|| Capítulo 12 ||
Gente eu só percebi que estava um mês sem atualizar aqui ontem, perdão, é que eu não estava conseguindo terminar o capítulo de um jeito interessante.
Por isso temos quase dez mil palavras, sorte de vocês.
Jimin on.
Estou fazendo caretas, essa doeu bem mais que as outras.
— Terminamos. — aleluia.
Limpou, pegou um gel e passou em todas.
— Agora vamos falar dos cuidados que vai tomar com as suas tatuagens. — lá vamos nós. — A cicatrização por serem pequenas vai ser mais rápido, pelos próximos quinze dias nada de comida gordurosas, evite muito açúcar também.
Falou sobre higiene, como cuidar na cicatrização, o que não posso fazer nesses quinze dias, coisas que eu já não fazia antes então achei tranquilo.
Passou o papel filme em três delas, a outra fica na parte de dentro do pé, próximo a tíbia.
— Prontinho. — finalmente, não aguentava mais ficar sentado em uma só posição. — Que horas seu pai quer você em casa?
"Após o almoço" falei.
— Então vai conhecer minha irmã, ela vai chegar em breve. — espero que ela goste de mim. — Vamos?
Saímos do estúdio particular dele, o Tae tatua ele e ele faz o mesmo com o Tae, amizade recíproca essa.
Andamos no corredor até estar na sala, nós subimos, fui ao quarto.
Queria usar o banheiro e colocar minha calça, continuei com a camiseta dele, meu casaco é muito fino e estou com frio.
Saí do quarto, Jungkook estava saindo do dele.
— Precisa de algo? — confirmei.
"Me empresta uma blusa sua, estou com frio" pedi.
— Vem. — entrei no quarto dele, abriu o closet. — Pode pegar qualquer uma.
"Era mais fácil você escolher, tem muita roupa" comecei a olhar os moletons, tem preto, cinza escuro, verde-escuro, e branco.
Peguei um preto, tem uma frase em russo na frente, eu sei o que é, mas preciso me fazer de besta que não está aprendendo russo.
Vesti tomando cuidado com os plásticos no braço, olhei no espelho ajeitando.
"Não sente frio?" Perguntei para ele.
— Agora que falou sim, mas não sinto tanto frio. — pegou um moletom cinza e vestiu.
"O que está escrito?" Me referi a frase.
— Volk. — falou. — É lobo em russo.
"Ah! Por isso tem o lobo atrás" olhei no espelho o lobo cinza estampado.
— Exato, minha irmã chegou. — falou após prestar atenção nos barulhos. — Vou te apresentar.
Pegou em minha mão, saímos do quarto, que ansiedade!
Bom que vou conhecer a babá dela, pensa que sou o quê? Para dormir com Jeon facilmente assim.
Descemos a escada, vi a menina e sua babá não coreana, pelo nome ficou claro, eu chuto que seja mexicana. A pequena Kiara está tirando os sapatos colocando as pantufas de coelho.
— Bom dia Rosa. — ele falou com a babá.
— Bom dia Jeon, esse é seu namorado? — Kiara olhou para mim na hora.
"Não somos namorados, apenas amigos" falei após soltar a mão de Jeon.
— Sei. — está parecendo meu pai.
— Rosa, Park Jimin meu amigo, Jiminsinho a babá Rosa e minha irmã Kiara. — Jeon apresentou.
— Olá Jimin. — curvei-me por educação.
Kiara correu parando na minha frente, entendeu a mão, apertei a mão dela.
"Posso passar a mão no seu cabelo?" Pediu, já imaginava que seria isso.
Abaixei ficando fácil para ela, mexer a vontade.
"Pode mexer" levou as duas mãos aos meus fios azuis, passou devagar sentindo a textura, e eu só observando ela mexer.
— Vou ajudar a Jin-yi terminar o almoço. — ouvi Rosa falando.
Os dedos entraram nos fios, vai estar tudo para cima na hora que ela terminar, mas eu não ligo.
Olhou sorrindo para o Jungkook, está contente em mexer no meu cabelo.
Continuou mexendo por um tempo, até que Rosa veio chamar para o almoço, só aí ela largou.
Levantei passando a mão para arrumar, colocar no lugar de novo.
"Obrigada por me deixar mexer" agradeceu.
"Não foi nada, princesa" falei.
Entramos na sala de jantar, muita comida de novo, o povo aqui come bastante né?
Sentamos, Jeon foi passando o que eu poderia comer, legumes, frango, arroz, e um caldo de legumes com carne.
Esperei alguém começar a comer, vai que eles tem alguma tradição, eu não tenho.
Rosa sentou, passou o que Kiara iria comer, a menina já atacou a comida, agora eu vou comer.
— Quantos anos tem Jimin? — Rosa perguntou, estava levando arroz até a boca, voltou, tô com fome!
"Dezoito" respondi, agora consegui comer.
— Seus pais? — quanto interesse na minha pessoa.
"Minha mãe faleceu eu era criança, meu pai é advogado, tenho um irmão mais novo" evitar as próximas perguntas "Não falo por ter fala seletiva como ela".
— Entendo, seu pai é Park Jeong? — confirmei. — Ele foi meu advogado quando me divorciei.
É, ele já fez muitos divórcios, muitos mesmo.
Continuei a comer até terminar tudo, Kiara já saira da mesa, estou ouvindo a televisão deve ser ela assistindo, Rosa também já se foi.
"A Rosa não parece ter gostado de mim" falei.
— Ela gostou, acredite em mim. — se você diz. — Se não tivesse gostado ela não te faria tantas perguntas.
Meu celular vibrou no bolso, olhei, meu pai já querendo saber se estou indo para casa, guardei.
"Vou pegar as minhas coisas, meu pai já está perguntando de mim" falei.
— Irei te esperar lá fora. — levantamos, eu subi.
Escovei o dente, já guardei minha escova e minha pasta na nécessaire, saí do quarto com muita coisa em mãos, desci para o primeiro andar.
Kiara está dormindo no sofá coberta abraçada com um urso rosa, Rosa na poltrona tricotando.
— Tchau Jimin! — acenei sorrindo para ela.
Deixei as sacolas no chão, calcei o tênis na porta, deixando a pantufa que usava ali, levantei pegando as sacolas, saí da casa.
O frio fez minhas bochechas ficarem rosas, está chuviscando bem pouquinho mesmo.
Jungkook saiu do carro e veio me ajudar, colocou as coisas no banco de trás, entrei na frente e coloquei o cinto. Ele entrou, fez o mesmo antes de dar partida no carro.
No caminho fiquei ouvindo música, olhando a chuva engrossar e batendo na janela.
Mesmo com a crise de madrugada, gostei de passar metade do final de semana com Jeon, me diverti com ele.
Vou sentir falta, só iremos nos ver amanhã, que triste!
Parou o carro em frente a minha casa, como Deus é bom a chuva parou faz cinco minutos, preciso ser rápido antes que volte a chover.
"Tchau! Obrigado pelo fim de semana, e por não deixar que minha mente crie paranóias sem sentido" agradeci.
— De nada toquinho, obrigado por passar comigo, se quiser repetir é só pedir. — até parece que vou pedir isso. — Pode pedir, eu gosto de passar o tempo com você.
"Também gosto" muito mesmo.
— Até amanhã, seu pai está na varanda. — olhei para a janela, pai o senhor é muito ciumento.
"Ele está com ciúmes de você" só me faz passar vergonha.
— Não vou te roubar dele. — falou. — Por agora, só mais para frente.
E eu vou tranquilamente, tchau pai!
"Sem vergonha, até amanhã!" Abri a porta do carro, saí.
— Pega essa outra sacola também, meu presente para o seu irmão. — falou.
Peguei minhas coisas atrás e a sacola que ele falou, acenei para ele antes de fechar a porta.
— Jiminsinho. — olhei para trás, a janela está aberta, me chamou com o indicador. — Não esquece do que falei sobre as tatuagens, e toma isso.
Colocou uma caixinha pequena em cima da caixa que a taça está dentro, olhei, é de fone.
— Seu antigo fone já era, até amanhã e se cuida! — sorri para ele.
Virei e caminhei até a varanda, meu pai pegou uma parte do que estava nos meus braços e entrou.
O carro do Jungkook se foi, entrei em casa após isso.
Hoseok está no sofá parecendo um bolinho, todo enrolado em coberta assistindo "As visões da Raven", ele ama e eu também.
— Meu presente, cadê? — perguntou, respirei fundo.
— Aqui. — entreguei as duas sacolas. — O tênis que pediu.
— Obrigado hyung. — me abraçou, retribui, logo ele vai está maior que eu, puxei minha mãe e ele meu pai.
Droga!
— Veio em duas sacolas? — perguntou.
— Não, esse é do Jungkook, ele te deu. — sentou no sofá com as sacolas, abriu primeiro o meu. — Era esse mesmo, ver o do seu namorado.
— Ele não é meu namorado. — infelizmente.
— Ainda. — tirou a caixa da sacola, abriu e até eu me surpreendi, ontem esse tênis estava branco. — Ele desenhou no tênis, está assinado.
— É, ele desenha muito bem. — falei.
— De mais, amanhã mesmo vou usar. — sendo trocado pelo suposto "namorado", irmãos são assim mesmo, interesseiros e na primeira oportunidade te trocam.
— Deixa eu ver a tatuagem que fez. — meu pai falou.
— É mesmo, queremos ver. — Hoseok já chegou perto para ver.
Tirei o moletom do Jungkook, Hobi segurou, puxei a manga da camiseta, mostrei as duas tatuagens em braços diferentes.
— Olha só isso, ficou incrível Jimin. — Hobi falou olhando de pertinho.
— Hoseok, como vou ver se não sair da frente? — família doida, meu pai conseguiu ver as duas. — Não era só uma?
— Fiz quatro, fiquei indeciso então já fiz todas. — falei.
— Cadê as outras duas? — perguntou.
Tirei o tênis e subi a calça um pouco, os dois abaixaram para ver.
— Elefante, uma lhama, um gato, e um coração com flores. — meu pai levantou falando, Hobi ficou olhando mais tempo e levantou. — Ficaram ótimas, ele não vai ser processado.
— Ficou de mais Jimin, posso fazer também pai? — meu pai foi para a cozinha negando. — Isso é tão injusto.
Subi para o meu quarto com as minhas coisas, a caixa eu guardei no closet e meu tênis novo também.
No banheiro eu tirei o plástico, lavei como Jeon disse para fazer, agora posso tomar banho.
Água morna, saí secando meu corpo, no lugar de tatuagem com cuidado, fui para o closet, coloquei cueca.
Olhei todos os meus cremes, incrivelmente eu tenho qual Jungkook falou que posso passar que ajuda a cicatrização, passei ele.
É de aloe vera, após passar me vesti.
Shortinho e o moletom do Jungkook, está com cheiro dele.
Saí do closet, sentei na cama liguei a luz de led, e minha luminária para ler peguei o óculos já que irei forçar a vista, com o livro que Jeon me emprestou passei a tarde lendo.
Terminei já era bem tarde da noite, esse livro é de mais, as cenas de sexo dele é bem mais pesada que do outro livro, esse eu só gostei mais porque não terminei odiando nenhum personagem.
Peguei o celular, mandei mensagem para o Jungkook.
Terminei o livro que me emprestou, amanhã te devolvo.
Ouvi batidas na porta, Hoseok entrou com tudo.
— Vem rápido, parece que o pai está discutindo com a namorada, vamos Jimin. — levantei e fui com ele para o andar debaixo, paramos na porta do escritório, tem uma fresta suficiente para ouvir.
— Não vida, eu não estou te escondendo. — está sim, bate nele.
Vida? Sério pai?
— Eu não tenho vergonha de você. — ouvimos uma voz bem fina "Você tem sim" gritando, só ouvimos por ela gritar. — Calma vida, eu sei que já faz um ano.
— Um ano, puta que pariu. — Hobi sussurrou.
E eu que estou namorando escondido né pai? Sem vergonha.
— É claro que eu te amo, tudo bem eu vou falar com eles. — meu irmão fez sinal de "se fudeu" e eu ri baixinho. — Tchau! Eu te amo!
Ele ama? Meu pai ama uma mulher e não contou nada, absurdo isso.
Eu e meu irmão subimos de fininho, entramos no meu quarto.
— Não acredito que ele está namorando faz um ano e não contou nada. — Hoseok falou. — Papai está na coleira.
— Não fala isso Hobi. — mas ele está. — Às vezes ele tem medo da nossa reação, tudo bem que faz anos que a mamãe faleceu, mas ele tem medo que possamos ser contra o relacionamento dele com essa mulher desconhecida.
— Faz sentido, quero conhecer quem está mandando nele, vou usar isso ao meu favor. — caçula é assim mesmo, já pensa em usar uma situação ao seu favor para prejudicar o outro.
— Vamos procurar quem é, ontem ele iria em um evento, com certeza ela estava. — sentamos na cama, com meu celular em mãos entrei no Instagram, conta oficial do escritório.
— Tem muita foto. — falou, entramos nas fotos, meu pai aparece em várias, com juízes, promotores, advogados, até o prefeito estava, eu e meu irmão pensamos que a mulher já foi cliente dele.
Então procuramos uma que não fosse tão velha, e nem tivesse cargos altos, como promotora ou juíza.
— Essa de vestido vermelho. — apontou, que está no meio da foto segurando o braço do meu pai, tem mais dois homens do outro lado e dois homens ao lado dela.
— Não gostei. — falei.
— É, eu também não. — falou, nós dois ficamos olhando o perfil dela e rindo. — Se for essa vou ir morar com a vovó, papai escolheu mal hein.
Porque não gostamos dela? Ela fez parte de uma trend racista, e tem muitos comentários nas fotos a chamando disso.
Meu pai não tem Instagram, não tem como ele saber disso.
— Pode não ser ela. — falei.
— Quem mais poderia ser? É a única foto que tem alguém atarracado no pai, tudo bem que ele parece desconfortável, mas é pelos colegas estarem vendo ela assim. — discordou. — Eu espero que não seja essa.
— Eu também. — ele saiu do quarto, deitei na cama me cobrindo.
Agora vou olhar o que Jeon mandou, se ele respondeu.
Cara tatuado - O que achou? Está aprovado?
Eu gostei, as cenas eróticas são bem mais pesadas que do outro, mas ainda consegue ter um romance fofinho, aprovado.
10/10 porque terminei não odiando ninguém.
Coloquei o celular no tema escuro, só um pouco minha vista doeu, ficou bem melhor.
Cara tatuado - Gostou mais desse mesmo o sexo sendo mais violento, que safadinho!
Não foi isso que eu disse, peste.
Cara tatuado - Estou brincando Jiminsinho, seu irmão gostou do tênis?
Gostou, disse que vai usar amanhã.
Eu vou conhecer a minha madrasta.
Chegou mensagem do Jin, perguntando sobre como foi a noite dormindo fora, perguntei como ele sabia.
Jinjin - Tae me contou que ontem iria na casa do Jungkook, e o Jungkook falou para ele não chegar perto porque você iria dormir lá, assim eu fiquei sabendo.
Fofoqueiro, a noite foi ótima tirando a crise pelos trovões, mas o resto foi excelente.
Jinjin - Teve uma crise? Já está bem? Quer que eu vá aí?
Estou bem, Jungkook me ajudou.
Jinjin - Me trocando pelo mafioso Jimin, que feio isso!
Jinjin - Se precisar me chama, vou sair agora.
Aonde vai uma hora dessa?
Já são nove horas da noite, o que ele vai fazer na rua?
Jinjin - Dormir com o Tae, mas é só dormir mesmo porque sou mocinho comportado.
E piadista também, tchau piranha!
Jinjin - Piranha teu rabinho, primeira dama de mafioso.
Sem agredir, palhaço.
Tchau!
Fui para a conversa com o Jeon, respondeu.
Cara tatuado - Está ansioso por isso? Com medo?
Não, com medo sim.
Se for quem eu e meu irmão achamos no Instagram ela é péssima, então não gostamos.
Quero muito que não seja ela.
Cara tatuado - Às vezes vocês se enganaram e pode ser outra pessoa.
Você sabe de algo Jungkook?
Cara tatuado - Sim, eu vi eles almoçando em um restaurante, manda a foto da mulher que achou.
Safado, descobriu quem é primeiro que eu.
Peguei no Instagram e mandei para ele, visualizou rápido.
Cara tatuado - Não é ela, fica tranquilo.
Respirei até melhor, agora quero saber quem é.
Ouvi batidas na porta.
— Entra. — meu pai entrou.
— Jantar. — saiu de novo.
Estou indo jantar, falo com você depois.
Cara tatuado - Já sabe o que não pode comer.
Eu sei seu chato, deixei o celular e desci para o primeiro andar, sentei olhando tudo que está na mesa, peguei o que não é gorduroso.
Hoseok chegou e se sentou também, estávamos comendo e meu pai em silêncio.
— É... — paramos de comer olhando um para o outro. — Meninos, preciso falar com vocês.
— Pode falar. — Hobi falou.
— Já tem um tempo, eu não queria contar porque ainda achava vocês novos de mais para entender, e poderiam não aceitar pela perda da mãe de vocês. — começou a falar. — Eu estou noivo!
Eu e Hoseok nos olhamos, voltamos a comer.
— Não vão falar nada? — perguntou. — Vocês não aceitam né? Eu vou terminar.
— Pai, nós já sabíamos. — falei. — O senhor é péssimo para disfarçar, e escutamos o senhor chegando cinco horas da manhã, dos seus jantares com cliente.
— Sem falar que estava com um chupão no pescoço, que feio senhor Park. — Hobi falou e eu ri, meu pai olhou bravo para ele. — Brincadeira pai, quando vamos conhecer ela? Tem filhos?
— Sexta-feira, é feriado então vamos almoçar juntos, sem filhos. — respondeu.
— Ótimo, o posto de caçula é meu. — Hobi ficou aliviado.
— Sabe sobre nossa sexualidade? — perguntei, acho isso muito importante morando na Coréia.
— Com certeza sabe, vocês são minhas prioridades, não estaria com alguém que faria mal a um de vocês. — meu pai é de mais.
— Ótimo, não é a bruxa má. — Hobi falou.
Voltamos a comer, terminei primeiro que eles e já subi. Fiquei na cadeira estudando russo, depois para as provas.
Quando deu hora, fui ao banheiro e tomei banho para dormir, não demorou estava deitando na cama espaçosa.
Peguei meu celular, olhei o que Jeon mandou me cobrindo.
Áudio cara tatuado - Boa noite! Toquinho, durma bem.
Boa noite! Chatinho, durma bem.
A voz que ainda vai ser a causa dos meus surtos.
Fiquei um tempo olhando o celular, ao sentir sono coloquei ele para carregar, desliguei a luminária, agora posso dormir.
[...]
Saí do banheiro após o banho, entrei no closet, acendi a luz e começar a minha luta para achar algo que eu goste.
Preciso comprar roupa, mas meu pai não quer me dar o cartão, droga! Na hora que eu começar a andar pelado ele vai ver só.
Consigo ouvir a chuva caindo lá fora, como eu quero passar de ano vou ir na chuva mesmo.
E não é porque quero ver o Jungkook, tem nada a ver com isso.
Antes de vestir qualquer roupa passei o creme de novo, me recuso passar por uma cicatrização longa por minha culpa, então vou cuidar bem delas.
Vesti um conjunto de moletom azul-escuro, peguei touca preta e coloquei boa parte dos fios azuis foram escondidos.
O tênis que comprei no sábado, abri a caixa, olhei a parte debaixo, Jungkook fez um desenho aqui.
São dois bonequinhos de palito, com o coração partido, fez o sinal de igual e um coração inteiro.
Fiquei olhando um tempo, sorrindo igual um bocó.
Depois calcei o tênis, saí com a mochila do closet e coloquei o livro do Jungkook dentro, deixei na cadeira para eu arrumar a cama. Peguei meu celular e fone novo, saí do quarto após apagar a luz de led e abrir as cortinas.
Desci para o primeiro andar, meu pai tomando café sorrindo igual besta para o celular, eu fico assim? Se confirmar apanha.
— Bom dia! — olhou para mim. — Falando com a namorada?
— Como sabe? — perguntou.
— Está parecendo um adolescente apaixonado, sorrindo para o celular e suspirando apaixonado pelos cantos. — meu pai está namorando e eu não, o mundo está no fim.
— Não fico suspirando. — claro que não.
— Lógico, pode me levar à escola? — coloquei o fone na mochila.
— Posso, vou pegar a chave do carro. — colocou a xícara na pia e subiu.
Olhei meu celular, mensagem do Jungkook não tem, isso me preocupa porque ele sempre manda, às vezes ele não vai hoje.
Do Jin tem, fazendo drama porque não quer ir para a escola, se eu estivesse bem no quentinho dormindo abraçado com Jungkook também não iria querer, mas eu não estou então tenho motivo para ir.
Meu pai apareceu já com o terno e a maleta, advogado né.
Saímos de casa, pela varanda eu fui para o carro, sem me molhar entrei no carro e fiquei esperando meu pai. Logo ele entrou, de a pé eu faço o caminho em dez minutos, no carro do Jungkook em cinco minutos nós estamos aqui, o carro do meu pai é novo, mas não é para corrida.
Mesmo assim não demorou para chegar na escola, tirei o cinto.
— Tchau! — falei.
— Tchau! Boa aula filho! — saí do carro.
Está só chuviscando bem fraco, consegui entrar sem molhar tanto, passei no meu armário tirei o que eu uso, guardei a mochila.
Comecei a subir as escadas, não senti falta de vocês no final de semana, escada do demônio.
Acredito que nem o demônio gosta, usa elevador certeza.
Cheguei morrendo de novo, minha luta em breve vai acabar, quem acredita diz amém.
Fui para a sala, Jungkook não está, que tristeza!
Sentei no meu lugar de sempre, coloquei os fones novos, estava apenas ouvindo música com a cabeça abaixada na mesa.
Senti o cutucão conhecido, ele veio, Deus obrigado!
Levantei tirando os fones, olhei para trás.
— Bom dia toquinho. — nunca fiquei tão feliz em ver ele.
"Bom dia, chatinho" o carro da chatice "Não mandou mensagem cedo, pensei que não fosse vir".
— Acordei atrasado, não deu tempo de mandar mensagem. — se explicou. — Estudei até tarde para as provas.
"Também estudei, terminou o conteúdo que te enviei?" Confirmou "Ao chegar em casa te enviarei mais".
— Obrigado, quando vamos estudar junto? — perguntou.
"Não sei, você vê o dia" falei simples.
— O que vai fazer no feriado? — até iria concordar.
"Vou conhecer minha madrasta" droga "Pode ser no sábado?".
— Deixa eu ver na minha agenda. — desde quando tu tem agenda criatura?
Pegou o celular olhando algo, ficou pensativo, vi ele digitando.
— É, vamos estudar no sábado. — confirmei.
"Qual era seu compromisso que desmarcou?" Perguntei.
— Não era nada. — mentiroso. — Na sua casa?
"Pode ser, dois sábados fora e meu pai manda eu morar com você" facilmente.
— Eu não iria ligar. — olha eu ficando rosa, estava demorando.
"Você gosta de me ver com vergonha né?" Palhaço.
— Sim, você fica mais fofo com essas bochechas rosas. — está aumentando a quentura do rosto. — Muito fofo!
Tae chegou, passou por mim sentando ao lado do Jungkook como sempre.
— Oi Jimin! — falou sorrindo.
Acenei para ele sorrindo, olhei para o Jungkook que está de braços cruzados e emburrado.
"Que foi?" Perguntei sem entender.
— Nada. — sei.
— Está com ciúmes de mim, com você, apenas pelo cumprimento. — ciumento. — Eu gosto do Jin, Jimin é todinho seu possessivo.
— Não sou possessivo. — claro que não. — Mas Jimin é todinho meu.
Ei, estou aqui viu, parando já com esse assunto.
— Que novidade Jeon, conta outra. — Tae colocou fones deitando a cabeça na mesa, vai dormir.
"Não sou todinho seu coisa nenhuma" tô mais rosa que a casa da Barbie.
— Só falta você aceitar isso. — eu acho incrível a naturalidade que ele fala essas coisas, para ele é muito normal ficar se "declarando" para mim.
Não estou reclamando, eu gosto, só não estou acostumado a ouvir essas coisas, ter alguém tão interessado em mim, nunca aconteceu antes então fico sem jeito ouvindo isso.
— Está todo vermelhinho. — apertou minha bochecha.
"Chato! Não estou vermelho, seus olhos estão com defeito" virei para frente, a professora entrou.
Começou a aula, prova, odeio fazer prova.
Fiquei concentrado para conseguir fazer tudo certinho, terminei primeiro que todos, agora já posso simplesmente levantar e levar para ela, já sabe que sou inteligente o suficiente para fazer de forma rápida.
Levantei com a prova, coloquei na mesa dela.
— Obrigada Park. — só me curvei rapidamente e voltei para o meu lugar.
Incrivelmente Tae foi o segundo a terminar, Melissa terceira, Jungkook depois, depois não prestei mais atenção.
Estava lendo algo em russo para saber quais palavras não entendo e anotando para pesquisar depois, chegou mensagem do Jungkook.
Cara tatuado - Se você pudesse ser um animal, qual seria?
Lá vem ele com essas perguntas.
Um coelho, talvez um gato.
E você?
Voltei a ler concentrado no meu aprendizado, quero estar fluente logo e eu sei que sou capaz disso.
Notificação da mensagem do Jungkook, entrei para ver.
Cara tatuado - Um lobo, gosto da forma que uma alcatéia funciona.
É, funciona como uma máfia por isso o interesse dele, ando pesquisando sobre isso.
Quero saber quando esse sem vergonha vai me contar sobre ele, responder todas as minhas dúvidas que são muitas.
Talvez ele ainda esteja esperando eu confiar totalmente nele para falar, nesse caso estou ferrado, porque minha mente ela confia desconfiando.
Cara tatuado - Hoje você tem treino de vôlei né?
Sim, três horas preciso estar aqui.
Contaram que você já fez parte do time, porque saiu?
Esperei ele responder, interessante conversar pelo celular com ele sentado bem atrás de mim.
Cara tatuado - Ficou difícil jogar, as pessoas do time tem medo de mim então preferi sair para não atrapalhar eles.
Isso me fez ficar com uma dúvida.
Fica triste das pessoas terem medo de você?
Espero que ele responda com sinceridade, após todo bullying que já sofri seria feliz das pessoas terem medo de mim.
Cara tatuado - Não, eu gosto que tenham medo de mim, ninguém com segundas intenções se aproxima, ou falsidade.
Faz sentido, ainda bem que ele não fica triste.
Cara tatuado - Você trouxe meu livro?
Faz sentido o que falou.
Peguei embaixo da mesa, virei entregando para ele o livro.
"Obrigado" falei.
— De nada toquinho. — gosto de ver ele sorrindo.
Virei para frente, coração idiota fica acelerando a toa, e não consigo parar de mostrar os dentes para os outros.
Estou enlouquecendo!
Até a aula do intervalo foi tranquilo, professor Namjoon veio hoje e mostrou a foto do filhinho dele para todos, ele tem um marido não é coreano já que o neném está com cabelo encaracolado e tem pele como um capuccino.
"Achei muito fofo o filho do professor" comentei com Jungkook, estamos na fila para eu pegar algo para comer.
— Realmente, só tem os olhos puxados e as covinhas do professor o restante puxou o outro pai. — pelo menos está com covinhas.
"Leite de morango e Cookie" falei, ele passou para moça que entregou os dois itens.
— Obrigado! — aprende rápido, saímos de lá e fomos para uma mesa vazia no canto. — Logo Jin e Tae aparecem.
"Ele te contou o que fizeram?" Negou "Também não sei".
— Mentiroso, é óbvio que Jin te contou, o que eles fizeram? — abri o pacote de Cookie e coloquei um na boca. — Tem a ver com sexo? Não, Jin não faria isso aqui, Tae eu sei que faria porque já fez.
É mesmo? Legal.
Jin e Tae chegaram, meu amigo já pegou um dos meus Cookie.
"Tae já levou gente para aquele hotel perto do cinema e já fez sexo aqui na escola" contei em inglês, quero ver o circo pegar fogo.
— Fez sexo aqui na escola? — ferrou para você Tae, o acusado olhou bravo para Jeon.
— Porque contou ao Jimin, é óbvio que ele contaria ao Jinnie. — Jeon continuou pleno.
— Ninguém mandou transar na escola. — concordo Jungkook.
— Foi só uma vez. — Tae falou, Jeon tossiu. — Duas vezes, e no ano passado. — tossiu de novo. — Uma vez esse ano, mas não aconteceu mais.
— Não precisa se explicar para mim, não estamos namorando. — meu amigo falou, se eu fosse você me explicaria porque Jin não é como eu, na primeira oportunidade vira um barraco.
— Porque você não quer. — morreu, você morreu.
— Agora pode se considerar morto. — Jeon falou achando graça.
— Não quero? Você não pediu idiota, só se foi nos seus sonhos porque ao vivo você não fala nada, covarde. — mexeu no ego. — Jimin vamos.
"Tô comendo" e quero ficar com Jungkook.
— Deixa de história, só quer ficar com Jungkook. — agora eu vou.
Levantei e fui com ele, meu cookie também com o leite de morango.
Fomos para o jardim coberto com vidro, primeira vez aqui, um banco afastado de todos os outros perto das petúnias.
Sentamos, ele encostou a cabeça no meu ombro, agora vou ouvir lamúrias.
— Agora ele não vai me pedir mesmo, chamei um mafioso de covarde. — você não está feliz com a vida né anta?
— Se ele gosta mesmo de você vai pedir. — falei. — Depois eu que me apaixono rápido.
— Você se apaixonou pelo Jungkook sem se beijarem, ou qualquer contato mais íntimo, nessa você ganha meu amigo. — seu nariz.
— Desde quando precisa beijar para se apaixonar? Ele tem todos os requisitos para apaixonar, beijo não faz diferença. — cada coisa.
— Mas bem que você quer beijar ele. — detalhes.
— Eu nem sei fazer isso, então até gosto de não estar fazendo. — falei pensativo, bebi o restante do leite.
Joguei as duas embalagens no lixo próximo a nós, literalmente foi jogando, não levantei.
— Ele vai te ensinar, e é uma coisa natural então vocês vão se encaixar. — falou. — Você pode treinar na costa da mão.
— Cala a boca Kim Seok-jin, eu não vou fazer isso. — nem pagando.
— Só foi uma ideia chato! — resmungou. — Como está na sua casa?
— É mesmo, esqueci de te contar ontem, mas meu pai está noivo. — contei. — Jungkook já sabe quem é a mulher, viu os dois almoçando em um restaurante, agora eu irei conhecer ela na sexta-feira.
— Finalmente ele assumiu esse relacionamento, já estava mais que na hora. — concordo.
— Ele contou porque ela colocou ele contra a parede, dizendo que ele tem vergonha dela e que estava escondendo ela. — não é mentira.
— O tio está na coleira. — com certeza.
— Sim. — o que eu tinha para contar a ele? Lembrei. — Eu fiz tatuagem.
— Piadista! — falou rindo. — Não gosta de agulha e vai fazer tatuagem?
— Sim, aqui. — puxei a manga do moletom, mostrei o gatinho.
— Você fez mesmo, quando? — está analisando a tatuagem.
— Ontem, Jungkook fez. — contei. — Tem mais três.
— Fez quatro tatuagens? — perguntou abismado. — Mostra.
— Só dá para ver mais uma, a outra está dentro do tênis, e no braço não dá para puxar toda a manga. — coloquei o pé no banco puxando a barra da calça. — Escolhi essa por sua causa, você falava com cinco anos querer ser uma lhama quando crescer.
— Que fofinha! — quando parou de olhar abaixei de novo a barra e tirei o pé do banco. — Vou tatuar um pintinho, você queria ser isso.
— Tudo bem. — éramos crianças estranhas.
— Qual são as outras? — perguntou.
— Do braço é um coração florescendo após quebrar, me representa isso. — estou falando de mais misericórdia. — E no pé basicamente é um elefante.
— Quando chegar em casa me manda foto delas. — confirmei. — Vamos para a sala.
Saímos dali e entramos no prédio da escola, subimos a escada até nosso andar ele ficou na sala dele e eu segui para a minha.
Entrei e estava o capitão do time de vôlei namorado da Melissa e outro do time, apenas fui para o meu lugar me sentar.
Coloquei fones e música, estava olhando um livro em russo para comprar, vou ler para saber que nível já estou, sempre faço isso quando estou aprendendo um idioma novo.
Vi o amigo do capitão se aproximando, fique longe!
Sentou na minha frente, era só o que faltava, continuei olhando meu celular.
— Oi azulado. — azulado nada, Park para você. — Eu sei que você não fala, pode usar linguagem de sinais.
Desde quando todo mundo passou a entender? Isso não é legal.
Tô brincando, é ótimo que mais pessoas entendam linguagem de sinais, mas nesse caso aqui é péssimo.
"Se entende, estou ocupado" voltei a olhar meu celular.
— Isso pode esperar, eu só quero te conhecer azulado. — mas eu não.
"E por qual motivo eu iria querer te conhecer?" Ele ficou sem saber o que responder "Foi o que eu imaginei".
— Juro que sou legal. — não parece. — Posso te pagar um sorvete.
"Está chovendo!" Falei.
— Eu tenho carro. — Jungkook tem três carros e uma moto, tente na próxima me impressionar com seu carro.
Entrei na conversa com o Jungkook, esse cara não vai me deixar em paz.
Jungkook, preciso de você!
Não demorou para ele ver, estava digitando.
Cara tatuado - Onde está?
Na sala, tem um menino aqui.
Cara tatuado - Estou indo.
Nem precisei mandar mais nada, ciumento.
— Então azulado, ou você gosta de algo mais íntimo. — brincadeira né sem graça? — Podemos ir para minha casa.
Já tô lá, vai sonhando.
Pausei a música, impossível ouvir com esse chato aqui.
— Deixa ele em paz Sunoo. — o capitão do time falou estava mexendo no celular. — Ou...
— Ou o quê? — estava até demorando para ter algo envolvendo meu azar, essa escola estava muito boa para ser verdade.
— É Sunoo, deixa ele em paz. — olhamos para a porta, Jungkook e Tae parados.
Minha salvação.
— Eu avisei. — ouvi o capitão falando.
— Tô saindo. — tchau! Vai com Deus!
Levantou e iria sair da sala, mas para sair precisa passar pelo Jungkook e pelo Tae, eles não parecem querer deixar isso acontecer.
— Licença. — agora é educado?
Jungkook sussurrou algo, e eu tentando ler os lábios dele, só entendi "de novo" o resto não pergunte que ficou em aberto.
Ele saiu correndo, esse não chega perto de mim, nunca mais.
Os dois entraram na sala, Tae sentou já colocando fones e deitando, cara cansado!
— Está bem toquinho? — Jungkook perguntou sentando no mesmo lugar que o outro estava.
"Sim, obrigado por vir rápido" agradeci.
— Claro que eu viria rápido. — eu sei. — Ele não falou nada de mais né?
"Queria me conhecer, pagar um sorvete, falou sobre ter um carro para me levar, e depois se eu gostava de uma coisa mais íntima, como ir à casa dele" contei.
— Bom que me chamou. — quem mais eu chamaria? O Jin? Provavelmente iria usar meu estojo para bater nele, ele já fez isso para me defender.
"O que falou para ele?" Perguntei sendo curioso.
— Nada de mais. — claro, e eu consigo falar com todo mundo, mentiroso. — Ainda vai querer participar do time de vôlei?
"Sim, ele não vai me incomodar" um mafioso intimidou ele, estou seguro.
— Posso vir te assistir hoje? — por quê?
— Epa, como assim? — Tae acordou na hora. — Vai assistir o que hoje?
— Jiminsinho jogando. — Jungkook respondeu.
— Pois eu jurava que você tinha um compromisso muito importante hoje, errei a data? — sonso, como não notei antes? Eles nem sabem disfarçar.
— Errou, fica na sua. — olha ele todo intimidador e mandão.
— Não está mais aqui quem falou. — voltou a dormir.
— Voltando toquinho, eu posso? — incrível né?
Sério mesmo, algo de outro mundo como ele muda para falar comigo, a postura, o tom de voz, as expressões, o olhar, até a posição da mão.
Ele gosta de mim, uma pessoa gosta de mim, tudo bem que ele mata pessoas e lidera a máfia russa, mas isso vamos deixar em off.
O que ele viu em mim? Porque se for olhar as duas pessoas que ele já namorou, não estou me diminuindo, apenas comparando.
Tem diferença.
Porque a Yelena e o Mikhail são lindíssimos, aqueles olhos claros, a Yelena tem corpo de modelo e o Mikhail tem o corpo padrão de um moço, abdômen levemente definido, e uma tatuagem de tigre na costela que prende sua atenção.
Na verdade, a maioria das tatuagens dele chamam a atenção, Yelena não posta foto de biquíni então não vi a pele dela. Ele tem uma cobra na coxa, linda.
Eu tenho bichinhos fofos, e algo a ver com coisas que me aconteceram (um significado), agora estou me diminuindo, o que tem de interessante?
— Jiminsinho? — passou a mão na frente dos meus olhos, pisquei os olhos repetidas vezes voltando a Terra. — Você foi longe, o que estava pensando?
"Não era nada de mais" respondi.
— Era sim, me conta? — não, te envolve completamente.
"Melhor não, e você deve cumprir seu compromisso, não precisa vir assistir para garantir que o Sunoo não mexa comigo" falei.
— Tudo bem, mas mande mensagem caso precise de ajuda. — confirmei. — Certeza que não quer me contar?
"Sim, é algo besta" só minha mente colocando empecilhos na minha felicidade.
Quem iria dar aula faltou, alunos entraram e outros não, eu poderia ir para a biblioteca ler um pouco, mas preferi ficar na sala e adiantar o conteúdo que estou estudando, Jungkook dormiu.
Quando terminei virei para trás, ainda dormindo, usei meu celular para fotografar ele, nem parece um mafioso sanguinário dormindo fofinho assim.
Usei um aplicativo e coloquei orelhinhas de coelho nele, uma gracinha.
Virei para frente de novo, Melissa quase me mata do coração, de onde ela veio misericórdia.
— Desculpa pelo susto. — falou. — Tirando foto do namorado dormindo, que fofinho!
"Ele não é meu namorado" falei.
— E qual o motivo de vocês ainda não estarem namorando? — perguntou séria. — É óbvio que vocês se gostam, bom, você gosta dele porque ele te ama.
Como é o negócio? Silêncio criatura.
— Quer conversar em outro lugar? — confirmei, ela falando essas coisas é óbvio que irei querer sair.
Saímos da sala, fomos para a biblioteca e subimos ao segundo andar que ninguém vai, em um dos corredores cheios de livros sentamos no chão encostados na parede.
Nem sei o motivo de falar isso com ela, mas tenho a imensa sensação de conhecer ela há mais tempo do que aparenta, como de outra vida entende?
— Então, porque não namoram? — perguntou baixo, não queremos ser expulsos.
"Primeiro, mesmo que tenha sentimentos eu crio barreiras para qualquer coisa acontecer, segundo eu ainda não consigo usar a boca para falar com ele, terceiro, parece que não estou pronto para um relacionamento sério" contei.
Ela ficou pensativa, consigo fazer isso.
— Percebeu que todos os motivos que citou surge de você? — como? — O primeiro são as suas barreiras, o segundo é você não conseguir "falar" com ele, o terceiro é você não estar pronto.
"Então é minha culpa?" Fiquei mal.
— Não é isso, significa que você está colocando empecilhos para ter um relacionamento mais sério com ele. — a tá! — Qual o problema de não "falar" com ele? Pessoas que são completamente mudas namoram assim como eu que falo e muito, como sabe que não está pronto?
"Porque não estou, eu nunca namorei, sequer gostei de verdade de uma pessoa como gosto dele, tudo são experiências novas, e eu posso não estar pronto para a experiência de namorar" é a verdade.
— Sei que está parecendo uma coisa muito difícil namorar, mas acredite o Jeon já está fazendo a parte difícil, é suportar amar uma pessoa e ela não se vê pronta para um relacionamento. — e a pessoa sou eu.
"É difícil sim, às vezes eu penso" não quero falar isso.
— Pensa o quê? — perguntou me incentivando a continuar. — Pode falar, sei guardar segredo.
"Penso se ele me beijaria" se fosse para falar em voz alta, iria gaguejar muito.
— Com certeza, direto vejo ele encarando sua boca, principalmente quando está fazendo biquinho emburrado. — ela fica observando. — Qual o problema em ele te beijar? Não quer isso?
"Não e sim, eu quero, mas acredito que provavelmente eu iria travar no lugar, então tenho medo disso acontecer porque não seria nada legal, outro motivo namorados que não se beijam nunca vi" eu e minha mente enigmática.
— Eu já vi, meu primo namora um rapaz autista que não gosta de ser tocado, ele esperou muito tempo até aceitar ser abraçado, beijo ainda não aconteceu e é óbvio que eles se amam. — falou. — Beijar é bom? Sim, mas isso não define o relacionamento, é apenas um adicional.
Ela pensou um pouco.
— Exemplo, o relacionamento é como se servir em um restaurante você vai escolher o que pôr. — explicou. — Vai ser aberto, ter sexo, apenas abraços, pegar na mão, beijo, o casal decide o que vai estar no prato.
"Existem namoros só com abraços?" Não sabia.
— Sim, relacionamento vai além de toques íntimos Jimin, o que importa é o que vocês sentem um pelo outro. — me fez ficar pensativo. — Se você não se sente pronto para beijar, Jungkook vai saber, acredito que ele vai esperar você dar esse passo para não te assustar.
"Agora estou pensativo" não gosto disso.
— Conversas envolvendo sentimentos fazem isso. — falou. — Precisamos voltar, mas antes, não pense que não está pronto só por nunca namorar, muitos tem uma lista enorme de ex e até agora não estão prontos.
"Obrigado por isso" agradeci.
— Não foi nada, mochi. — mochi? — Você parece um, as bochechas rosadas e ser fofo.
"Obrigado!" Mochi, nunca me colocaram um apelido relacionado a comida de forma boa.
Saímos da biblioteca e voltamos para a sala, Jungkook já estava acordado, foi sentar ele já me cutucou.
— Aonde foi? — perguntou.
"Biblioteca" respondi simples.
— Falaram de mim? — convencido.
"Sim, algo mais?" Se espantou por eu falar a verdade.
— Lógico, o que falaram? — perguntou, curioso.
"Muitas coisas" vou contar nem pagando.
— Você é cruel Jiminsinho! — que nada!
O professor entrou, virei para frente para prestar atenção na aula.
As duas últimas aulas foram tranquilas, pouca atividade, não saí cansado com a mão doendo na hora que bateu o sinal.
Desci as escadas devagar, meus livros foram para o armário, após pegar minhas coisas e trancar ele pude sair da escola.
Não está chovendo, Deus é bom!
Mas vai em breve, o céu está fechado para voltar a chover.
Fui caminhando tranquilamente até em casa, ao entrar Hoseok está parado me olhando confuso.
— Jungkook não te trouxe hoje? — por isso.
— Não, por quê? — perguntei.
— Ele sempre traz. — ouvimos uma buzina, pelo motor, é o Jungkook. — É ele.
Hoseok saiu quase me atropelando, deixei a mochila no sofá e saí, Jungkook estava fora do carro encostado falando com Hobi, cada coisa.
Fui até eles, falando de carro.
— Porque veio andando? — perguntou.
"Como eu iria vir?" Sonso? Não, cínico!
— Comigo. — Hobi olhando.
— Deixei algo no fogo. — e saiu correndo, mentiroso ele nem sabe cozinhar com fogo, só panela elétrica.
— Está me evitando? — dramático? Muito.
"Eu vim andando, não parei de falar com você" exagerado que só.
— Mas se você muda em algo é motivo para ficar em alerta. — como assim?
"Não entendi, eu sou uma pessoa que precisa ficar em alerta?" Perguntei tentando entender.
— Jiminsinho não é isso, mas quando você muda significa que tem algo errado, por isso ficar em alerta. — explicou, ainda desconfiado.
"Não tem nada de errado, eu só quis andar, disse que eu estava sedentário então vou andar para não ficar" falei.
— Então não quer mais que eu te traga para casa? — exato.
"Sim, mas nada está errado, eu só quero andar" afirmei mais uma vez.
— Eu gosto de te trazer, é mais um momento que tenho sozinho com você. — fiquei rosa. — Agora é apenas na escola e se você quiser me encontrar nos finais de semana, não gostei, fica sedentário mesmo.
"Você é doido!" Total.
— Toquinho muda de ideia sobre isso, eu quero te trazer. — chatinho!
Não sei o motivo dele querer isso, o que fazemos no carro acontece na escola, porque nós não fazemos nada de mais no carro para ele querer tanto me trazer.
"Porque gosta de me trazer?" Perguntei.
— Precisa de motivo? — perguntou.
"Lógico" precisa ser um excelente, ele respirou fundo.
— Se fugir de mim, você que insistiu para saber. — não quero mais saber.
"Não precisa contar, eu volto com você de novo, te encontro no estacionamento amanhã após a aula" já iria vazando.
— Eu nem falei e você está fugindo. — olhei para trás, voltei e abracei ele.
Não estou fugindo, é que já sei o que ele iria dizer e eu não tenho coragem para isso, não quero deixar ele vácuo esperando uma resposta minha.
— Você não é obrigado a responder o que ia falar toquinho. — é gostoso abraçar ele. — Já disse que posso esperar.
É, você disse.
Meu coração acredita, quem dúvida é minha mente.
— Pode me abraçar mais vezes, você consegue ficar menor nos meus braços. — bati no peito dele. — Tô brincando! E você é muito cheiroso. — ele cheirou meu pescoço.
Um minuto de silêncio para a minha falência respiratória.
Puta que pariu, isso não se faz.
— Parece que alguém é sensível. — fica na sua. — Se eu pudesse. — cheirou de novo.
Pode parando palhaço, não vou conseguir andar com as pernas bambas.
Ouvi uma tosse forçada, olhei para o lado e desejei morrer aqui mesmo.
— Trouxe o almoço. — meu pai falou mostrando as sacolas. — Olá Jeon.
— Olá senhor Park. — meu pai só deu mais uma olhada e entrou.
Quem namora já há um ano escondido não tem direito de fala.
— Melhor você entrar, antes que seu pai volte com uma arma e me mate por estar abraçado com o filho dele. — bem possível.
"Tudo bem, até amanhã!" Não queria me afastar.
— Até Jiminsinho. — afastou meu cabelo e beijou minha testa.
Entrou no carro e se foi, volta!
Entrei em casa, troquei o tênis pela pantufa, fui para a cozinha e eles já estavam comendo.
— Lavar as mãos. — meu pai avisou.
Fui ao lavabo, lavei as mãos e voltei, sentei-me pronto para me servir.
— Então está namorando, e ele não vem me falar nada? — endoidou de vez.
— Quem disse que estou namorando? — perguntei, olhei para o Hobi.
— Não fui eu, não olhe para mim. — falou.
— Vocês estavam daquele jeito nada descente na frente de casa, e não estão namorado? Piorou. — maluquinho.
— Pai, nós estávamos abraçados, menos drama. — exagerado. — E não estamos namorando.
— Claro que não. — não gosto do seu deboche.
Peguei comida para mim, comecei a comer.
— Porque o Yoongi não está vindo aqui? — sua vez Hobi de ser interrogado.
— Não sei. — estranho. — Pai, deixa a nossa vida amorosa quieta.
— Vocês são chatos! — claro.
Terminamos o almoço, ele voltou ao escritório, Hobi foi para o quarto dele.
Joguei todas as embalagens fora, e lavei a pouca louça que acabou sujando. Subi com a minha mochila para o quarto, guardei no closet, troquei de roupa já para que eu pretendo usar no treino.
Fui ao quarto do Hobi, bati à porta.
— Entra. — abri a porta e entrei, está sentado na cama mexendo no celular. — O que precisa?
— Porque Yoongi não está vindo aqui? — fiz a mesma pergunta. — Todo dia quando eu chegava vocês estavam agarrados.
Ficou vermelho, sabia que tinha algo de errado.
— Exatamente por isso, as coisas estavam ficando, isso é muito vergonhoso. — estou vendo, parece um tomate de tão vermelho que está. — Muito quente, e eu travei.
— Travou? — seja específico criatura.
— É, Yoongi quer dar o próximo passo e eu não consigo. — eu te entendo meu irmão, como entendo.
— Aí ele está te evitando por não conseguir? — se for isso é péssimo da parte dele.
— Não, eu estou evitando ele. — péssimo também. — Ele disse que não tem problema e ser normal, mas eu tenho medo dele me trocar por alguém que consegue.
— Você é doido! Ele não vai te trocar, se disse não ter problema é porque não tem. — logo quem dando conselho sobre isso? A pessoa que pensa que vai ser trocada. — Eu jurava que já tinha acontecido.
— Ei, eu só tenho quinze anos. — como se isso impedisse você de fazer sexo hoje em dia.
— Grande coisa, porque não consegue? — perguntei.
— Vai doer, eu não gosto de sentir dor. — somos iguais nisso. — E se ele não gostar, aí eu vou ser trocado mesmo.
— Se quiser essa semana pode ir no meu lugar na terapia. — está pirando. — Vocês dois são virgens?
— Só eu. — como assim? — Ele já transou com o antigo melhor amigo, e a irmã da cunhada dele.
— Ele não tem muita gente na lista para decidir se vai gostar, ou não. — já o Jungkook, puta que pariu.
Se beijar é difícil, sexo pode esquecer.
Nem ferrando, tô fora!
— Sobre a dor ele vai... — ser irmão mais velho é uma delícia, é péssimo. — Te preparar, e ele vai gostar fica tranquilo, suas inseguranças não fazem sentido, mas é normal ter.
— Como sabe disso? Você nunca fez, ou fez? — perguntou.
— Lendo. — respondi simples. — Quando gosta de uma pessoa mesmo ela não sabendo, você vai gostar de fazer tudo com ela, até isso aí e use proteção.
— Sexo Jimin, pode falar. — não. — Obrigado e é lógico que vou usar, vou desbloquear ele.
— Você bloqueou o coitado? — quietos!
— Com razão! Aonde vai? — perguntou.
— Eu entrei para o time de vôlei, daqui a pouco irei para lá. — respondi.
— Parabéns! Quando tiver jogo me chama. — falou.
Saí do quarto dele, voltei para o meu quarto, após escovar o dente deitei na cama, descansar um pouco.
Peguei meu celular, como o esperado tem mensagem do Jungkook.
Cara tatuado - Hoje eu pensei que finalmente iria conseguir te falar, mas você ainda não quer ouvir.
Não é que eu não quero ouvir, é que não consigo responder, tem diferença.
Não fala assim, parece que sou alguém ruim.
Eu só não quero te deixar no vácuo.
Meus olhos doem, peguei o óculos e coloquei, preciso pegar costume de usar para não piorar minha visão.
Cara tatuado - Tudo bem ficar no vácuo, vale a pena esperar você.
Que eu fico rosa com facilidade, para!
Cara tatuado - O que estava falando de mim, com a Melissa?
Vai esperar mesmo?
Sou inseguro, me deixa.
Não te interessa, curioso.
Sonha que irei te contar, só nos seus sonhos.
Cara tatuado - Sim, posso esperar quanto tempo for necessário.
Cara tatuado - Interessa sim, eu era o assunto principal.
Cara tatuado - O que a Melissa te falou? Ela ficou contra mim?
Não, está do seu lado.
Só eu mesmo que continuo resistindo a certas coisas.
Eu estava falando de você, não para você, então ainda não te interessa.
Apenas os fatos, só porque ele foi o assunto principal eu preciso contar? Desnecessário.
Cara tatuado - Alguém naquela escola finalmente está do meu lado.
Cara tatuado - Grosso!
Não sou grosso!
Cara tatuado - Claro, um docinho.
Sei que sou.
Ele ficou um tempo sem falar nada, fiquei no mundo da lua pensando em nada e tudo ao mesmo tempo, nesses momentos que vem o questionamento "porque existimos?".
Assustei-me quando o celular vibrou, ele mandou mensagem.
Cara tatuado - Eu sei o que conversou com ela.
Quem te contou?
Meu coração está acelerado, não tô bem!
Cara tatuado - Ninguém me contou.
Então você não sabe de nada.
Deus é bom!
Cara tatuado - Vocês conversaram sobre o motivo que ainda não namoramos.
Fofoqueiros!
Cara tatuado - Então toquinho, o que respondeu para ela? Não adianta falar "nem foi isso que conversamos", eu sei que foi.
Como você sabe? Ela te contou?
Cara tatuado - Não, eu não estava dormindo e ouvi ela te perguntando antes de vocês saírem da sala.
Cara tatuado - O que disse a ela?
Você é um chato!
Não vou te contar o que respondi.
Privacidade não existe mais, o fim da picada.
Cara tatuado - Por favor Jiminsinho, eu paro de encher seu saco se me contar.
Se rir dos motivos vou te bloquear.
1 - Eu não falo com você de forma "normal".
2 - Mesmo tendo sentimentos eu crio barreiras para impedir que algo aconteça.
3 - Parece que não estou pronto para isso.
Tchau! Estou atrasado para o treino.
Coloquei o celular para carregar desligado.
Que merda eu fiz? Eu acabei de admitir que existem sentimentos, como eu faço isso sem estar pronto para a outra parte? Só eu mesmo para fazer isso.
Não consigo nem olhar no celular, vou ir para a escola.
Calcei o tênis e saí do quarto, avisei Hoseok que estava saindo. No caminho para escola foi um tédio sem meu fone, até demorou mais para chegar, entrei na escola e fui para a quadra, tem alunos do horário da tarde pelos corredores.
— Jimin, junte-se a nós. — o treinador falou após eu entrar, me aproximei do restante deles, fez a apresentação de cada um deles. — Tem o Sunoo, mas ele pediu para sair então, não vai conhecer ele.
Jungkook fez uma ameaça poderosa, o cara não quer nem participar do time.
— Dividir vocês em duas equipes para começar a treinar, esse ano vamos jogar contra cinco escolas até a final, vai ser com a escola que ganhou ano passado, não faltem nos treinos, esse ano a vitória é nossa. — finalmente vou jogar em um time de vôlei, estou animado.
Primeiro foi o aquecimento, depois o treino de verdade, foi um treino produtivo de duas horas, tomei água antes de sair da escola.
Está chovendo de novo, quando essa chuva vai embora?
Fiquei em uma parte coberta do estacionamento, esperar a chuva diminuir para ir embora, se eu tivesse trazido meu celular poderia ligar para meu pai me buscar, não quero ver o Jungkook tão cedo.
Agora é oficial, não é aquela coisa "tem sentimentos, mas ninguém admitiu", alguém admitiu e fui eu essa pessoa que não viu direito as palavras que usou, quando você finalmente fala é real, não tem como voltar no que disse.
Deus, porque eu sou tão lerdo?
Eu gosto do Jungkook, e segundo a Melissa ele me ama, mas eu vou pensar que ele gosta para não ficar mais séria a coisa.
Uma vez ele disse que tinha medo de amar alguém que não se vê sendo amado, eu sou assim e aquilo era para mim. Já perguntou se eu ligaria que a pessoa que gostasse de mim, tivesse problemas com a lei, ele tem muitos é mafioso!
Ele também já falou sobre quando namorarmos eu deixaria de bater no Jin para bater nele, fico sorrindo igual um idiota só por lembrar das indiretas diretas que ele já falou.
Uma coisa que eu desejo mais que namorar ele, é falar abertamente com ele, quero saber se ele vai gostar da minha voz, vai achar estranha? Engraçada? Bonita?
Mas eu sei que agora ainda não consigo falar com ele, ainda.
— Toquinho. — o que essa criatura faz aqui?
Veio correndo na chuva e parou ao meu lado, comecei a ficar rosa lembrando a mensagem que mandei.
— Você fica mais lindo com essa bochechas rosas. — para.
"Obrigado, o que faz aqui?" Perguntei querendo enterrar minha cabeça na terra.
— Vim te buscar e falar com você, após mandar mensagem você sumiu. — porque será? — Então?
"Sobre o que quer falar?" É lógico que vou me fazer de sonso, até um pouco cínico.
— Precisamos conversar sobre nós........................
Kiara Jeon, irmã do Jungkook completamente apaixonada no cabelo do Jimin.
Como será a conversa dos dois?
Beijo na testa 💋💋!!!!!!!!!!!!!!!
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