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contém descrição sexual
— Amor? – indagou Taehyung enquanto víamos um filme.
— Sim. – sussurrei.
Desde que estávamos sozinhos, a nossa intimidade havia aumentado. Me sentia confortável ao seu lado e aos poucos, voltava a me soltar. Não queria dar passos maiores do que as nossas pernas, mas sabia que ele esperava por mim. Saber que ele esperava pelo momento certo, confortava o meu coração e me ajudava a manter a positividade.
— Obrigado. – não entendi o seu agradecimento.
Taehyung estava deitado em meu peito e a sua respiração calma e pesada tocava a minha pele com gentileza. Acariciei os seus cabelos com cuidado para não lhe causar sonolência. No momento assistíamos um filme de comédia, quer dizer, ele assistia o filme sozinho. Aproveitei todo o momento para lhe dar carinho, os seus cabelos macios sentiam o meu toque e ele se arrepiava em sinal de felicidade.
— Por qual motivo você me agradece? – indaguei respirando fundo.
— Por tudo. – sussurrou me arrancando um sorriso.
Eu possuía muito mais para agradecer, entretanto, optei por não voltar ao assunto. Já havíamos falado sobre isso e ele deixou claro que estava ansioso e com medo de me perder. Após saber da minha história com Yoongi e que James estava na cidade, o seu medo pareceu aumentar. Podia sentir a sua insegurança, mesmo desejando arrancar isso de si. Embora eu pedisse que ele confiasse em mim e não se envenenasse, sabia bem que isso não era possível. Eu, melhor do que ninguém entendia a sua dor e preocupação.
— Está com fome? – perguntou chamando a minha atenção.
— Um pouco e você? – ele respirou fundo.
— Estou faminto. – murmurou. — Deseja pedir comida ou prefere que eu cozinhe algo para você? – ele ergueu a sua cabeça e me olhou.
— Vamos pedir algo? – ponderei. — Algo com Kimchi?
— Você tem uma tara por Kimchi. – comentou. — Não acha que está comendo muito Kimchi? – ele parecia preocupado.
— Sim. – murmurei. — Mas estou com desejos, vai me negar isso? – fiz biquinho.
Taehyung sorriu e se aproximou, me dando um beijo na testa. Tremi ao sentir e desejei congelar o momento para vivermos isso para sempre. Ainda em silêncio, ele se levantou e saiu do quarto. Voltei a minha concentração para o filme e procurei entender o que estava acontecendo no mesmo. A minha cabeça girava em algumas direções e eu não conseguia esquecer as suas palavras, saber que ele seria capaz de machucar James para me proteger, me deixou assustada. Não queria vê-lo sofrer dessa forma, não era justo com ele. Respirei fundo e me levantei da cama, indo em direção ao meu guarda-roupas.
Havia comprado algumas roupas e nunca tive a oportunidade de usar para ele. Peguei o saco de roupas jogadas no canto do armário e procurei alguma coisa que ainda coubesse em mim. A minha barriga não estava grande como deveria, mas eu havia ganho um pouco de peso. Coloquei uma das roupas e me olhei no espelho, me sentia bem. No momento, o meu maior sonho era ver a minha barriga crescer até não poder mais e sentir os meus filhos se mexerem com frequência.
Respirei fundo e sorri de canto ao ver como a lingerie envolvia o meu corpo, branco ficou muito bem em mim. Por um momento me senti delicada e imaginei que ele se sentiria bem ao me ver assim, eu gostava de me ver assim.
— Alice? – gritou me assustando.
— Sim? – gritei de volta indo para a cama.
Queria que ele me visse assim que entrasse no quarto, porém, ele não veio e somente os seus gritos ecoaram por toda a parte.
— Deseja beber algo? – sorri com a ideia maliciosa que passou por minha mente.
— Água, por favor. – gritávamos como loucos.
Um longo silêncio se fez, ponderei se ele não voltaria para os meus braços. Respirei fundo novamente e esperei, ele não podia demorar, certo? Estava decidida a tentar, não podia deixar a nossa vida acabar por causa das minhas mágoas. Não queria continuar ignorando os seus desejos, ele os sentia e não podia esconder isso.
— Amor, você não sabe o que eu fiz. – comentou do nada entrando no quarto. — Uau! – exclamou ao me ver. — Isso tudo é para mim?
Acenei afirmativamente com a cabeça e sorri.
— Fica aí. – disse. — Não se mexa!
Não consegui responder, pois, ele saiu do quarto e voltou para a sala. Permaneci deitada, em silêncio. Após alguns minutos ele retornou com algumas coisas na mão, não entendi o que estava acontecendo. Porém, não questionaria e esperaria por ele.
— Sempre quis fotografar você assim. – disse pegando uma máquina fotográfica.
— Não gosto de fotos. – respondi. — Não sei se é uma boa ideia. – não era.
— É a melhor forma de manter algo por perto. – continuou. — Confie em mim, somente eu terei acesso a elas. – a sua voz saiu com tanta doçura que não consegui dizer não.
— O que fará com essas fotos? – ele sorriu maliciosamente.
— Um álbum para os nossos filhos. – soltei uma gargalhada ao ouvir.
Taehyung posicionou a câmera em minha direção e eu senti o meu rosto corar, era a primeira vez que me encontrava em uma situação assim. Mesmo confiando plenamente em seus atos, eu me sentia estranha. Estas fotos ficariam para sempre em nós e não teria como esconder a existência delas, no entanto, eu confiava em suas palavras e sabia que ele cuidaria delas.
— Não ganho um sorriso? – ele fez biquinho e eu acabei sorrindo.
Após alguns cliques ele deixou a câmera de lado e veio em minha direção.
— Vem cá. – chamou.
Calmamente me aproximei e me sentei na beira da cama, esperando por ele. Taehyung me encarou e passou as suas mãos por meu rosto, os seus dedos me percorreram e pararam em meus lábios onde ele os apertou por alguns segundos. Ele já se encontrava sem camisa e as calças jeans não escondiam o seu desejo, mordi os lábios ao sentir o desejo me invadir.
— O que está pensando? – o seu olhar era tão intenso que me assustou.
De longe pude ver as suas pupilas dilatarem e o meu coração acelerou.
— No tamanho do meu amor por você. – respondeu se abaixando e colocando os seus lábios aos meus.
Em seguida, ele me deitou lentamente sobre a cama. As suas mãos percorreram o meu corpo e eu soltei alguns gemidos ao sentir. Era a primeira vez que sentia os seus toques desde os acontecimentos, o meu coração estava acelerado e eu me senti como da primeira vez que ele me amou.
— Eu ainda não acredito que você é só minha. – murmurou passados os seus dedos por minha intimidade. — Somente minha.
As suas mãos rapidamente encontraram as minhas pernas e as apertou. Senti as minhas pernas tremerem de desejo que aos poucos tomava conta de mim.
— Não se reprima. – pediu afastando as minhas pernas.
— Taehyung. – gemi.
— Shh! – sussurrou. — Se permita sentir. – o seu sorriso malicioso me excitou mais.
Sem falar mais nada, ele se levantou e ficou me admirando de longe. Os seus olhos devoraram o meu corpo e as suas pupilas estavam enormes, ele mordia os seus lábios e os lambia com a sua língua. Taehyung me mandava um recado e eu entendi muito rápido. Em silêncio, ele puxou a cadeira da mesa de trabalho e se sentou.
— Se masturbe para mim. – pediu com a sua voz rouca.
— Como? – retruquei me engasgando.
O meu rosto queimou, eu me sentia envergonhada. Respirei fundo e procurei manter a minha respiração calma, estava com receio do que ele podia ter em mente.
— Quero que você se masturbe para mim, que se toque para mim. – respondeu em sussurro. — Quero ver como você se toca quando está excitada. – a sua voz saiu tão baixinha que eu jurei ter ouvido um gemido.
— Estou com vergonha. – assumi.
— Não tenha. – murmurou. — Eu também farei. – ele sorriu e colocou uma de suas mãos em seu membro. — Por favor? – senti desejo ao ouvir.
— Está bem. – aceitei.
Não fazia ideia de como me abrir assim, eu estava envergonhada por fazer em sua frente. Era a primeira vez que ele me pedia isso. A masturbação é algo normal, mas eu evitava fazer isso quando estava sozinha. Não tinha desejo e sempre que algo em mim, desejava sexo, eu me lembrava de James. No entanto, por Taehyung eu faria qualquer coisa até mesmo me expor da forma que ele desejava. Respirei fundo e procurei uma posição agradável, ele me devorava com os seus olhos.
— Se sorrir, eu não faço. – avisei.
Ele sorriu.
Deixei a conversa de lado e comecei a passar as minhas mãos por meu corpo, sempre o olhando nos olhos. Taehyung passava a sua língua por seus lábios e isso me deixava muito excitada, coloquei o meu dedo indicador na boca e o chupei. Em seguida passei o mesmo ainda úmido por meus seios e apertei os meus mamilos de leve. A expressão no rosto de Taehyung me deixou mais louca ainda, ele colocou uma de suas mãos dentro da sua calça e acariciou o seu membro. Abri a parte superior da lingerie e deixei os meus seios totalmente à mostra.
Os apertei com gentileza enquanto o encarava, pude ver o desejo em seus olhos, era explícito. Calmamente ele tirou o seu membro para fora e o acariciou com vontade, me excitei ao ver. Eu amava o seu membro e vê-lo mexer a sua pele me deixou com desejos inexplicáveis. À medida que eu brincava com a minha intimidade, ele se levantou e tirou a sua roupa, ficando completamente nu.
— Use os dedos. – pediu se masturbando.
— Em qual parte do meu corpo? – retruquei gemendo.
Ele apontou para a minha intimidade e eu assim o fiz. Ele não aguentou os meus gestos e se levantou, vindo em minha direção. Em seguida e sem falar nada, ele usou gestos para ordenar que eu me virasse de costas e me apoiasse na cama. Me posicionei do jeito desejado e esperei por ele, o silêncio não perdurou muito, pois, logo senti o seu membro contra a minha intimidade e os gemidos se tornaram presentes. Taehyung puxou o meu corpo para si e o empinou, mas ao invés de penetrar a minha vagina, ele com muita rapidez me possuiu por trás. Me assustei ao sentir, o que ele estava fazendo?
— O que está fazendo? – questionei.
Ele não respondeu e pegou algo que estava misturado com os objetos que ele trouxe, passando em meu ânus a seguir. Senti o meu coração tremer e a minha respiração oscilou, me deixando nervosa.
— Se masturbe, Alice. – ordenou empurrando o meu corpo para baixo.
Senti a dor e agarrei os meus lençóis, mordendo os meus lábios para não gritar de dor. Os seus movimentos aumentaram assim como a intensidade, ele gemia de prazer e eu de dor. As suas mãos agarraram os meus cabelos e a velocidade das suas investidas se tornou frequente, assim como a intensidade dos seus gemidos. Não havia feito isso antes, mas Taehyung me levava ao limite, explorando o meu corpo de formas que eu jamais pensei experimentar.
Enquanto sentia os seus movimentos dentro de mim e os seus gemidos tomavam conta dor ar, evitei pensar na dor que sentia. A experiência não era ruim, apenas diferente. Já havia estudado sobre sexo anal e possuía uma certa curiosidade em saber como era, mesmo não sendo diretamente convidada para o fazer. A sensação era única e diferente, de repente, ele saiu de dentro de mim e me virou, colocando o seu membro em meu rosto, gozando em seguida.
A sua respiração estava descontrolada e ele procurava moderar os seus gemidos que aos poucos eram mais fortes. Sorri de canto ao ver a sua aflição, eu estava assustada, mas fascinada com algumas coisas. Ele sorriu e pegou um lenço de papel, limpando o meu rosto em seguida. Respirei fundo e esperei por ele que me olhava com atenção, eu não sabia se deveria dizer alguma coisa e estava com medo da sua reação ao ouvir algo inesperado.
— Você está bem? – murmurou limpando o meu rosto entre suspiros pesados.
— Sim. – respondi processando o que tinha acontecido.
— Fui longe demais? – retrucou rapidamente.
Respirei fundo antes de responder.
— Não, eu gostei. – afirmei.
Ele sorriu, mas não pareceu satisfeito. Ao fundo ouvimos a campainha tocar, ele rapidamente se levantou e colocou a sua roupa. Taehyung era ágil e os seus movimentos foram rápidos, sem falar nada, ele saiu do quarto e me deixou sozinha. As minhas pernas ainda tremiam e o meu coração estava descompassado. Me sentei na beirada da cama e procurei equilíbrio, me levantei com alguma dificuldade e caminhei em direção ao banheiro. Precisava de um banho e ainda necessitava compreender o que havia acontecido entre nós.
***
Saí do banheiro ainda enrolada em minha toalha, Taehyung estava sentado na cama e tinha um banquete em sua frente. Sorri ao ver que ele me olhava como um menino, alguns momentos antes ele era um homem e agora me olhava com carinha de nenê. Respirei fundo e caminhei em direção ao guarda-roupas, o seu olhar me seguiu e me arrancou sorrisos bons.
— Não se vista. – pediu.
— Como? – indaguei sem compreender o que ele queria de mim.
— Você é tão linda. – disse. — Não tem motivos para se esconder, adoro o seu corpo. – sorri ao ouvir.
— Tudo bem. – aceitei indo em sua direção.
— Está tudo bem mesmo? – questionou assim que me sentei.
Não sabia, eu ainda estava assustada, mas havia gostado do nosso momento, juntos.
— Sim. – murmurei colocando um pouco de comida na boca.
Taehyung não disse mais nada e também começou a comer. Permanecemos em silêncio por alguns minutos, a comida estava boa e ele também parecia gostar. Eu não me sentia mal, apenas envergonhada e com algumas dores. Ao fazermos sexo anal a nossa intimidade aumentou e eu não sabia como lidar com isso. Havia alguns aspectos errados em seu comportamento e não podíamos esquecer isso, mas não o culparia, eu no fim gostei das suas ações. No momento certo falaríamos sobre isso e tudo ficaria bem.
— Você está tão calada. – sussurrou. — Tem certeza de que está tudo bem? – o seu olhar analisou o meu rosto.
— Sim. – murmurei. — Me sinto cansada, mas estou bem.
— Está sentindo alguma dor? – não olhei em seus olhos. — Alice, você está sentindo alguma dor? – insistiu.
— Um desconforto que não chega a ser dor. – menti.
Taehyung se levantou e juntou toda a comida, observei em silêncio. Ele colocou tudo em cima da mesa com muito cuidado e após concluir, se voltou para mim com lágrimas nos olhos. Pude ver que ele estava preocupado com algo, mas eu não fazia ideia do que ele faria a seguir.
— Vem cá. – pediu me olhando.
Me aproximei e ele segurou as minhas mãos, me olhando nos olhos. Taehyung estava sério e isso me assustou, a sua respiração era calma, mas ele não entregou os seus objetivos.
— Alice, me desculpa. – murmurou após um tempo.
— Pelo quê? – eu estava confusa de novo.
— Existem ações que são injustificáveis. – começou. — As minhas ações foram injustificáveis e agora que estou com a cabeça fria, posso ver isso. – respirei fundo. — O que eu fiz foi errado em vários níveis e eu não sei como me redimir.
— Taehyung, do que você está falando? – indaguei.
— Fiz sexo anal com você sem a sua permissão. – respondeu. — Isso não deveria ter acontecido.
— Eu gostei. – afirmei.
— Não deixa de ser errado. – ele soava triste. — Foi sem consentimento e eu fico imaginando como seria se eu tivesse te magoado. – ele desviou o seu olhar. — Fui bruto contigo e agi da mesma forma que aquele. – o impedi antes de continuar.
— Taehyung! – exclamei. — Você me pegou de surpresa, mas eu gostei. Se não quisesse, eu haveria impedido os seus toques. – eu queria lhe dar um pouco de conforto.
— Eu sei, mas foi errado. – disse me olhando nos olhos.
— Por favor, não se culpe assim e não se compare a ele. – pedi encostando os meus lábios aos seus. — Agora você sabe o que fazer da próxima vez.
— Oh, meu amor. – disse me puxando para si. — Vem cá.
Taehyung encostou os seus lábios aos meus e me envolveu em um beijo quente, senti vontade de o amar e eu queria do seu jeito. Me sentia bem ao seu lado e queria os seus toques, algo que jamais senti com James ou permitiria que ele fizesse comigo.
— Me sinto tão bem contigo. – disse sussurrando em meus lábios.
— Tae? – sussurrei.
— Sim. – respondeu pesadamente.
— Agora, eu acredito em amor à primeira vista. – sorri o olhando nos olhos.
Ele sorriu de um canto ao outro.
— A forma como o destino nos uniu é inexplicável. – disse. — No dia mais triste da minha vida, você apareceu para me trazer conforto. – sorri ao ouvir. — Isso é amor, você é o amor que os céus planejaram para mim. – segurei as lágrimas que queriam cair.
— Amor. – sussurrei.
— Meu amor. – disse me beijando novamente.
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