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|| Capítulo 3 ||

Autora on.

Jeon após deixar Hoseok com o irmão seguiu para sua casa, com o controle abriu o portão da mansão que morava com a sua irmã.

Entrou com o carro, viu a moto de Taehyung parada, colocou o carro com os outros, saiu com a mochila.

Usou a porta da cozinha para entrar, a senhora que cuidava da menina estava preparando o almoço, cumprimentou a mulher e seguiu seu caminho para a sala de estar.

Bonecas para todo lado, ela com uma no colo prestando atenção na televisão onde passava "Pica-pau amarelo", amava o desenho.

— Finalmente chegou. — Taehyung no sofá se levantou falando. — Mais um minuto e ela iria sair atrás de você.

A menina levantou e foi correndo para o irmão, muito apegada ao mais velho.

"Ele estava enchendo sua paciência?" Perguntou a menina.

"Não, ele fala muito, mas é legal" respondeu ao irmão "Você demorou".

"Estava com o menino do cabelo azul" contou a irmã, que sem conhecer já estava amando Jimin.

"Quando vou conhecer ele? Ele vai deixar eu passar a mão no cabelo dele?" Perguntou.

"Não sei, você pode perguntar quando conhecer ele" Jeon não sabia se Jimin estava aceitando toques em si após o infeliz incidente.

"Tudo bem, vou brincar" voltou para as bonecas.

— Preciso aprender linguagem de sinais, já não bastava vocês dois, agora tem o Jimin. — Taehyung reclamou, como a babá chamou a menina para almoçar Jeon conseguiu ir ao escritório sendo seguido por um amigo falante.

— Ficou com Jin de novo? — Jungkook perguntou se sentando.

— Sim, Jimin ainda não sabe. — o mais velho riu internamente, Jimin sabia de tudo. — Você gosta dele?

— Segunda vez ouvido isso hoje, por quê? — perguntou, estava olhando um papel esperando a resposta do outro.

— Vocês ficam agindo como namorados, quer que eu pense o quê? — perguntou de volta.

— Não agimos como namorados. — agiram sim.

— Certeza? Na aula sobre o trabalho vocês dois ficaram grudados conversando excluindo a existência do resto da sala, fizeram a mesma coisa após terminarem a prova, ele dividiu fone com você. — falou. — Você está bem?

— Por que não estaria? — só está bravo pelo que descobriu, mas está bem.

— Nunca foi assim com ninguém da escola, não estou falando que Jimin é feio, mas o que viu de diferente nele? — Taehyung sabia do que Jeon era capaz, então se outro levantasse ele corria sem olhar para trás.

— Boa pergunta, mas não tenho resposta para isso, tem algo nele que me faz querer ficar perto sempre. — admitiu. — E eu nem sei se irei ouvir a voz dele.

— Possivelmente vai, quando ele sentir que você é confiável passa falar com você. — Taehyung falou.

Jeon queria muito saber como era a voz de Jimin, sem ouvir ele já quer ficar perto sempre, após ouvir ficará grudado ao menor.

— Você pretende namorar ele? — Jungkook olhou para Taehyung.

— Eu conheci ele ontem. — tentou justificar.

— Grande coisa, também conheci o Jin ontem e pretendo namorar ele. — falou.

— Calado você é um poeta, fica quieto. — pegou o celular ligando para alguém.

— Para quem está ligando? — perguntou.

— Kitten. — falou simples.

— Porque está ligando para a assassina de aluguel? Vai mandar matar quem? — Taehyung perguntou preocupado.

— Isso não é da sua conta Taehyung, falar sobre isso com você é como expor para o jornal, boca aberta. — ouviu a voz da mulher na linha. — Serviço para você.

Falou por cinco minutos com ela antes de desligar, Taehyung esperando respostas.

— Ao invés de ficar enchendo a porra  da minha paciência porque não vai ver o motivo do fornecedor estar demorando com a minha mercadoria. — se levantou para sair e mais uma vez o outro o seguindo.

— Sobre isso, má notícia. — Jeon parou no corredor. — Apreenderam sua mercadoria.

— E você fala isso agora? — mais uma vez respirou fundo. — Chame os outros, quero o que é meu de volta.

[...] Jimin on.

— Hoseok vem comer. — chamei meu irmão, ouvi ele correndo na escada.

Colocou comida para ele e foi para a sala, eu fiquei na cozinha mesmo, peguei meu celular para ver se tem mensagens.

Apenas do Jin, Jeon não mandou nada.

Quando eu iria responder ele, ele me ligou.

— Estou ficando com um menino. — sério? Não sabia.

— E... — fui falar direto e travou, droga.

Respirei fundo, contei até três.

— E daí? — agora foi. — Você é gay, é esperado que fique com um menino, seria surpresa se fosse uma menina.

— Ficou doido? É com o Taehyung. — ele espera que eu fique chocado?

— Meu Deus! Eu não imaginava que era ele após você ficar encarando ele e ir na moto dele embora. — cada coisa.

— Você sabia? — lógico!?

— Sim, vi vocês indo embora. — falei.

— E eu jurando que iria te impressionar com isso, estraga prazeres. — agora eu tenho culpa dele não saber esconder as coisas.

— Tente outra vez ano que vem. — saí da ligação e entrei na conversa com Jeon, estou vendo ele online, mas não mandou nada.

— Jimin. — assustei-me com Jin gritando. — Você ouviu?

— Não, que foi? — às vezes ele está conversando com alguém importante.

— Perguntei se tem planos para o sábado, estava pensando em ir aí e passarmos o dia assistindo filme, o que acha? — eu iria concordar.

— Não vai dar, tenho compromisso. — falei.

— Que compromisso é mais importante que seu lindo melhor amigo? — convencido.

— Não é mais importante, tenho trabalho para fazer com o Jeon. — se ele não desaparecer de novo como no ano passado.

— Trabalho com Jungkook né seu safadinho. — era só o que me faltava. — Será que enfim teremos aquela conversa.

— Que conversa? — não estou entendendo.

— Sobre sexo. — eu mato ele.

— Vai sonhando! Isso não vai acontecer entre mim e ele no sábado, só faremos o trabalho. — mente poluída.

— No sábado não, então outro dia tem chance, safado você Jimin sempre soube, de santo você não tem nada. — calúnia, sou um anjinho inocente. — Vou desligar, minha avó está me chamando, tchau!

— Tchau! — ele está na casa da avó, os pais ricos dele estão fora da Coréia em uma conferência nos Estados Unidos, o pai é o principal palestrante, e a mãe a segunda.

— Hoje eu lavo a louça né? — Hoseok chegou falando, confirmei.

Após comer eu subi para o meu quarto, joguei o celular na cama, entrei no banheiro e escovei meus dentes.

Agora vou fazer os dois trabalhos, primeiro o de história.

Procurei nos arquivos de trabalho da outra escola e eu já tenho um sobre isso, só fiz umas modificações, acrescentei alguma observações mais atuais, troquei o nome do professor e nome da escola, coloquei para imprimir tudo.

Peguei a folha que a professora entregou, não sei o que escrever, coloquei uma música relaxante no fone para me ajudar pensar.

Falar sobre mim é difícil, poderia pedir para eu achar a fruta mordida no jardim do Éden, mas não me faça falar sobre mim.

Comecei a escrever sem pretensão de fazer algo bom, é sobre mim, então não tem como ela dar nota nisso.

Tive que parar de escrever para pegar meu trabalho na impressora, juntei as folhas e a capa, peguei o grampeador e prontinho.

Voltei a escrever de novo, dessa vez sem interrupções terminei o trabalho falando sobre mim, vou ler para ver como ficou.

Sobre o que eu sou é interessante, agora o que eu pretendo ser nem tanto.

Não sei o que ser futuramente, pelo problema da fala nunca almejei ter alguma profissão, todas requerem que eu consiga falar abertamente e sem medo, isso é impossível.

Essa foi só uma parte, fazer faculdade e exercer aquilo é um sonho bem distante, eu não ter vontade me ajuda não imaginar coisas.

Revisei tudo, está pronto também, coloquei os dois na mochila, amanhã já irei procurar os professores e entregar para eu não esquecer.

Deitei na cama, liguei a televisão procurando algo para assistir, vou ver algum dorama, achei um gay e comecei a assistir.

Engraçado o protagonista falar "não sou gay", piadista ele.

Nem vi as horas passando enquanto assistia, até ouvir alguém bater na porta, pausei o dorama.

— Entra. — meu pai entrou.

— Foi tudo bem na escola? — confirmei. — Está dando conta das matérias?

— Sim, só passam mais lições, mas não é difícil. — falei. — Precisa de algo?

— Não, só vim avisar que vou jantar com uma cliente, trouxe pizza para você e Hoseok. — cliente sei. — Tudo bem?

— Claro, vai lá. — não sei o motivo dele não falar.

— Volto antes das dez. — parece que sou pai dele, não é bem assim.

Saiu do quarto fechando a porta, talvez no dia do casamento ele conta que está com alguém.

Peguei meu celular, nada do Jungkook o dia inteiro.

Agora não sei se me arrumo para ir à academia, só vou tomar banho e deixar a roupa separada, caso ele aparecer eu me visto rápido.

Saí da cama e entrei no banheiro, tirei toda a roupa que vestia já colocando no cesto, fiquei embaixo do chuveiro ligando ele, água quentinha.

Gosto bem quente mesmo, uma delícia.

Só não lavo o cabelo com a água quente, no inverno eu uso a morna e no verão lavo na água gelada.

Após terminar saí me secando, entrei no closet, vesti a cueca e uma bermuda preta, peguei uma regata branca vesti ela.

Deixei a roupa para caso ele apareça separada, voltei ao quarto deitando de novo, dei play no dorama voltando a assistir.

Olhei a hora, sete e meia agora.

Assisti um episódio, fui até a janela do quarto, a rua vazia como sempre nem sinal do carro dele.

Voltei me deitar, olhei o celular nada ainda.

Fiquei assistindo até sentir fome, desci coloquei dois pedaços em um prato e esquentei no microondas, enquanto isso peguei suco na geladeira coloquei em um copo com canudo.

Subi com os dois na mão, empurrei a porta com o quadril, fechei com o pé. Sentei na cama, voltei assistir enquanto comia.

Acabei descendo para pegar outro pedaço, subi após esquentar, olhei a janela antes de sentar na cama, meu celular a cada cinco minutos eu olho.

Quando terminei já eram dez e pouco, coloquei o prato e o copo em cima da
mesa de estudo. Fui ao banheiro, escovei meus dentes prendi meu cabelo com duas presilhas e apliquei uma máscara no rosto.

Assisti mais um episódio enquanto ela fazia efeito, falou vinte minutos, mas quanto mais, melhor essa é regra.

Tirei a máscara, passei o creme que indica para passar depois, uma pele maravilhosa dessa precisa de cuidados.

Deitei na cama, me cobri com o edredom e dormi tranquilo.

[...] Dia seguinte, escola.

— Pode descer para a quadra. — professor falou comigo após dar o visto.

Fechei o caderno, levantei e saí da sala.

Jeon não veio hoje, nem o Taehyung.

Jin ficou triste porque Taehyung não veio, cada coisa que eu preciso ver.

Estou desde ontem sem notícias do paradeiro dele, ele não mandou mensagem justificando porque não foi me buscar para a academia, nada de "Bom dia!" também.

Ele deve estar muito ocupado com algo importante, será que foi com a irmã dele?

Entrei na quadra, fiquei sentado na arquibancada mexendo no celular até os alunos começarem entrarem, logo o professor com o restante.

— Meninos no vôlei. — as meninas começaram a reclamar. — Precisam fazer outra coisa, estão há duas semanas no vôlei.

Professor separou os dois times para o vôlei, eu fiquei com o capitão do time da escola, e o capitão disse para eu ficar atrás.

Menos mal, o perigo de levar bolada é menor.

Não tive problemas em defender e fazer ponto, sou um excelente jogador, não querendo me gabar porque sou humilde.

Mais uma vez saí morrendo, bebi água antes de subir para a sala, só mais uma aula e eu vou para casa.

A próxima aula é matemática, o professor ele passa matéria, explica e já passa as atividades.

Como sempre chegamos a lousa já está cheia, sentei e já comecei a escrever o que ele passou.

Copiei tudo ouvindo música no fone, não tenho problemas em não ter alguém para conversar, sempre foi assim, essa coisa de conversar com amigos na sala nunca tive.

Primeiro que quase ninguém fala linguagem de sinais, e na outra escola zombavam de mim, então eu também não queria ser amigo deles.

Quando eu acabei de copiar ele levantou e começou a explicar, tirei o fone para prestar atenção em tudo para conseguir fazer os exercícios.

Fiz os seis exercícios que ele passou, levei até a mesa o caderno para ele corrigir, apenas um estava errado, ele ensinou fazer certo e acabei.

Sentei no meu lugar, agora é só esperar o sinal bater para ir embora.

Passei esse tempo com a cabeça abaixada na mesa pensando na vida, faltou pouco para chorar, mas lembrei que tem gente pior que eu então deixei para lá o negócio de chorar.

Quando o sinal bateu o povo saiu rápido da sala, eu sempre saio com calma, desci as escadas com as coisas nos braços.

Guardei no armário minhas coisas, peguei a mochila, tranquei o armário e saí colocando a mochila nas costas.

Coloquei o fone no ouvido e liguei alguma música, caminhei calmamente para casa, senti que alguém estava me seguindo, olhei para trás e não tem ninguém.

Estranho!

Entrei na rua da minha casa, minhas pernas estão doendo, bastante mesmo.

Mais dois minutos e estava em frente de casa, passei pela grama, se meu pai vir eu pisando na grama me mata.

Entrei em casa, após calçar a pantufa passei pela sala, Hoseok saindo do colo de Yoongi mais vermelho que um tomate.

"Nem pense em fazer isso no sofá de casa" o deixei com mais vergonha antes de subir, entrei no quarto.

No closet troquei de roupa e guardei a mochila, saí com meu celular, deitei na cama para esperar meu pai chegar com comida.

E ele não voltou ontem, voltou hoje cedo, bem cedo mesmo.

Fingi que não ouvi barulho na porta da frente, já estava acordado por dormir muito cedo, está parecendo um adolescente namorando escondido.

Olhei meu celular, só mensagem do Jin ainda reclamando que Taehyung não foi hoje, perguntei se ele falou com outro por mensagem.

Jinjin - Não, desde ontem sem falar com ele, por quê?

Porque tem um certo tatuado que sumiu, o fim da picada isso.

Nada, só queria saber mesmo.

Ele vai encher meu saco se eu demonstrar qualquer interesse em saber onde Jeon está, vai dizer que gosto dele, que vamos casar, e ele vai ser o padrinho.

É doido!

— Entra. — falei após baterem na porta, Hoseok entrou. — Que foi?

— O pai deixou comida e já foi embora. — falou. — Você viu a hora que ele chegou? — confirmei. — Ele pensa que somos idiotas em não perceber que ele está namorando.

— Ele pensa. — falei. — No dia do casamento ele conta.

— Perigoso ele não contar e nós dois não ficarmos sabendo. — verdade. — Mas você pensa que ele vai casar, ele disse que não iria se apaixonar por mais ninguém após a mamãe.

— Pessoas mudam Hoseok, bom que ele deu uma nova chance para o amor. — falar com a psicóloga sobre eu estar falando muito. — E ele vai casar, eu comecei desconfiar faz uns três meses, mas deve estar acontecendo a mais tempo.

— Espero que essa pessoa não tenha filhos menores, o posto de caçula é meu. — a preocupação dele é ótima, né?

— Deveria se preocupar com a mulher, se ela for como a madrasta da Cinderela ferrou para nós dois. — misericórdia, espero que ela seja legal.

— É mesmo, não quero ficar como a Cinderela, agora me deixou preocupado Jimin. — saiu do quarto reclamando.

Desci só para comer e subi de novo, não precisou lavar nenhuma louça já que era na embalagem, comeu e joga fora.

Após escovar o dente, peguei o livro que Jungkook me emprestou, sentei na cama.

Vamos lá ler esse livro de puro sexo.

Primeiro a sinopse atrás, os desejos obscuros de um aluno nerd pelo seu professor de Literatura, olhei o nome da autora, nunca vi algo dessa.

Eu vou de tobogã para o inferno após ler isso, sei que vou.

Abri o livro, comecei a ler.

— Jimin, Jimin. — é o Jin.

Coloquei o livro embaixo do travesseiro, logo ele entrou no quarto.

— O que estava fazendo? — lendo um livro de sexo.

"Nada, ia dormir um pouco" fiquei nervoso de ser pego no flagra.

— Vamos comigo em uma loja. — neguei. — Por favor, te pago um sorvete.

"Qual loja?" Perguntei.

— De roupa, eu vi uma calça e quero ir comprar, mas não quero fazer isso sozinho. — o closet dele não cabe mais roupa e ele vai comprar mais.

— Vou trocar de roupa. — entrei no closet, troquei o shortinho por uma calça jeans, coloquei uma blusa branca de manga comprida e gola alta, calcei ALL star branco. — Vamos.

Peguei meu celular e nós saímos, avisei Hoseok que estava saindo, mas chegava antes do pai estar em casa.

— Taehyung me mandou mensagem. — olhei meu celular e nada do Jeon. — Disse que ficou ocupado, só não falou o motivo.

— Às vezes é coisa com a família. — povo que gosta de sumir.

— Deve ser, ele disse que vai amanhã. — ótimo! Não iria aguentar ele reclamando mais um dia.

[...]

— Se eu ficar resfriado a culpa será sua, sem vergonha. — falei na hora que começou a chover.

— É só uma chuvinha boba. — ele está com a calça, e eu sem meu sorvete porque não tinha de morango, não gosto de outro.

A chuva engrossou mais, após ele ganhar dois tapas começamos a correr para chegar em casa, meu celular vai molhar.

Chegamos na minha casa ensopados, ele chamou meu irmão que trouxe duas toalhas, após tirar o excesso de água entramos em casa.

Subimos, ele pegou roupa que deixou aqui e foi tomar banho no quarto de hóspedes. Peguei uma roupa e entrei no meu banheiro.

Tomei um banho bem quente, para esquentar meu corpo, saí me secando já vesti o conjunto de moletom roxo e branco, estou com frio.

Saí do banheiro e entrei no closet, após calçar meias nos pés, comecei secar meu cabelo, quando terminei fiz o mesmo com meu celular.

Não está ligando, você vai me dar outro celular Jin.

— E aí? — ele entrou no closet.

— Não está ligando. — falei.

— Se não ligar me fala que te dou outro. — vai dar mesmo. — Minha avó mandou o motorista vir me buscar, eu deixei tênis aqui?

— O rosa com branco ao lado da minha bota é seu. — ele calçou o tênis.

Saímos do closet, calcei minha pantufa antes de descer, meu irmão assistindo televisão.

— Hobi pesquisa algo para quando o celular molha. — falei, ele pesquisou.

— Coloca no arroz. — arroz?

Ouvimos a campainha, é o motorista do Jin.

— Até amanhã. — Jin falou.

— Se eu não ficar resfriado. — não posso tomar chuva, sempre fico gripado.

— Tudo bem meu amigo fraquinho. — bati no braço dele, abri a porta e o motorista o espera com o guarda-chuva. — Tchau!

— Tchau! — ele foi com o motorista, após eles irem fechei a porta.

Fui até a cozinha, peguei uma vasilha que caiba meu celular dentro, fiz uma cama de arroz e coloquei ele, mais arroz.

Lanche de celular com arroz.

Coloquei a tampa na vasilha, subi para o meu quarto, em cima da mesa deixei ela em uma das gavetas e peguei remédio para dor de cabeça.

Tomei e bebi água no banheiro mesmo, voltei ao quarto, liguei a luminária retrátil da mesa antes de sentar na cama, ajustei para ficar de um jeito para iluminar o livro.

Peguei o livro embaixo do travesseiro e voltei ler na página que parei, super concentrado em cada detalhe, a primeira cena começou.

Porque estou tão ansioso para ler isso?

Safado eu diria.

É muito detalhado, parabéns a autora S.Winter.

Estou ficando quente, é febre, coloquei a mão na testa e está normal, é o livro mesmo. Cruzei as pernas ainda lendo, é explícito em um nível diferente, aluno sem vergonha.

— Jimin. — assustei-me com isso.

— Entra. — meu pobre coração, abaixei o livro para não mostrar a capa.

— Vamos jantar. — só uma parte do corpo dentro do quarto. — Seu irmão disse que você tomou chuva.

— Sim, estava com Jin, até agora é só dor de cabeça. — e já tomei remédio.

— Acredita que vai ficar gripado? — confirmei. — Se amanhã precisar de remédio, me fala que eu trago para você.

— Pode deixar pai. — ele saiu, aí eu fechei o livro, na hora que levantei senti um desconforto.

Olhei para baixo, que merda!

Entrei no closet e troquei a parte de cima do moletom, por um branco bem maior, como eu apareço para jantar assim?

Olhei no espelho de frente e de lado, bem melhor assim.

Saí, coloquei o livro no mesmo lugar que estava antes. Desci para jantar, sentei à mesa e coloquei comida para mim.

— Pai, ontem eu andei no carro do amigo do Jimin. — Hoseok começou falar. — Ele é muito legal.

— É mesmo? O que vocês conversaram? — meu pai perguntou, quer tirar informação do Jungkook pelo meu irmão.

Não seja anta Hoseok, ele quer te usar.

— Sobre o Jimin. — o que tem eu? — Sobre o carro, ele disse que também tem um Ferrari, e uma moto Kawasaki ninja.

— Os pais dele são bem ricos para dar esses carros. — meu pai comentou. — Sabe o que os pais dele fazem, Jimin?

Neguei, ele nunca falou sobre os pais dele, a irmã ele sempre comenta algo, os pais nunca ouvi nada sobre eles.

— Quando vou conhecer seu amigo? — ele fala "amigo" como se Jeon fosse algo a mais que isso, quem está escondendo namoro aqui é você pai.

— Sábado vamos fazer um trabalho da escola aqui, se estiver em casa e não for para nenhum almoço com uma cliente, vai conhecer ele. — cliente nada.

— Porque o trabalho vai ser aqui? — eu disse que ele iria encher o saco devido ao Jeon.

— Queria que eu fosse para a casa dele? — cada coisa.

— Não. — já tem sua resposta.

Ciumento!

Como se eu fosse namorar o Jungkook, até parece.

Após terminar de comer eu subi para o quarto, já sentindo minha garganta incomodar. Entrei no banheiro e escovei meu dente, voltei para o quarto a luminária já estava acesa.

Sentei na cama e voltei ao livro, Jeon acertou nisso aqui, mesmo tendo muito sexo tem romance.

Menos de dez páginas já senti sono, vou dormir!

Peguei um marca página, coloquei na parte que parei, fechei o livro e guardei na gaveta da mesinha com dois livros em cima para não correr perigo, apaguei a luminária.

Cobri meu corpo, ajeitei na cama, não demorou para eu dormir.

Sonhei que dava meu primeiro beijo, só não vi com quem era, mas eu sentia o piercing na língua e lábio.

Jungkook tem na língua e lábio, mas será que ele me beijaria?

Acordei com crise de tosse, sentei na cama tossindo sem parar, minha garganta está doendo.

Ao parar levantei calçando a pantufa, saí do quarto e desci para o primeiro andar, acendi a luz da cozinha, fiz um chá de gengibre.

Abafei a xícara com um pano, para prender o vapor ali, assim fica bom para tomar. Fui tomando devagar, não queimei a língua, sempre acontece.

Voltei para o quarto, peguei outro edredom, coloquei na cama e deitei embaixo deles, não sei o motivo, mas não consigo dormir após tomar esse chá.

Liguei a luminária, peguei o livro e voltei a ler tentando não ficar excitado de novo, eu me nego passar por isso.

Não tem essa de é uma reação normal do corpo, eu sempre li livros com cenas de sexo e não causava isso, porque o que o Jungkook me emprestou vai causar?

Apesar que todos eram héteros, será que tem a ver? Ou não e eu estou pirando?

Estava no terceiro capítulo quando me deu sono de novo, guardei o livro, apaguei a luminária.

Apaguei legal, eu sei que meu pai falou algo comigo e eu respondi, não pergunte o que, eu não vou lembrar.

Posso conversar dormindo, mas não me lembro o que falei.

Doido, eu sei.

[...] Sala de aula, autora on.

— Jimin não veio? — Taehyung perguntou ao Jeon após chegar e o mais velho confirmou. — Sabe o motivo?

— Como eu saberia? — perguntou.

— Você sempre fala com ele. — respondeu.

— Não sei o motivo dele faltar. — Jimin não respondeu as mensagens que ele mandou, estava pensando que o menor não queria falar consigo após ele passar o dia sem dar notícias.

No intervalo enquanto Jeon pegava algo para comer Taehyung sentou na mesa que Jin estava, o mais novo olhava o celular até o tatuado sentar ao seu lado.

— Oi! — assustou Jin, olhou espantado para Taehyung, ele até agora não tinha sentado na mesa com ele.

— Oi! O que faz aqui? — perguntou sem entender.

— Só queria falar com você. — aproveitou que "ninguém" estava vendo para selar seu lábios com o Kim mais novo.

— Para Tae, alguém vai ver. — se Jimin estivesse ali, estaria revirando os olhos.

— Ninguém viu. — falou.

— Eu vi, podem parar. — Jeon assustou os dois, estava sentado na frente do casal. — Olá Jin, já deve saber meu nome.

— Sim, oi Jeon. — Jin não tem medo de Jeon, mas ele sinceramente intimida qualquer um.

— Só Jungkook, você sabe porque Jimin não veio? — perguntou ao melhor amigo do outro.

— Sim. — Jeon ficou olhando para o outro esperando a resposta. — Ah! Você não sabe, ele está doente.

— Doente como? — o mais velho já se preocupou, esperava muito que não fosse um dos meninos que ele estava atrás.

— Nós tomamos chuva ontem, mas Jimin não pode, ele sempre fica resfriado. — não se acalmou totalmente, mas é melhor que alguém bater nele.

— Ele falou para você? — se tivesse, Jimin estava evitando ele de propósito.

— Não, o celular dele molhou e não ligou mais, está desde ontem sem, eu falei com o irmão dele hoje cedo e ele me contou, Jimin está com dor de garganta, febre e dor de cabeça. — o menor não estava o evitando. — Vou levar um celular novo para ele.

— Porque faria isso? — Taehyung perguntou.

— É culpa minha ele pegar chuva, queria uma calça e ele foi comigo comprar, tomamos chuva na volta, nem o sorvete de morango que ele queria não consegui comprar porque a sorveteria não tinha. — falou levemente triste consigo mesmo.

— Jimin gosta de sorvete de morango? — Jeon perguntou.

— Único sabor que ele toma, ele ama tudo que tem morango. — Jin respondeu. — Tudo mesmo.

— Ele vem amanhã? — queria ver o azulinho.

— Provavelmente não, Hoseok disse que ele estava bem ruim, estava até tendo delírios pela febre alta. — contou.

Estava preocupado com o menor, e queria muito ver ele, a maldita carga roubada o deixou muito ocupado, não conseguiu falar com o outro.

O problema é que não queria ir até a casa do outro, não sabia se iria ser recebido, e iria parecer que ele gostava do menor.

Assim como falou, Jin após a escola foi a casa de seu amigo sem perceber Jeon o seguindo, ele queria ver só o rosto do Park.

Jin apertou a campainha, Jungkook do outro lado da rua atrás de uma árvore observando tudo, quem abriu a porta foi Jimin mesmo.

O tatuado o achou fofo, estava parecendo um bolinho, cheio de casacos.

— O que te traz aqui? — perguntou e já tossiu.

— Trazer um celular para você, quem vou encher o saco se você está incomunicável. — falou e o menor revirou os olhos.

— Dá logo meu celular novo. — estendeu a mão, Jin tirou da mochila a caixa do celular novinho. — Obrigado, vai entrar?

— Não, minha avó fez meu prato favorito, e já estou com fome. — respondeu. — Quando configurar ele, me manda mensagem.

— Tudo bem. — Jin virou as costas para ir embora. — Espera. — tossiu de novo.

— Que foi? Precisa tomar mais chá. — falou preocupado com a garganta do amigo.

— Vou tomar, o Jeon foi hoje? — perguntou tentando não mostrar interesse.

E o tatuado estava lendo os lábios dele, gostou de saber que ele estava interessado nisso.

— Foi, e perguntou porque você não foi. — Jin contou. — Ficou preocupado quando disse que você estava doente, acredito que ele te mandou mensagem, mas seu celular desligado você não viu.

— Culpa sua. — culpou o amigo. — Será que ele pensa que eu estava ignorando ele de propósito? Não foi de propósito.

— Que bonitinho! — Jimin olhou o maior sem entender. — Preocupado que o crush esteja pensando errado de si, todo apaixonado.

— Tchau! Coisa chata. — Jin riu e foi embora antes que Jimin atacasse uma pantufa nele, Park fechou a porta.

Jeon foi embora sorrindo pelo o que presenciou, Jimin é muito fofo.

[...] Jimin on.

— Celular novinho. — resmunguei tirando o plástico da tela, virei tirando da parte de trás.

Hoje passei vergonha, chamei meu pai e meu irmão de Jungkook enquanto tinha um delírio, uma vergonha bem grande.

Agora meu pai tem certeza que tenho algo com o tatuado.

Peguei a chave dele na caixa, abri onde coloca o chip, já tirei do outro celular coloquei no novo e fechei.

Liguei o celular, não é da Apple, eu não gosto do celular dessa marca só uso o iPad, celular eu prefiro Android mesmo.

Comecei a configurar ele, estava há dois anos com o outro, não tem um trincado em tela, está perfeito! Nem sei como, eu costumo jogar ele em cima da cama, ele vai quicando.

Ao terminar, já fui direto para mandar mensagem, primeiro para o Jin e ele não ficar dizendo que estou trocando ele pelo Jeon.

Mandei um "oi" para o Jungkook, meu pobre coração está acelerado.

Enquanto ele não responde vou ir fazer meu chá, desci para o primeiro andar, Hoseok já lavou as louças do almoço, está no quarto com Yoongi.

Subi com a xícara de chá quente, após fechar a porta sentei na cama, uma mão a xícara e a outra o celular.

Ele respondeu.

Cara tatuado - Oi toquinho.

Seu rabo que sou toquinho, era melhor quando estava sumido, não ficava me colocando apelidos.

Não sou toquinho, você que cresceu fora do limite.

Agora a culpa é minha se as pessoas crescem muito, eu estou dentro do limite.

Cara tatuado - Desculpa de gente pequena.

Engraçado ele, morrendo de rir.

Cara tatuado - Como você está? Jin falou que você está doente.

Estou bem, agora é só dor de garganta e um pouco de tosse.

Ficou preocupado?

Porque eu mandei isso? Alguém me mata por gentileza, um tiro direto na testa.

Cara tatuado - Sim, fiquei preocupado.

Engasguei com a droga do chá, isso não se faz.

Cara tatuado - Ainda vamos fazer o trabalho no sábado?

Sim, até lá vou estar totalmente bem, eu acho.

Mesmo sem estar bem irei fazer, quero ver ele.

Amanhã eu não vou, meu pai achou melhor eu ficar em casa.

Cara tatuado - Que pena! Estava com pacote de pirulito de morango para te dar.

Traz aqui em casa, eu deixo a porta aberta.

Como sabe que gosto de morango?

Suspeito, nunca falei isso.

Cara tatuado - O Jin me contou, falou que tudo de morango você ama.

É uma boca grande mesmo, o que mais ele te falou?

Se ele contou que eu nunca beijei, mato ele!

Cara tatuado - Está com medo dele me falar algum segredo seu, Jiminsinho?

Jiminsinho? Agora falou meu nome no diminutivo, era só o que me faltava.

Cara tatuado - O que você esconde?

Não escondo nada, só quero saber o que ele falou para você sobre mim.

Se esse sem vergonha contou algo que não era para falar, ele vai apanhar e eu ainda conto um podre dele para o Taehyung.

Cara tatuado - Todos escondem algo, você não escapa disso Jiminsinho.

Cara tatuado - Pode me contar o que não é para o Jin contar, prometo não fazer graça com nada.

Não vou te falar nada, vai zombar de mim.

Já fizeram antes, porque preciso ser igual aos outro e beijar qualquer um? Não quero isso para mim.

Cara tatuado - Jamais zombaria de você, prometo de dedinho.

Esse cara é engraçado, prometo de dedinho? Lembro quando fazia isso criança.

Se zombar de mim, vou te bloquear e trocar de sala na escola.

Para você deve ser algo idiota, mas eu nunca beijei.

Desliguei o celular, bebi o resto do chá desejando que morresse engasgado para não ver a resposta dele.

Coloquei a xícara na mesa de estudo, fui ao banheiro usar, voltei secando as mãos.

Fiquei sentado no meio da cama encarando o celular, vamos ver logo de uma vez.

Cara tatuado - Porque para mim é algo idiota?

Cara tatuado - Qual o motivo de nunca beijar ninguém? Tem medo? Ou quer que seja especial? Tipo, alguém que você gosta realmente.

Não tem motivo, medo eu tenho, mas eu quero que goste e seja recíproco.

Resumindo, vou morrer sem beijar ninguém, mas já vou morrer sem fazer muita coisa, isso é o menor problema.

Para você é algo idiota porque já beijou muita gente, é algo normal para você fazer isso.

Só falei verdades, eu tenho uma lista de coisas que não consigo fazer por não falar com outras pessoas, beijar e ter relações sexuais são duas coisas, não fico tão preocupado, eu nunca me apaixonei por ninguém.

Fazer alguém gostar de mim, é outra coisa da lista, na minha visão não sou interessante para isso.

Cara tatuado - Porque vai morrer sem beijar? Está pensando que ninguém nunca vai gostar de você?

Cara tatuado - Você tem uma lista do que vai morrer sem fazer?

Cara tatuado - Porque eu beijaria muitas pessoas?

Não estou pensando, estou afirmando.

Já te disse antes Jungkook, eu namorar é mesma coisa que nevar no verão, impossível.

Mas já me acostumei com isso, então estou tranquilo.

Não estou, eu queria namorar, saber como é alguém gostar de mim como nos livros que leio, como é beijar alguém, eu quero experimentar todas essas coisas, mas como é eu vai ser mais difícil acontecer.

Sim, eu tenho uma lista.

Porque você beijaria muitas pessoas? Está brincando né?

Tem espelho na sua casa? Se quiser eu te dou um, é bem barato na internet.

É cego tadinho, porque ele beijaria muitas pessoas? Piadista.

Cara tatuado - Não é impossível você namorar, deveria parar de impossibilitar as coisas para você.

Obrigado, não quero.

Cara tatuado - Tem espelho na minha casa, e não estou brincando, quero saber porque falou isso.

Porque você é você, na escola o povo pode ter medo, mas tenho certeza que fora tem um monte de gente aos seus pés.

Você é bonito, engraçado, sabe conversar sobre vários assuntos, gosta de ler, admira as estrelas.

Tem esse ar misterioso e sombrio, é bastante atraente atualmente.

As tatuagens e piercing também chamam atenção.

Agora eu mudo de país, troco o número, faço cirurgia plástica para mudar o rosto, irei desaparecer para não ver o que ele vai mandar.

Cara tatuado - Não tem ninguém aos meus pés, toquinho.

Cara tatuado - Todas essas "qualidades" que você citou, você é o primeiro falar assim sobre mim, na verdade, para muitos eu sou feio.

Se você é feio, o que eu sou?

Não responde, prefiro não saber.

Cara tatuado - Você é lindo, toquinho.

Cara tatuado - E sim, tem gente que me acha feio.

Cara tatuado - Eu já beijei, você está certo sobre isso, mas não na quantidade que está pensando.

Duvido!

Ele disse que sou lindo, o que eu falo?

Sinto meu rosto quente, é febre e não vergonha.

Obrigado pelo elogio.

Cara tatuado - De nada toquinho.

Cara tatuado - Então você me acha atraente Jiminsinho?

Vai para o inferno.

Não foi isso que eu falei, está interpretando errado.

Cara tatuado - Fica tranquilo toquinho, não vou contar para ninguém o que acha sobre mim, segredo nosso.

Mandei o emoji de dedo do meio para ele, palhaço.

Não foi o que eu falei, mas ele é atraente, só não quero admitir para ele.

Cara tatuado - Você está lendo o livro?

Sim, estou no quinto capítulo, acredito que sábado eu te devolvo.

Cara tatuado - Qual sua opinião até agora?

Só vou te dar o feedback ao ler tudo.

Está lendo "Crepúsculo"?

Cara tatuado - Sim, mas ainda estou no primeiro capítulo, fiquei ocupado e não consegui começar ler ele antes.

Tudo bem.

Porque faltou na quarta-feira?

Sinceramente não espero que ele responda, muito misterioso para isso, ele esconde algo.

Tenho certeza disso, ele é misterioso em um nível diferente, sem falar dos boatos sobre mafioso/gangster na escola.

Cara tatuado - Estava ocupado.

Viu? Misterioso de mais.

Cara tatuado - Minha irmã está querendo algo, depois falo mais com você.

Vai lá.

Desliguei o celular, deitei na cama encarando o teto, senti as batidas do meu coração aceleradas, porque estou assim? Nunca aconteceu antes.

Acabei dormindo, passei horas dormindo, quando acordei meu pai estava entrando no quarto.

— Tomou remédio para dormir? — neguei. — Você está com febre, bebe esse para cortar, e você vai dormir de novo.

Entregou o comprimido que eu já estou acostumado, e o copo d'água, tomei.

— Está com fome? — confirmei. — Vou trazer algo para você, tome banho enquanto isso.

— Tá bom pai. — agora que percebi que ele me cobriu, tirei o edredom, ele saiu do quarto com o copo.

Olhei meu celular, na barra de notificação tem mensagem do Jungkook e do Jin, desliguei, após eu tomar banho irei responder.

Tirei os dois moletons que estava usando, e as três meias, calça é só uma mesmo.

Se tem algo que não sou fã para dormir, é calça.

Entrei no banheiro tirando o resto da roupa, não vou tomar banho na água fria, pode esquecer.

Coloquei na morna, isso para mim já é gelado, frio total irei congelar.

Tomei um banho rápido, passei o dia na cama, nem sujei. Entrei no closet, vesti cueca e calça, voltei ao quarto colocando os dois moletons de novo, e as meias.

Sentei na cama embaixo do edredom, peguei meu celular para olhar o que mandaram para mim.

Respondi Jin confirmando que não iria no dia seguinte, já é bem tarde agora, não sei se Jeon está acordado.

Entrei na conversa com ele, li o que ele mandou.

Cara tatuado - Qual é a sua lista de coisas que não vai fazer antes de morrer?

Cara tatuado - Você dormiu?

Sim, passei o resto do dia dormindo.

Não vou te mostrar a lista, só vou te falar uma das coisas, parque de diversões.

Amanhã ele responde, já deve estar dormindo porque vai acordar cedo para ir à escola.

— Jimin. — ouvi meu pai.

— Entra. — entrou segurando uma bandeja com comida.

— Abre para ficar mesinha. — abri as partes debaixo, as duas pernas, ele colocou a minha frente. — Tem caldo com frango, arroz e kimchi.

— Obrigado pai. — agradeci.

— Quando terminar pode deixar aqui, amanhã eu pego. — ou eu levo até a cozinha. — Não saia dessa cama até estar melhor. — esquece a última ideia.

— Tudo bem. — saiu do quarto, peguei o controle e liguei a televisão, coloquei o mesmo dorama gay para assistir enquanto vou comer.

Estava levando a colher na boca quando meu celular vibrou, peguei ele para olhar, pensei ser o Jin já que ele às vezes vai dormir mais tarde por ficar se olhando no espelho.

Comi meu arroz com caldo, olhei e é o Jeon, esse cara não dorme?

Abri a conversa, é áudio dele.

Áudio cara tatuado - Nossa, passou o dia dormindo toquinho? Mudar seu nome para gatinho. Porque não vai em um parque de diversões? Tem medo?

Olhei para o meu braço, estou até arrepiado, ele devia estar dormindo pela voz rouca.

Arrepiado não literalmente, só o calafrio na espinha mesmo, o que é bem pior.

Não sou gato, nem toquinho.

Quando estou gripado fico apenas dormindo, tem nada melhor para fazer.

Não tenho medo, mas eu quero ir em um brinquedo específico, e ir sozinho nesses lugares cheios nunca dá certo.

Eu te acordei? Podemos conversar amanhã, vai dormir.

Deixei o celular de lado, apenas comendo e assistindo, mas logo vibrou de novo, dois áudios.

Manda escrito por favor!

Áudio cara tatuado - Acordou, mas não tem problema, quero conversar com você.

Áudio cara tatuado - Vou te levar em um parque de diversões, já tentou ir sozinho?

Sinceramente para quê mandar áudio? Essa voz me dá arrepios.

Sim, e deu merda.

Não manda áudio por favor, só isso que eu te peço.

Voltei a comer, comida quente quando está resfriado é perfeito, esquenta por dentro.

Celular vibrou chamando minha atenção, abri a conversa com ele.

Áudio de novo, droga!

Áudio cara tatuado - O que aconteceu?

Ele poderia escrever isso, preguiçoso.

Eu acabei encontrando quem fazia bullying comigo na outra escola, voltei para casa em uma situação trágica.

Sim, eles fizeram da minha vida um inferno.

Antes que pergunte, eles atacaram bexigas cheias de ketchup em mim, mostarda também, então não consigo ir sozinho.

O brinquedo que quero ir é montanha-russa, mas as três pessoas que eu consigo falar tem medo de altura e não suporta adrenalina, não querem me levar.

Certeza que estou com bico agora, eu e minha mania de fazer bico nessas situações.

Áudio cara tatuado - Não sei nem o que falar sobre isso que contou, você é muito forte toquinho.

Áudio cara tatuado - Vou te levar na montanha-russa, não tenho medo de altura e amo adrenalina, por isso carros super velozes.

Isso não é nada perto de outras coisas que fizeram comigo, que eu prefiro nem citar.

Obrigado, não me encha de esperanças, por favor.

Vou ir dormir.

Áudio cara tatuado - Não estou te enchendo de esperanças, você vai andar na montanha-russa.

Áudio cara tatuado - Dormir mais? É um gato mesmo.

Tomei remédio para cortar a febre, ele abaixa a pressão, isso dá sono.

Tudo bem, acredito em você.

Acredito nada, vai que ele só está falando isso pela minha condição, às vezes ele só está com dó de mim.

Boa noite!

Cara tatuado - Boa noite toquinho!

Ah! Mas eu queria áudio, que merda!

Sou bipolar, a psicóloga já me falou, eu sei.

Desliguei o celular, não vou dormir, só queria que ele fosse dormir porque tem aula cedo em breve, e não quero ele com sono na aula.

Comi tudo que meu pai trouxe, fiz o pedido dele deixando na mesa de estudo, mas precisei levantar para escovar meu dente.

Voltei deitar, desliguei a televisão, liguei o abajur para me ajudar agora que irei ler um pouco.

Foi pouco mesmo, seis folhas depois estava com sono, ajeitei na cama e dormi após apagar o abajur.


[...]

— Então Jimin, como foi essa semana na nova escola? — a psicóloga perguntou.

"Foi interessante, os professores são bons e atenciosos comigo, mesmo não estando na sala do Jin os meus colegas não pegam no meu pé, o capitão do time de vôlei me quer no time e eu sempre quis jogar, talvez essa seja minha oportunidade, mas tenho medo" contei quase tudo.

— Já conversamos sobre o medo Jimin. — ela falou.

"Sim, mas é diferente eu nunca joguei em time antes, tenho medo de não conseguir me adaptar" falei.

— Adaptar é algo que leva tempo Jimin, não tente se adaptar em um dia, um passo de cada vez. — eu sei. — O que mais aconteceu? Fez amigos?

"Sim, dois, mas sou bem mais próxima de apenas um, é Jungkook o nome dele" contei me lembrando "Ele tem tatuagens e piercings pelo corpo, um ar misterioso até um pouco sombrio, todos na escola tem medo dele e do amigo, mas eu não tenho".

— Porque você não tem medo dele? — perguntou após anotar algo nesse caderninho do demônio, sou doido para ver.

"Ele me trata bem, eu passo horas conversando com ele e não vejo o tempo passando, somos opostos em muitas coisas, e ele fica me chamando de toquinho, mas algo me faz querer estar cada vez mais próximo" sorria menos Jimin "Eu emprestei um livro para ele, que apesar da aparência dele ele gosta de literatura clássica, mas o livro preferido dele é puro sexo, ele me emprestou um para mudar minha opinião sobre esses livros, para ser sincero eu estou amando o livro, não pelo sexo, mas tem uma história muito boa".

Não vou mentir, as cenas de sexo são muito boas, parece que estou ali sentado assistindo aos personagens, muito interessante.

"Ele disse que vai me levar para andar em uma montanha-russa, também falou que preciso parar de impossibilitar as coisas para mim só porque não consigo falar, mas acho ser motivo suficiente" tô falando muito dele.

— Dê o contexto da conversa de vocês. — anotou mais coisas e voltou me olhar.

"Eu falei que morrerei sem beijar ninguém, o que não é mentira, quem vai querer perder tempo com alguém como eu?" Nesse quesito minha autoestima é muito baixa, eu não me acho feio, vejo problemas na minha personalidade "Amanhã eu vou ver ele, vamos fazer um trabalho juntos, por algum motivo estou ansioso, faz três dias que não vejo ele e só converso pelo celular".

— Algo mais para acrescentar sobre ele? — pensei.

"A irmã dele está encantada com o meu cabelo, ele também falou que eu sou lindo, fiquei com vergonha" agora eu acabei.

— Acabou? — confirmei. — Você gosta desse Jungkook, Jimin.

Ala, é doida ela tadinha, eu venho para me tratar e ela que precisa de tratamento.

— Você centralizou tudo nele hoje. — isso não significa nada. — Porque parece não querer aceitar isso?

"Eu conheci ele essa semana, como posso gostar dele?" Está viajando a psicóloga.

— Você precisa entender que o tempo não determina se pode ou não gostar dele, todos tem medo dele e você não tem, pelo simples fato que ele te tratou bem. — você fala muitas verdades, não volto mais aqui. — Sua mente funciona diferente da maioria de nós, você se sentiu confortável para conversar muito com ele mesmo o conhecendo pouco, seu coração entente que tempo não define nada.

Problema do meu coração, entende ser loucura eu gostar dele? Alguém concorda comigo.

— Falta a sua mente entender isso, ela é racional e vê impossibilidade disso acontecer, seu coração e ela vão precisar entrar em um concesso porque o empasse entre elas pode te machucar. — sua naturalidade em me falar isso, assusta. — Você já sabe o certo.

Sei nada, nunca falei isso.

— Nosso horário está acabando, mas não reprima seus sentimentos, você já está guardando muita coisa. — falou.

Porque a hora aqui passa mais rápido? Apesar que eu não faço uma hora, motivo? Eu não consigo ficar uma hora aqui falando, então ela diminuiu o meu para meia hora.

— Teve problemas para dormir? — neguei. — Ótimo! Se continuasse iria precisar de remédio para dormir, te vejo na semana que vem não esqueça o que eu falei.

Como se fosse possível, ela entra na minha mente.

"Até semana que vem" após despedir saí da sala dela.

Meu pai estava esperando na sala de espera como sempre, saímos juntos, entrei no carro já colocando o cinto.

Gostar do Jungkook? Nem vem que não tem.

Psicóloga piadista, nem fudendo que eu gosto dele.

— Jimin, o que acha de frango frito para o jantar? — meu pai perguntou.

— Parece bom. — falei ainda pensando.

— O que ela falou que te deixou pensativo? — perguntou.

— Nada não. — respondi.

Porque não quero gostar do Jungkook, nem nos meus melhores sonhos seria recíproco, prefiro manter o pé no chão e não ficar iludido com isso.

Somos apenas amigos, não vai passar disso.

Eu sei que não vai..........................























































































O que estão achando?

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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