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18 - MUNDOS DISTANTES

Mau olha por um tempo no espelho verificando se está tudo em ordem: vestiu uma calça jeans preta nova, bom não tão nova assim, mas que usa poucas vezes quando vai em algum lugar mais especial, colocou uma camiseta cinza chumbo que ganhou da sua madrinha, essa sim era nova pois precisou até cortar a etiqueta, ficou justa no seu peitoral avantajado e bíceps, como todas as outras sempre ficavam por sinal, confirmou se os bicos brancos do seu All Star preto estavam bem limpos, já que ontem a noite tinha lavado seu tênis.

_ Vai ter que servir. - fala baixo soltando um suspiro.

Ele passa pegar Ale antes de ir na casa de Juliah, não queria de jeito nenhum chegar sozinho. Seguiram por um bairro que ele nunca tinha ido antes, suas ruas arborizadas com casas tão bonitas que ele só tinha visto em foto de revista, realmente estava desconfortável estar lá, não era o mundo dele.

_ É aquela no final da rua. - Ale fala alto devido ao barulho da moto.

Mau estaciona em frente a um grande portão branco e com uma enorme letra R em dourado, não conseguia ver a casa ainda devido a arborização, que foi plantada propositalmente para dar maior privacidade.

_ Tem certeza que é aqui Ale? - era muito maior do que ele esperava, consequentemente com muito mais pessoas dentro... - "Droga" - estava pensando que teria que enfrentar muitas perguntas.

_ Absoluta. - Ale fala descendo da moto e aperta o interfone.

_ Residência Ryckel. - uma voz eletrônica anuncia depois de um tempo.

_ Somos amigos da Juliah, estamos aqui para fazer o trabalho da escola. - Ale explica.

O portão eletrônico solta um estralo e começa a abrir vagarosamente. Ale volta a subir na moto e seguem dirigindo adentro.

Mau pilota devagar na trilha arborizada a caminho da casa, ele nunca viu nada parecido, alguns jardineiros trabalhavam pelo caminho, tinha a impressão que estava dirigindo dentro de um parque - "meu bairro inteiro deve caber dentro desse jardim."

Depois de rodarem bem uns 150 metros a trilha termina numa curva e conseguem avistar enfim a casa...ou melhor...a mansão gigantesca de 4 andares, oponente estilo contemporânea toda pintada de brancos e tons pastéis.

Mau solta um assobio quando tira o capacete. - _ Acho que eu não estou vestido a altura para entrar numa casa dessas!

_ Para com isso Mau. - Ale solta uma risada. - _ Já falei que você é o único que realmente dá bola para isso. Seu preconceituoso!!!

_ Não sou preconceituoso, e que eu sei me colocar no meu devido lugar, que com certeza não é aqui!!! Isso nem é mais outro mundo para mim... é outra galáxia!!! - Mau estava nervoso, ajeita um pouco suas roupas, se preparando para enfrentar muitos olhares curiosos nele, estava torcendo que ao menos fossem simpáticos.

Eles sobem alguns degraus de mármore branco do pórtico suspenso por duas enormes colunas também de mármore do mesmo tom, uma grande porta de entrada se abre e uma senhora de cabelos escuros preso num coque alto de pele clara, uniformizada de cor escura muito simpática aparece.

_ Boa tarde, eu sou Stella Officer, a governanta, seja muito bem vindos! - ela acena para eles entrarem. - _ Fiquem a vontade senhores, a Srta. Ryckel já vem recebê-los.

E sai deixando os rapazes numa enorme sala, finamente decorada de muito bom gosto em tons claros. Tudo estava extremamente silencioso, Mau estranha, esperava encontrar já na sala algumas das muitas pessoas que iria "enfrentar", mas não...não tinha ninguém - "devem estar em outros cômodos" - pensa observando alguns porta retratos em cima de alguns móveis. Eram um casal com uma adorável garotinha sorridente de olhos cor de mel.

_ São os pais da Juliah, nunca os vi pessoalmente, só em jornais ou revistas. - Ale explica antes de sentar.

"Com certeza iremos conhecer hoje" - ele pensa. Nas fotos Juliah estava com roupas totalmente diferente do que usa hoje, cabelo lisos compridos até a cintura, estava impecável em todos os detalhes, se ele não a conhecesse pessoalmente poderia jurar que os pais seguravam um boneca nas fotos tiradas em vários lugares, viajens e eventos.

Só tinha fotos antigas de Juliah, nenhuma atual como ela é hoje. Mau se senta num dos muitos sofás espalhados pela imensa sala de frente ao Ale. - _ Minha casa inteira cabe nessa sala e ainda sobra espaço e... - ele para de falar quando vê Juliah descendo as escadas, seu coração sempre bate mais forte, não tem controle sobre isso.

Ela estava com um shorts jeans desfiado e uma camiseta de gola larga que deixava um ombro a mostra todos pretos, estava descalça e de cabelos rebeldes molhados de quem acabou de sair do banho, estava bem simples e despojada, o que deixou Mau mais a vontade. - "Ela não parece pertencer a esse mundo..." - ele pensa suspirando, estava realmente com saudades.

_ Olá Ale... - cumprimenta o amigo que acena com a mão dando oi.

Ela para por um momento observando o outro rapaz e dá um leve sorriso. - _ Oi... Mau.

_ Oi... - ele retribui o sorriso mas não tão discreto quanto a garota deu, ele abriu um belo de um sorriso mesmo.

_ Vamos!!! - ela diz balançando a mão para que a seguissem.

E eles levantaram na mesma hora, foram para um corredor largo e comprido, também finamente decorado com alguns aparadores e quadros nas paredes, viraram a esquerda, depois de algumas portas ela abriu e indicou para eles entrarem.

Era um cômodo tão grande como todos da casa que fica a biblioteca particular da família. Nela tinha algumas estantes que iam até o teto repleto de livro, uma escrivaninha no canto direito perto de uma janela que dava para o jardim de entrada da residência, algumas poltronas, sofás e no centro um enorme tapete peludo com uma mesa baixa redonda também grande. Todos no mesmo padrão brancos mesclados com tons pastéis.

_ Aqui tem mais livros que a biblioteca municipal! - Mau fala impressionado olhando detalhadamente os livros...o lugar realmente chamou sua atenção, ele é apaixonado por livros.

Juliah sorri meio franzindo as sobrancelhas. - _ Acho que nem tanto.

Stella entra com uma bandeja com sucos e alguns aperitivos deixando em cima da mesa de centro. - _ Se precisarem de mais alguma coisa, é só chamar. - e sai.

_ Bom, a Jen avisou que irá chegar mais tarde, então vamos começar! - Juliah diz colocando os óculos.

Eles sentam no chão em cima do tapete peludo e espalham os materiais, metade no chão e outra em cima da mesa de centro e começam a discutir sobre como apresentarão o trabalho deles contra o 3° C e D.

Mau sentia-se tão bem perto de Juliah, a agonia que tinha desapareceu totalmente, não sentia assim com mais ninguém. Às vezes se perdia no que ela falava. Passaram umas duas horas sem perceber o tempo voar.

_ Juliah onde fica...hummm... é... - Ale se enrola um pouco.

_ Final do corredor vire a direita, terceira porta. - Juliah sorri entendendo que ele queria ir ao banheiro.

_ Esse lugar é incrível! - Mau diz esticando um pouco o tronco para uma pausa olhando fascinado para os livros.

_ Sabia que ia gostar, também adoro livros. - ela sorri apoiando sua cabeça na mão direita com o cotovelo em cima da mesa, tirando seus óculos.

Ele se levanta e começa a andar devagar tentando ler os títulos dos livros nas prateleiras, Juliah o observa curiosa.

_ Tem certeza que não tem todos os livros do mundo aqui? - Mau brinca.

Juliah ri. - _ Hummm não, mais quase, pergunte sobre algum?

_ Virginia Woolf?

Juliah se levanta e vai até o outro canto da biblioteca, sobe numa escada anexa e retira lá de cima o livro da autora que ele pediu.

_ Cuidado cair! - Mau a acompanha, assim que viu ela subindo na escada se preocupou... ficou esperando segurando a mesma bem firme para a garota não cair.

_ Não tem perigo, faço isso sempre. - a garota entrega para ele o livro.

_ Mesmo assim...cuidado... - Mau só solta a escada depois que ela desce totalmente...ele é assim mesmo, tem um instinto protetor nato ainda mais quando gosta da pessoa.

_ Gostar de uma autora tão narrativa para alguém tão quieto...as vezes você me confunde. - Juliah diz sorrindo para o rapaz.

_ Não sou quieto, sou observador o que é bem diferente.

_ Hummm acho que como eu. - ela completa. - _ Você já leu For Whom the Bell Tolls de Ernest Hemingway?

_ Já ouvi falar, mas ainda não.

_ Como assim não??? Isso é inadmissível!!! Hemingway participou de duas guerras mundiais, sobreviveu a dois acidentes de avião, deu nome a um corpo celeste que orbita o sol, teve seus livros queimados pelos nazistas e, ainda ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. O mínimo que podemos fazer é ler as suas obras. Não vou deixar você viver nem mais um dia sem conhecê-lo. - Juliah diz rindo indo para o outro lado da biblioteca procurar o livro.

Estava na última prateleira perto do teto, Juliah deu uma olhada rápida para a escada que usou a pouco e ficou com preguiça de pegá-la e arrastar até onde estava, então subiu em cima de um banco alto giratório e se esticou toda nas pontas dos pés para alcançar. O livro estava apertado entre várias outras obras então a garota precisou forçar para puxar.

Mau que estava parado do outro lado do cômodo folheando o livro que ela tinha dado a pouco não percebeu a armadilha que a garota fez sem querer, quando ele levanta a cabeça leva um baita susto.

_ Juliah!!! Você vai cair daí!!! - ele solta o livro no chão e corre na direção da garota bem na hora que ela puxou mais forte o livro que tentava pegar, e cedeu com tudo caindo no chão, o banco girou fazendo-a desenquilibrar e cair para trás, a tempo do Mau alcançá-la antes que o pior acontecesse, pegando-a no ar e segurando forte em seus braços.

Os dois estavam ofegantes com os corações acelerados do susto que levaram, seus rostos estavam muito próximos.

_ Nunca...nunca mais faça isso de novo... - Mau diz baixo olhando hipnotizado nos olhos cor de mel da garota que também estavam fixos nos azuis dele. Ainda a segurava forte em seus braços, como para ter certeza que nada iria machucá-la. Sentiu seu delicioso perfume doce e suave novamente tão perto ...que saudades estava disso. O calor do corpo dela estava começando a deixar Mau fora de controle, estavam próximos demais...ele baixou seus olhos no lábios macio e rosados dela, aproximou mais um pouco, não estava mais pensando direito...

Uma presença faz os dois acordarem de um transe, Mau coloca rapidamente a garota no chão.

_ Hãnn...desculpa interromper... é que... a Stella está chamando... para o lanche. - Ale sem jeito percebe que apareceu em uma péssima hora, mas não tinha como voltar atrás já que entrou com tudo no ambiente

_ Ohhh...hummm... obrigada Mau, se não fosse você eu teria me espatifado no chão...mas como?...nem sei como você chegou até aqui...você é rápido... - ela fala confusa.

_ Hummmm...nunca mais suba desse jeito, eu...eu pego a escada para você quando quiser. - Mau também confuso fala coçando a nuca, ele nem faz idéia de como conseguiu chegar tão rápido a tempo de segurá-la.

_ Ahhh, ok...vamos. - a garota sai rápido deixando os rapazes por um momento.

_ Que mancada minha, desculpa Mau. - Ale cochicha.

_ Não é nada disso que você está pensando.

_ Como não é? - Ale está confuso.

_ Não sendo.

_Quando eu saí vocês dois estavam sentados um longe do outro na mesa ali do outro lado e agora estavam nesse canto escondido, com a Juliah em seus braços quase se beijando, se isso não for o que eu estou pensando, minha imaginação deve estar muito fértil então. - Ale ri baixo.

_ Mais não é mesmo... - Mau sai da biblioteca seguindo Juliah, estava totalmente sem graça e sem entender como ele quase perdeu todo seu auto controle assim.

Eles foram para o outro lado cruzando a grande sala novamente, indo em direção a sala de jantar. Outro cômodo bem amplo, também finamente decorado com tons claros, espelhos e um enorme lustre bem no meio de uma mesa retangular de 20 lugares.

Mais uma vez Mau se impressionado com o tamanho, só em filme viu algo igual, ele esperava encontrar a qualquer momento mais pessoas na casa, afinal era a hora do lanche que na sua casa costuma ser muito animado, com toda família e sua sobrinha Mary correndo em volta da pequena mesa, as vezes tinha tanta gente para o lanche que dividia metade na mesa, metade no sofá da sala, e quando vinha vizinhos ainda ficava gente comendo em pé. Sempre com muita conversas e risadas.

Mas naquela enorme mesa num canto tinha as louças de porcelana finas servidas apenas para três pessoas. E toda a casa estava num silêncio total, tão silencioso que ecoava quando os talheres batiam. Uma outra senhora com uniforme claro servia a mesa, com tudo que poderia imaginar, tanta comida só para três pessoas? Mau não conteve a curiosidade.

_ Precisamos esperar mais alguém chegar?

_ Não...não tem mais ninguém aqui... - Juliah responde sem emoção servindo um chá.

Mau volta a ficar em silêncio pensativo, tudo tão diferente... - "não tem mais ninguém aqui?? Impossível ela estar sozinha nesse lugar enorme..." - Ele sabia que ricos viviam de um jeito diferente mais não esperava tanto, cada vez mais tem a certeza que os mundos deles são praticamente separados por uma galáxia de distância.

Tudo naquele lugar intrigava demais ele, estava esperando uma coisa e encontrou outra, totalmente diferente de qualquer entendimento seu. - "seus pais devem chegar mais tarde do trabalho." - Mau tentava achar uma explicação.

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