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|| Capítulo 29 ||

Comentem bastante, já que está tendo um capítulo por semana.


Jimin on.


A viagem para a Itália são treze horas, uma parte dessas horas eu fui lendo o livro que Jungkook me deu, e comendo meus bombons.

Enquanto comia, uma mão da poltrona da frente surgia atrás. Vittorio querendo bombom, colocava na mão dele.

— Dá um pedaço, vida? — meu pai pediu ao noivo.

— Nem pensar, ainda estou bravo com você! — o que ele fez?

— Ainda é por responder o "boa noite!" Da vizinha? — ah! Tem razão Vittorio, bate nele.

— Se eu te vir perto daquela oferecida, você fica sem noivo. — isso aí!

Voltei a me concentrar no livro, e no chocolate. Hobi está dormindo graças a Deus, essa draga.

Assim que me deu sono, eu fui ao banheiro e escovei os dentes, aí consegui dormir.

Por seis horas eu dormi, a última hora no ar fiquei acordado terminando o livro. Aterrissamos às 02:00 horas da manhã na Itália, fuso horário desgraçado.

Vai desregular meu sono, gosto de fazer isso sozinho e sem ajuda.

— Vamos meninos, os carros estão esperando. — Vittorio falou após pegarmos as malas.

Saímos do aeroporto e tinha dois carros brancos, meu pai e Vittorio foram em um, eu e Hobi no outro. Direto para o hotel, Hobi está muito animado em conhecer mais um país.

Vittorio falando italiano na recepção do hotel, quase pedi para o Hobi buscar um rodo.

— O pai está babando. — sussurrei para o Hobi.

— Parece um adolescente apaixonado. — igualzinho. — Eu fico assim?

— Não, quem costuma se portar assim são os ativos. — sussurrei.

— É mesmo, Jungkook fica assim com você, bocó. — bati na cabeça dele.

— Yoongi é pior, besta. — me bateu, bati de volta.

— Parem os dois. — ficamos plenos, virou para frente de novo, dei uma cotovelada nele e já me afastei para perto do Vittorio, mostrei a língua para ele.

Mostrou o dedo do meio para mim, mostrei também.

— Vamos! Ficaremos no décimo quinto andar. — Vittorio falou, paramos na hora se fazendo de santo. — Eu sei o que estavam fazendo, terríveis!

— Nem fizemos nada. — Hobi falou e eu concordei.

— Claro, e eu nasci ontem. — meu pai falou.

"Se o senhor diz", me olhou bravo, já me fiz de sonso.

Subimos de elevador até o andar certo, meu quarto ficou ao lado do Hobi, e o deles na frente dos nossos respectivos quartos.

Entrei no quarto, fechei a porta. Olhei tudo, interessante.

Recebi uma ligação do Jungkook, de vídeo, atendi.

— Oi, toquinho! — está na escola.

— Oi, Kook-ah! — e na quadra. — Está sem aula agora?

— Sim, e você já está na Itália? — confirmei.

— Estou no hotel, é bem chique, ainda não sei abrir a torneira do banheiro, e a água do chuveiro é gelada. — reclamei.

— Me mostra e eu te ensino. — fui até o banheiro, acendi a luz, virei a câmera e mostrei a torneira diferente.

— Passa a mão embaixo dela, a palma virada para cima. — fiz o que ele falou e a água saiu. — Faz de novo com a palma para baixo. — desligou quando fiz. — Agora a água gelada, me mostre o chuveiro.

Mostrei, ele pediu para ver a torneira.

— Está vendo essa telinha pequena, mas não sei se irá alcançar. — mostrei o dedo do meio na câmera. — Agressivo.

— Eu alcanço sim. — chato.

— Tudo bem, escolha a temperatura nessa telinha. — virei a câmera para mim, saí do banheiro.

— Obrigado, Kook-ah! — agradeci. — Tô com saudades!

— Também estou! Ficar sem você aqui é horrível. — sentei na cama. — Gostou do livro?

— Sim, só falta uma página e eu irei terminar. — falei. — Os bombons e o chocolate estavam deliciosos, você é o melhor namorado!

— Obrigado! — o celular saiu da mão dele, Melissa, Jin, e Peter apareceram.

— Oi, Jimin! — Melissa falou. — Volta logo, seu namorado está insuportável!

— Jimin, ele já me ameaçou de morte seis vezes, em dez minutos. — Peter medroso. — Talvez eu deva voltar à França. — alguém bateu nele.

Encostei o celular nos travesseiros para ficar em pé.

"Quem te bateu?" Perguntei.

— Um ser sem altura. — apanhou de novo. — Está vendo, Jimin? Caleb passou muito tempo com você, isso que ainda nem namoramos. — certeza que Caleb está vermelho agora.

— Me dá isso. — Jin tirou da mão dele. — Mostra o quarto.

Peguei o celular e fiz uma tour pelo quarto  para eles verem, ficaram me chamando de riquinho.

É que eles são pobres, né? Palhaçada.

— Mas sério Jimin, converse com seu macho. Polina ontem me disse que dois foram para a cova, só porque estressaram ele. — até eu voltar mais uns vinte morrem. — Ele precisa do calmante ambulante.

— Que é você. — Jin completou.

— E fala logo, nesse momento ele está querendo nos matar, mas só não o fez porque somos seus amigos. — Peter falou.

— Devolve isso. — vi o Jungkook de novo, se afastou deles e saiu da quadra.

— Ameaçando meus amigos de morte, Kook-ah? — perguntei.

— Eles inventaram. — a tá!

— Você não consegue mentir para mim, não ameace meus amigos. — revirou os olhos. — Quer perder os olhos, Jungkook?

— Como é bravo esse neném. — idiota. — Estressado!

— Quem está matando gente por estresse é você, não eu. — cada coisa. — Tudo isso porque não estou aí?

— Sim, e vai piorar. — ele pretende deixar habitantes em Seul até eu voltar? — Você volta que dia?

— Segunda-feira. — só não sei a hora. — Vai ficar bem até lá?

— Não, mas eu me viro. — dramático! — Queria que estivesse aqui, só de sentir o seu cheiro já ficaria feliz.

— Falta pouquinho. — falei. — Aí eu passo um dia inteiro com você.

— Uma semana. — tudo isso? — Um dia não é suficiente.

— Se meu pai deixar eu fico, uma semana inteirinha com você. — sem problema nenhum, amo ficar com ele. — E o que faríamos nesse tempo?

— Eu te beijaria muito. — safado!

— O que mais? — perguntei.

— Assistir seus filmes preferidos bem grudadinho. — gostei. — Com todas as comidas que ama.

— Sabe como me convencer. — amo tudo isso que ele citou, até a parte dos beijos que me fazem sentir vergonha. — Kook-ah.

— Sim, neném? — esperou eu falar.

— Eu te amo! — ele sorriu.

— Eu te amo mais! — ele é tão lindo! — Seus olhinhos estão pequenos, rosado, vai dormir!

— Eu já dormi, quero falar com você. — tô realmente com sono, mas prefiro ficar ouvindo a voz dele e vendo o rosto perfeito dele. — Sua irmã está bem?

— Está, ela fez amigos na escola, a última vez que falei com ela citei que você logo vai morar comigo. — não tô sabendo disso, mas tudo bem.

— O que ela falou sobre isso? — perguntei.

— Que vai ser bom porque assim não fico sozinho, e também disse que não quer voltar para a Coréia, prefere a Rússia porque tem amigos como ela. — eu entendo, se eu tivesse feitos amigos nos Estados Unidos, não iria querer voltar para a Coréia. — Agora você precisa morar comigo logo neném.

— O neném sou eu, e você que está agindo como um. — sem vergonha.

Continuei conversando com ele até dar a hora de voltar a sala, aí eu me despedi e desliguei, com bico e quase chorando, mas consegui desligar.

Apaguei a luz e fui dormir querendo ver meu namorado.

[...]

— Jeong, são apenas meus pais, e eles já sabem de você, tem como parar de falar só um pouquinho. — Vittorio tentando acalmar meu pai, não deu certo.

Quando chegamos ele não queria sair do carro, misericórdia, parecia o Hobi quando foi conhecer os senhores Min.

— Eu vou te vender na internet, saia logo desse carro. — nós esperando do lado de fora.

Ele saiu, está até tremendo, tadinho.

Nós fomos até a porta da grande mansão, Vittorio deixou Hobi apertar a campainha, é por ser chique e única.

Uma funcionária da casa abriu a porta, a governanta, Vittorio abraçou ela.

Deve ser a que cuidou dele quando bebê, a mãe do Vittorio teve depressão pós parto, então até se recuperar quem cuidou dele foi a governanta.

Ele fez as apresentações, eu só apertei a mão dela e sorri.

Tô nervoso!

Entramos na mansão, fomos levados até a sala de estar, que casa enorme!

Tem uma mulher igual ao Vittorio, só que o cabelo é um loiro bem claro, mas os olhos e traços do rosto são idênticos.

Um homem, um rapaz que deve ter minha idade e uma moça.

— Filhinho. — a mulher levantou e abraçou Vittorio.

Meu pai vai desmaiar!

— Oi, mãe! — ele falou. — Já pode soltar, obrigado! — ela o soltou. — Oi, pai! — abraçou o pai. — Oi peste!

— Peste é tu. — irmão dele.

Ao invés de eu me esconder atrás do meu pai, ele que está quase atrás de mim, não vai dar certo, ele é bem mais alto que eu.

— Cunhada. — sabia que era namorada do irmão dele.

— Vittorio, seu irmão está insuportável! — ele tem cara de ser atentado, tipo Jungkook.

— Pai, mãe, irmão, e cunhada, essa é minha nova família. — finalmente passou a usar inglês nem pense em chorar pai. — Park Jeong, meu noivo. — saí devagar da frente do meu pai. — Amor, esses são meus pais, Heleonora De Lucca e Fabrício De Lucca. — apertaram as mãos.

— É um prazer finalmente conhecer os senhores, Vittorio fala muito bem dos senhores. — acredito que ele está tremendo.

— Não magoe meu filhinho. — a mãe preocupada falou, está lascado pai!

— Mãe, sem ameaças. — falou em italiano. — Amor, esse é meu irmão mais novo, Lorenzo De Lucca e minha cunhada Amélie Saint.

Também apertaram as mãos.

— Esses são meus enteados, Park Jimin o mais velho e Park Hoseok o mais novo. — agora eu que estou tremendo.

— Prazer conhecer vocês, meninos. — Heleonora falou.

— O mesmo. — Hoseok falou.

— Quantos anos tem cada um? — Fabrício perguntou.

— Quinze e dezoito. — Vittorio respondeu.

— Jimin tem a idade do Lorenzo. — falei que ele tinha minha idade.

— Sentem-se. — apontou os sofás. — Vamos conversar até o almoço ficar pronto.

Sentei perto do meu pai, Hoseok já começou a falar de jogo com o Lorenzo.

Eles estão perguntando como meu pai trabalha, Vittorio só ouvindo ele explicar.

A Amélie saiu de perto do namorado e veio caminhando, me livre de todo mal!

Sentou do meu lado, Deus tenha misericórdia!

— Oi! — senhor amado. — Vittorio disse que um dos enteados só fala por linguagem de sinais com pessoas estranhas, como seu irmão está bem entrosado com meu namorado, é você né?

Confirmei.

— Eu falo linguagem de sinais em inglês. — ainda bem.

"Oi!" Falei.

— Como Jeon tem vinte anos, você é o namorado dele. — eu mesmo.

"Conhece ele de onde?" Perguntei.

— Do mesmo lugar que Vittorio. — já entendi, é mafiosa. — Estava na festa de comemoração quando ele assumiu os negócios da família. — ele já falou dessa festa. — Você ajuda ele, né?

"Às vezes, não é sempre".

— Você tem Instagram? — confirmei, passei qual era o user e ela entrou para ver. — Gostei das suas fotos, posso te seguir?

"Pode", ela passou a me seguir.

— Vocês são fofos juntos. — ela falou olhando minha foto com ele no piquenique. — Também queria fazer piquenique, mas meu namorado prefere ficar em casa jogando.

"Tudo que eu pedir Jungkook faz, mesmo que não seja o maior fã", lógico que eu não me aproveito disso, mas sei que se pedir ele faz.

— Absolutamente tudo? — confirmei.

"Ele mata por mim, o restante é tranquilo", bem de boa.

Meu pai não fala a linguagem de sinais em inglês, graças a Deus.

— Isso o Lorenzo já fez. — uma coisa de namorado mafioso fazer. — Uns meninos que zombavam de mim.

"Ele matou os meninos que fizeram bullying comigo", temos algo em comum.

— Sofreu bullying por não falar? — isso e mais umas coisinhas.

"Sim, por que zombavam de você? Se me permite perguntar", vai que é um assunto delicado.

— É que eu sou uma menina trans. — sabia, eu vi a bandeira no perfil dela, mas ainda não era certeza. — Na escola ficavam colocando apelidos em mim, estragando meu armário, ou me excluindo de atividades na educação física.

"Sei exatamente como é, e quando te incluíam era para alguma brincadeira sem graça" concordou, passei pelo mesmo.

Viramos amigos de dodói.

Eu, Hobi, Amélie e o Lorenzo, comemos perto da piscina, enquanto eles ficaram lá dentro.

Amélie me contou que Lorenzo ajudou ela no processo de se aceitar. Ela veio morar com ele após ser expulsa de casa, disse que foi a melhor coisa que aconteceu. Está vendo pelo lado bom.

— E você já mora com o Jeon? — neguei. — Não quer, ou ele não te chamou?

"Ele chama sempre que pode, mas eu ainda acho cedo para ir morar junto".

— Namoram há quanto tempo? — perguntou.

"Quase dois meses, mas nós nos conhecemos há quase quatro meses" um pouco mais se contar que eu conheci ele quando criança.

— Eu fui morar com o Lorenzo após duas semanas namorando. — menina, vocês são emocionados. — Seu pai deixaria você ir morar com ele?

"Sim, ele sabe que Jungkook cuida bem de mim", muito bem.

Saudade do meu namorado!

— Seus olhos brilham quando fala dele. — efeito Jungkook. — Além de achar cedo, tem mais algum motivo?

"Tem, pode acontecer da nossa relação esfriar, ou ser mais difícil a relação morando juntos".

— Algo a se pensar. — eu sei. — Não é fácil, mas após se adaptar é maravilhoso. — não tenho certeza. — E o esfriamento só acontece se vocês quiserem, caso contrário, vai é esquentar a relação. — ela parece ter muita certeza. — Se ele fizer algo para te irritar, faz greve de sexo que resolve.

Tô rosa!

Eu nem estou fazendo sexo agora.

— Pela sua reação, ainda não fizeram, né? — não mesmo. — É virgem? — confirmei. — Não por muito tempo, acredite em mim.

Na parte da tarde ela me levou para conhecer algumas partes da cidade, fomos ao shopping. Notei que tinha gente nos seguindo.

— São meus seguranças, fica tranquilo. — ela falou. — Heleonora providenciou após um homem estranho ficar me seguindo, e mostrar o pênis quando me encurralou, agora tenho esses brutamonte atrás de mim.

Nós compramos algumas coisas, eu comprei roupa e sapato.

Voltamos para a mansão estava anoitecendo. Não demorou, estávamos indo para o hotel.

Coloquei minhas coisas em cima da cama, peguei meu celular e tem mensagem dos meus amigos no grupo.

Peter
Que trairagem é essa, Jimin?

Mais um print da postagem da Amélie comigo no shopping, ela tirou quando paramos para fazer um lanche.

Melissa
Nem Judas, nem Judas, Jimin.

Jinjin
Quem é essa?

Caleb
Qual o problema da foto?

Respondeu Caleb
Eles estão com ciúmes.

Ela é namorada do irmão do Vittorio, Amélie.

E eu não traí ninguém.

Fui responder o Jungkook, ele também está falando da foto.

Meu Coelhinho
Fez uma amiga aí, neném?

Meu Coelhinho
Ela é a cunhada do Vittorio, né?

Sim, fiz uma amiga.

Ela é, e é legal.

Fomos ao shopping juntos, eu comprei algumas coisas.

Aí já é meia-noite, já dormiu?

Ficou online, ele não dormiu.

Meu Coelhinho
Ainda não dormi, estava cuidando de alguns assuntos.

Meu Coelhinho
O que comprou, neném?

Quer que eu te mande foto comigo usando?

Esperei ele responder.

Meu Coelhinho
Pode mandar, loirinho.

Tirei foto no espelho com tudo que comprei e enviei para ele.

Foi um conjunto de moletom rosa, a parte de cima cropped, com um morango na frente. Uma calça de couro, com blusa de lã gola alta. Mais um conjunto, mas de jeans, calça e jaqueta. O último é um cropped branco bem justo, com a calça moletom lilás.

Áudio meu coelhinho
Cada dia mais apaixonado por você, neném! Muito lindo!

Áudio meu coelhinho
Ficou mais lindo com as roupas, todas são perfeitas.

Amo ouvir a voz dele.

Áudio
Amo quando me faz sorrir.

Áudio
Vai descansar, comer e vai dormir.
Boa noite, Kook-ah! Eu te amo!

Áudio meu coelhinho
Queria poder ver o sorriso mais lindo do mundo.

Áudio meu coelhinho
Boa noite, neném! Eu te amo!

Mandei uma figurinha para ele, um gato com sono.

Meu Coelhinho
Parece você.

Nada a ver!

Deixei que ele fosse dormir, guardei o que comprei na mala.

No jantar fomos em um restaurante, foi divertido Vittorio contando que meu pai quase desmaiou em ter que ficar sozinho com o sogro, agora ele vê como Jungkook sofre.

Eu tive uma noite tranquila, dormi sentindo o cheiro do Jungkook na camiseta que roubei dele.

No sábado era aniversário do Lorenzo, então fizeram uma festa na grande mansão. Nós fomos, e tinha muita gente da família ali.

Estava divertido, já que fiquei perto da Amélie, mas no final ela precisou ir ajudar Lorenzo com algo. Meu irmão estava em uma espreguiçadeira jogando, meu pai e Vittorio estavam falando com alguns adultos em uma mesa um pouco afastada.

Peguei um drink, estava bebendo e só olhando ao redor.

— Questa bionda è il fidanzato di Jeon? (Esse loiro é o namorado do Jeon?) — ouvi uma voz feminina falando perto de mim, não olhei imediatamente, era uma prima do Vittorio com a amiga.

— Sim, não sei o que ele viu nesse menino. — a outra respondeu, não sabem que eu sei italiano.

— Eu era bem melhor, e ele ainda poderia fazer negócio com a minha família. — a amiga comentou. — O sexo foi tão bom, e com esse esquisito ele nem tem.

— Quem te falou isso? — a prima perguntou.

— Ninguém, isso é óbvio, o menino não consegue nem falar, imagina transar. — pegou pesado. — Por que o Jeon está com ele?

— Excelente pergunta, não foi o corpo que chamou a atenção, porque é péssimo, ele não fala, e nem sexo pode oferecer. — essa também doeu. — Uma funcionária disse que ele comeu três vezes no almoço de ontem, e hoje também vi ele comendo um monte.

— Por isso está assim. — olhei para mim mesmo.

Foi uma péssima ideia querer saber italiano.

— Lorenzo é outro doido, como ele prefere aquele homem se fazendo de mulher ao invés de mim? — a prima reclamou.

— O Lorenzo e o Jeon são doidos, namorando coisas péssimas. — tadinha da Amélie e de mim.

Deixei meu copo e fui para perto do meu pai.

— Aconteceu algo filho? — neguei.

"Quero ir embora, minha cabeça está doendo" falei.

Após ouvir tudo aquilo não é só a cabeça que está doendo.

— Vamos amor, no caminho compramos remédio para você Ji. — Vittorio falou.

Saímos da festa mais cedo que o previsto, compraram remédio e fomos ao hotel.

Eu tomei e deitei.

— Não fique inseguro, Jimin! — falei para mim mesmo. — Ele te ama, e não pensa nada daquilo que elas falaram.

Dormi antes que acabasse pensando demais e chorasse, acordei já era noite.

Vi que Vittorio deixou algo para eu comer quando acordasse.

Tomei banho, tentando não pensar no que eu ouvi mais cedo.

Comi olhando meu celular, após escovar o dente, voltei a deitar e tentei dormir.

Meu celular tocou, olhei e é o Jungkook, atendi, coloquei no viva-voz.

— Oi, neném! — falou.

— Oi, Kook-ah! — falei, o quarto está escuro.

— Você não está bem. — quem contou?

— Eu tô bem! — afirmei.

— Não está, eu te conheço. — conhece mesmo.

— Fala do seu dia, gosto de ouvir a sua voz e ela me acalma. — ele me contou tudo que fez.

— Agora me fala porque está triste. — melhor não.

— Não é nada. — é tudo.

— Toquinho, me conta. — por que? — Vai se sentir melhor.

— Promete que não vai querer matar ninguém? — ele precisa prometer.

— Prometo! — foi fácil demais, mas tudo bem.

— Hoje na festa do Lorenzo, duas pessoas falaram umas coisas sobre mim, pensaram que eu não estava entendendo por ser em italiano. — comecei a contar.

— Que coisas disseram? — perguntou.

— Elas disseram... — respirei fundo sentindo que perderia a voz. — Disseram que não sabem o que você viu em mim, e o porquê de estar comigo.

— O que mais? — vou precisar falar tudo?

— Uma falou que não tenho nada a te oferecer. — puxei o ar novamente. — Citou que você deveria estar com ela porque o...

— O que, neném? — eu consigo.

— O sexo foi bom e com o esquisito que sou eu, você não tem. — falei baixo. — Falou que meu corpo é péssimo, que eu como demais por isso estou assim.

Precisei controlar a respiração, e me acalmar.

— Neném, ainda está aí? — perguntou.

— Sim. — respondi. — Você fez mesmo com ela?

— Eu não sei quem é, loirinho. — dei as características físicas e de rosto.

— Você fez, né? — ele ficou quieto. — E foi tão bom quanto ela disse?

— Não. — sei. — É verdade, só ela gozou.

— Detalhes demais, Jungkook. — eu não quero saber isso. — Você não sabia escolher pessoas para isso, ninguém sabe respeitar seu relacionamento atual, e querem me atingir, o pior é que conseguem.

— Neném, se você pedir eu mato todos com quem já dormi para não tentarem te atingir. — falou.

— Não, vai abaixar a população da Terra. — puto.

— Nem foram tantos assim. — sei. — Neném, não acredite em nada do que elas falaram, você é perfeito!

— Mas eu realmente não tenho nada para te oferecer. — comecei a chorar.

— Você tem, meu amor. — meu amor. — Você me deu seu coração e seu amor sincero, não preciso demais nada, algo simples, mas que vale mais que qualquer sexo que já tive antes de você, eu te amo!

— Eu também te amo! — falei. — Kook-ah?

— Fala neném.

— Se um dia, isso não for suficiente, promete que vai me falar? — tem que prometer.

— Seu amor sempre será suficiente para mim, loirinho. — falou. — Mas eu prometo!

— Obrigado! — agradeci, passei a mão no rosto. — Conta uma história?

— O que quer ouvir, rosado? — pensei.

— Algo com morangos. — pedi.

— Tudo bem. — começou a contar a história para mim.

Dormi ouvindo ele contar a história, estava boa, mas eu me sentia cansado e com sono, não aguentei ficar acordado para saber o final da história do pequeno Moranguinho inseguro com seu tamanho.

Eu amo ele!

[...] Autora on.

— Jungkook está te ligando. — Jeong falou olhando o celular do noivo. — Ele tem seu número?

— Tem, você não? — negou. — Para de fazer pirraça, caso aconteça algo e o celular do Jimin desligar, vai falar com quem?

— Se você tem, não preciso ter. — entregou o celular ao noivo.

— Ciumento! — atendeu a ligação. — Oi, Jeon!

— Oi, Vittorio! — falou.

— Por que está me ligando? Não conseguiu falar com o Jimin? — perguntou.

— Eu acabei de desligar porque ele dormiu enquanto falava comigo. — Jeong encostou a orelha para saber do que falavam, Vittorio empurrou a cabeça do curioso. — Ele me contou algo interessante.

— O que? — tinha até medo, a voz do russo não estava boa.

— Prometi a ele que não mataria ninguém, mas fizeram ele chorar, então você vai matar, porque se eu sonhar que quem fez meu namorado chorar e se sentir inseguro de novo, está vivo, eu juro que mato cada um da sua família. — agora Vittorio teve certeza que a coisa não estava boa.

Se afastou do noivo e foi para a varanda, fechou a porta deixando o outro preso no quarto.

— Quem fez ele chorar? — perguntou.

— Sua prima e uma amiga dela, mate, porque se eu pisar na Itália, não serão apenas elas que morreram. — avisou.

— O que falaram para o Jimin? — Vittorio sabe que Jeon não vai ligar nenhum pouco de começar uma guerra entre as máfias por causa do loiro, ele é capaz de tudo pelo Park.

— Que não sabem o que eu vi nele, que o corpo dele é péssimo, não tem nada a me oferecer, e coisas relacionadas a sexo. — agora Vittorio mesmo quer matar as duas. — Ele me fez prometer que se um dia o amor e o coração não for suficiente, para falar.

— Eu matarei as duas, te dou minha palavra! — elas não iram ver o sol novamente.

— Eu quero vídeo e foto, para ver se fez mesmo. — desligou.

Vittorio saiu da sacada, Jeong esperando respostas.

— O que ele queria? — perguntou.

— Falar para ficarmos de olho no Jimin, ele ouviu algumas coisas nada legais essa tarde, por isso estava com dor de cabeça. — conseguiu achar uma forma de contar. — Uma prima e a amiga dela, falaram sobre o corpo dele, que não sabem o Jeon viu nele, e coisas sobre sexo.

— Por que ele não nos contou? — faria de tudo para ajudar seu filho.

— Amor, chega em uma idade que você não corre para seus pais para mostrar o machucado, você esconde. Jimin não vai mais te mostrar. — explicou. — Eu vou dar uma saída.

— Agora? São quase meia-noite. — falou.

— Sim, é um assunto de família, irei demorar. — calçou o tênis e saiu.

Naquela madrugada, Vittorio matou sua prima e a amiga dela, na frente dos pais delas, a mando da máfia Russa.

[...] Jimin on.

O restante da viagem foi tranquila, eu consegui me divertir. Na madrugada de segunda-feira nós subimos para a Suíça, Vittorio quer comer chocolate de lá já que domingo foi páscoa.

E meu pai faz tudo pelo noivo com vontade de comer chocolate suíço.

Eu e Hobi amamos, conhecemos mais um país, com muito chocolate.

Toda foto que eu tirava, mandava para o Jungkook.

Acredito que ele ficou ocupado, porque demorava para responder, deve estar resolvendo algo na máfia.

Trouxe muito chocolate da Suíça, bastante mesmo.

Chegamos à Coréia na madrugada de quarta-feira, basicamente dois dias a mais que o planejado, mas foi muito bom!

Em casa eu apaguei na cama, estava muito cansado! Viajar cansa, ainda mais quando se tem um padrasto que gosta de andar nas escalas que fazem.

Meu pai ia para o banheiro, e ficava lá até a escala acabar porque já sabe como Vittorio é. Agora eu e o Hobi, andamos para todo lado com ele.

Não fui para a escola, acordei já era quase meio-dia. Levantei e fui para o banheiro, tomei banho, lavei meu cabelo.

Ao sair escovei meu dente, passei creme no corpo, e protetor solar no rosto. Entrei no closet, vesti uma jardineira preta com uma camiseta branca, dobrei a barra para mostrar uma pequena parte do tornozelo e canela.

Sequei meu cabelo, passei óleo e reparador de pontas, mais algo para fortalecer a raiz.

Me perfumei, algo suave.

Calcei o tênis preto com detalhes branco, ainda falta algo.

Peguei um boné preto e coloquei, agora sim, mas virei ele para trás.

Sim, todo aquele cuidado com o cabelo para colocar boné, sou confuso!

Arrumei as sacolinhas com chocolates dos meus amigos, e saí.

Olhei minha cama, que está um ninho, arrumei todinha. Abri a janela e cortinas para entrar um ar, vai ficar bem ventilado.

Peguei meu celular e saí do quarto, desci para o primeiro andar.

— Onde vai arrumado assim? — Vittorio perguntou, olhei para a cozinha.

"Escola" respondi.

— Volta para o almoço? — confirmei. — Tome cuidado.

Saí de casa, fui escutando música até a escola, cheguei a tempo de ouvir o sinal, fiquei no estacionamento, perto da moto do Peter.

Estava mexendo com uma pedrinha no chão quando senti um corpo me abraçando e me tirando do chão.

— Ele voltou! — Peter.

— Põe ele no chão que quero abraçar também. — Melissa falou.

Ele colocou, ela me abraçou, retribui.

Logo Jin me abraçou, Caleb estava tímido.

— Também posso te abraçar? — primeira vez que ouço a voz dele.

"Claro", ele me abraçou.

Senti falta desse bando de doidos.

— Jimin, aconteceu tanta coisa, quando poderemos se encontrar para te contar? — Melissa perguntou.

"Quando quiserem", respondi. "Presente de páscoa" entreguei as sacolinhas para eles, até para o Tae.

— Chocolate suíço. — Peter falou. — Vale o risco ser seu amigo. — medroso.

— E esse cabelo? — Jin perguntou, tirei o boné e passei a mão.

— Jungkook vai ter um ataque. — Melissa falou.

— Ele amava loiro, mas esse ele te pede em casamento. — Peter fala cada coisa.

— Concordo. — Caleb falou.

— Você concorda com tudo que o Peter fala. — Jin pontuou.

— Não é tudo. — resmungou.

— Só 99,9% das coisas. — Melissa o "defendeu".

"Cadê o Jungkook?" Perguntei.

— Ele só veio na segunda-feira para entregar o trabalho, e não apareceu mais, não veio ontem e nem hoje. — Peter respondeu. — Pensamos que saberia responder o que aconteceu, porque nem o Tae sabe, ele não foi para aquele lugar da máfia.

"Não, ele não estava me respondendo muito, pensei que estivesse ocupado com algo da máfia" me enganei. "E essa aliança no dedo, Melissa?"

— Polina me pediu em namoro ontem, e eu aceitei. — fiz as contas.

Só estendi a mão entre Peter e Jin, os dois tiraram dinheiro da carteira e me entregaram.

Contei e guardei.

"Parabéns! Ela vai te fazer muito feliz!" Falei.

— Apostaram sobre isso? — negamos.

— Peter, vamos? Eu tô com fome! — Caleb falou com Peter.

— Vamos! Para quem fica, tchau! — ele subiu na moto e colocou o capacete no Caleb, ajudou o loiro a subir, aí colocou em si mesmo.

Caleb acenou para nós, Peter saiu do estacionamento.

"Três semanas a um mês e estarão namorando" tenho certeza.

— Mais que isso. — Melissa falou.

— Tô com o Jimin, Peter estava doido para namorar. — isso aí Jin. — Eu vou indo, quando quiserem se juntar, manda mensagem.

— Polina chegou. — olhei do outro lado da rua e Polina estava encostada no carro.

Eu fui com a Melissa até o carro, precisava perguntar a Polina sobre o Jungkook.

— Vejo que voltou da Itália. — ela falou ao me ver, Melissa a abraçou.

"Sim, voltei hoje". "Você sabe onde o Jungkook está?".

— Não, ele me deixou responsável pela máfia no domingo, e não mandou mais notícias. — está desaparecido.

"Tudo bem, obrigado!" Agradeci.

Voltei para casa e almocei pensando como poderia encontrar o Jungkook.

O jeito é rastrear ele, em cinco minutos vi que o celular está na casa dele, então deve estar lá também.

Fui ao treino de vôlei à tarde, um longo treino. Na hora certa estava entrando em casa.

Vittorio falando com a cerimonialista do casamento na sala, meu pai discordando de todos os preços.

Subi direto. Tive que lavar meu cabelo de novo, ou vai ficar coçando.

Me arrumei, coloquei calça de couro e cropped branco, calcei bota preta, sola tratorada.

Só um óleo no cabelo, sem coragem para algo mais elaborado.

Fiz uma mala média e saí do quarto, desci para o primeiro andar.

— Só se vier ouro na comida para eu pagar vinte mil dólares em um buffet. — meu pai falou.

— Mas esse é o melhor amor, por favor! — fiquei só olhando.

Meu pai caiu igual pato na lagoa, cachorrinho.

— Já basta a Lua de Mel custar dois rins. — eles vão passar por três países de praia, duas semanas longe da Coréia. — Última coisa de vinte mil dólares.

— Te amo. — a cerimonialista confirmou. — Agora o bolo e os doces?

— Não vem incluído no buffet? — meu pai ficou até pálido.

— Claro que não, amor. — Vittorio olhando as opções. — Tem que ter morango porque Jimin gosta, e abacaxi pelo Hobi.

— E pêssego. — ele falou.

— Eles não gostam de pêssego. — Vittorio falou.

— Eu gosto. — tu não vale pai.

— Na Lua de Mel terá um pêssego todinho para você. — demorei para entender.

Já fiquei tempo demais.

Forcei uma tosse, olharam para mim.

— Vai aonde com essa mala? — meu pai perguntou.

"Casa do Jungkook" simples, "Posso ir?".

— Pergunta após aparecer com a mala? — sim. — Desde que você volte, e virgem de preferência.

Me mata de vergonha pai.

— Use camisinha. — Vittorio falou.

— Quem vai te levar? — mostrei no celular o Uber.

"Tchau! Doidos!" Saí de casa.

O Uber colocou minha mala no porta-malas. Durante o caminho fiquei jogando, consegui passar várias fases.

Ao chegar, eu paguei pelo celular.

Com minha mala em mãos, ele foi embora.

Apertei a campainha, aproveitei para colocar o bucket, tampando meu cabelo.

O portão abriu, entrei e fui puxando minha mala até a porta principal. A cozinheira abriu a porta, já está de saída.

— Olá Jimin! — me curvei. — Precisa que eu faça algo? — neguei e ela logo se foi.

Fechei a porta, tirei minha bota e calcei minha pantufa.

Não achei ele no segundo andar, deve estar no escritório.

Fui até o corredor que fica o escritório, bati à porta.

— Entra Jin-yi. — não é a cozinheira.

Entrei devagar, ele está com papéis tampando sua visão.

— Kook-ah? — tirou os papéis.

— Neném! — levantou e veio até mim, abracei ele.

— Senti saudade! — falei.

— Eu senti mais. — puxou o meu cheiro perto do pescoço, frio na espinha. — Você diminuiu?

— Quer apanhar? — ele riu.

Abracei mais apertado.

— Você é tão cheiroso. — percebi, não para de me cheirar. — Senti falta do seu cheiro em mim.

— Levei o seu comigo. — sou inteligente. — Te amo!

— Também te amo! — que delícia estar nos braços dele novamente, estou seguro aqui.

Se afastou um pouco de mim, para me olhar.

— Tão lindo! — sei que ele quer me beijar.

Tomei coragem, eu me aproximei e o beijei. Não sabia que um dia eu sentiria falta de beijar, porque eu senti muita falta.

Suas mãos apertaram minha cintura, senti falta desse aperto, a forma que ele me beija e toma o controle. Ele abraçou minha cintura e eu lembrei de algo que Peter falou.

Sobre ele querer apertar minha bunda, talvez eu me derreta de vergonha? Com toda certeza, mas faz parte.

Ele mordeu devagar meu lábio inferior, quase gemi, me contive porque fico morrendo de vergonha.

Contei até três mentalmente, tirei a mão esquerda do seu pescoço, fui até a sua e fiz como me falaram, paraíso.

E ele apertou na hora, aí não deu para segurar, tô rosa!

O senti sorrindo, idiota bonito!

Continuou me beijando, e eu desejando desmaiar nesse processo.

Quando nós nos afastamos, enfiei minha cabeça em seu peito, não quero encarar ninguém por agora.

— Rosado? — neguei. — Está com vergonha?

— Sim, me deixa. — preciso absorver tudo que aconteceu.

— Deixa eu ver seu rostinho, neném. — nem pensar. — Foram mais de quatro dias sem ver você, mereço isso.

— Merece nada, sumiu sem dar notícias. — falei ainda escondido. — Se me zoar, vou te bater.

— Tudo bem. — me afastei e ele viu meu rosto, mais minhas bochechas rosadas.

— Tão meu. — me deu um selinho demorado. — Eu te amo!

— Eu te amo! Muito mesmo. — não consigo nem expressar.

— Deixa eu ver esse cabelo loirinho, nas últimas fotos estava sempre com touca ou bucket. — Suíça é fria.

— Então... — tirei o bucket revelando meu cabelo, ele abriu a boca.

Ficou só olhando, tocou com um dedo para saber se era verdade.

— Casa comigo? — bati nele.

— Não brinca com isso, você gostou? — perguntei. — Ainda estou me acostumando.

— Sim, gostei muito. — passou a mão inteira. —  Lindo!

Eu pintei de vermelho.

— Você está maravilhoso! — beijou minha testa. — Está com fome?

— Um pouco, vai pedir comida? — perguntei.

— Não, vou cozinhar para você. — melhor não.

— Por que? Se quer terminar você fala, não precisa me ameaçar. — ele riu.

— É sério, neném. — seja o que Deus quiser.

— Tudo bem. — nós fomos para a cozinha.

— Como foi na Suíça? — perguntou enquanto pegava os ingredientes.

— Muito legal, conheci cinco fábricas de chocolate. — contei. — Eu trouxe para você.

— Também tenho chocolate para você. — lógico que teria. — O que mais você fez?

— Patinei no gelo, eu tenho o vídeo, quer ver? — confirmou, peguei meu celular e fui até o vídeo. — Aqui.

Mostrei e ele assistiu.

— Esse atrás quase caindo é seu pai? — confirmei.

— Ele não conseguiu se equilibrar. — falei. — Nós também esquiamos, mas não tem vídeo, só foto.

Mostrei algumas.

— Eu amei. — bastante. — Mas não foi perfeita.

— Por que? Você se divertiu pouco? — perguntou.

— Não, você não estava lá. — se estivesse teria sido perfeita. — Amo sua companhia.

— Todo crescido demonstrando o que sente, meu neném. — sim.

Há três meses, eu falecia, mas não falava isso.

— Também amo a sua companhia, vermelhinho. — sempre colocará um apelido relacionado ao meu cabelo.

Ele começou a fazer o que vamos comer, e eu morrendo de medo de ficar ruim.

— Por que não foi à escola? — perguntei.

— Depois eu te explico. — tudo bem. — Você chegou a ver a prima do Vittorio com a amiga?

— Não se faça de sonso, sei que mandou matar as duas. — nem olhou para mim, continuou mexendo na panela. — Eu te disse para não fazer isso.

— Mas eu não matei elas, não sai da Coréia enquanto esteve fora. — inocente ele.

— Mandar alguém matar é a mesma coisa. — ele não acha, mas é.

— Como soube que eu estava em casa? — mudou de assunto, sabe que se permanecer no outro eu bato nele por não me ouvir.

— Seu celular. — respondi. — Eu precisei te rastrear.

— Isso me faz sentir como uma presa. — claro.

— Você é o predador em qualquer situação, sonso! — ele riu. — Eu vou ir trocar de calça.

— Por que? Gostei dessa. — exatamente por isso.

— Safado! — saí da cozinha.

Subi para o segundo andar e fui para o quarto dele, abri a minha mala, peguei um shortinho de um pijama de seda rosa. Troquei no closet mesmo, olhei no espelho.

Cropped e shortinho, definitivamente não.

Peguei uma camiseta do Jungkook e troquei, bem melhor, estava muito exposto.

Voltei ao primeiro andar, caminhei até a cozinha. O cheiro está bom, mas não sei o que ele está fazendo.

Fiquei só olhando, não me deixou ajudar.

Quando estava terminando ele me colocou para fora da cozinha, sentei na sala de jantar e esperei.

Ele colocou a mesa, apareceu com duas panelas.

— Tira as tampas. — falou após colocar sobre a mesa, tirei para ver dentro. — Sua comida favorita.

Sorri olhando.

— Obrigado Kook-ah! — agradeci. — Vou experimentar.

Coloquei para mim, tomara que esteja bom.

Experimentei e ele ficou me olhando esperando alguma reação, fiz caretas só para deixar ele preocupado.

— Está ruim? — perguntou. — Se estiver, não precisa comer.

— Está... — fiz suspense. — Uma delícia, onde aprendeu a fazer?

Deixei ele suspirar aliviado.

Sentou e colocou para ele também.

— Está bom mesmo? Ou está falando por pena? — não consigo disfarçar minha cara quando consumo alguma coisa ruim.

— Uma delícia, muito bom. — elogiei.

— Jin-yi me ensinou, estou desde domingo tentando fazer e que ficasse comestível. — ri com isso. — Ontem deu certo.

— Era por isso que estava faltando? — confirmou.

— E mais uma coisa que irá ver depois. — mais surpresas.

Comi três vezes, eu amo espaguete a bolonhesa.

Sim, meu prato preferido é algo italiano, não coreano.

— Tô cheio! — falei. — Eu lavo a louça.

— Não, eu lavo. — já que insiste.

Ele lavou toda a louça. Nesse tempo eu subi para escovar meus dentes, boquinha limpa.

Assim que terminou, disse para eu o esperar na sala de cinema. Fui para lá, acendi a luz e caminhei até o sofá que costumo ficar.

Me acomodei, peguei o controle e comecei a procurar algo para assistir com o Jungkook. Escolhi Crepúsculo, primeiro filme que assistimos juntos.

Ele entrou com uma cesta grande, veio até mim.

— Para você, neném. — quanto chocolate.

— Obrigado! — coloquei a cesta na minha frente.

Ele sentou do meu lado.

Tirei o laço e o plástico que protegia os chocolates, tudo com chocolate.

— Brownie, amo brownie. — resmunguei.

Vi que os chocolates eram personalizados, as barras em cada tablete tem JM. Isso aqui não foi barato, nenhum pouco. E os chocolates que não são personalizados, são da GODIVA, a maioria dos bombons é dessa marca.

— Obrigado, Kook-ah! Te amo! — beijei a bochecha dele.

— Na boca, toquinho. — dei um selinho nele. — Mais um.

Só mais um.

— Agora vou comer esses bombons. — peguei uma das caixas.

Fechei com o plástico de novo, e coloquei a cesta no móvel ao lado.

Abri a caixa, e provei um dos bombons, delicioso.

Não posso dar umas simples barras de chocolate suíço, vou precisar elaborar algo melhor.

Deu play no filme e me abraçou de lado. Comi enquanto assistia, acabei com a caixa.

Eu escolhi outro filme, Jungkook está proibido, a última vez ele colocou coisa pornográfica.

Continuamos grudadinhos, durante o filme às vezes ele virava meu rosto para me dar um selinho, ou beijava meu pescoço.

Está difícil assistir!

— Neném. — beijou meu pescoço.

— Não! — falei.

— Mas eu nem pedi nada. — olhei para ele.

— Tá! Fale. — esperei.

— Vamos fazer outra coisa. — que coisa?

— Vindo de você, melhor não. — voltei a olhar a tela, ele segurou meu queixo fazendo o olhar novamente.

— Por favor, rosado. — insistente.

— O que quer fazer? — perguntei.

— Te beijar. — direto demais, tô rosa!

Pensei um pouco.

— Tudo bem. — aceitei.

Se arrependimento matasse, eu estaria vivíssimo.

Agora que ele tem liberdade para marcar a pele do meu pescoço e apertar minha bunda, estou entendendo porque Jin perdeu a virgindade tão cedo.

Suas mãos intercalam entre minha cintura e minha bunda, vai deixar marca se apertar um pouco mais forte.

A Barbie cantando ao fundo dá um toque diferente no que estamos fazendo, que baixaria!

Senti meu corpo mole, são muitas sensações desconhecidas. Eu estou amando viver tudo isso com ele.

— Você fica mais lindo quando está com as bochechas rosadas e manhoso. — nem estou manhoso.

— Mas eu nem estou manhoso. — falei.

— Acabou de falar manhoso e com bico. — me deu um selinho. — Você é sempre manhoso, neném.

— Não sou! — ele está delirando.

— É sim! — me beijou novamente.

Está viciado!

[...] Dia seguinte.

Como hoje é feriado, nós fomos dormir mais de três horas da manhã.

Após ele quase deixar minha boca dormente, voltamos a assistir aos filmes. Acordei hoje com a boca levemente inchada, muito exercício com ela.

Sofrida!

Nós acordamos na hora do almoço, eu comi o que sobrou de ontem, e ele quis outra coisa.

À tarde, Melissa ligou para perguntar se eu queria ir colocar o papo em dia na casa dela.

Aceitei, Jungkook me levou lá e ele foi para o lugar da máfia, já está sem aparecer desde domingo.

— Entra, Jimin. — eu entrei, tirei meu tênis. — Aqui a pantufa.

Colocou a pantufa preta na frente dos meus pés, calcei.

Ao entrar na sala, vi o restante da turma.

— Venham, vou ensinar vocês a fazerem ovos de páscoa, estilo brasileiro. — legal!

Fomos para a cozinha, ela deu uma touca para não deixar que cabelo caia no chocolate.

— Cadê a sua mãe? — Peter perguntou.

— No Brasil. — respondeu. — Ela foi e levou meu cachorro.

— Foi pelo o que o Jungkook disse? — Jin perguntou ajeitando o cabelo na touca.

— Não, a viagem estava marcada antes daquilo. — a tá!

Caleb ajeitou os cachinhos do Peter dentro da touca, nós olhando na cara dura.

— Ei, nada de nos deixar de vela. — Melissa falou, Caleb ficou vermelho na hora.

É muito legal quando não é comigo.

— Então Jimin, o que o Jungkook estava fazendo nesses dias? — Peter perguntou.

"Aprendendo a fazer minha comida favorita, ontem ele fez para mim" fofo!

— Demorou tudo isso para aprender? — Jin perguntou.

"Ele não sabe cozinhar, então demorou para aprender a fazer o que eu amo" já estou com saudade!

— Nem parece que ele está falando do líder da máfia russa que todos temem. — Caleb comentou. — Que romântico!

A altura que o Caleb fala, é consideravelmente baixa.

— Não caia nessa, ele só é assim com o Jimin. — Peter difamando meu namorado que é um amorzinho. — Eu vi ele separando dois mafiosos maior que o líder, no chute, ele parece um demônio quando ativa o modo "mafioso".

— Aquele dia foi louco. — Melissa falou.

— Foi mesmo, ele fez um jogo psicológico com a Melissa, que eu não sei como ela não molhou o vestido. — Jin comentou.

— Como é esse jogo? — Caleb perguntou.

— Ele pega um revólver, e tira as balas, mas deixa apenas uma. — Peter começou a explicar, eu olhando Melissa tirar um monte de coisa dos armários. — Aí ele aponta bem na sua têmpora, e começa a falar o que faria com a sua família, a culpa cai sobre si, enquanto isso vai atirando no seco, você termina ou chorando, ou querendo saber como molhou as calças e não sentiu, de tanto medo que sente.

— Por que ele fez isso com a Melissa? Ele trata bem quem está perto do Jimin. — sobre isso.

— Porque a anta foi falar que não tinha medo dele, muito burra! — Peter falou. — Como que você fala para um mafioso russo que não tem medo dele? Só o Jimin pode fazer isso e nada acontecerá, nós, meros mortais, tememos pela nossa vida e por isso, cagamos de medo dele.

— Eu que não falo uma coisa dessa. — Jin falou. — Por onde começamos Melissa.

— Acho que não tem chocolate o suficiente. — falou olhando as barras.

"Quer que eu peça para o meu padrasto trazer algumas?" Perguntei.

— Sim. — mandei mensagem pedindo e logo ele respondeu, pediu o endereço.

"Em cinco minutos ele chega" guardei o celular.

— Lavem as mãos enquanto isso. — fomos de dois em dois até o lavabo fazer isso.

Aí colocamos luvas, Melissa ficou sem porque ainda vai lá fora pegar as barras.

Logo ouvimos a campainha, ela foi atender, ouvi a voz do Vittorio. A porta fechou, e ela voltou com três sacolas.

— Você pediu quantas barras? — ela perguntou.

"Umas dez" respondi.

Ela foi tirando e contando, tem quase quarenta barras.

— Seu padrasto é exagerado só um pouco. — coisa da sua cabeça.

— Jimin, você não sabe o que aconteceu no sábado. — Jin começou. — Eu deixei de fazer a festa e fui passear com o Tae, estávamos andando tranquilos pelo shopping, até que vimos um casal de pombinhos tomando sorvete enquanto faziam compras.

Olhamos Peter e Caleb, Caleb vermelho e Peter pleno.

— Agora eu concordo com você Jimin. — Melissa falou.

Eu falei que logo esses dois estão namorando.

Melissa ensinou como fazer os ovos de páscoa, não é difícil, mas não é fácil.

Fiz dois de colher para o Vittorio e o Hobi, um apenas trufado para o meu pai que não é muito fã de doce.

Enquanto eles falavam eu estava concentrado decorando os ovos, já terminei de quem mora comigo, comecei a decorar o do Jungkook. É de colher, mas eu equilibrei os sabores.

A casca é de chocolate amargo 70% cacau, e o recheio é com chocolate meio amargo, com um pouco de ao leite. Me concentrei totalmente para decorar.

— Os ovos de páscoa que o Jimin fez, ficaram lindos! — Jin elogiou.

— Escolhe as caixas que quer colocar Jimin. — Melissa falou.

Escolhi uma verde-escuro para o Vittorio, azul-claro para o Hobi, e papel preto para o meu pai. A caixa do Jungkook é preta com a tampa transparente, e um laço branco.

— Jimin, faz meu laço, por favor? — Caleb pediu, ele é outro que se concentrou e não falou nada.

Agora as três maritacas não calaram a boca um minuto sequer.

Fiz o laço das caixas dele, são três, uma eu sei que é para o Peter.

— Jimin, você não sabe o que o Caleb fez. — Caleb olhou preocupado para a Melissa. — Caleb do mal. — respirou aliviado. — Ele está caçando jeito do Jungkook o matar, falou que o Jungkook só não matou porque ficou com medo do que poderia acontecer, que seu namorado tem medo dele.

"Jungkook não matou ele, porque eu desmaiei, caso contrário ele não estaria mais entre os vivos", o Jungkook vai acabar matando ele.

— O que esse Calebe do mal fez? — Caleb perguntou.

— Inventou mentiras, falou dessas mentiras na cara do Jungkook, e provocou o Jungkook falando o que não devia, aí o Jungkook desceu o cacete nele. — Peter explicou por cima. — Depois te dou os detalhes.

— O que vai ter no seu aniversário, Peter? — Jin perguntou. — Faltam só duas semanas.

— Não vai ter festa, meus pais me deram duas escolhas, um carro, ou a festa, e eu preferi o carro obviamente. — inteligente. — Mas eles disseram que vocês podem ir almoçar em casa.

— Eu levo o bolo. — Melissa falou.

— Levo a vontade de comer. — Jin falou.

— Minha mãe faz docinhos gostosos, posso levar. — Caleb falou.

"Eu vejo até lá o que levar", algo irá surgir.

Na hora de ir embora, Jin me levou. Eu passei em casa e entreguei os ovos. Meu pai amou que o dele é o único diferente, e se trancou no escritório para não dividir com ninguém.

Ele vai dormir no sofá, eu sinto isso.

Jin me deixou em casa e foi para o compromisso que ele tinha com os pais.

Deixei os dois ovos de páscoa na geladeira, um deles eu fiz para mim.

Subi para o segundo andar, e lá segui até o quarto do Jungkook.

Tomei banho, bem relaxante. Escovei os dentes e passei creme no corpo antes de sair com roupão.

No closet eu vesti um pijama de seda preto, antes de sair passei desodorante.

Passei um tempo na cama assistindo televisão, bem tranquilo. Logo eu senti fome, mas estava com preguiça de descer para fazer. E nem posso pedir, quem vai pegar? Eu que não vou.

Enquanto via o jornal criei coragem e levantei. Desci e fui para a cozinha, olhei a geladeira. Fazer algo simples, minha fome vai me impedir de esperar.

Ouvi o carro estacionando na garagem, Jungkook chegou!

Fiquei atrás da porta da cozinha, não vou assustar ele.

Ele entrou e colocou algo em cima da bancada, abriu a geladeira e pegou água. Escondi os ovos de páscoa, ou ele iria achar fácil.

Quando ele ficou de costas para a porta, colocando água no copo, saí de trás da porta.

Abracei sua cintura, senti sua mão em cima das minhas.

— Oi, neném! — falou. — Pensei que não fosse mais sair de trás da porta.

— Como me viu? — perguntei.

— Eu te ouvi, batendo os dedinhos fofinhos impacientes na porta. — isso explica tudo. — Chegou faz muito tempo?

Parei ao lado dele, peguei do seu copo com água, bebi tudo.

— Obrigado! — agradeci. — Sim, faz quase duas horas.

— Essa água era minha. — exatamente, era sua. — Como foi na casa da Melissa?

— Foi legal, as três maritacas falaram bastante de coisas que aconteceram enquanto eu estava fora. — olhei a bancada. — Pizza!

— Sim, eu comprei porque imaginei que você não iria querer cozinhar. — leu minha fome.

— Por isso que eu te amo. — peguei as duas caixas e levei para a sala de jantar.

— Sempre soube que seu amor era ligado ao estômago. — bati no braço dele.

— Engraçadinho. — mas não seria mentira. — Pega o suco na geladeira, copos, pratos, e talheres.

— Algo mais, meu senhor? — ele caça jeito de apanhar, olhei para ele. — Tô indo.

Voltou com o que eu pedi, colocou sobre a mesa e sentou.

— O que tanto aconteceu enquanto estava fora? Também não sei de nada. — primeiro coloquei pizza para mim.

— Bom, Polina pediu Melissa em namoro, Peter e Caleb estão bem próximos, Jin está puto com Tae, e... — ele não me deixou terminar.

— O que Tae fez? Não foi outro teste né? — neguei.

— Os dois estão há bastante tempo juntos, e quase dois meses namorando, mas Tae ainda não foi conhecer os pais do Jin, e nem demonstrou interesse em fazer isso. — contei. — Medo não é o motivo, os pais do Jin são bem tranquilos e legais, por que ele não quer ir conhecer os sogros?

— Pensei que ele já conhecesse. — Jeon falou. — Jin brigou com ele?

— Não exatamente, ele só falou "Apareça hoje à noite para jantar com meus pais, ou acorda sem namorado", bem direto. — falei.

— Ele foi? — fiz sinal de espera, peguei meu celular e olhei as mensagens.

— Jin mandou uma foto. — mostrei.

Tae jantando com os pais do Jin.

— Tinha que ser alguém como Jin para lidar com o Tae, sem rodeios e bravo. — olhei para ele.

— Diz que eu sou bravo, então precisava de um namorado assim? — confirmou.

— Se vacilar você me bate. — chutei a canela dele. — Viu? Sorte que não dói, se fosse para valer eu iria viver roxo.

— Até parece que vou te bater para deixar marca, te amo demais para fazer isso. — mordi um pedaço da pizza, e ele me olhando sorrindo. — Que foi? — perguntei com a mão na frente da boca.

— Eu amo estar com você! — eu também. — Esquilinho!

— Por que esquilo? — perguntei.

— Suas bochechas parecem cheias de nozes. — chutei de novo. — A forma que demonstra seu amor por mim é linda!

— Vai se ferrar, Jungkook! Não pareço um esquilo. — idiota!

— Todo bravinho! — será por quê? — O tom vermelho da sua bochecha combina com seu cabelo. — olhei para ele. — Tá! Parei.

Me concentrei na pizza, e ele não me irritou mais. Cutucar onça com vara curta, como diz a Melissa, resulta em perder o braço.

Assim que terminamos, ele subiu para tomar banho, e eu fui lavar o que sujamos. Sequei e guardei para não deixar nada na pia. O que sobrou da pizza eu deixei em uma caixa só e coloquei na geladeira, a vazia eu joguei fora.

Saí da cozinha, passei pela sala de jantar e subi ao segundo andar, fui até o quarto do Jungkook. Ele ainda está tomando banho, banho longo.

Bati à porta, quero escovar meus dentes.

— Precisa de algo, toquinho? — perguntou mais alto.

— Quero escovar meus dentes. — anda logo com esse banho.

— Pode entrar, eu vou demorar, estou lavando meu cabelo. — falou.

Pensei antes de entrar, me dá agonia ficar sentindo a falta de limpeza na boca.

Abri a porta devagar, entrei de olhos fechados.

Está quente aqui dentro.

— Está lavando o cabelo na água quente? — perguntei.

— Sim, por quê? — meu Deus.

— Muda para a água morna agora, ou vai ter caspas. — sem falar da coceira.

— Estava tão boa a água quentinha. — pegando fogo.

Passei o fio dental e escovei meus dentes de olhos fechados, tenho medo de abrir.

— Terminou aí? — perguntou.

— Sim, tô saindo. — coloquei a escova no potinho.

— Quer se juntar a mim? Tem espaço para você, neném. — com um olho aberto, olhei a pia, peguei a pasta.

De olhos fechados ataquei nele.

— Minha testa! — bem-feito. — Você tem um mira excelente.

— Obrigado! Sem vergonha. — saí do banheiro, fechei a porta.

Precisei descer para pegar os ovos de páscoa. Escovei os dentes e vou comer doce, mas é melhor para sentir todos os sabores.

Deixei os dois dentro da gaveta, minha boca está salivando para comer o meu.

Precisei esperar o Jungkook, ele demorou mais quarenta minutos para sair. Já coloquei a mão tampando onde ele estava, só de toalha.

Pouca vergonha!

— Rosado! — entrou no closet.

Não demorou e saiu de bermuda preta, o cabelo úmido.

— Por que não seca o cabelo? — perguntei.

— Preguiça! — respondeu.

— Vem, eu vou secar. — ele sorriu, aproveitador!

Sentou no puff, eu fiquei entre as suas pernas. Passei um óleo para proteger os fios do calor, aí sequei todo o cabelo dele. Ao terminar passei algo na raiz, pronto!

— Você só gosta que eu seque seu cabelo, sem vergonha. — falei.

— Lógico neném. — sentamos na cama. — Quando vai me levar para sair?

— Amanhã. — respondi. — Tenho um presente para você.

— Presente, onde? — Jungkook parece criança para presente.

— Você me deu aquela cesta de chocolate. — que ainda tem muito chocolate. — Agora eu vou dar algo com chocolate para você também.

— Cadê? — apressado.

Abri a gaveta e tirei o dele, entreguei.

— Obrigado, neném! — agradeceu. — Mas o que é isso?

— Isso aí é ovo de páscoa de colher, Melissa ensinou a fazer, senão quiser eu como. — já fui pegar de volta, ele afastou das minhas mãozinhas.

— Fique longe esquilinho. — um novo apelido, era só o que me faltava.

— Como você não é fã de doce, eu não coloquei nada de chocolate ao leite, só tem do meio amargo para cima, e mousse de maracujá. — expliquei.

— Vou experimentar. — tirou o laço e a tampa transparente. — Pode usar essa colher? — confirmei. — Tirar foto antes. — ele tirou foto, em uns três ângulos diferentes. — Agora vou comer.

Pegou um pouco do recheio e provou, fala que está bom.

— Hmm, é gostoso! — comeu mais.

Peguei o meu, tirei o laço e a tampa, prontinho para comer.

— Não me surpreende o seu ter morango. — lógico.

Provei do meu, muito bom!

— Deixa eu provar o seu? — neguei. — Deixo você provar do meu.

Colocamos um pouco na colher, coloquei na boca dele e ele na minha.

— Doce demais! — falou.

— Falta doce! — falei.

— Está perfeito assim. — se referiu ao que ele está comendo.

— Gostou mesmo? — confirmou.

Eu comi só um pouco do meu, ele devorou o dele inteiro, e eu que tenho apelido de esquilo.

— Guarda o meu na geladeira. — não tem perigo dele comer, achou muito doce.

Ele saiu do quarto, e eu fui escovar os dentes novamente. Voltei para a cama e deitei, cansado!

Estava demorando muito para voltar, peguei meu celular e liguei para ele.

— Neném, estamos na mesma casa. — falou.

— Por que está demorando? — perguntei.

— Namorado preocupado eu tenho. — sou mesmo. — Eu estou no escritório tirando foto de um documento que a Polina pediu, já vou subir.

— Bom mesmo! Não demore. — desliguei.

Liguei a televisão, coloquei um filme de comédia que estou cansado de assistir, "Gente Grande".

Jungkook entrou no quarto tinha passado dez minutos de filme, fechou a porta. Bati do meu lado na cama para ele vir deitar, negou.

Pegou cigarro na mesa de cabeceira e foi lá fora fumar. Me apoiei nos cotovelos para o olhar, está encostado no parapeito fumando.

O que Polina falou para ele ficar estressado?

Levantei e fui até ele, levantou a mão com o cigarro.

— Não vai jogar fora. — eu nem ia fazer isso.

Abracei sua cintura.

— O que te estressou, Kook-ah? — perguntei.

— Um relatório que veio da Rússia. — respondeu.

— Tem o que de errado nele? — para o deixar estressado deve ter algum erro.

— Muitas coisas, trocaram o tesoureiro de lá, o antigo se aposentou e está curtindo a vida bem longe da Rússia. — sortudo. — Meu avô que já deveria ter aposentado, colocou um menino que não sabe nem por onde começar, na próxima viagem para a Rússia eu aposento meu avô.

— Pode fazer isso? — eu acho que não.

— Eu não, minha avó tira ele. — ela consegue. — Mas se eu tirar ele, só Polina pode ficar lá, e Melissa tem um ataque se a russa for embora.

— E o Jake? — Jeon riu sem humor, tragou o cigarro, fica bonito até assim.

— Nem fudendo, em dois dias ele estraga tudo. — penso que não.

— A Selina? — negou.

— Ela não é por dentro dos negócios e papelada. — não sei mais ninguém.

— Não tem ninguém lá, da sua confiança? — negou, mas pensou. — Em quem pensou?

— Meu ex. — olhei para ele.

— Na máfia Russa traição leva a morte, ele está vivo. — falei.

— Eu não contei para ninguém que ele me traiu, por isso está vivo. — a tá!

— Por que pensou no seu ex? — perguntei. — Ele é da sua confiança?

— Algo me diz que tudo que eu te responder, me leva a dormir no sofá. — está certo. — Assim neném, ele entende de negócios porque o pai dele é negociante de armas, já está no meio do crime desde adolescente, e vai saber como gerir tudo até eu achar outra solução.

— Simples, quando terminar a escola, você vai para lá e a Polina assume aqui. — minha ideia é incrível.

— Eu ficaria longe de você, não, ela vai para lá. — falou.

— Mas eu iria com você. — me olhou perplexo.

— Você moraria comigo na Rússia? — confirmei. — Sério neném?

— Sim, só precisa ser após meu aniversário, porque assim meu pai não vai impedir. — muito ciumento e protetor.

— Eu te amo! — me deu um selinho. — Até lá você pode aprender russo.

— É. — encostei minha cabeça em seu peito.

No dia seguinte após o café ele iria sozinho para o covil da máfia, mas eu quis ir junto.

Quando chegamos Polina já veio com Jake falando muito sobre mais papéis que chegaram da Rússia, vai enlouquecer meu namorado desse jeito.

— O tesoureiro novo quer que revise todos os relatórios desde dois anos atrás, você nem tinha assumido. Porque os números não estão batendo lá, e ele tem certeza que a culpa é nossa. — Jake surtando. — Tem uma corda nos fundos que vai ficar incrível no meu pescoço, porque eu vou me matar!

— E ele quer tudo isso, hoje. — Jungkook parou, respirou fundo.

— Como que vamos mandar mais de 28 relatórios para ele, hoje? — excelente pergunta.

— Perguntei a mesma coisa, ele disse para nós nos virarmos, mandei ele tomar no cu. — Polina e sua paciência quase inexistente. — Aquele idiota só conseguiu ser tesoureiro porque seu avô tem amizade com o pai dele, porque é um inútil que não sabe quanto é dois mais dois, filho da puta!

— Vamos subir. — nós subimos até a sala dele, eu sentei em sua cadeira super confortável. — Tragam os relatórios.

— Dos dois anos? — Jake perguntou.

— Se ele pediu de dois anos, é de dois anos, não faz pergunta idiota, Jake. — bati na perna do cavalinho.

"Não fala assim, ele não tem culpa", respirou fundo.

— É Jake, dos dois anos. — melhor.

Os dois saíram, Jungkook pegou o telefone na mesa, discou um número e logo estava falando em russo.

— Você quer relatórios de 28 meses em poucas horas? — eu tô vendo a veia da testa dele aparecendo. — Eu que mando, e saiba que eu não ligaria de fazer uma guerra com a sua família por te matar, eu sou a porra do seu líder! Me chame de garoto de novo e eu vou até aí cortar sua cabeça. — bateu a mão na mesa me assustando. — Cala a desgraça da boca!

Jake e Polina entraram com mais pessoas, e muitas caixas organizadoras de escritório. Colocaram em cima da mesa de reuniões, os outros saíram rapidinho, Jake veio para perto, mas ficou atrás da Polina.

Medroso.

— Falar quem é o arrombado do seu pai não me assusta, eu mato você e ele. — está possesso de raiva. — Aproveite seus últimos dias de vida.

Desligou, Jungkook vai matar o tesoureiro.

— Ainda temos que mandar hoje? — Jake ousou perguntar.

— Sim. — respondeu.

— Como? — Polina perguntou.

— Não sei. — eu sei como. — Na próxima semana, quinta-feira eu vou para a Rússia, Taehyung irá ficar no meu lugar, Polina você vem comigo. — ela já anotou no iPad. — Eu vou matar esse desgraçado, aposentar meu avô, colocar o Mikhail como meu segundo na Rússia, e o filho do antigo tesoureiro como o novo.

— Vai colocar seu ex como segundo? — Jake perguntou, ele confirmou.

— Quando voltamos? — Polina perguntou.

— Domingo. — não serão tantos dias longe de mim.

— Tudo agendado. — falou. — E os relatórios?

Levantei a mão, me olharam.

"Eu posso ajudar", Jake comemorou.

— Isso, não vou me matar! — que bom!

— Certeza, neném? É muita coisa. — já sei como resolver.

"Não farei sozinho, posso chamar alguém para me ajudar?" Perguntei.

— Quem? — respondi.

— Quem é esse? — Jake perguntou.

Mandei mensagem e logo tive resposta.

"Ele vem", falei.

Jake e Polina foram fazer outras coisas, Jungkook foi fumar, ou terá um ataque.

Fiquei jogando no computador, se eu me oferecer como ajuda toda vez que ele estiver estressado, não irei mais sentir minha boca.

— Neném? — olhei para ele. — Vem aqui.

Pausei meu joguinho, fui até ele.

— O que? — perguntei.

— Vai ficar bem sem mim? — confirmei.

— Sou um neném crescido. — ele riu. — Não ria.

— Você é tudo, menos crescido neném. — bati em seu peito. — Mas vai mesmo ficar bem?

— Sim, eu só não fico bem se alguma ex filha da puta sua ficar postando coisas no Instagram para me afetar, ou eu me sentir culpado por você estar longe, não é nenhum dos casos agora, você está indo porque precisa resolver assuntos da máfia que não tem nada a ver comigo, vou ficar bem! — afirmei. — E será rápido.

— Tão fofinho falando palavrão. — fofo né? — E gostoso. — sábia.

— Safado! — me deu um selinho. — Quando eu terminar de resolver essa bagunça, vou merecer um beijo.

— Darei quantos beijos quiser. — bom mesmo. — Como minha vida todinha pode ser desse tamanho?

— Me ame menos Kook, jeito diferente de dizer que ama. — nem sou pequeno. — Eu não sou pequeno, você que cresceu demais!

— Quando for à Rússia, verá que você é bem pequeno. — nem ligo.

— Eu sei que os Russos são altos, mas eu sou coreano, e o padrão de altura da Coréia... — não me deixou terminar.

— Está fora dele também, a altura mediana para um coreano no padrão é 1,75, tem bem menos que isso. — detalhes.

— Me amo mesmo não seguindo o padrão. — chato! — Vou crescer até os vinte e um.

— Você não vai ter 1,75 neném, pode esquecer isso. — pisei no pé dele. — Isso doeu.

— Bullying é errado! — me deixa sonhar.

— E pisar no pé do namorado também, tóxico! — não sou. — Meu neném agressivo. — me deu outro selinho.

— Vou te levar na montanha-russa de novo, só de pirraça por zombar do meu tamanho. — lá, nem parece que ele tem 1,80 e é cheio de músculo, grita igual uma criancinha.

— Nem pense nisso! Odiei a experiência. — quer ver ele mudar de ideia?

— Por favor, Kook-ah, faça isso por mim. — dei um selinho nele. — Hein? Faz por mim? Te dou vários beijinhos como recompensa.

— Nem foi tão ruim assim também. — viu? — Você é uma cobrinha!

— Obrigado! — é o que dizem.

Bateram na porta.

— Entra. — falou, mas não tirou a mão da minha cintura.

— Essa é a sua sala, Jungkook? — Peter entrou perguntando.

— Sim. — respondeu.

— Trouxe quem pediu, Jimin. — Caleb entrou tímido, olhando tudo. — E esse tanto de caixa?

— Relatórios da máfia. — Jungkook respondeu.

— Tô fora! Boa sorte aí! Jake vai me mostrar um tanque de guerra. — e saiu.

— Polina irá ficar caso quiserem tirar alguma dúvida. — Jungkook falou, ela sentou, mas estava concentrada no MacBook.

"Aonde vai?" Perguntei.

— Tenho assuntos pendentes para resolver. — está indo matar alguém. — Tchau! Boa sorte! — beijou minha testa e saiu.

— O que estou fazendo aqui? — Caleb perguntou.

"Você é bom com cálculos, certo?" Confirmou, "Nós faremos alguns".

— Tudo bem. — expliquei para ele a situação. — Minha mãe me mata se descobrir que eu vou ajudar a máfia.

"Eu não vou contar" falei.

— Ninguém te viu aqui. — Polina falou. — Vou colocar o fone, mas é para dar privacidade a vocês, se quiserem perguntar, é só acenar.

Ela colocou os fones e permaneceu concentrada no MacBook.

Eu e Caleb começamos a revisar cada mês dos relatórios. Tivemos que expulsar Polina da mesa, ela foi para o sofá.

Na hora do almoço, pediram comida, nós almoçamos ainda mexendo com os relatórios.

Nós dois escovamos os dentes após terminar de comer, ele já usou aparelho como eu.

Achamos desvio de dinheiro de apenas cinquenta milhões, mas não daqui.

Quando todos os relatórios daqui bateram eu pedi para a Polina conseguir os anuais da Rússia. Assim que pegamos em mãos, e analisamos cada um, quem está roubando é de lá, não da Coréia.

Aí analisamos relatórios de cinco anos, foram mais cinquenta milhões de cada ano.

Desconfiamos do tesoureiro, mas ele só tem acesso aos papéis, quem tem acesso ao dinheiro é o segundo tesoureiro. Que é quem está como tesoureiro agora, que loucura!

Eu fui pesquisar a conta bancária do tesoureiro atual, e ele não gastou o dinheiro, está todo guardado em uma conta que pessoas comuns não acham, mas eu sou um gênio. Peguei todo o dinheiro e trouxe de volta a máfia Russa.

— Está escurecendo. — Caleb falou. — Mas terminamos!

"Sim, obrigado! Você ajudou muito!" Agradeci.

— Caleb, me fala sua conta bancária? — Polina perguntou, ele passou. — Depositei seu pagamento, o seu também Jimin, obrigada! Preciso ligar para o Jeon, a Rússia irá ficar uma loucura.

Saiu da sala.

Caleb olhou o celular, ficou de boca aberta.

— Agora minha mãe não vai me matar. — com certeza não. — Cinco trabalhos que fizer aqui, e fica milionário.

"Sim. Pensou que fosse diferente aqui, né?" Perguntei.

— Com toda certeza, pensei que fosse tudo sujo, as pessoas fossem ruins e mal educadas, mas é o contrário. — pois é. — Quando Peter me contou que eu estava vindo para cá, quase pulei da moto em movimento.

Algo que eu faria se não fosse namorado do líder.

— Mas ele me disse que estaria aqui, aí eu fiquei mais tranquilo, o medo diminuiu. — te entendo. — Jimin, posso te fazer uma pergunta?

"Claro, o que?" Curioso.

— Você descobriu que gostava do Jungkook fazia quanto tempo que se conheciam? — pensei.

"Duas semanas para menos", o mafioso ganhou meu coração rapidamente. "Por que? Está assustado de já estar gostando do Peter e pensa ser loucura? Que provavelmente ele vai te abandonar, por algum garoto que ele já namorou, que na sua cabeça é mais bonito que você, então prefere manter o que está sentindo para si porque não quer se machucar?".

Ele está de boca aberta.

"Vou entender como um sim. Você não está louco, e ele não vai te abandonar. Gostar dele com tão pouco tempo é uma coisa louca, mas essas coisas acontecem quando nunca se teve o tipo de tratamento que ele está te dando".

Mais perplexo.

"O que passa na sua cabeça é "Por que um menino como ele quer ficar comigo? Tipo, qual a chance disso acontecer? Ele pode ter qualquer outro garoto da escola que é mil vezes melhor que eu". Isso também se passou na minha cabeça quando vi que Jungkook queria ficar comigo, e por um tempo eu o afastei, mantive longe porque não queria me machucar deixando que ele soubesse dos meus sentimentos".

— E o que aconteceu? — perguntou.

"Eu me machuquei do mesmo jeito", quem diria que eu iria aconselhar alguém sobre relacionamento e sentimentos? Ninguém. "O Peter é emocionado então já sei que ele disse que gosta de você, e você provavelmente deve ter entrado em surto, não falando nada, mas quando se sentir confortável e pronto, diga que sente o mesmo, Peter não vai brincar com seus sentimentos ou te abandonar, ele é legal e um excelente amigo".

— Você entende das coisas. — agora, antes não sabia de nada, só o que eu tinha lido. — Obrigado, Jimin! Outra pergunta, como lidar com as provocações?

"Não entendi".

— O que ele faz para me ver irritado. — a tá!

"Bate, simples assim" fácil e rápido. "Entre seis tapas, dê um para valer, eles vão pensar que foi sem querer, mas não foi".

— Entendi, de seis tapas, um é para doer. — exato. — O que é passivo?

Tô rosa!

"O que ele te falou que tinha isso na frase?" Perguntei.

— Tem na descrição do grupo, "Quatro passivos e um ativo". — peguei meu celular e olhei, Peter que colocou.

"Como eu posso te explicar?" Pensei em vários jeitos.

Fui no mesmo site que achei a resposta, mostrei para ele, ficou vermelho na hora.

— Quatro passivos? Você é o ativo? — neguei.

"O Peter é" falei.

— Você, Melissa, e Jin são passivos? — sim.

"E você" ficou mais vermelho.

"Nunca tinha pensado sobre isso" até perdeu a voz, tadinho.

Conversamos mais um pouco antes do Peter o levar. Eu voltei a jogar no computador, até Jungkook aparecer.

— Podemos ir? Quero tomar banho! — falei desligando o computador.

— Sim, vamos neném! — finalmente.

Levantei e fui até ele, já ia saindo, me fez voltar.

— Obrigado! Você é o melhor namorado! Mais do que eu mereço. — beijou minha testa. — Eu te amo!

— Eu te amo! E a minha recompensa? — perguntei.

— Em casa. — mas está tão longe.

— Em casa nada, porque após chegarmos, vamos tomar banho, se arrumar, iremos sair. — falei.

— Hoje que vai me levar para sair. — exatamente. — Tudo bem.

Após chegar em casa, eu já subi para tomar banho. Fui rápido no banho e me aprontar, ele nem tanto.

Enquanto esperava ele, meu pai me ligou.

— Oi, pai! — falei.

— Oi, filho que não manda notícias para o pai preocupado! — dramático.

— Eu mandei mensagem pai, nem vem. — mandei mesmo.

— O certo é ligar. — exigente. — Está comendo direitinho?

— Sim, todas as refeições. — preocupado demais.

— Quando pretende voltar? — perguntou, contei nos dedos.

— Quinta-feira, porque o Jungkook vai para a Rússia. — finalmente saiu do closet.

— Só por isso, caso contrário você ficaria aí o mês inteiro. — falou.

— Verdade. — concordei.

— Não é para concordar, Jimin. — chato. — Se não voltar quinta-feira, vou à Rússia te procurar.

— Ciumento! — após me despedir ele desligou. — Vamos?

— Sim. — peguei meu cartão e nós descemos.

Fomos até a garagem, entramos no Tesla, coloquei nosso destino na tela e para ficar no silencioso.

— Muito misterioso. — eu tento.

Durante o caminho ele quis tentar saber para onde eu estava o levando, não contei. Assim que chegamos ele saiu rápido do carro, só para ler a placa, até esqueceu de mim.

Saí do carro, ele lendo.

— Restaurante Russo. — parou ao meu lado.

— Sim, eu não sei fazer comida do seu país, então te trouxe em um lugar que faz. Tae disse que aqui é ótimo. — eu fiz Jin perguntar a ele. — Mas tem mais coisa depois.

— Faz tempo que não como nada da culinária russa. — sei disso, por isso o trouxe aqui.

Entramos de mãos dadas, Jungkook falou com o recepcionista, ao falar já soube que ele é russo.

Um russo reconhece o outro.

E ele olhou as tatuagens que Jungkook tem nos braços, já percebeu que está na presença de um mafioso russo.

Fomos levados até nossa mesa, afastada, porque eu queria privacidade. Nós sentamos.

Demorei para escolher o que eu queria comer, Jungkook pediu algo com carne e cogumelos, eu quis Pelmeni, é tipo Cappelletti, mas muda a forma de ser recheado e servido.

Jantamos bem, ele pediu outro prato, eu comi só um e com muito esforço. Para sobremesa eu  não quis nada, porque nada do cardápio chamou minha atenção, ele comeu.

Após eu pagar, nós saímos do restaurante.

— Vamos? — neguei.

— Tem outro lugar para ir. — hora da diversão.

Atravessamos a rua, o levei até o fliperama que fica na esquina, foi tudo planejado.

Sei que ele gosta porque tem tatuado um bichinho de um desses jogos, o primeiro que fomos jogar. Ele pareceu gostar bastante, a maioria eu perdi, de propósito.

Vinha sempre com meu irmão, então sei jogar todos esses jogos. Sou um namorado gentil, deixei ele ganhar.

Comi vários doces das máquinas, ele comprou para mim, já que eu não comi nenhum doce no restaurante. Finalizei com um saquinho de balas de morango com chocolate, deliciosas.

Saímos tarde da noite de lá, e voltamos para casa. Quando estávamos perto, fiz o carro parar, nós saímos e ele não entendeu. O carro seguiu sozinho até em casa, iremos andando.

— Andar sob o luar. — ele falou.

— Sim. — começamos a andar, conversando sobre a viagem que ele vai fazer, o que descobriu hoje, nosso encontro.

Assim que nós já estávamos perto, senti um pingo no meu braço.

— Vai chover. — falei.

— Não vai. — não deu dois minutos começou a chover e nós corremos.

Correr na chuva com o namorado, super romântico!

— Neném, porque parou? — perguntou.

— Sempre quis tomar banho de chuva com meu namorado. — respondi.

— Você fica gripado neném. — não ligo. — Depois eu cuido de você.

Ele brincou na chuva comigo!

— Também já quis beijar seu namorado na chuva? — perguntou segurando minha cintura.

— Está na minha lista do que não vou fazer antes de morrer. — contei.

— Pode tirar dela. — me beijou..........................




















































































































Ovo de Páscoa do Jungkook.

Ovo de Páscoa do Jimin.

Neném de cabelo vermelho.


Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!

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