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4 - SIMPLICIDADE

O resto do dia passou tranquilo, até tocar o sinal da saída, Mau vestiu a jaqueta e ainda estava sentado, esperava o Ale terminar de arrumar seu material quando Becca e Mi voltaram a se aproximar.

_ Não esqueça da "tradição" Ale. - Becca diz deixando uma folha com uma espécie de lista em cima da carteira. - _ Você não pode escapar dessa vez. - fala piscando para o Mau antes de dar as costas e sair.

_ Que tradição? - Mau pergunta para o Ale que coça a cabeça bem sem graça.

_ Cara você vai dizer que é coisa de burguês idiota, porque até eu acho isso - Ale solta uma risada alta prevendo o que o amigo vai falar.

Mau pega a lista das mãos de Ale sem entender porque tem alguns nomes colocados em uma determinada numeração como se fosse uma posição.

_ Não pode ser o que eu estou pensando?? - Mau diz incrédulo.

_ É!!! - Ale cai na gargalhada.

_ Isso não é coisa de burguês idiota, é coisa de imbecil mesmo.

A lista se referia a uma espécie de "brincadeira interna" entre os alunos para posicionar status sociais, do mais ricos em primeiro lugar aos menos abastados e queriam que o Mau, como novato, colocasse sua posição para atualizar a lista.

_ Essa é da classe, a lista da escola toda fica no corredor, no quadro de informações.

_ Mas porque essa obsessão em saber de heranças?

_ É um pouco pior que isso, a lista serve para fazerem a "divisão" de relacionamentos, exemplo: as dez pessoas que estão em primeiro lugar da lista pertencem a primeira classe ou seja eles só podem relacionar entre eles, e assim segue aos dez seguintes que formam a segunda classe. Você chamou a atenção das garotas daqui e agora elas querem saber se é vantagem "investir" em você.

_ E se não estiver na "classe social" que elas querem?

_ Aí entra um problema de orgulho, um de classe mais baixa conquistar alguém de classe mais alta transforma a pessoa realmente numa lenda...nunca aconteceu por aqui. Então já pode imaginar que isso tornar os primeiros da lista os mais procurados.

Mau faz uma careta totalmente incrédulo, não podia estar ouvindo isso... burgueses procuram primeiro o bolso ao invés do coração.

_ E mais coisa das garotas daqui, querem saber se irão se dar bem antes de "investir numa relação", já os rapazes querem saber para se exibir mesmo. - Ale da de ombros.

_ Isso é muito escroto!!! Como que o diretor deixa isso lá?? - Mau pergunta enojado pela classificação adotada.

_ Não deixa, ele arranca toda vez que o vê lá. Mas logo penduram de novo.

_ Onde fui me meter. - Mau diz irritado se levantando e indo em direção a porta.

_ Relaxa cara, não leve a sério, essas pessoas aqui vivem em outro mundo.

_ Para mim com certeza é outro planeta, jamais vou colocar meu nome nisso para diversão desses fúteis.

Quando passam pelo quadro de informações no corredor, Mau olha discretamente a tal lista de relação da fortuna da escola inteira, que o Ale mencionou e realmente estava lá. Primeiro lugar estava escrito apenas JR., revira os olhos sem dar muita importância. - "mas que ridículo, seja lá quem for esse JR quero ficar bem longe, deve ser a pessoa mais metida do mundo... até porque somos os extremos, eu sou o último da lista com certeza" - ele pensa voltando a se irritar.

_ Quer carona? - Mau pergunta colocando o capacete.

_ Não, meu irmão está me esperando. - Ale aponta para o outro lado do estacionamento o carro com o Jeremy Davies dentro.

_ Até amanhã. - fala ligando a moto saindo em seguida.

Mau pilota sem pressa sentindo o vento bater, adora essa sensação de liberdade que tem desde que comprou essa moto, modelo antiga meio usada mais era só dele, foram anos de economias trabalhando nas férias e final de semana em tudo que aparecia como lavando carros, cortando grama dos vizinhos ou tirando folhas das calçadas em dias de outono, deu ate para fazer uma pequena reserva para gastos extras...mas o que ele mais gostava de trabalhar era na academia do bairro, ia quase todo final de semana e lá ele trocava seus serviços por treinos, fazia um pouco de musculação e principalmente boxe. O Sr. Willys dono da academia era um bobybuilder aposentado, mas mesmo aos seus 59 anos mantinha a ativa, gostava de treinar Mau e foi responsável dele deixar de ser um adolescente magrelo para mais encorpado.

Ele estaciona no Mirante de Bournemouth Beach, um dos seus lugares preferidos, de lá tinha vista da praia logo abaixo e um horizonte sem fim de mar bem azul onde o sol está começando se pôr. Foi aqui, nessa praia quando criança que viu pela primeira vez uma tartaruga-de-couro e seu fascínio pela vida marinha começou, até que com 12 anos ganhou de presente de aniversário do tio, uma hora de mergulho no mar, foi quando ele percebeu as imensas variedades de plantas e corais submersos, e o quão importante para a vida do planeta elas eram, era quase como se tivesse num mundo paralelo no qual se reconheceu, pois sempre teve a sensação de viver em um mundo diferente do que insistiam que ele tivesse que permanecer. Foi nesse dia que Mau decidiu o que queria para a vida: Biólogo com especialização biodiversidade marinha.

Seu pai embora não tivesse muitas condições financeiras sempre o incentivou com sábias palavras: "É na simplicidade, e não na ganância, que se encontra a verdadeira felicidade. O dinheiro faz homens ricos, o conhecimento faz homens sábios e a humildade faz grandes homens. Jamais deixem te diminuírem por acharem que você não tem valor."

Lembra com carinho do Sr. Franks, seu professor de história da sua antiga escola, sempre enxergou em Mau um amplo potencial que ele mesmo admitia estar sendo pouco aproveitado e foi o próprio que conseguiu que Mau participasse do processo de seleção da escola particular. Então, entrar hoje na British Culture foi mais que uma vitória pessoal, foi um jeito de honrar tudo que fizeram por ele.

Não iria deixar nada estragar seu futuro muito menos um bando de burguezinhos metidos que não sabem fazer mais nada na vida a não ser serem fúteis e rotulagem pessoas pelo "bolso".

"Argh lista de fortunas...mas que babacas!" - Mau revira os olhos relembrando. - "A vida tem muito mais valor que isso" - espreguiça em cima da moto vendo os últimos raios de sol sumirem no mar.



Logo que estacionou em frente a sua casa numa pacata rua do subúrbio de Greenwich, uma voz familiar veio correndo em sua direção.

_ Tio Mau!!!

Ele agacha com os braços abertos enquanto a garotinha de cabelo dourados se joga em cima dele, que assim que a abraça se levanta girando em seu colo.

_ Ahhhh princesa...você cresceu e está mais pesada. - ele brinca carregando a criança em seu colo para dentro da casa.

_ Eu vou ficar do seu tamanho. - ela diz levantando os bracinhos.

_ Tenho certeza que sim. - ele sorri pegando no nariz da sobrinha.

Marie foi o melhor "acidente" que aconteceu, seu pai costumava dizer. A linda garotinha de 4 anos, com cabelos cacheados dourados como o sol e grandes olhos bem azuis puxou o tio Maurice em quase tudo.

_ Cheguei! - diz colocando a garotinha no chão da sala e tirando o capacete ao mesmo tempo.

Marcel aparece para cumprimentar o irmão. - _ E aí Mau, como foi seu primeiro dia como burguês?

Ele revira os olhos. - _ Nunca serei um deles.

_ Estou brincado, orgulhoso de você maninho!!! Você irá longe! - diz pendurando no pescoço do irmão caçula despenteado o seu topete, que já não estava lá essas coisas depois que tirou o capacete, mas mesmo assim, Mau odeia que mexam no seu cabelo.

_ Sai fora Marcel. - diz tentando sem sucesso se afastar do irmão. Marcel não cresceu tanto quanto o Mau e também não era tão encorpado, por isso gostava de atormentar o irmão mais novo se pendurando pelas costas de Mau o que dificultava se livrar dele de imediato.

_ Vocês dois já estão se pegando de novo? Marcel, deixe seu irmão em paz. - Sandra, mãe dos dois, baixa, de meia idade meio loira meio cabelos grisalhos, olhos castanhos e pano de prato na mão chega tentando apaziguar a "briga". - _ Oi filho, como foi no seu primeiro dia de aula. - diz beijando o rosto de Mau.

_ Estranho, aquele pessoal vive em outro mundo. Não sei se vou me adaptar a isso.

_ Vai sim meu filho. - o pai deles entra na sala dando um tapinha na costa de Mau. - _ Mudanças faz parte da vida e adaptá-las a ela faz parte da nossa.

Benedict é um senhor também de meia idade, moreno de cabelo grisalho que hoje tem mais fios brancos do que escuros, olhos azuis profundos. Seus filhos foram a mistura perfeita dos dois: Marcel cabelos escuros do pai e olhos castanhos da mãe e Mau cabelos loiros da mãe e olhos azuis do pai.

_ Tio Mau olha que eu desenhei!! - a garotinha entra correndo entregando um papel com desenho de pessoas em formato de palito, cabeça de bolinha e o que difere uns dos outros é os cabelos pintados de cores diferentes. - _ Aqui é o vovô e a vovó, aqui é o papai e a mamãe e aqui é você! - a garotinha é tão esperta que desenhou até o topete do tio arrepiado.

_ E quem é essa morena que eu estou dando a mão? - Mau observa atentamente.

_ Ahh essa aqui é a sua namorada!!!

Ele franze as sobrancelhas enquanto Marcel cai na risada zoando o irmão. - _ O Mau agora vai namorar uma morena burguesa.

Mau revira os olhos de novo. - _ Não estou lá para isso, aquelas meninas são todas fúteis.

_ Vai tomar banho que o jantar está quase pronto. - Sandra muda de assunto antes que os dois se peguem de novo. Apesar de serem irmãos eles tem gênios totalmente diferentes. Enquanto Marcel é mais descontraído e brincalhão, Mau é estilo mais sério quieto na dele, e isso sempre gerou atrito entre eles.

Mau sobe de dois degraus de uma vez as escadas até seu quarto no andar de cima, quarto esse que ele dividia com seu irmão antes dele casar e mudar para o bairro próximo. Com isso ele juntou a antiga cama do irmão com a dele e ficou uma coisa só, porque Mau era muito grande para uma cama de solteiro e com as duas, deitando meio de lado conseguiu ao menos que seus pé não ficasse para fora.

Quando desce sua cunhada Sophia (estatura média, cabelo loiro escuro levemente ondulados de olhos castanhos) tinha chegado do trabalho e estava ajudando sua mãe a arrumar a mesa, seu pai e seu irmão estava assistindo alguma coisa na televisão.

_ Tio Mau vem desenhar comigo. - Mary puxa a barra da sua camiseta, mas antes dele responder sua mãe chama todos para sentar e jantar.

Assim era quase sempre no pequeno sobrado do final da tranquila rua 4 do bairro de Greenwich, mesmo depois de Marcel ter casado e se mudado, sempre que podiam se reuniam para fazer qualquer coisa por mais simples que fosse, apenas para estarem juntos e conversando, esses são realmente valores que Mau cresceu e preza para sua vida.

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