
Confraternização
É difícil descrever o que se sente nessa hora.
É difícil descrever as emoções do pós pôr-do-sol.
É uma mistura de tristeza com alegria,
de lamento com esperança.
Dor com euforia.
A beleza do pôr-do-sol, contrastado com melancolia da solidão.
A tristeza de mais um dia ter passado,
mais um passo ter sido andando,
junta-se intensamente com a alegria de ter completado mais 24 horas,
de ter vivido,
de ter experimentado,
de ter aprendido.
E ambas misturam-se e
misturam-se
e misturam-se mais um pouco,
em uma completa confusão,
uma completa intensificação,
uma completa confraternização.
Confraternização. Essa foi a palavra.
Desde o começo.
No inicio uma confraternização de medos, de inseguranças, de assimilações.
Após um tempo uma confraternização de diversidades, de convívios, de expectativas.
E a confraternização foi aumentando e diminuindo.
Tudo ao mesmo tempo.
Ao mesmo instante.
Mais e menos.
Menos e mais.
Tudo junto. Tudo unido.
E foi somando,
somando-se,
multiplicando e multiplicando-se.
Adicionou-se um pouco de estresse.
Uma pitadinha de medo.
Uma xícara de vontade de desistir.
E dois copos de perseverança.
De fé. De foco.
E aquilo que era para um, um único propósito acabou sendo para muitos outros.
O um passou a ser 10. A ser 20. A ser 1000.
E a confraternização continuou....
Chegaram-se para a união o convívio, a aprendizagem, a paciência.
Trouxeram junto com elas uma nova visão.
Uma nova forma de ver o mundo.
Um novo jeito de agir, pensar e ser.
Por resultado dessa grande confraternização, que a princípio causou incômodos, irritações e afins,
teve-se a independência.
O ser diferente.
O ser você mesmo.
Ser original.
Ser igual.
Ser quem quiser.
Ser tudo. Ser nada.
E como aquilo que em certo segundo é tudo,
acaba no segundo seguinte sendo nada,
o irremediável e inalcançável fim finalmente,
ou seria eternamente,
chega.
Mas por mais que o final tenha chegado.
Nada nunca acaba de verdade.
Não.
Não. Isso é impossível.
Tudo é para sempre.
E tudo tem um fim.
Mas tudo é para sempre.
E nesse para sempre,
persiste a saudade,
a vontade de quer mais,
de querer bis,
de voltar no tempo.
E a volta no tempo traria um novo fim.
Um fim ao que persistiu.
Um fim ao começo.
Um começo ao fim.
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