão liberados! — saímos da sala.
— Ele atuou tão bem, que tô odiando de verdade. — Caleb falou.
— Odiando? Eu queria arrancar a cabeça dele, meus braços estão queimando de tanto fazer flexão. — Melissa massageou os próprios braços.
— Mas foi melhor ele, seria péssimo odiar o futuro namorado dos nossos amigos. — falei com Melissa.
— Verdade Jimin. — concordou comigo.
— Pelo menos era mentira, porque se ele fosse assim de verdade, teríamos problemas. — Peter comentou. — Teste de dor, eu preciso comer e dormir para me preparar para isso.
Fomos embora, quando cheguei a casa fui tomar banho.
Assim que saí, vesti meu pijama, shortinho não tão curto e blusa de seda azul-claro.
Passei pomada nas pernas e braços, para dor, na tatuagem é da normal.
— Neném? — o motorista que me trouxe, não sei onde ele estava.
— Jungkook, por que você colocou aquele cão para nós treinar? Ele treina gente experiente, quase fiquei doido. — saí do closet.
— Ele é o único que sabia como fazer, quer dizer, eu também sei, mas não sei ser malvado com você. — fez carinho na minha bochecha. — Iria te punir mandando me beijar.
— Sem vergonha! — odeio que não consigo ficar bravo por muito tempo. — Preciso tomar remédio.
Peguei remédio para dor.
— Água neném, vai tomar com água. — chato!
Tive que descer, Caleb está esquentando comida do jantar de ontem.
Graças a Deus, não queria esquentar.
— Peter está varado de fome, já devorou dois pacotes de bolacha e não para de falar "tô com fome!". — contou.
— Imagino. — peguei água.
Peter saiu da dispensa com outro pacote de bolacha, tenho certeza que as bolachas acabaram, pedir para o Jungkook comprar mais.
— Vai à academia hoje, Peter? — Jungkook perguntou.
Tomei o remédio.
— Nem fudendo, eu preciso estar preparado para amanhã. — sabia que ele iria negar.
— Você vai, Kook? — confirmou. — Agora?
— Sim. — vai com Deus. — Tchau, neném!
Me deu dois selinhos e saiu.
— Quer ajuda, Caleb? — perguntei.
— Já terminei. — desligou. — Come draga.
Peter fez um prato enorme, misericórdia!
Eu peguei pouco, dormir com a barriga cheia faz mal, e eu vou capotar na cama em breve.
Comi com o casal, melosos.
Até aviãozinho teve.
Terminei primeiro e fui para a cozinha, lavei meu prato, sequei e guardei.
Subi para o quarto, escovei meus dentes. Deitei na cama, peguei meu celular que estava carregando.
Respondi ao meu pai, Vittorio, meu irmão.
A avó do Jungkook me mandou mensagem, disse que quer me encontrar amanhã para o almoço.
Perguntei se seria eu e o Jungkook, não, apenas eu mesmo.
Fui dormir após isso.
Novamente, cedo o Jungkook me acordou, tô pegando é raiva de acordar cedo.
Terminei o ensino médio antes para não acordar cedo e não precisar subir tanta escada, agora ele fica me acordando sete horas da manhã.
Em meia hora saímos de casa, fomos para a sede.
Para a sala de treinamento dois, acredito que será uma por dia.
Selina já estava lá.
— Sabem como funciona esse treinamento? — negamos. — Eu vou usar alguns desses instrumentos em vocês.
Apontou a mesa.
— Caso alguém não aguente, pode desistir. — ótimo! — Será um de cada vez.
Quero desistir.
— Peter, você será o primeiro. — ela escolheu o que usaria, entraram em uma sala separada.
— Que vontade de desistir! — Caleb falou.
— Por que eu pensei que seria fácil entrar na máfia? — Melissa se perguntou.
Nós sentamos, eu fiquei meditando.
Após duas horas Peter saiu, e pingando, quem te molhou?
— Um aprovado! — ela anotou na prancheta. — Melissa.
— Você está bem, pretinho? — Caleb perguntou ao namorado.
— Não, essa Selina é pior que o William. — puta que pariu. — Eu preciso me esquentar.
Saiu da sala de treinamento.
Não passou cinco minutos ouvimos Melissa gritando.
— Desistência também é algo a se fazer. — Caleb falou.
— Concordo.
Mais duas horas, e ela saiu, pingando também.
— Eu consegui! — já saiu da sala de treinamento.
— Caleb. — Fiquei por último.
Gostei não.
Caleb só parece fraco, também passou duas horas lá dentro.
E eu na minha meditação.
— Ela é o cão. — falou quando passou por mim, molhado.
— Jimin, sua vez. — de desistir? Concordo.
Pegou outras coisas e nós entramos.
Olhei e vi uma banheira com água e muito gelo, assim que molha?
— Senta. — sentei. — Vamos começar pelo básico.
Eu tinha certeza que já tinha passado por tudo na vida, estava enganado!
— Você é fraco! Não vai aguentar até o final!
Não basta meu corpo estar sendo testado, minha mente também é.
Fico apenas concentrado em não me deixar vencer pela dor.
— Não adianta fingir que não está sentindo dor. — ela fala isso bem perto do meu rosto, e eu olhando para frente. — Você não passa de um garotinho mimado que está louco para correr para o colo do papai.
Peter tem razão, ela é pior que o William.
Os minutos parecem que não passam.
A melhor parte é que tudo que está sendo usado, não deixa hematomas ou marca, tô apanhando e não vai ficar uma manchinha sequer.
— Para a banheira. — será que eu consigo andar?
Levantei e fui até a banheira, entrei, me abaixei.
— Só cabeça para fora soldado.
Entrei mais.
Fiquei de molho uns bons minutos.
— Aprovado soldado! — puta que pariu. — Pode sair da banheira.
Levantei e saí, que frio!
— Parabéns, ficou três horas aqui comigo. — por que eu fui mais? — Você é mais tempo por ser esposo do chefe.
Ah!
— Só não está no nível dele, porque ele foi testado por uma semana. — tadinho. — Saiba que é tudo encenação, não sou assim.
Claro que não, eu que sou.
— Está liberado.
Saí da sala, Jungkook me esperando com uma toalha e coberta.
Me enrolou todinho.
— Foi aprovado, neném? — confirmei, tô batendo queixo. — Estava preocupado com esses testes, você ter algum gatilho e acabar tendo uma crise.
— Até que foi tranquilo, mas a Selina e o William não vão ao nosso casamento. — ele riu.
— Vai guardar rancor, neném? — óbvio. — Vamos para casa, não quero que fique doente.
— Ainda tenho que me encontrar com a sua avó. — falei.
— Ela me ligou atrás de você, eu disse que estava sendo testado, ela me xingou tanto que estou passando a duvidar do amor dela, disse que não precisava ser testado nisso, a vida já te testou. — também acho. — Também falou que vocês vão tomar café da tarde juntos, agora ela só quer que se aqueça para não gripar.
Eu amo ela!
Enquanto saímos vi Jin e Gui chegando.
— Ué Jimin, por que está parecendo um pintinho molhado? — Gui perguntou.
Brasileiros e seus dizeres.
— Eu... — tô com muito frio para falar, olhei o Jungkook.
— Ele foi testado, dor, no final entra em uma banheira com água e gelo. — Jungkook contou.
— Vai para casa, vai acabar gripando se ficar aqui no frio. — Jin falou.
Verão falso do cacete.
Conseguimos chegar no carro, fomos embora.
Peter estava na sala mexendo no celular.
— Cadê o Caleb? — Jeon perguntou.
— Na hidro, disse que vai ficar lá o dia inteiro. — eu não duvido. — Você passou, Jimin?
Confirmei.
— Foi mais tempo o seu ou é impressão minha? — quem dera fosse impressão.
— Ele ficou três horas. — que dó de mim.
— Misericórdia.
Subimos, entramos no quarto, direto para o banheiro.
Ele colocou a banheira para encher enquanto eu tirava a roupa molhada. Infelizmente hoje terei que descumprir uma das regras pós tatuagem.
— Não vai tirar a cueca? — assim que você sair. — Esqueci que meu neném é tímido para tirar a roupa perto de mim.
Exatamente.
— Mas para fazer sexo, se transforma, incrível isso. — saiu do banheiro.
Tirei a cueca e entrei, que delícia.
Finalmente parei de tremer.
Fiquei cozinhando ali por um bom tempo, Jungkook me trouxe chá quente e cookies.
Depois sentou no chão, perto da banheira.
— Quais pontos fracos ela falou? — está massageando meu braço, não deixa hematoma, mas dói muito.
— Ela não citou a fala seletiva, mas de resto, tudo. — gostei dela não colocar a fala seletiva.
— Imaginei. — nunca mais quero passar por isso. — Falou do bullying?
— Falou, e muito. — gemi de dor quando pegou onde ela acertou. — Pega o remédio para mim? O de duas cores.
— Frasco laranja? — confirmei.
Levantou e foi pegar, voltou com ele e água, tomei.
— Obrigado Kook! — agradeci.
— Quer sair? — sim, tô ficando enrugado já.
Peguei um roupão, levantei e coloquei ele, saí da banheira.
Fui para o closet com a pomada para dor, passei em quase todo o corpo. Vesti uma roupa leve, passei desodorante, tudo isso sentado no puff.
— Kook-ah. — chamei, ele entrou, levantei os braços.
— Um neném machucado. — sim.
Me levou no colo e nós saímos, colocou-me na cama.
— Quer leite?
— Para de ser safado. — falei.
— O safado é você, era leite de morango. — ah.
— Então sim. — tô passando tempo demais com ele.
— Já volto safadinho! — beijou minha testa.
Entrei embaixo do edredom.
Eu realmente estou curado de muitos traumas, tô tão feliz!
Se fosse há uns sete meses, esse teste me faria parar no hospital.
Na primeira fala dela, a crise iria vir forte.
Lógico, que ainda tem assuntos que podem me causar uma crise forte, mas eu já venci muitos traumas que causavam isso.
Como bullying, ele era um assunto muito delicado.
Eu tô evoluindo!
Agora não parece mais tão distante eu voltar a falar com todos.
— Posso saber o motivo de um sorriso tão lindo, neném? — olhei para ele, colocou uma bandeja no meu colo.
— Estava pensando em como eu evoluí esse ano. — contei. — Kook, quem vai comer tudo isso?
— Você, meu neném tem que ficar forte. — forte e estufado tem diferença.
— Claro. — não como nem metade disso. — Comprou?
— Peter que comprou, Caleb estava com vontade de comer. — sabia que ele estava nisso. — Eu já almocei, então coma tudo.
Sentou do meu lado e ligou a televisão, colocou em um filme da Barbie.
Tem quatro pedaços de pizza, frango frito, lanche, e batata frita.
Jungkook está pensando que eu sou uma draga?
— Não se preocupe com o frango e batata serem fritos, Peter pediu em um lugar que usa Airfryer. Aqui na Rússia se for morrer por algo que ingerimos, será o álcool. — toma café com vodka. — Coma à vontade.
Falo nada.
Comecei a comer, devagar, assistindo algo que amo.
E assim, como eu falo isso?
Adivinha quem comeu tudo?
Dica, fica rosa com facilidade.
— Vou escovar meus dentes. — tirei a bandeja do meu colo.
Fui ao banheiro, passei fio dental e escovei os dentes.
Voltei ao quarto, continuei sentado na cama.
Deitar após comer tudo isso, eu passo mal.
— Vamos caminhar, Kook? — olhei para ele.
— Mas suas pernas estão doendo, neném. — falou.
— A dor maior já passou, o remédio é forte. — bem forte. — Quero andar para baixar a comida.
— Tudo bem, mas troque de roupa.
Vesti algo quente, e tênis confortável.
Saímos para caminhar pela propriedade da casa.
Eu só estou olhando as árvores cobertas por neve.
— Seus avós não exageraram no tamanho da casa? — perguntei. — Porque a próxima vez que vir aqui, Peter e Caleb vão ficar na casa do Mike, então será só nós dois, é muito grande.
— Eles não têm propriedade menor que essa. — entendo. — E desejam que fiquemos confortáveis.
— Sua avó deseja bisnetos, isso sim. — e oito.
— E eu desejo filhos. — continue desejando por enquanto.
Continuamos andando por um tempo, até eu querer voltar.
Fui deitar assim que cheguei, todo coberto, um filme, isso ajudou relaxar.
Nós ficamos na cama até perto da hora que vou me encontrar com a vovó. Me arrumei rápido, e o motorista que vai me levar.
Durante o caminho fiquei olhando a janela, até o carro parar na casa dos avós. O motorista abriu a porta, eu saí.
A porta de entrada abriu antes que eu chegasse perto, uma Kiara saiu correndo, veio me abraçar.
"Oi, Jimin!" Falou.
"Olá Princesa!" uma gracinha.
— Kiara, saia do frio. — Rosa na porta chamando ela. — Você também Jimin.
Segurei na mão da criança, fomos para dentro. Tirei minha bota, calcei a pantufa.
Fui até a sala de jantar, Stlevana sentada falava com alguém que eu já vi na sede da máfia.
— Kiara. — Rosa pegou a menina no colo e tirou da sala de jantar, fechando as portas. — Não tem desculpa para o quê aconteceu, e vir se reportar a mim é uma falta de respeito enorme a quem realmente é seu chefe, se você não aceita que meu neto é seu superior, pede para sair.
— Sim senhora. — não gosta do meu noivo? Também não gosto de você.
— Você vai ir se reportar ao Jungkook, e torça para ele não te esquartejar. — agora entendi o porquê da Kiara sair. — Suma da minha frente.
Ele se curvou e saiu sem nem olhar para o meu lado.
— Desculpe por isso, Jimin. — tranquilo.
Hoje me chamaram de fracote e que logo eu morria, isso foi suave.
— Sente se. — sentei.
Rosa entrou com Kiara, a menina sentou ao meu lado.
— Vamos comer. — eu ainda me sinto cheio do almoço, peguei só um pão com queijo, bebi chá.
Após terminarmos, esse chá.
É o mesmo que ela me deu quando falou tudo que tinha passado recentemente, e que Jungkook ficaria longe por duas semanas.
O que essa senhora vai me falar?
[...]
Entrei em casa com várias sacolas, subi para o segundo andar.
Caleb disse que ele e Peter foram dormir na casa do Mike, não digo nada.
No quarto, Jungkook está na cama assistindo.
— Neném, você demorou! — sim. — E essas sacolas?
— Roupas de frio. — respondi. — Preciso falar com meu pai.
Peguei meu celular que ficou aqui, liguei para ele.
— Oi, filho! — ouvi sua voz.
— Oi, pai! — ele vai querer me bater. — Está tudo bem por aí?
— Sim, eu e Vittorio vamos visitar o orfanato amanhã. — que maravilha! — Quando você volta? Essa semana né?
— Então pai. — era sobre isso mesmo que eu queria falar. — Eu vou ficar mais um mês aqui na Rússia.
— Um mês? Eu vou matar o Jungkook! — sabia que ele diria isso.
— Vai passar rapidinho pai. — Jungkook sem entender nada. — Logo eu volto.
— Logo, sei. — não acredita. — Passa para o Jungkook.
— Boa sorte! — entreguei o celular para ele.
Ficou uns cinco minutos ameaçando o Jungkook.
— Eu deveria ter virado padre. — medroso.
Devolveu o celular.
— Um mês Jimin, nada mais que isso. — claro.
— Tchau, pai! Te amo!
— Tchau, filho! Se comporta, eu também te amo! — eu sempre me comporto. — Nem pense em voltar grávido, Jimin!
— Tá pai! — desligou.
— Um mês? Mas são só duas semanas. — difícil isso.
— Eu vou passar mais um mês aqui na Rússia. — falei. — Mas não com você, Kook, sua avó vai me mandar para uma parte bem fria da Rússia, ser treinado pelos três mestres da máfia.
Escorpião, Lobo, e Dragão.
Por isso esses são os símbolos da máfia.
— Brincadeira né? — neguei. — Vai passar um mês longe?
Confirmei.
— Não gostei. — eu também não. — Minha avó decidiu isso, e você aceitou.
— Eu aceitei porque quero ser independente Kook, e não depender para sempre das pessoas para me ajudar, quero eu mesmo me defender. — falei. — Aceitar entrar para a máfia já foi por esse motivo.
— Um mês longe. — resmungou.
— Vai passar rápido. — eu espero.
— Não vai. — é a parte mais difícil.
— Eu vou em duas horas. — me olhou.
— Nossa viagem para o México não vai acontecer. — é, não vai. — Passaremos o aniversário longe.
Vai piorar.
— Não poderei levar celular, eles não podem ser rastreados. — complicado. — Então você vai ficar com o meu celular, e responde ao meu pai como se fosse eu.
— Por isso minha avó não queria que eu fosse, sabia que seria completamente contra. — ela é inteligente. — Se ele pedir foto?
— Eu tenho um monte de fotos não postadas, e tem algumas já pela Rússia que não postei, posta uma por semana, meu irmão vai mostrar, se eu sumir do Instagram aquela cobrinha desconfia. — Hoseok é terrível. — Vai ficar bem sem mim?
— Não. — já percebi. — Tem mesmo que ir? Eu gosto de te defender neném.
— Sim, eu tenho! Para sempre vou querer sua proteção, mas não é toda vez que vai estar comigo. — levantei. — Me ajuda a arrumar a mala.
— Tá! — veio bicudo. — Seus amigos vão querer se despedir.
— Não posso, ninguém pode saber para onde eu estou indo. — entramos no closet.
— Ninguém? — ele vai entender. — Espera, eu não ia saber, né?
— Não, sua avó ia me comprar roupa, mandar para lá sem ninguém saber. — até ele. — Mas aí eu implorei bastante, e consegui convencer ela, não ia sem me despedir do meu noivo.
— Você me ama mesmo, já minha avó estou começando a duvidar. — segunda vez que ele fala isso.
Arrumei minhas malas, duas grandes, bastante roupa de frio, coloquei as novas.
Ela me comprou botas para neve.
— Tudo pronto.
— Não me abandone! — dramático.
— Eu volto, Kook! — abracei ele. — Nem pense em me esquecer nesse mês.
— Te esquecer? Eu vou passar um mês sofrendo. — não duvido.
Eu fui tomar um banho, bem rápido. Escovei os dentes e saí de roupão, vesti já a roupa que irei usar quando for.
Mas fiquei deitado na cama com ele, abraçados.
— Meu neném, está crescendo! — sim. — E me deixando.
— Não tô te deixando.
— Se eu não vou junto, então está deixando. — dramático.
Ficamos bem grudadinhos nesse último tempo que temos juntos.
Ele me beijando e dizendo que vai sentir minha falta.
Parece que vou passar um ano fora, mas é...
A campainha tocou, levantamos.
Assim nós descemos, calcei minha bota e saímos de casa.
O carro esperando.
— Por que não me falou vovó? — ainda pergunta.
— Você seria contra. — ele é contra. — Te espero no carro, Jimin!
Entrou, o motorista guardou minhas malas.
— Eu te amo! Se um com quem já ficou aparecer dando em cima, mate. — pode matar sem dó.
Puta o mundo está cheio, alguns a menos não vai fazer falta.
— Não me esqueça! — falei. — Nem o quanto eu te amo!
— Jamais esquecerei isso. — bom mesmo. — Eu te amo muito neném! Mesmo achando desnecessário você ir para longe, tem meu apoio.
— Sei disso! — me beijou.
Vou sentir falta dos beijos dele, de tudo.
De ouvir a risada dele quando me irrita com algo, a forma que sorri ao me ver, as mãos na minha cintura, o abraço aconchegante, a voz calma.
Vou chorar!
— Eu que vou ficar, e você que chora neném. — sim. — Se cuida! — limpou minhas lágrimas.
— Você se cuida, nada de levar um tiro. — eu volto só em sonhar que isso aconteceu.
— Não vou levar. — acho bom. — Vai lá neném, eu estarei no mesmo lugar quando voltar.
— Voltarei correndo para você! — dei um selinho nele. — Eu deixei um vídeo no meu celular para você, quando der um mês que eu estiver fora, você vai poder ver.
— Tudo bem!
Mais um abraço apertado, e uma foto, que vai ficar com ele.
Abri a porta do carro e entrei, abaixei o vidro.
Acenei para ele enquanto o carro se afastava.
Fechei quando estava longe, me ajeitei no banco.
— Vai passar rapidinho, logo está volta. — é muito tempo. — Não contou para ele do tempo, né? Ele vem correndo atrás.
Neguei.
Dois meses longe do meu Kook..................
Cabelo do Jungkook.
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!
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