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|| Capítulo 27 ||


— Então foi assim. — falou.

[...] Dia anterior, autora on.

Melissa após entrar no carro da mafiosa continuou em silêncio, pensando na forma de começar o assunto.

Porque se com todas as outras beijava, não era para ser diferente com ela.

Polina estava achando estranho o silêncio da brasileira, a primeira coisa que se encantou nela foi em como ela fala bastante, e isso não estava acontecendo.

— Você está bem, shokolad? — perguntou.

— Sim. — respondeu e se calou de novo.

— Algo aconteceu na escola? — quer saber o que fez ela se calar.

— Não. — olhava a janela pensativa.

— Por que está tão quietinha? — perguntou enfim.

— Não é nada. — falou simples.

Polina mudou o caminho do restaurante, foi até uma praça, é bem vazia, perfeita para conversar.

Saiu do carro e foi abrir a porta para Melissa, deixou sua mochila no carro, as duas seguiram até perto das árvores, parte afastada e próximo ao lago bonito.

— O que eu te fiz? — perguntou. — Não quer mais sair comigo? Pode falar shokolad.

Melissa olhava as árvores criando coragem, olhou a mafiosa, analisou seu rosto perfeito.

— O Tae e o Jungkook falaram que você é conhecida entre eles como beijoqueira, e quando vão em alguma balada, você beija quase todas as meninas. — falou. — E eu, você ainda não beijou. — finalmente conseguiu falar. — Eu sei que estou fora do padrão das meninas que você costuma ficar, elas são incrivelmente perfeitas, já eu não. No momento estou pensando que você está me usando como passatempo já que ainda não encontrou alguém que seja como as suas antigas namoradas.

Polina olhando sério Melissa, que se encolheu só um pouco.

— Você realmente não se parece com as minhas antigas namoradas. — Melissa já estava quase chorando. — É melhor que elas, Melissa. — ainda pensava em chorar. — Se fossem tão boas ainda estaria com elas, não acha? — confirmou. — Não estou te usando como passatempo, mas amo passar o tempo com você.

Se aproximou da mais nova.

— E eu ainda não te beijei, porque você não pediu. — disse simples. — Tudo que quiser que eu faça, é só me pedir.

— Realmente não está me usando? — era muito insegura.

— Não, não estou te usando. — afirmou.

Melissa ficou feliz, ela gostava mesmo da mafiosa russa.

— Vou ter que pedir mesmo? — confirmou. — Me beija?

— Não foi tão difícil. — segurou a cintura fina da brasileira, juntou seus corpos.

— Anda Polina, já esperei demais. — a russa riu da pressa da menor.

Beijou a mais nova como tem desejado desde o dia que colocou os olhos nela no dia do jogo. A brasileira encantou a russa, coisa que nunca tinha acontecido.

[...] Atualmente, Jimin on.

— Cadê os detalhes do beijo sua chata? — Peter perguntou.

— Vocês não vão saber isso. — falou.

— Esperava mais de você, Melissa. — Jin indignado.

— Curiosos! — eu nem pedi nada. — Eu fiquei todo esse tempo sem beijar e só faltava pedir. — faz parte. — Você pediu, Jin?

— Não te conto também. — parece criança.

"Ele pediu" contei.

— Fofoqueiro! — sou mesmo.

— E você Jimin, também pediu? — acho que vou me esconder embaixo da mesa. — Jungkook também é russo.

"Quieto, não fale nada" falei com Jungkook.

— Eu vou ir falar com o Tae. — levantou e foi para perto do outro russo.

— Então Jimin, pediu? — me recuso a responder.

— Certeza que pediu, Jungkook não iria beijar ele sem um pedido. — Peter falou.

— Vai Jimin, não é tão difícil essa pergunta. — é sim.

"Se me chamarem de impuro, não conto mais nada que acontecer entre mim e o Jungkook".

— Não vamos chamar. — Peter afirmou.

"Sim, eu pedi para ele me beijar", tô rosa!

— Jimin vive rosa. — Jin falou.

— Por isso o apelido "Rosado", Jungkook tem razão! — Melissa falou.

— Mas como você pediu? — curioso demais esse Peter.

"Não vou contar".

Bateram na porta da sala, alguém chamou a atenção do professor, ele levantou e foi abrir.

— Seu pai, Peter. — Melissa falou.

Ele falou com o professor, e um garoto loiro entrou, o professor fechou a porta.

— Pode se sentar onde achar melhor. — olhou ao redor, caminhou até uma mesa na frente onde Tae e Jungkook estão, se sentou.

— Carne nova. — Peter falou.

— Voltando aqui. — Melissa falou. — Jimin, se você fosse bi ou pan, ficaria comigo?

"Não entendi, mas sim" respondi.

— E você, Jin? — confirmou também. — Peter, para de secar o garoto novo.

— Não. — respondeu ainda olhando o menino.

— Como assim não? — lá vamos nós.

— Não faria meu tipo. — ela bateu no braço dele. — Tá! Sim, menina insistente!

— É meu jeitinho. — jeitinho dolorido.

— Vou ir falar com ele. — levantou e foi.

— Ele vai levar um fora, querem apostar quanto? — Melissa falou, Jin apostou, eu só quero observar.

Ficamos olhando, Peter sentado ao lado e parecia falar, não deu dois minutos e estava voltando.

— Levou um fora? — Melissa perguntou.

— Tecnicamente não. — sentou. — Leia. — passou o papel.

— Vamos ler. — coçou a garganta. — "Desculpa, não falo em situações que me deixam nervoso como essa".

"Ele provavelmente fala linguagem de sinais, por que não usou?" Perguntei.

— Vira. — Melissa virou o papel.

— "Só sei linguagem de sinais em inglês, sinto muito". — agora eu entendi. — Que fofo! Você levou um fora, pagando Jin.

— Droga. — entregou para ela o dinheiro. — Você não estava interessado no ex do Jungkook?

— Ele está namorando. — respondeu. — Um rico quase morto já.

— Mas você também é rico. — Melissa falou.

— Eu sou rico, o idoso é um oligarca russo. — eu já sabia. — Preciso aprender linguagem de sinais em inglês.

"Posso te ensinar" falei.

— É mesmo, você sabe. — sim, eu sei. — Jimin, amigo igual você não tem.

"O que você quer?" Tenho medo.

— Converse com ele, e tente fazer ele passar o número. — por que eu?

"Jin também fala linguagem de sinais em inglês" pede para ele.

— Mas o Jin não transpira simpatia igual você. — Jin nem negou, sabe ser verdade. — Você se revela uma cobrinha depois que já conquistou a pessoa, nosso amigo mostra o veneno na saudação.

"Não sou cobra!" Sou um neném.

— Com certeza é. — Melissa concordou com essa acusação.

— É mesmo. — Jin também concordou.

"Lembrem que meu namorado é o chefe da sua ficante e do seu namorado, uma palavra minha, e ele manda seus companheiros para a Rússia com passagem só de ida", eu sou um doce.

— Imagina se fosse cobra. — Melissa resmungou.

— O veneno está escorrendo. — Jin apontou o canto da minha boca.

— Então cobrinha, vai falar com ele? — lembrei do que ele fez para me defender.

"Tudo bem".

— Você é o melhor! — sei disso.

— E nós? — Jin perguntou.

— Estão em segundo. — acharam o cúmulo.

"Qual o nome dele?" Perguntei.

— Não sei. — meu Deus!

"Não garanto nada" fica calmo Jimin, ele é quase igual a você.

Levantei, tô quase desistindo.

— Boa sorte! — desejaram.

Caminhei, faltou pouco para desfalecer. Passei pelo Jungkook, segurou meu pulso.

— Aonde vai, neném? — perguntei, apontei o garoto. — Vai fazer o que?

"Falar com ele" ele ficou sem entender.

Fui até o garoto, respirei fundo, toquei seu ombro. Ele tirou o fone e me olhou, parecia com medo.

Desde quando eu causo medo em alguém?

Estou andando muito com o Jungkook.

"Posso me sentar?" Perguntei em inglês.

"Pode" ponto para mim.

Sentei ao lado dele, Peter um dia eu ainda vou te bater por isso.

"Qual o seu nome?" Começar com o básico.

"É mais fácil escrever" pegou um bloquinho de notas, escreveu e me mostrou.

Caleb Waterford, Jungkook não vai ser muito seu fã no início.

"E o seu?" Perguntou.

"Quer que eu escreva?" Confirmou e me passou o bloquinho com a caneta, escrevi e devolvi.

Vi os lábios dele se mexendo enquanto lia meu nome.

"Você é amigo do Peter?".

"Sim, ele queria que eu falasse com você por saber linguagem de sinais em inglês" e o mais simpático.

"Quando chegou pensei que fosse um dos populares que iria me bater" até ri.

Nem sei o que é ser popular.

"Eu não sou popular, e não vou te bater, fica tranquilo" cada coisa que eu vejo. "Por que pensou isso?".

"Sua roupa, o cabelo, a expressão intimidadora" ele está falando de mim? Não pode ser.

"Costumam dizer que eu sou fofo, não intimidador" falei pensativo. "O que pensou do restante dos meus amigos?".

"O Peter é quem flerta com todo mundo" certo, "A moça com cabelo crespo é a falante, sabe de tudo que acontece na escola, e gosta de brigar" muito certo, "O rapaz de cabelo rosa é quem todos querem ficar, não leva desaforo para casa, e se acha melhor que todo mundo" definiu o Jin perfeitamente.

"Exato, eles são assim mesmo" não escondem quem são, "Lê as pessoas bem".

"Obrigado! Você tem namorada?" Apontou minha mão com a aliança.

"Namorada? Eu sou gay, tenho um namorado", contei, "Tirando o Peter, o resto do meu grupo namora ou tem ficante".

Que evolução, para quem andava sozinho, agora tem um grupo.

"E você, está namorando?" Perguntei.

"Não, é meio difícil namorar quando não se consegue falar em situações de estresse, nervoso, ou pressão" sei exatamente como é.

"Sei como é" ele me olhou estranhando.

"Sabe? Você namora". Ele não sabe a história toda.

"Você consegue falar quando está calmo e relaxado, né?" Confirmou, "Eu não, posso estar calmo que não consigo, tenho fala seletiva, ou mudez seletiva."

"Não fala e conseguiu namorar?" Sim, um milagre.

"Achei alguém que pensou valer a pena insistir comigo, e agora eu já consigo falar com ele abertamente", a paciência do Jungkook é coisa de monge.

"Seus olhos brilharam ao falar do seu namorado, quero que isso aconteça comigo" essa é a minha deixa.

"Tem o Peter aí, ele é maravilhoso!" Os defeitos você descobre sozinho. "Você é meio desconfiado, já que não vai conseguir falar com ele, me passa seu número, vocês conversam pelo celular até se sentir à vontade para um face a face".

"Me convenceu, mas não prometo nada, não confio facilmente em ninguém" faz bem.

Escreveu o número em uma folha do bloquinho e o nome dele, me entregou a folha, coloquei no bolso.

"Se quiser, também pode salvar" falou com vergonha.

"Eu te mando mensagem" que orgulho de mim mesmo, "E uma coisa, você precisa instalar um aplicativo para eu conseguir te mandar mensagem".

Ele instalou whatsapp. Tirei meu celular do bolso e salvei o número dele, aproveitei e já enviei mensagem, guardei novamente.

"Posso te colocar no nosso grupo?" Perguntei.

"É você e seus três amigos?" Confirmei, "Pode".

"Tudo bem", Peter que vai colocar, ele é o administrador.

Bateram na porta de novo, o professor foi abrir a porta, uma inspetora.

— As provas senhor Waterford. — falou.

"Encontro você no intervalo" avisei ele antes de levantar e voltar ao meu lugar.

Sentei-me, respirei fundo.

— Waterford, qual o primeiro nome? — Peter perguntou.

"Duvido vocês acertarem" eu duvido.

— Joshua? — Melissa perguntou.

— Noah? — Jin.

"Errado", peguei o papel no meu bolso e entreguei ao Peter, ele vai ler.

— Caleb Waterford. — falou olhando.

— Não ia acertar nunca. — Jin comentou. — O que vocês conversaram?

"O que ele pensou sobre vocês, e acertou todos. Peter flerta com todos, Melissa é falante, briguenta e sabe de tudo que acontece na escola, Jin, quem todos querem ficar, não leva desaforo para casa e se acha melhor que todo mundo" contei.

— Realmente não errou. — Melissa falou.

— Sim, eu só não acho, eu sou melhor que todo mundo. — humildade mandou lembranças.

— O que mais? — Peter perguntou. — Você falou o que de mim?

"Que você é maravilhoso e poderia tentar o namoro contigo" sorria menos, está me deixando cego.

— Como entraram nesse assunto? — Melissa perguntou.

"Ele ficou surpreso por namorar sem falar abertamente como vocês, e eu disse que achei alguém que viu valer a pena insistir" preciso contar com detalhes. "Falou que quer que isso aconteça com ele, e eu sugeri o Peter".

— Por isso o Jimin é o melhor, Melissa teria falado "Ele é chato, fofoqueiro, já ficou com metade dos meninos da escola, um puto, fique longe". — provavelmente seria isso. — O Jin iria passar meia hora falando que ele é bem melhor sozinho que comigo, vocês dois não servem para cupido.

— Calúnia! — Jin se defendeu.

— Eu dei conselhos maravilhosos para o Jimin, seu boca de sapo. — amigos melhores que esses não existem.

— E o Jimin não tem o que reclamar de mim, também ajudei ele. — por que sempre sobra para mim?

— Mas vocês não ajudaram ele a chegar no Jungkook, Jungkook fez boa parte sozinho. — verdade.

— Como sabe que Jimin não chegou no Jungkook? — eu e Peter encaramos a Melissa. — Tá! Você ganhou.

Eu, chegar no Jungkook? Que engraçado!

O que eu fazia era correr, nem parecia ser sedentário enquanto corria dele.

— Que médico você tem hoje, Jimin? — Peter perguntou.

— Psicólogo e psiquiatra. — Jin respondeu enquanto mexia no celular, confirmei.

— Em quantas sessões de terapia você falou do Jungkook? — Melissa perguntou.

"Desde que conheci ele, todas" respondi. "Minha psicóloga vai ficar feliz que após anos de terapia eu estou falando com outra pessoa".

— Logo será nós, Melissa. — Peter falou com ela.

"Na crise vocês estavam perto?" Confirmaram, "Então já ouviram a minha voz".

— Prefiro não lembrar, entro em depressão toda vez que penso. — Melissa falou. — O mochi está cheio de cicatrizes.

— Vamos mudar o assunto, antes que você chore, se chorar o Jin é o próximo. — Peter falou. — Quando fez suas tatuagens, Jimin?

"Já vai fazer dois meses, meu gatinho e o coração florescendo" olhei o gatinho, ainda tenho marcas de unhas no braço.

— Gato é por gostar, né? — Melissa perguntou, confirmei. — E o coração?

Levantei a manga mostrando inteira, os três olharam e passaram o dedo, não liguei.

"O coração significa que mesmo quebrado, eu vou florescer", contei.

— Ela vai chorar, em três, dois, um. — Melissa chorou. — Chorona!

— Culpa do Jimin. — minha nada. — Falando essas coisas emocionantes. — limpou os olhos.

— Eu quero ir para o intervalo logo. — Jin falou. — Tô com fome!

"Falei para o Caleb que ele pode ficar com a gente, não tem problema né?" Perguntei.

— Por mim, não, estarei ocupado comendo, que fome! — a draga falou.

— Sempre cabe mais um. — Melissa falou.

— Você é o melhor, Jimin. — esse Peter.

Quando a aula de biologia acabou o professor saiu e todos voltaram aos seus lugares, a professora entrou em seguida.

— Fez um novo amigo, neném? — Jungkook perguntou.

— Foi para ajudar o Peter, mas ele é legal. — respondi. — Também não fala em situações de estresse, nervoso e pressão, sabe linguagem de sinais só em inglês.

— Qual o nome dele? — então.

— Caleb Waterford. — revirou os olhos.

— Tinha que ser Caleb? — posso fazer nada. — Antes que pegue e veja, meu ex mandou mensagem.

— Qual deles? — perguntei.

— O tóxico. — me entregou o celular, após desbloquear fui direto no outro aplicativo de mensagem.

Li todas as mensagens, quer se encontrar com o Jungkook.

— Você vai se encontrar com ele? — devolvi o celular.

— Só se você for junto. — falou.

— Então não vai, porque eu não vou me encontrar com esse filho da puta. — machucando meu namorado.

— Fica tão gostoso falando palavrão. — dei um tapa na perna dele. — Mão pesada.

— Mentiroso, já levou um tiro e está reclamando do meu tapa. — fraco.

Prestei atenção nas aulas, fazendo as lições, e ignorando as provocações do Jungkook, menino atentado.

— Se sussurrar no meu ouvido de novo, corto a sua língua! — ameacei.

— Qual o problema em sussurrar? — o problema não é sussurrar, é o que ele está sussurrando.

"Nossa, sua boca está tão bonita!"

"Poderia te beijar o dia inteiro e não me cansaria".

"Fica mais gostoso quando está bravo comigo, de cropped ainda, minha perdição!"

Esse assédio constante, não dá!

— Eu juro que vou arrancar sua língua, pervertido! — e ele ri, isso que mais me irrita!

Ele só é gato preto com os outros, comigo é um Golden bocó.

— Mafioso de meia tigela. — voltei a responder as perguntas, concentrado.

— Meu bravinho! — beijou meu pescoço.

Olhei bravo para ele, se concentrou no caderno.

Mafioso perigoso, a tá!

Assim que terminei fui receber meu visto, todas as questões estavam certas, eu sou incrível!

Voltei ao meu lugar, sentei, Peter virou e pegou meu iPad.

— Se pede, você não dá a resposta, agora vou roubar. — lá se foi meu iPad.

— Neném mais lindo. — o que? — Qual a resposta da última?

— A resposta está na pergunta, distraído. — ele leu de novo.

— Não tinha visto, estava pensando em você. — nem falo nada.

Levou o caderno dele, e eu vi o meu iPad sendo passado para a mesa do Jin com o Tae, eles já se esforçaram mais, química é tão fácil.

Se eu for repreendido pela professora, faço drama para o Jungkook bater neles.

Meu iPad voltou para as minhas mãos, desliguei e guardei na bolsa, o sinal do intervalo.

Saí da sala de mãos dadas com o Jungkook, Jin estava falando algo com Melissa na minha frente, e Peter com Tae falando do jogo de basquete da NBA que teve ontem nos Estados Unidos.

— Assistiu esse jogo? — perguntei ao Jungkook.

— Sim. — deve estar se coçando para se juntar à conversa animada dos dois.

— Se quiser pode ir falar com eles. — você é livre.

— Prefiro ficar com você. — falou.

— Que fofo! Ainda não esqueci que queria um russo, seu sem vergonha. — revirou os olhos para mim, bati no braço dele. — Não revire esses olhos, afrontoso.

— Tão bravo esse toquinho. — beijou minha bochecha.

— Não sou bravo. — começamos a descer as escadas. — Você está livre hoje a noite?

— Deixa eu ver. — pegou o celular e foi olhar algo, mexeu. — Sim, o que quer fazer?

— Por que cancelou o que tinha hoje a noite? — Tae se aproximou para perguntar a ele, olhei o Jungkook.

— Jimin é mais importante, vão sem mim. — eu sou mais importante.

— Pode ir com eles se você quiser. — sussurrei em seu ouvido.

— O que tinha hoje a noite? — Peter perguntou.

— Festa da máfia, ainda vai ter, mas o líder não vai estar. — Tae falou olhando Jungkook que nem está ligando.

— Posso ir? — Peter perguntou.

— Pode. — Peter já foi falar com Melissa. — Jimin, queira ir nessa festa, Jungkook é seu seguidor, onde você for ele vai querer ir. — Tae falou comigo.

Não sou fã de festas.

— Quantas festas dessa já perdeu desde que nós nos conhecemos? — perguntei sussurrando.

— Ele quer saber quantas festas dessa eu já perdi desde que o conheci. — Jungkook passou a pergunta.

— Todas, você foi em uma da Rússia, mas deu merda porque sua ex maluca apareceu lá. — Tae expondo o Jungkook. — Jimin, seu namorado não vai mais para nada, eu te pago se for nessa festa e levar o Jungkook.

Agora falou minha língua.

— Quanto vou ganhar? — anda Jungkook, passa para ele.

— O espertinho quer saber quanto vai ganhar. — você é rico, pode pagar bastante.

— Trinta. — pouquinho, neguei. — Cinquenta mil dólares.

Soltei a mão do Jungkook, estendi e ele apertou.

"Vamos a essa festa" falei com Jungkook.

— Seu pai vai deixar? — vai.

Tae foi comemorar que conseguiu garantir a presença do líder na festa.

— Vittorio convence ele. — falei.

Chegamos ao refeitório, esse caminho aumentou de ontem para hoje?

Olhei ao redor, vi Caleb em uma mesa sozinho.

— Pega brownie, e leite de morango para mim, por gentileza. — ele não entendeu. — Vou ir chamar o Caleb.

— Arrumem algum apelido para ele. — foi pegar meu brownie.

Fui até a mesa que Caleb está, fones no ouvido e mexendo no celular. Toquei seu ombro para chamar atenção, ele olhou para mim, tirou os fones.

"Oi! Vem, vai ficar na minha mesa" ele levantou colocando fones e celular no bolso do uniforme, faz tempo que não uso o uniforme.

"Seus amigos não vão ligar?" Neguei.

Um grupo de meninos que fazem parte do meu time passou ao nosso lado.

— E aí, capitão? — acenei para eles.

"Capitão?" Perguntou.

"Eu sou capitão do time de vôlei", incrível eu sei.

"E isso é não ser popular na sua visão?" Confirmei, "Você é popular!" Sou nada menino. "Seu namorado vem te buscar aqui na escola?".

"Ele estuda aqui, tem vinte anos, repetiu por faltas no ano passado" contei.

"Quanto ele faltou para conseguir repetir?" Perguntou.

"Sete meses" impossível passar com tudo isso de falta, "Aquele de jaqueta preta e cabelo preso é meu namorado" apontei Jungkook na mesa.

"Você namora o bad boy, é capitão do time de vôlei, com certeza é muito popular!" Eu não sou, né?

Jungkook está com a cara que coloca medo até nas aranhas, alguém irritou ele.

"Seu namorado dá medo" ri com isso.

É que ele é da máfia, coisa pouca menino.

"Fica tranquilo, ele é de boa" chegamos na mesa.

Sentei ao lado do Jungkook, Caleb sentou ao meu lado.

"Se apresentem" usei o coreano.

— Melissa Batista, e eu não sou briguenta, sou a mais pacífica do grupo. — a tá!

— Kim Seok-jin, tudo que falou é verdade, e ela é briguenta sim. — Jin se apresentou.

Cutucou Tae, Tae olhou para os lados, notou Caleb.

— Ah, oi! Kim Taehyung. — voltou a mexer no celular.

— Peter Baudin. — e ele nem sabe, né?

— Jeon Jungkook. — ele está muito bravo.

"Pode falar que é um prazer conhecer eles?" Confirmei.

"Disse ser prazer conhecer vocês" passei.

— O prazer é todinho do Peter. — Melissa falou. — E eu sei linguagem de sinais em inglês, legal isso né Peter.

— Fudeu! — Peter falou.

— Certeza que vai dar uma chance para o Peter? Eu tenho várias informações que te fariam mudar de ideia. — e eu sou a cobra?

"Ela está brincando!" Falei com ele.

Jungkook passou meu pedaço de brownie, e meu leite de morango com o canudo.

— Eu já volto. — falou comigo, levantou e saiu.

"O que aconteceu?" Perguntei.

— Ele recebeu uma mensagem e ficou assim. — Melissa contou. — Tae deve saber o que é.

— Dessa vez eu não sei. — Tae falou.

— Me dá esse celular, vive jogando em casa, aqui não. — Jin pegou.

— Jinnie, devolve. — Jin colocou no próprio bolso e negou.

"Eles são namorados?" Caleb perguntou.

— Sim, Jin e Tae são um casal, Jimin e Jeon são outro. — Melissa falou. — Jin e Tae o casal putaria, só pensam em sexo, Jimin e Jeon são o casal fofura, pode ficar diabético perto deles.

Estou preocupado com o Jungkook!

Comi o pedaço de brownie, vou ir atrás dele!

"Jin também sabe linguagem de sinais em inglês, vai ficar bem com eles, e Melissa é fofoqueira, não conte nada" avisei antes de levantar.

— Assim machuca, Jimin. — tadinha né.

Saí do refeitório bebendo meu leite de morango.

Se ele está estressado, foi fumar.

Fui direto para o estacionamento, estava lá encostado no carro fumando. Joguei a embalagem fora e segui até ele, me viu chegando.

— O que te estressou, Kook-ah? — perguntei encostando no carro ao lado dele.

— Nada. — respondeu.

— Certeza? — porque algo com certeza aconteceu. — É na máfia? Eu posso te ajudar?

— Nisso não pode neném. — deve ser sério mesmo.

— Dá isso. — peguei o cigarro da mão e joguei no chão pisando em cima.

— Loirinho, isso não se faz. — quem disse?

— Faz mal, se quer estar comigo até ficarmos bem velhinhos, cigarro não vai te ajudar. — peguei o cigarro do chão e levei até o lixo, voltei para perto dele. — Eu posso te ajudar a ficar calmo. — falei ficando rosa.

— Do jeito que eu gosto? — confirmei. — Aqui? Sei que não gosta de ser beijado em público, principalmente na escola.

— Um trauma só é vencido se enfrentar ele. — eu consigo!

— Tão crescido meu neném. — ele segurou minha mão, me colocou na frente dele. — Lindo! — fez carinho na minha bochecha. — Você é perfeito!

— Kook-ah, não me deixa com mais vergonha. — ele riu.

— Manhoso! — quem me deixou assim? Agora me aguente.

Finalmente me beijou, e eu tentando não pensar que alguém vai ver.

Ele conseguiu me fazer esquecer rapidinho. Esse piercing na língua faz meu corpo ficar quente. Minhas mãos ficam sempre formigando enquanto estou com elas apertando sua jaqueta de couro, meus pés firmes no chão, uma vacilada e eu posso ir de encontro a ele.

O senti apertar minha cintura, eu amo quando ele faz isso. Subi minhas mãozinhas colocando ao redor de seu pescoço, ainda sinto formigando, e borboletas no estômago.

Me deu selinhos demorados antes de se afastar, olhei para ele.

— Melhor? — perguntei.

— Não, preciso de mais. — safado.

Ficamos no estacionamento até o sinal bater, eu acalmando ele, sem vergonha.

Subimos de mãos dadas até o andar da nossa sala. O Caleb que Jeon não gosta estava no corredor, na mesma hora me abraçou de lado, ciumento!

— Nem é ciumento. — falei.

— Cuidadoso, tem diferença. — claro.

— Claro. — tem nada.

— Se não gosta é só me falar. — dramático.

— Não ligo que seja cuidadoso. — ciumento. — Mostra que se preocupa comigo.

Entramos na sala, não me surpreendeu ver que Melissa colocou o Caleb para sentar perto.

Sentamos em nossos lugares, peguei o iPad.

— Jimin. — olhei para frente. — O que você iria preferir, ser mordido por uma cobra, ou, conversar com todos com quem Jungkook já ficou? — da onde ela tira essas perguntas.

"Cobra, não tenho tanto tempo livre assim para conversar" respondi.

— Quer dizer o que com isso neném? Que eu fiquei com muita gente? — entende rápido.

"Exatamente" cada coisa.

— Puto. — e virou para frente.

— Sua vez Jungkook. — Peter virou. — Você prefere lutar com um jacaré, ou...

— Tudo que envolve o Jimin, eu prefiro lutar com o jacaré. — Jimin nada, é neném.

— Esse povo que senta atrás de nós é corajoso. — Peter falou com Melissa.

As três últimas aulas passaram lentas, fiz trabalho, entreguei trabalho, fiz prova, que canseira!

Tem gente que ainda fala, "nossa, mas você só estuda", como se estudar fosse fácil.

Saí da sala ao lado do Caleb, falando com ele e Jungkook atrás falando com Peter, Jin e Melissa na frente conversando sobre a nova coleção da Prada, Tae muito concentrado no celular e carregando a mochila do Jin.

Descemos as escadas, fomos até o estacionamento, eu descobri que Caleb mora na minha rua, levaria ele, mas sua mãe veio o buscar.

— Vamos, neném? — confirmei, abriu a porta do carro e eu entrei.

Coloquei o cinto, abri o porta luvas, passei a arma para o lado e peguei o pacote de pirulito, abri e tirei um, guardei novamente.

Tirei a embalagem colocando na sacola de lixo, coloquei o pirulito na boca. Jungkook está conversando com Tae, Jin já foi com o motorista, foi se encontrar com a mãe em um restaurante.

Entrou no carro e colocou o cinto, finalmente.

— Neném, o que você queria fazer antes do Tae te chantagear para ir à festa? — perguntou ligando o carro, tirei o pirulito da boca.

— Aquele trabalho que a professora de educação sexual passou, não sei que horas vou chegar da Itália, e não quero que você fique sem nota por minha causa. — expliquei.

— Que eu fique sem nota, ou faça com outra pessoa? — os dois.

— Fique sem nota. — meia verdade. — Mas podemos fazer amanhã após o jogo, ou você tem algo para fazer?

— Não tenho. — está marcado. — Amanhã, na minha casa, vamos descobrir quais são as partes erógenas do seu corpo, toquinho.

— Falando, seu safado! — ele riu. — Cada coisa que eu passo. — voltei com o pirulito na boca, acabei mordendo, queria logo a bala que tem no meio.

Fiquei só olhando a janela enquanto mastigava minha bala. Logo ele entrou na minha rua, parou o carro em frente a minha casa. Saiu e veio abrir a porta para mim, saí após me soltar do cinto.

— Seu iPad. — peguei.

— Obrigado! — agradeci. — Manda no whatsapp que horas vem me buscar.

— Tudo bem, boa sorte no psiquiatra e tchau! Meu loirinho. — beijou minha testa, e a boca? — Biquinho lindo.

— Tchau! Chato. — fui me afastar, mas ele me fez voltar, me beijou, agora sim.

Aproveitei cada segundo, eu amo fazer isso. Agora entendi porque as pessoas fazem tanto, é maravilhoso! Mas acredito que está relacionado com quem você está fazendo, e não teria como ser ruim fazendo com o Jungkook.

Ele sabe como fazer, não que eu tenha experiência, mas se não soubesse eu não iria gostar.

Como diz a Melissa, ele me deixou com as pernas bambas.

— Te amo! — falou.

— Também te amo! Fã dos russos. — não vou esquecer tão cedo.

— Meu amor, eu falava que queria namorar russos por conta do conselho da máfia, é mais fácil eles aceitarem sendo russo, e que os dois coreanos que namorei não deu nada certo. — "meu amor", estou sorrindo igual um bocó. — Você me ouviu?

— Claro, mas garanto que o conselho vai gostar de mim. — afirmei.

— Sei que vão. — "meu amor", nunca me chamou assim. — Por que está sorrindo?

— Nada, eu vou entrar. — beijei a bochecha dele. — Até mais tarde!

— Até neném! — Caminhei até a porta de casa, virei para trás e acenei para ele antes de entrar.

Hobi em cima do sofá gritando, e Vittorio com uma vassoura na mão.

— MATA! — quem?

— Assim que eu achar. — achar?

Tirei meu tênis, algo passou correndo em cima do meu pé, logo eu estava com Hobi em cima do sofá.

— É um monstro Jimin. — me chacoalhou.

— Achei, ratinho vem aqui. — Vittorio falou.

Rato? Pensei que fosse barata, odeio barata!

Desci do sofá, fui até a cozinha e abaixei perto do Vittorio, estiquei o braço embaixo do armário procurando o pequeno roedor.

Achei!

Peguei ele e tirei debaixo do armário, Vittorio se afastou.

— Mata, Ji. — tadinho, fiz carinho no pequeno ratinho branco.

"Ele é doméstico" Olhei a coleira, "Já volto".

Calcei meu chinelo na porta e saí de casa, andei uns quinze metros na calçada, vi Caleb do outro lado da rua, atravessei.

Quando viu o que estava na minha mão sorriu, é dele o ratinho. Pegou a gaiola e eu coloquei dentro.

"Quase que ele morreu, meu irmão estava fazendo um escândalo e meu padrasto prontinho para matar o coitado" falei, ele colocou a gaiola no chão, o rato bebendo água, correu muito.

"Ele ainda não se adaptou a essa gaiola e fica escapando, mas daqui a pouco a dele vai chegar, obrigado por salvar meu ratinho" agradeceu.

"Por nada, então aqui que você vai morar?" Perguntei.

"Sim, você mora ali?" Apontou minha casa, confirmei.

— Caleb, venha almoçar. — a mãe dele o chamou, mas se aproximou ao me ver. — Amigo da escola, filho?

Ele sussurrou algo para a mãe.

— Ah! Você é o Jimin? — confirmei. — Caleb falou de você, que foi muito receptivo com ele, obrigado! Fico feliz em saber que não teremos problemas nessa nova escola.

"Com certeza não, um prazer conhecer a senhora" falei.

— Digo o mesmo, quer almoçar conosco? — eu aceitaria.

"Obrigado pelo convite, mas tenho médico logo, deixa para uma próxima" recusei educadamente.

— Tudo bem! Não demore para entrar filho, ou a comida vai esfriar. — ela entrou.

"Até amanhã!" Me despedi do Caleb e voltei para casa.

— De quem era o rato? — Vittorio perguntou.

"Aluno novo da minha sala", após lavar minhas mãos fui para a cozinha, sentei.

— Ótimo bicho de estimação. — Hobi resmungou.

— Podem comer. — meu irmão ainda está restrito dos alimentos, come reclamando de estar fazendo dieta sem um objetivo estético.

— Bacon nem faz mal. — reclamou.

— Para quem fez tatuagem sim, come o peixe aí. — Vittorio falou com o resmungão.

Após terminar de comer, subi para o meu quarto. Coloquei o iPad em cima da escrivaninha, e fui guardar meu tênis no closet.

Após escovar os dentes eu deitei, fiquei mexendo no celular, só no Instagram mesmo.

Ouvi batidas na porta, Vittorio entrou.

— O que você queria pedir no almoço? — me odeio por ser expressivo, sentei na cama.

"Então, tem como convencer meu pai a deixar eu ir em uma festa com o Jungkook hoje a noite?" Pedi.

— Festa com o Jungkook? — confirmei. — Mas a festa que tem hoje é da máfia, vai em uma festa da máfia, Jimin? — pretendo. — Sabe como funciona uma?

"Não, como é?" Perguntei.

— É interna, então é literalmente tudo liberado, drogas, bebidas, troca de saliva, etc. Tem certeza que quer ir? — sim. — Você não vai querer ficar muito tempo, vou falar com o Jeong.

"Mais uma coisa", pedi o que eu queria e ele disse que faria.

Passei mais um tempo só olhando o celular, bateram de novo na porta, meu pai entrou.

— Filho, como está? — perguntou, contei até cinco e respirei fundo.

— Estou bem, precisa de algo? — perguntei.

— Não, hora de ir à psicóloga. — levantei e fui ao closet, calcei um tênis branco e saí.

No caminho para o consultório conversei com o Jungkook, ele está estressado de novo, não me falou, mas pela forma de escrever sei que está.

Ao entrar e meu pai falar com a recepcionista fomos para a sala de espera. Segui mexendo no celular, meu pai olhava uma revista de comidas caseiras, como se ele gostasse de cozinhar, por isso ele se apaixonou pelo Vittorio, o noivo ama cozinhar.

— Park Jimin. — levantei e guardei meu celular no bolso, segui a psicóloga até a sala dela.

Nós entramos e já sentei de frente para a mesa dela, ela sentou, fez algo no computador e pegou em uma das gavetas o caderno que marca coisas sobre mim, abriu na página que parou.

— Olá, Jimin! Faz um bom tempo que nós não nos vemos. — falou.

"Olá! Sim, bastante mesmo" confirmei.

— Poderia ir do início, mas coisas recentes chamaram minha atenção. Você na sexta-feira comunicou que não viria a terapia porque teve uma crise e estava no hospital se cuidando. — exatamente. — E quando tem crise você não costuma estar em melhores condições para falar comigo, qual foi o gatilho da crise?

"Apresentação de Ballet na escola" respondi, "Eu não sabia que era isso, o inspetor que chamou a sala disse ser teatro, mas era Ballet".

— Faz exatamente sete anos que você não tem contato com nada do Ballet. — sim. — Como foi a crise?

"Horrível! Eu machuquei meus ouvidos e braços, foi o que tive acesso na hora" mostrei e ela olhou as marcas de unha. "Mas não lembro o que falei, isso está totalmente em branco na minha memória".

— Como saiu da crise? Se tivesse seguido até o final você teria tido convulsões. — exato.

"Meu namorado me ajudou, ele me abraçou e disse que me amava" contei.

— Então ele presenciou a crise? — sim. — Eu preciso falar com o seu namorado.

"Por que?" Perguntei.

— Você não lembra o que disse, e eu preciso saber para entender que partes você ressuscitou na crise. — isso importa? — Se você não se importar, é claro.

"Não me importo" peguei o celular, mandei mensagem ao Jungkook, ele concordou.

Liguei e passei a psicóloga, ele contou e ela anotou tudo no caderninho do demônio.

— Obrigado, Jeon. — e devolveu para mim, desliguei. — Agora que já sei o que seu corpo quer fazer sua mente enfrentar, vamos por parte.

Ela falou sobre cada assunto que ressuscitei, mas algo me fez sentir que Jungkook não contou um dos assuntos para ela, só um sentimento.

Quando resolveu o problema da crise, passou a perguntar sobre o restante do tempo que ela estava de férias.

— Como reagiu com seu namorado fora do país? — como posso explicar sem parecer tão triste?

"Não queria comer, dormir, ver meus amigos, ou sair do quarto" falei a verdade.

— Jimin, sabe o que isso parece né? — sei.

Dependência emocional.

"Não é, porque ele já foi para a Rússia uma vez e eu não fiquei assim, dessa vez foi diferente" vou explicar, "Eu sentia que a culpa era minha dele estar longe, por isso fiquei triste, que nada daquilo estaria acontecendo se eu conseguisse agir como um adolescente comum".

— Como assim comum? — preciso ir do início.

"Foi por não conseguir beijar meu namorado que tudo aconteceu, um idiota provocou ele, e ele revidou quase matando o menino de tanto bater" complicada essa história. "Meu namorado é russo, e o menino é americano, para não ser preso ele foi para a Rússia".

— Então você sentiu que se conseguisse beijar seu namorado, como todos os outros adolescentes fazem, nada disso teria acontecido? — sim. — Não é dependência emocional.

Fiquei aliviado.

— Mas você se culpar também não é saudável, Jimin. — droga. — Não pode colocar a culpa em si quando algo ruim acontecer ao seu redor. — Eu acho que posso. — Não pode. — lê mentes agora. — Esse menino que provocou seu namorado iria achar outra forma de o provocar sem te envolver, e mesmo assim você iria se sentir culpado.

Como você sabe?

— Você projeta coisas que aconteceram no seu passado em suas novas relações, no passado não era sua culpa, no presente não é sua culpa e nem no futuro será. — falou. — Esse sentimento é para quem fez algo de errado, você ser diferente de outros adolescentes não é errado, não precisa sentir culpa nisso.

Ela tem razão!

— Costuma sempre falar que você não é normal, mas você é, ser diferente não te causa uma anormalidade. — eu me vejo como anormal. — Sua diferença não é motivo para se sentir culpado ou anormal, isso te torna único, estar dentro de um padrão é algo exaustivo, viver fora dele te dá liberdade para ser aquilo que seu coração desejar.

"Faz sentido, meu padrasto disse que eu deveria me perdoar para conseguir falar com meu namorado, e eu me perdoei, agora consigo falar abertamente com ele" minha psicóloga sorriu tanto que eu jurava que iria chegar no ouvido.

— Você falou com ele? — confirmei. — Após anos de terapia você está falando com outra pessoa, parabéns Jimin! Isso é maravilhoso.

Ela anotou mais coisas, queria tanto ver.

— O que você falou com ele na primeira vez? — perguntou.

"Que o amava" respondi, "E na segunda vez que perdoei. Consegui pedir para ele me beijar" tô rosa!

— Muitas notícias boas. — anotou mais. — Está vendo que a culpa não faz bem, se continuasse se sentindo culpado não estaria falando e nem beijando seu namorado, deixe a culpa para quem fez algo errado, você não fez nada de errado.

Seguimos a terapia, depois eu subi para o andar da psiquiatra. Não quero voltar a tomar remédio, mas sinto que vou.

Eu já tomo alguns, mas é um específico que quero ficar longe.

O psiquiatra já estava me esperando, entrei em sua sala, tem uma parte com brinquedos na sala para as crianças que ele atende.

Eu já brinquei nesses lugares, e brincando meu antigo psiquiatra anotava as coisas, porque não conseguia falar absolutamente nada nem em linguagem de sinais.

— Sente, Jimin. — queria brincar!

Sentei-me, ele também.

— Sua psicóloga passou uma avaliação baseada na opinião dela sobre você, para mim. — é assim que ele sabe como estou. — Consta que você evoluiu muito, tem enfrentado seus medos, pelo sigilo médico e paciente, ela não específica o que você fez, quer compartilhar?

"Eu fui em um parque de diversões, falei com meu namorado, beijei meu namorado, perdi o medo de fazer novas amizades, sou capitão do time de vôlei, e enfrentando o medo de demonstrar afeto em público sem me importar com o que vão falar" contei o que lembrei.

— Realmente, você evoluiu muito. — ele também tem um caderno. — Na última consulta você estava muito bem, mas era relacionado a estar de férias, como se sente agora frequentando a escola?

"Me sinto bem, eu mudei de escola e de casa", tive que contar os motivos, tudo como aconteceu.

— Você olhou bastante a área dos brinquedos, escolha um que está na prateleira. — estão em caixas.

Fui até a prateleira, olhei tudo e peguei um "quebra-cabeça", voltei.

— Agora monte. — me senti como uma criança de novo, montei o quebra-cabeça.

Sentou do meu lado no chão, e passou a análise completa sobre o meu comportamento ao montar um simples quebra-cabeça. Falou sobre tudo que aconteceu na minha vida, onde que precisava mudar para não acontecer novamente.

— Quantas crises teve desde que nós nos vemos a última vez? — contei mentalmente.

"Oito" pouquinho.

— Oito crises, diminuiu consideravelmente. — sim, antes eu tinha duas por dia, ou mais. — Com tudo que falou, sabe o que terei que fazer.

"O remédio" sabia.

— Sim, mas dessa vez você vai retornar em um mês, se apresentar melhora vai continuar tomando, se manter igual como está, vai ficar sem novamente. — fez a receita e me entregou.

Ele falou mais umas coisas e eu fui liberado, saí da sala, e desci de elevador ao primeiro andar.

— Vamos, filho? — meu pai falou ao meu ver. — Como foi?

"Normal até" falei, tô nervoso!

Saímos da clínica, fomos até o carro, entramos.

— O que tem na mão? — entreguei. — Vou comprar.

Passamos na farmácia no caminho de casa, ele comprou o remédio, me deu a sacola após entrar no carro.

— Quando vai retornar ao psiquiatra? — respirei fundo.

— Em um mês. — falei.

— Vai voltar a tomar pelas crises? — bem que eu queria que fosse por isso.

— Não, ele me avaliou e achou melhor voltar com o remédio, as crises diminuíram consideravelmente segundo ele, então foi pela avaliação. — expliquei. — Se eu melhorar, vou continuar tomando, caso contrário ele vai tirar os remédios totalmente, menos os de ansiedade e crise.

A outra lista extensa de remédios.

— É o para humor, né? — confirmei.

O restante do caminho foi tranquilo, nós entramos em casa juntos. Tirei meu tênis e iria seguir.

— Ji. — voltei. — Como foi?

"Tranquilo eu diria" respondi.

— Que bom! — aí eu subi, entrei em meu quarto. Limpei meu tênis e guardei, troquei de roupa e voltei ao quarto.

Desci com o frasco azul do remédio que preciso tomar, todos os dias sem falta.

Duas coisas podem acontecer, eu ficar apático, não sentir nada, ou melhorar muito meu humor e eu não ter picos de tristeza profunda.

Que mesmo com Jungkook perto ainda sinto. Muitos escritores colocam em livros que após encontrar o amor, a mocinha se curou da ansiedade, depressão, crises, mas quem vive isso, sabe ser mentira. O amor ajuda sim, e muito, mas não é milagroso que vai tirar toda ansiedade e depressão.

Precisa de muito acompanhamento médico, remédios (que eu odeio), e apoio de quem você ama. Eu tenho tudo isso, então sei que vou ficar bem.

Passei pela sala de jantar e fui até a cozinha, peguei água no filtro, um dos comprimidos foi para a boca, tomei com água. Se Jungkook sonhar em saber que tomei no seco, fala uma hora na minha cabeça.

É mesmo, o Jungkook. Ele vai notar que meu humor vai mudar, preciso contar hoje que voltei com esse remédio.

— Jeong. — ouvi Vittorio chamando meu pai. — Jimin, pode ir em uma festa com o Jungkook?

Continuei de costa para a sala de jantar, tomara que ele deixe.

— Por que você mesmo não me pediu, Jimin? — deixei o copo na pia, virei.

"O senhor acha que tenho passado muito tempo com o Jungkook, pensei que se fosse o Vittorio pedindo teria mais chance do senhor deixar" contei.

— Quem vai dar a festa? — a máfia russa.

"O Jungkook" não é mentira.

— Festa que o Jungkook vai dar? — confirmei. — Pode ir. — obrigado! — Não beba, não fume, não apareça com um filho, se fizer sexo use camisinha Jimin.

"Pai, eu não vou para um prostíbulo, é só uma festa" Vittorio riu, o que você sabe?

— Claro. Nada de netos para mim cuidar depois, Jimin. Sou jovem demais para ser avô. — e entrou no escritório.

— O que estava tomando? Está com alguma dor? — neguei.

"É remédio para humor, voltei a tomar" expliquei, "Vou subir".

E voltei ao meu quarto, vou estudar para não ficar pensando.

O restante da tarde eu passei estudando, com meu celular no silencioso para não atrapalhar.

Quando deu seis horas eu fui tomar banho, lavei meu cabelo, hidratei porque estava precisando. Ao sair me sequei, escovei os dentes e passei hidratante no rosto.

No corpo um creme suave, coloquei o roupão e saí do banheiro.

Bateram na porta, Vittorio entrou, acendeu a luz.

— Vamos escolher sua roupa. — tem uma sacola na mão dele.

Isso que pedi a ele mais cedo, me ajudar a escolher, não sei o que usar em uma festa da máfia.

— Que horas Jungkook vem te buscar? — ótima pergunta.

"Um momento", peguei meu celular, tem mensagem dele como o esperado.

Meu coelhinho
Como foi no psiquiatra?

Meu coelhinho
Pretende passar o restante do dia estudando?

Meu coelhinho
Com certeza vai estudar porque não está me respondendo.

Meu coelhinho 
Neném, me responde.

Dramático!

Que horas vem me buscar?

Estava estudando mesmo.

Não demorou e ele ficou online, logo a mensagem chegou.

Meu coelhinho
Oi sumido!

Meu coelhinho
19:30.

Tudo bem, vou te esperar!

Coloquei na cama de novo o celular. "Sete e meia, temos cinquenta minutos".

— Então vamos começar. — entramos no closet, acendi a luz.

"Por que riu quando eu disse que não iria em um prostíbulo?" Perguntei.

— As festas da máfia russa são conhecidas pela bebida, drogas, e muito sexo, Ji. — legal, ambiente familiar eu vou. — Muito sexo mesmo.

"Já foi em alguma?" Para ele falar com essa certeza.

— Em muitas. — nossa. — Você é bem santinho para algumas coisas, vai perder o restante de inocência que resta namorando o líder da máfia russa.

"Por que acha isso?" Sou um anjinho.

— Jungkook, apesar de ir devagar com tudo para não te assustar, ou pressionar, ele é alguém que praticava bastante a arte do sexo. — continue, estou amando ter essas informações em primeira mão. — Se não se sente confortável, eu paro de falar sobre isso.

"Pode continuar, me importo com o que ele faz agora" ele não pode praticar bastante a arte do sexo agora, porque será com outra pessoa já que não me vejo pronto para isso.

— Quanta maturidade! Se eu pudesse matava todos os ex do seu pai. — que amor! — Voltando, Jungkook vai te fazer perder toda a inocência que sobrou no momento que disser "Eu estou pronto".

"Não é de se duvidar", agora que consigo beijar, se deixasse Jungkook não me deixava nem respirar.

— Look montado. — olhei em cima da ilha, calça de couro preta cintura alta, e blusa preta manga longa.

TRANSPARENTE?

"Como assim transparente? Eu não uso nada transparente" falei.

— Vai ficar bonito. — neguei. — Tudo bem, deixa eu ver algo aqui. — olhou mais meu closet. — Achei, use essa regata preta por baixo.

"Vai combinar?" Perguntei.

— Vai, já usei algo assim. — imaginei. — Vista a calça e a regata, eu vou te ajudar com a blusa transparente.

Peguei os dois e uma cueca, fui para o banheiro. Vesti a calça e a regata, tem dois dedos de alça. Coloquei por dentro da calça, fechei o zíper e o botão.

Saí do banheiro e entrei no closet, Vittorio mais empolgado que eu.

Me ajudou a vestir a blusa transparente que também ficou para dentro da calça, depois ajeitou a gola alta.

— Calce essa bota. — mostrou a bota preta, sola tratorada, da PRADA.

Sentei no puff e calcei a bota, levantei.

— Maravilhoso! — bateu palmas. — O que vai fazer no cabelo?

"Secar e passar um óleo" respondi.

— Eu faço isso. — sentei de novo.

Ele arrumou meu cabelo, deixou bem certinha a franja com a chapinha.

— Posso te maquiar? — qual a chance dele desistir se eu negar? Nenhuma né? Imaginei.

"Claro, por que não?", mais um tempo sentado.

— Perfeito! Pode olhar. — me entregou o espelho.

Meus olhos, ele fez um esfumado bem escuro, até um pouco na pálpebra de baixo.

— Então? O que achou? — devolvi o espelho.

"Estou levemente assustador, mas ficou lindo!" Ele riu.

— Já são 19:25, vamos descer. — saímos do closet.

"Obrigado por me ajudar" agradeci.

— Não foi nada. — foi sim.

Peguei meu celular, e um pirulito de morango. Desci colocando ele na boca, joguei a embalagem no lixo da cozinha.

— Para de olhar a televisão, olha o Jimin, amor. — meu pai virou para trás me olhando inteiro.

— Tenho certeza que essa transparência, foi ideia sua, vida. — com certeza foi. — Está lindo, filho! Mas volte puro.

Nem falo nada.

Meu celular vibrou, Jungkook falando que está na frente de casa.

"Tchau! Não volto tarde" me despedi deles e saí, mas lembrei de algo e voltei, subi correndo e entrei no quarto.

Quase saí sem passar perfume e desodorante, após passar eu desci de novo.

Saí de casa, desci os degraus da varanda. Jeon está encostado no carro, calça cargo preta, regata branca e bota preta.

Tão lindo!

Me olhou, quase esqueci como andar até chegar nele.

— Oi! — falei após tirar o pirulito da boca.

— Oi! Você está incrível! — rosa, simplesmente rosa. — Perfeito, rosado!

— Me deixa, Kook. — perseguição.

— Seus olhos estão mais profundos hoje. — maquiagem ou, o remédio.

— Maquiagem. — contei uma das opções.

— Não tenho certeza. — analisou. — Vamos? — e meu beijo?

— Não se faz mais namorado como antigamente. — resmunguei entrando no carro.

Voltei a chupar o pirulito, ele entrou logo depois, está esperando algo.

— O cinto, neném. — ele mesmo colocou em mim.

— Obrigado! — falei. — Namorado de meia tigela. — resmunguei olhando a janela.

— O que disse? — perguntou ligando o carro.

— Nada. — bocó!

Estava bem tranquilo só olhando a vista enquanto chupava o pirulito, pensando em como agir na festa.

Tímido retraído, ou tímido retraído? Eis a questão.

— Loirinho, tem como não fazer isso com o pirulito? — o quê?

— Mas eu não fiz nada. — falei.

— Certeza? Não gire ele entre seus lábios e nem dê lambidas de gatinho. — pensei bem, e pensei mais um pouco, só mais um pouquinho.

— Pervertido! Presta atenção no trânsito. — virei mais para a janela, o impedindo de ver o que faço com o pirulito.

Acabei mordendo, safado!

Eu na maior inocência, e ele pensando besteira.

Fiquei mordendo o palito de plástico, mania de fazer isso.

— Não me contou como foi no psiquiatra, é pessoal demais para me contar? — perguntou, é agora.

— Só estava procurando um jeito de te contar. — ser direto, sem gaguejar. — Ele me avaliou, achou melhor eu voltar com o remédio para humor ligado a depressão, por conta dos picos de tristeza profunda que estou tendo.

Me sinto melhor em contar.

— Ele pode me deixar apático como já te falei, e pode afetar de outras maneiras meu humor. Vai continuar me amando mesmo que eu fique com raiva, sem sentir nada, ou muito estressado? — perguntei.

— Neném, deixa eu te contar uma coisa. — lá vem. — Você já é bem raivoso, muito estressado e bravo, acredito que o remédio te deixe mais calmo, sobre não sentir nada vai ser difícil, você é a pessoa mais sentimental que conheço, mas caso algo mudar, vou continuar te amando.

— Teu cu que eu sou raivoso, eu sou calmo! — cada coisa.

— Claro, essa fala de agora mostra como é calmo. — vou bater nele. — Mas como assim está tendo momentos de tristeza profunda? Por que não me contou, toquinho?

— É complicado. — muito complicado. — Não se preocupe que não tem a ver com você, já estava acontecendo antes de nós nos conhecermos. — deixar isso bem explicado.

— O que te faz ter esses momentos? — perguntou.

— Meu passado. — respondi. — Ficar remoendo coisas que aconteceram. Eu já consegui me livrar de muitos momentos que faziam eu ficar triste, mas ainda tem muita coisa no depósito, e enquanto eu não conseguir me livrar disso terei esses picos de tristeza profunda. — expliquei. — Por isso o remédio.

— Entendi, quando quiser conversar, sabe que irei estar aqui a qualquer momento para te ouvir. — sei muito bem disso. — Pode ser três horas da manhã, me liga e eu vou te ouvir, apenas isso se não quiser minha opinião e só desabafar.

— Obrigado, Kook-ah! — perfeito! — Eu te amo!

— Eu te amo! — eu sei.

Saímos da cidade, se eu não soubesse onde é, iria jurar que Jungkook está tentando me sequestrar.

Após uns dois quilômetros entramos na estrada no meio das árvores altas, nada assustador.

Seguimos até o grande portão, Jungkook colocou a mão no leitor, liberou e começou a abrir.

Já dá para ouvir a música, é em uma língua que não conheço, mas pela batida deve ser do Brasil, certeza que Melissa está aí e fez que colocassem funk.

Ele estacionou na própria vaga, saiu e veio abrir a porta para mim, eu saí.

— Muito lindo! — elogiou fazendo minhas bochechas ficarem rosas.

— Você também! — me deu um selinho.

Beijo que é bom, nada né?

Fechou a porta, colocou a mão nas minhas costas guiando onde deveria ir.

No caminho joguei o palitinho do pirulito e a embalagem na lata de lixo.

Senti Jeon beijar meu pescoço, é a boca seu idiota.

— Para seu safado! — só ri o bocó.

Entramos no prédio, o grande pátio com muitas pessoas dançando, bebendo, se beijando, e a música estralando.

— Até o fim da noite eu fico surdo. — resmunguei.

Luzes coloridas, mas é bem nítido ao redor, perto da mesa de comida principalmente.

— Venha, neném. — me guiou.

Acompanhei ele passando por algumas pessoas, que evitam ao máximo sequer olhar para mim, Jungkook ameaçou eles.

Sabe que fico desconfortável com muitos olhos em mim, já basta no jogo, aqui não.

— Jimin. — Melissa surgiu na minha frente. — Finalmente conheci o covil da máfia, obriguei Polina a me trazer.

"Estou vendo, eu estou sendo pago", não viria de graça nem ferrando.

— Privilegiado. — sei que sou.

"Cadê o Peter?" Perguntei.

— Na pista de dança. — apontou, consegui achar ele no meio dessa multidão. — Jungkook, me empresta ele.

E saiu me levando, meu namorado ficou para trás.

— Você está um gostoso! — falou.

"Obrigado, você está linda!" Elogiei.

Vestido curto vermelho de alcinha, e salto preto.

"Vai aguentar ficar com esse sapato?" Perguntei.

— Vou, após dançar eu vou sentar e nada mais irá me fazer levantar. — explicou. — Jin precisa da sua ajuda.

"O que ele fez?" Espero que não tenha matado ninguém.

— Ele não quis me contar, só pediu para chamar você quando chegasse. — prevejo merda.

Fomos até o banheiro, o que essa anta fez?

— Está na última cabine, boa sorte! — entrei e fui até a última, bati à porta.

— Jimin? — ouvi sua voz, olhei ao redor, respirei fundo.

— Sim, o que você fez? — perguntei.

— Primeiro, promete que não vai rir. — prometi com os dedos cruzados.

Abriu a porta e me puxou para dentro, não vi nada de errado.

— Por que estou aqui? — perguntei.

— Lembra quando eu disse que eu e o Tae gostamos de umas coisas diferentes no sexo? — misericórdia.

— Sim, mas prefiro esquecer, o que tem a ver? — tenho até medo.

— Hoje nós decidimos que eu viria a essa festa com um vibrador. — alguém me tira daqui?

— Não, o que quer que seja, a resposta é não! — tentei abrir a porta. — Me dá a porra dessa chave, Kim Seok-jin.

— Nem pensar, você vai me ajudar. — eu me recuso.

— Me obriga. — eu abro essa porta nem que seja no chute.

— Ou eu conto para o Jungkook que se masturbou com os áudios dele. — encostei a cabeça na porta.

— Eu te odeio! — que raiva! — Nunca mais te conto nada.

— Você conta, sou seu melhor amigo. — é mesmo?

— Nos últimos segundos estou duvidando disso. — e muito. — Fala logo o que precisa. — virei para ele.

— Esse vibrador em questão. — falando baixo.

— Ficou preso lá? — por favor não.

— Não, é peniano. — isso é melhor ou pior? — Ele é como um anel, vibra e aperta.

— Entendi, sem mais detalhes. — já vou precisar ver. — Está apertando demais?

— Não e sim, ele parou de funcionar quando me afastei muito do Tae, agora ele está muito apertado. Eu não quero ficar sem meu pau, Jimin, você precisa me ajudar. — que nível eu cheguei?

— Na verdade, estou sendo obrigado, porque eu prefiro a morte que Jungkook descobrir o que fiz. — falei mais baixo ainda. — Abre logo esse zíper.

— Está levemente vermelho. — me preparei mentalmente.

Eu já vi o Jin nu, mas não nessa situação.

— Levemente? Por que não pediu para o Tae desligar essa coisa? — está muito vermelho.

— Ele foi ajudar a Polina em uma coisa, e eu não sei onde é, e quando desliga ele fecha totalmente, iria cortar meu pau fora. — como você coloca isso no pau? Que burrice!

— É ótimo não estar fazendo sexo, não passo por esse micos. — analisei o vibrador, sem encarar o lugar que ele resolveu apertar.

— Sorte sua. — também acho.

— Tem lubrificante? — mexeu no bolso da jaqueta e me entregou.

— Como sabe da existência disso? — perguntou.

— Eu leio livro com cenas pesadas de sexo, assim que eu sei. — simples. — Quer fazer sozinho?

— Não, estou tremendo e não consigo. — que maravilha.

Após muito lubrificante, e Jin reclamando que eu iria arrancar o pau dele, consegui tirar a porcaria do vibrador.

— Se usar essa porra de novo fora de um quarto, eu não vou te ajudar. — avisei.

— Tá! Salvou a minha vida. — mas minha dignidade foi pelo ralo.

Saí primeiro da cabine enquanto ele limpa todo o lubrificante.

Lavei as minhas mãos, e sequei, ele fez o mesmo após sair.

Encontramos Melissa esperando na porta, só de lembrar fico rosa.

— Resolveu o problema? — perguntou.

— Com certeza, Jimin é incrível! — nem falo nada.

"Você me deve eternamente!" Panaca.

— Quero saber o que aconteceu? — nem que a vaca morra de gripe.

— Fizemos o pacto do silêncio, não posso te contar. — exatamente.

— Droga! — voltamos para a festa.

Achei Jungkook falando com Jake, Selina e Tae, fomos até eles.

— Cadê a Polina? — Melissa perguntou.

— Falando com alguém da Rússia lá fora. — Selina respondeu, Melissa foi para lá. — Oi, Jimin!

"Oi!" Linguagem de sinais em inglês.

— Olá, chefe do chefe. — Jake falou, nem sou.

— Jimin não é meu chefe. — olhei para ele. — É sim, tô brincando, neném.

"Nem falei nada, medroso", cada coisa.

— O que está achando da festa, Jimin? — Selina perguntou.

"Tirando a parte que vocês escolhem um dia bem incomum, é legal" pelo pouco que vi.

— Final de semana não dá, as coisas ficam agitadas por aqui. — Jake falou.

"Por que fica agitado?" Perguntei ao Jeon.

— Longa história. — sei. — Quer comer algo, neném?

"O que tem?", Fomos até a grande mesa com coisas para comer, "Por que tem aquele salgado do Brasil, a maioria aqui é Russo".

— Polina ficou responsável pela comida, e Melissa disse que se não tivesse coxinha, não iria pisar o pé aqui. — agora eu entendi.

— Ativos pau mandado. — resmunguei, peguei um pratinho e fui colocando coxinha.

— Eu não sou pau mandado. — claro que não.

— O que estão conversando? — Jin parou ao lado fazendo o mesmo que eu.

— Jungkook disse que não é pau mandado. — fiz Jin rir.

— Não sabia que você trabalhava na comédia. — falou.

— É sério, Jimin não manda em mim. — é mesmo.

— Esqueci meu celular no carro, pega pra mim. — foi sem nem contestar.

— Uma hora ele vai perceber? — Jin perguntou olhando Jeon ir.

— Não, não vai. — nós dois sentamos mais afastado, eu peguei ponche de frutas vermelhas sem álcool, Jin está com um drink alcoólico, ele já tem dezenove então tudo bem.

— Quer provar? — neguei. — Só um gole não vai te deixar bêbado.

— Falei para o meu pai que não iria beber. — sou obediente.

— É de morango. — mas quem nunca desobedeceu também, né?

Puxei pelo canudo, gostoso.

— É bom. — voltei ao ponche. — O que vai aí?

— Vodka, leite condensado, gelo, e morango. — bem gostoso!

— Aqui, loirinho. — Jeon me deu o celular, coloquei no bolso.

— Obrigado! — agradeci. — Senta do meu lado?

— Em um instante. — foi até onde estão servindo bebida.

— Como foi no psiquiatra? — contei do remédio. — Da última vez você ficou apático, tomara que agora fique melhor.

— Sim. — Jungkook sentou ao meu lado. — Cadê o Tae?

— Foi olhar alguma arma com o Jake. — arma, nunca pensei que ficaria de boa ouvindo sobre isso.

— Se você vai dirigir, por que está bebendo? — Perguntei ao meu digníssimo namorado.

— Não tem álcool, toquinho. — bom mesmo. — Agora você pode beber.

— Má influência. — falei. — Obrigado, não quero.

— Olha lá o Peter. — Jin apontou, olhei, está ficando com algum mafioso. — Se ele conseguir namorar o Caleb mais para frente, vamos contar sobre hoje?

— Com toda certeza, vai dar um barraco e tanto. — eu vou ver a treta.

— Mas ele ainda não está namorando, qual o problema em ficar com outra pessoa? — olhamos o Jungkook.

— Tae ficou com alguém após me conhecer, isso que está dizendo? — Jin já perguntou direto.

— Não foi isso que eu disse. — mas é isso que ele entendeu.

— Você ficou com alguma pessoa após me conhecer? — perguntei. — Não fale, é melhor eu não saber a resposta.

— Ficaria triste? — perguntou.

— Não, como você mesmo disse não estávamos namorando, não ligo se ficou com alguém após me conhecer. — falei.

— Por que eu sinto que estou errado sem ter feito nada? — se perguntou.

— Porque você está errado. — Jin falou. — Ao falar isso dá a entender que ficou mesmo com alguém após conhecer ele, e você disse que não namoravam, mas sempre mostrou interesse no Jimin, aí fica meio confuso seus sentimentos no início.

— Eu não fiquei, tá neném? — preocupado em me machucar.

— Sei disso, por isso disse que não ligava. — não tem uma pessoa que quando está em um relacionamento não se importe com as pessoas com quem o namorado ficou, no período que estavam se conhecendo, vai se importar querendo ou não. — Você quando gosta de alguém, fica só naquele sentimento e não abre brecha para outras pessoas.

— Meu neném me conhece tão bem. — beijou minha bochecha.

— Melosos! — somos.

Ele ia pegar uma das minhas coxinhas, bati na mão dele.

— É minha. — falei. — Pega para você lá na mesa.

— Egoísta! — sou também.

— Não divido o que me pertence. — cada coisa.

— Entendeu, né Jungkook? Pegou a indireta? — que indireta?

— Peguei. — eu não peguei.

Continuei comendo e tomando o ponche, logo minha mesa estava cheia, Peter, Melissa, Polina, Jake e Selina. Jin arrastou Tae para a pista, os dois dançando.

— Não vai dançar, Jimin? — Melissa perguntou.

"Eu não danço" respondi.

— Dança sim. — Peter boca aberta falou.

"Mentira dele" nego até o fim.

— Mas você... — Jungkook começou a falar, olhei para ele. — Nada.

"Vou pegar bolo", acabei de ver eles colocando na mesa.

Levantei e fui até lá, coloquei bolo de chocolate com morango, chocolate com chocolate branco, e chocolate com chocolate amargo, mais uns docinhos bonitos.

Festa da máfia tem comida, agora eu venho sempre.

Dessa vez peguei refrigerante para beber, voltei ao meu lugar.

— Não, Melissa e Polina erradas, não tem como isso está certo. — Peter falou, o que não está certo?

— Tem sim, o ovo veio primeiro, depois a galinha. — sinceramente, é isso a discussão?

— Como o ovo veio primeiro? Quem botou ele? A galinha veio primeiro. — Jake concordando com Peter.

— Qual sua opinião, Selina? Ovo ou Galinha? — Melissa perguntou para quem só estava observando.

— Galinha. — perguntou ao Jungkook.

— Não vou me meter nisso. — essa foi a resposta.

— Agora, vamos perguntar ao gênio, quem tem o QI mais alto, inteligente, e entende do assunto. — comendo meu pedaço de bolo. — Jimin. — por que eu? — Quem veio primeiro?

"Tenho mesmo que responder?" Confirmou.

Pensei na resposta.

"A galinha veio primeiro, não tem como ser o ovo, já que precisa de uma galinha..." Dei uma explicação científica.

— Galinha ganhou, otária! — Peter comemorou com Jake, voltei ao meu bolo.

— Nem pra mentir Jimin, você não me ajuda cara. — reclamou bicuda, a mafiosa foi mimar ela.

"São os fatos, os animais vieram primeiro, ovo não é um animal, vai se tornar na hora que a casca eclodir revelando um pintinho" expliquei.

— Além de não ajudar, me humilha. Não se faz mais amigos como antigamente. — dramática.

"Nem fiz nada", me defendi. "Mas se for tratar do ovo no geral, ele veio primeiro, porque tinha dinossauros que botavam ovo, e animais que viviam na mesma época que o dinossauro, alguns também botavam ovo".

— Estava meio certa. — ela falou.

— Tão inteligente meu amor! — Jungkook beijou minha bochecha.

Ele esqueceu que eu tenho boca.

Eles engataram em outro assunto e eu continuei comendo os pedaços de bolo, em seguida os docinhos.

— É virgem, Peter? — Jake perguntou numa naturalidade, Melissa até engasgou enquanto ria.

— Peter virgem? Essa é boa. — falou rindo. — Mais rodado que roda de caminhão.

— Não é assim também. — é exatamente assim.

— E você Melissa? — parou de rir na hora.

— Sou virgem. — não me pergunta, não me pergunta.

— Jimin, você é? Namorando o Jeon, acho difícil. — ei, ele ser um puto não me torna um.

Confirmei sentindo meu rosto quente.

— Essa foi inesperada. — Jungkook era um cachorro. — Você é virgem por opção, Melissa?

— Sim, só quero fazer sexo após o casamento. — falou simples.

— E você, Jimin? — está ficando meio sufocante aqui.

Toquei a perna do Jungkook por debaixo da mesa, espero que ele entenda meu pedido de socorro.

— Isso não é da sua conta, muda de assunto Jake. — um pouco grosseiro? Coisa pouca mesmo, mas eu não iria conseguir responder.

— Sim, chefe. — falou.

Mudou o assunto, mas envolve sexo de novo, fico extremamente desconfortável.

Eu ouvir o Jin falar sobre isso já acostumei, eles não.

— Vem, neném. — Jeon levantou e me levou com ele, passei pela mesa de doce e peguei um. — Não gosta desse assunto, né? — confirmei.

— Você percebeu? — perguntei com a mão na frente da boca.

— Que estava desconfortável? — sim. — Percebi, muito expressivo, meu rosado.

Encostou na parede e eu fiquei na sua frente, suas mãos em minha cintura.

— Como conseguem falar disso tão de boa? — perguntei.

— Sexo é normal, a partir de uma idade vai começar a fazer. — começou a explicar. — Mas você não teve o mesmo contato que nós, ser privado acabou te reprimindo, isso causa o desconforto ao ouvir.

— Verdade. — ele tem razão, para mim, que foi privado é muito estranho ouvir outras pessoas falando sobre sexo com tanta naturalidade. — E se eu quisesse esperar até o casamento, você iria ligar? — perguntei com vergonha.

— Não, relacionamento não é baseado em sexo, neném. — beijou minha testa. — Eu passei quinze anos sem, o que mais uns dois, ou três.

— Fez com quinze? — que safado?

— Quinze e meio. — grande diferença. — Não faz essa cara.

— Que cara? — fiz cara nenhuma.

— De deboche. — expressão facial natural minha, nasci com ela. — Faz parecer que eu era um adolescente safado.

— Safado ainda é. — falei. — Você é muito safado!

— Discordo, eu sou um santo. — nem nessa, nem na próxima reencarnação.

— Foi com uma menina? — perguntei.

— Um menino. — safado!

— Nossas filhas seguiram o meu exemplo, não vamos falar nada sobre a sua adolescência, péssimo exemplo. — nada do que Jeon fez, dá para seguir. — Por que está sorrindo?

— Falou sobre nossas filhas. — ele fez o roteiro, estou seguindo. — E dá para tirar algumas coisas boas da minha adolescência.

— É mesmo? — confirmou. — Qual parte? Fumar desde os dezesseis? Ter relações com quinze anos? Repetir de ano por faltar sete meses, motivo? Treinando para assumir a máfia russa. Ou melhor, ser um assassino a sangue frio? Qual desses ensinamentos vamos dar a elas?

— Falando assim realmente não fica legal. — porque não é legal. — Mas você também não é um santo.

— Perto de você? Perto de você posso virar um santo da igreja católica, Santo Rosário, combina. — ele riu.

— Engraçadinho. — é um dom. — Você lê livro com sexo.

— Não é bem assim, antes os que eu lia era hétero e bem leve, quem me levou ao mundo da perdição foi você, má influência. — culpa dele.

— Vai sobrar tudo para mim? — sim. — Estava demorando.

— O quê? — perguntei.

— Vai começar uma briga. — olhei para onde ele está olhando, dois homens grandes perto do bar se enfrentando falando face a face.

— Fechou o punho. — e o primeiro soco veio com força. — Por que estão brigando?

— A namorada de um insultou o namorado do outro ontem, sabia que iriam brigar hoje. — Jungkook só observando.

— E cadê a namorada, e o namorado? — perguntei.

— Trabalham em uma das minhas boates. — a tá.

Foram para o chão brigando.

— Jungkook, arma. — apontei.

Que eu me desespero rápido.

Jeon se colocou na minha frente enquanto tirava a arma das costas, atirou para cima, o barulho me assustou.

A música se encerrou de vez, que treta!

Os dois não pararam de se bater, mais um tiro.

Meu namorado seguiu até perto deles, só não mata.

— Parem com essa porra agora, vocês são animais caralho? — falou mais alto.

Sabe como ele os separou? Chutando os dois.

— Eu enterro vocês vivos se continuarem com essa palhaçada. — tô de boca aberta.

Nem parece meu namorado todo fofinho e romântico.

Amei!

— Quer morrer caralho? — chutou de novo quando tentou pegar a arma. — Encosta nessa porra e eu te viro do avesso de tanto bater. — nossa!

É normal sentir o corpo quente em certos lugares quando o namorado está ameaçando alguém?

— Vão passar a noite trancados para aprender ser gente, bando de arrombados. — puta que pariu!

Eu sabia que ele já tinha chutado gente com essas botas, mas ver foi bem melhor.

— Pode voltar a música. — assim que voltou o povo começou a dançar de novo, é normal isso acontecer então.

Ele veio colocando a arma nas costas de novo, tão bonito!

— Desculpa te fazer ver isso, neném! Você está bem? — segurando meu rosto.

Que diferença gritante!

— Neném? Está em choque? — sorri para ele.

— Estou bem, fica tranquilo. — ótimo!

— Certeza? — sim. — Não queria que visse algo assim, muito menos eu.

— Como assim? — eu entendi, mas quero que ele explique.

— Agindo assim. — mal sabe que eu amei.

— Está tudo bem Kook-ah, você já me viu em situações que eu não queria, chegou a minha vez. — não ligo. — E eu... — cocei a garganta, buscando coragem. — Eu gostei de te ver autoritário e ameaçando a existência de outra pessoa.

— Você gostou? — muito. — E eu sou safado, né toquinho?

— Sim, você! Eu sou um anjinho perdido na Terra. — puro como eu não tem.

— Minha caixinha de surpresa. — apertou minha bochecha, não pode.

Olhando assim para ele, tão perfeito!

— Posso te beijar? — foi espontâneo, senti a vergonha depois.

— Já disse que pode, rosado. — só para confirmar.

Pela primeira vez eu iniciei o beijo, e na frente de muitas pessoas, que orgulho de mim!

Me puxou para mais perto segurando firme em minha cintura, nossos corpos se encontraram.

Sinto um frio na barriga por ter pessoas à nossa volta, e algumas com toda certeza vão olhar, mas isso não importa.

Apenas me deixei levar pelo beijo, é mais fácil assim evitar o restante do mundo.

Senti minhas costas tocarem a parede, mais um apoio para continuar em pé. Sua língua com esse piercing fazendo eu não sentir minhas pernas por alguns instantes. Apertando mais um pouco minha cintura e vai deixar marcado, muita força aplicada.

— Te amo! — falou.

— Também te amo. — beijei a bochecha dele. — Pega doce pra mim?

— Interesseiro! — que calúnia! — Já volto.

Foi com a lista de doces que eu queria até a mesa, no mesmo momento Peter, Melissa e Jin vieram quase correndo até mim.

— Beijando, né safado? — Peter falou.

— Eu gravei, beijo gostoso do cacete. — Melissa pervertida falou.

— Uma safadeza fora do comum. — olha quem fala, quem estava com vibrador apertando o pau.

"Fiquem nas suas, não fiz nada demais" minha humilde opinião.

— Discordo, Jungkook está excitado. — ignora criatura. — Jimin, ele está louquinho para apertar a sua bunda, o que pensa sobre isso? Tudo bem, ou não gosta?

"Como assim?" Peter tem cada ideia.

— Não notou? — Melissa perguntou, neguei morrendo de vergonha. — Meu amigo inocente, como eu te explico?

— Simples, não é normal ele apertar sua cintura daquele jeito. — ótimo, eu tinha plateia. — Está querendo apertar sua bunda. — Jin explicou.

— Você não vê problema, ou é contra? — Peter perguntou.

"Nunca pensei sobre isso" comentei, "Vocês têm certeza?".

— Jimin, você está falando com o profissional no boquete e quem mais tem transado na última semana. — Melissa provocou Peter e Jin. — Eles entendem do assunto.

— Se você não vê problema, quando ele apertar sua cintura durante o beijo, você pega sua linda e pequena mão, segura o pulso dele e leva até o paraíso. — Peter explicou.

— Exatamente assim, ele vai saber o que fazer. — Jin completou.

Jeon voltou com meus doces.

— Pense no assunto. — Melissa falou enquanto o trio se afastava.

— Seus doces, neném. — me deu o pratinho. — Pensar em que assunto?

— Bobagem deles. — comecei a comer meus docinhos.

— O que a Melissa queria quando chegamos? — perguntou.

— Que eu ajudasse o Jin. — respondi querendo apagar da minha memória o que vi naquela cabine.

— No que? — curioso.

— Coisa de amigo. — é uma coisa que eu quero esquecer.

— Escondendo de mim, neném? — com toda certeza.

— Não, é coisa dele, não posso contar. — literalmente a coisa era dele.

— Você não era assim loirinho. — faz parte. — Me conta, por favor?

Nem parece que estava atirando para o alto há menos de vinte minutos.

— Insistir não vai me fazer te contar. — docinho gostoso. — E, por que quer tanto saber?

— Porque vi Jin cochichando para o Tae, e li os lábios dele "Jimin, conseguiu me ajudar no banheiro, mas ainda dói", quero saber como ajudou ele e o que fez doer. — eu sinto que Jeon não vai me deixar em paz até contar.

— Você precisa prometer que não vai contar a ninguém. — se Jin sonhar em saber que contei ao Jeon, ele conta sobre os áudios.

— Para quem eu contaria? Não tenho para quem contar. — triste. — Prometo não contar a ninguém, agora me fala.

— Não vou conseguir, é muito vergonhoso. — peguei meu celular, mandei como mensagem, e isso já me fez ficar rosa.

— Vamos ver. — ele tirou o celular do bolso para ler.

Jin veio com um vibrador peniano, quando Tae se afastou começou a apertar. Se desligasse ele iria fechar, eu ajudei Jin a tirar.

Ele me olhou e, após ler, começou a rir.

— Tae já deveria saber que não pode se afastar com o celular. — falou e guardou o celular. — Excelente amigo você, eu iria deixar ficar sem o pau.

— Quanta crueldade! Até tentei negar, mas ele tinha escondido a chave da cabine. — e me chantageou.

— Você neném, é alguém que sente vergonha por qualquer coisa, se envolve sexo pior, ele te trancar na cabine não seria suficiente. — odeio que ele me conhece tão bem. — Te chantageou com o quê?

— Nada. — último docinho.

— Você está rosa, sinto que me envolve. — não tem noção do quanto te envolve.

— Está sentindo errado. — muito certo. — Que horas são?

— Dez e meia. — cedo. — Vamos embora onze e meia.

— Tudo bem! Melissa está fazendo o quê? — perguntei olhando, ele olhou na direção.

— Competindo com Jake para ver quem bebe mais, Jake parece um opala de tanto que bebe, então acho difícil ela ganhar. — Peter torcendo para a Melissa.

— Não, Jake é da Suíça, Melissa é brasileira, ela vai ganhar com toda certeza. — levei Jeon para perto.

— Se perder para esse mafioso, vai perder a vaga na escola. — Peter falou. — Anda Melissa, só faltam mais três.

— Bebe no meu lugar. — e Polina ameaçando em Russo Jake.

Mafiosos contra não mafiosos, injusto!

— Desisto! — Jake desistiu no antepenúltimo copo.

Melissa mandou os três que faltavam para dentro, ela, Jin, e Peter comemoraram.

— Pagando otários. — eles apostaram.

— YA sobirayus' prevratit' tvoyu zhizn' v ad. (Vou fazer um inferno na sua vida.) — Polina falou em russo para o Jake, Jake só sofre tadinho.

— O que ela falou J... — cuidado Melissa. — Jungkook?

— Que vai fazer um inferno na vida do Jake. — traduziu.

— Sabia que Melissa conseguiria. — Jin falou contando as notas que ganhou. — Mas você está bem criatura? Não é normal conseguir beber tudo isso.

— Tô ótima! Mas a ressaca vai ser linda amanhã. — com certeza. — Já bebi mais que isso.

— Você tem dezenove não faz muito tempo, como assim já bebeu mais que isso? — Polina perguntou preocupada com o fígado da futura namorada.

— Sou brasileira, lá você começa cedo e para quando os jovens de outros países estão começando. — explicou, Brasil é liberal.

— E você, Jimin, só faltam três meses para o seu aniversário, é quase dezenove, não quer beber nadinha? — Peter perguntou.

— Três meses? — Melissa perguntou. — Você é de Julho?

"Sim, não sabia?" Negou.

— Sei lá, sempre pensei que fosse de outubro. — não sou.

"Não quero beber, obrigado" recusei.

— Tudo bem, no seu aniversário não escapa. — só amigo boa influência, graças a Deus!

— Não vai beber, Jeon? — Selina perguntou.

— Não, estou dirigindo. — respondeu.

— Isso nunca te impediu antes, e você não fica bêbado com um copo. — fale mais Jake.

— Cala a boca, Jake. — e ele calou mesmo.

— Não fale assim, Jungkook. — sussurrei em seu ouvido, repreendendo ele.

— Mas... — só olhei. — Tá!

— Pau mandado do cacete. — Melissa falou. — Não vai zoar, Peter?

— Eu gosto de viver, não faz muito tempo que vi ele agindo como o Jungkook mafioso, e não o Jungkook que lambe o chão para o Jimin passar. — medroso. — Me tremi todo.

— Medroso. — Jin falou, mas atrás do Tae.

"Jungkook nem dá medo, bando de medroso" falei.

— Você não fica nem com um pouquinho, mas bem pouquinho mesmo de medo do Jeon agindo daquele jeito? — Polina perguntou.

"Não, nem um pouco" ele não me assusta.

— Eu não quero que meu namorado tenha medo de mim, agora vocês sim. — desejo alcançado, eles têm!

— Também não tenho medo do Jungkook. — olharam Melissa. — Que foi?

— Está mentindo! Até parece que você não tem medo. — Jake duvidou. — Tem meia hora que ele atirou para cima, e chutou alguém tão forte que cuspiu sangue, está dizendo que não ficou com medo?

— Exato! Ele nunca me fez nada para eu ter medo. — verdade, e ele não vai fazer.

— Jeon, que mafioso é esse que não bota medo na brasileira? — Selina perguntou.

— Realmente não tem? — Jeon perguntou a ela.

— Não. — por que eu sinto que ele vai fazer algo?

— Então vamos fazer um jogo. — ego ferido o nome do jogo.

— Vai dar merda. — Peter resmungou do meu lado.

Estamos em uma roda basicamente, Peter do meu lado, Jin e Tae em seguida, Melissa com Polina, Jake, Selina, e Jungkook.

— Selina, me dá seu revolver. — Polina se colocou na frente da Melissa na hora.

— Não vai fazer esse jogo com ela, Jeon. — falou em russo. — Ela não tem psicológico para isso.

— Ela tem. — ele respondeu em russo, e eu entendendo tudo.

— Não sei o que disse, mas eu aceito esse jogo. — Melissa falou, Polina saiu da frente dela.

Selina entregou seu revolver.

Melissa, você poderia ter guardado a parte que não sente medo.

Eu sei exatamente o que ele vai fazer.

— Você disse que não tem medo, vamos ver se com uma arma na sua cabeça vai conseguir repetir.........................



































































































































Caleb Waterford.

Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!

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