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— Bom dia, meu amor.

Me espreguicei na cama e respirei fundo, ainda me sentia muito cansada. Com uma certa dificuldade abri os meus olhos e sorri ao ver que o meu amor olhava para mim. Taehyung estava sentado na cama e segurava uma bandeja em suas mãos. Sorri e me sentei na cama, observando tudo o que ali estava. Sempre que ele cozinhava, sentia que vivíamos em uma família grande, pois, ele cozinhava o suficiente para alimentar um exército e isso nem era brincadeira. Ele me olhava com curiosidade e em seus lábios tinha um sorriso gostoso que eu adorava ver.

— Dormiu bem? – continuou colocando a bandeja sobre as minhas pernas.

— Não. – murmurei. — Não gosto de filmes de terror, são uma péssima ideia para alguém medroso como eu.

— Eu gosto. – respondeu sorrindo. — Adoro sentir você em meus braços, com medo. Sinto que estou protegendo você.

— Por acaso, os meus medos são jogos para você? – indaguei lhe arrancando um sorriso.

— Alice, eu sou o seu jogo. – tremi ao ouvir, isso era sexy. — Então, me jogue como achar melhor.

Sempre que ouvia estas coisas, o desejo aumentava. Queria me entregar em seus braços, mas estava com medo de arriscar. Não me sentia digna e não merecia os seus toques, ele não merecia tocar alguém impuro como eu.

— O que você tanto divaga? – perguntou chamando a minha atenção.

— Nada. – murmurei pegando um pouco do suco. — Está querendo me engordar? – indaguei tomando um pouco do suco.

— Pensei que um café na cama seria uma boa ideia. – respondeu sorrindo. — Você precisa se alimentar, são tão poucos os momentos em que te vejo bem. – ele tinha razão.

— Sinto muito por dar tanto trabalho. – disse desviando o meu olhar. — Não era a minha intenção.

— Alice, isso não é dar trabalho. – retrucou. — Sabemos que o seu estômago é sensível por causa do medicamento que você foi obrigada a ingerir. – ele ponderou as suas palavras. — Por isso, não se culpe por nada.

— Isso é fofo. – disse evitando comentar. — Se preocupar comigo assim.

— Você merece o mundo e eu o darei para você. – sorri ao ouvir. — A minha rainha merece o mundo.

Ele era tão carinhoso comigo, era a definição de amor e ternura. Não saberia como sobreviver sem ele, não queria.

— Se continuar me tratando assim, eu ficarei mal-acostumada. – murmurei pegando um pouco de fruta. — Como lidará com isso?

— Simples. – respondeu. — Te farei a mulher mais feliz do mundo, é assim que lido com isso. – ele parecia orgulhoso.

— É possível ser mais feliz do que isso? – retruquei lhe arrancando um sorriso.

— Passaremos o dia na cama. – disse. — Sem fazer nada, apenas nos amando. Isso é ter mais felicidade do que se espera.

— Não meu caro, isso é loucura. – eu queria pular nos seus braços.

— Loucura é não aproveitar os nossos filhos, Alice eu quero tanto senti-los. – senti dor ao ouvir.

— Sinto muito por eles ainda não se mexerem. – murmurei.

— É normal isso? – questionou. — Você está quase no sétimo mês de gestação e até agora nada.

Respirei fundo e tentei não pensar sobre isso, não podia pensar nisso. As crianças estavam bem e nasceriam bem. Após ingerir Ketamina tudo ficou estranho, além dos enjoos que não eram normais no sexto mês de gestação, eu ainda não havia sentido os meus bebês. Por dentro, eu imaginava que algo podia acontecer, mesmo o médico garantindo que não.

— Claro que é normal – disse ao ver que eu estava abalada. — Eles devem ser preguiçosos como Jungkook, puxou ele, com certeza.

— Como assim? – indaguei. — Quem me engravidou mesmo?

— Eu, mas somos unidos e o nosso DNA é quase o mesmo. – sorri ao ouvir, como ele era bobo. — Eles só não podem nascer com cara de coelho, de resto está tudo bem. – não podia sorrir.

— Isso é cruel. – murmurei. — Jungkook é fofo, estranho e muito fofo.

Taehyung sorriu e acariciou as minhas pernas, senti o seu carinho e fiquei bem. Ele fazia tudo para me ver feliz e conseguia, pois, o meu coração estava perfeitamente rendido aos seus pés.

— Você mudou a minha vida. – sussurrou. — Eu me encontrei em você, no seu sorriso. – era tão bom ouvir isso.

— Não. – sussurrei. — Foi você quem mudou a minha vida e me deu uma família que até então, eu não pensava em ter. – passei a mão sobre a minha barriga e ele sorriu.

— Acho que você merece uma massagem. – ele se levantou e me olhou.

— Agora? – retruquei. — Sério?

— Sim, vamos. – disse sorrindo. — Vou cuidar do meu amor.

Taehyung sorriu e se sentou perto dos meus pés. Ele afastou o cobertor e os envolveu em suas mãos, os acariciando. Senti um arrepio percorrer o meu corpo e me senti bem, era tão bom estar em seus braços. Todo o seu carinho era reconfortante e bondoso.

— Continue comendo. – disse. — Você precisa se alimentar.

Sorri e continuei levando os pedaços de fruta até a minha boca, ele sorria e me olhava com amor. O meu corpo estava cansado e uma massagem era a melhor coisa do mundo. Jungkook não estava presente e Taehyung precisaria fazer o seu trabalho, sorri ao lembrar que ele levava isso a sério. Para Jungkook, fazer massagens em mim era um trabalho sério e somente ele podia fazer.

— Isso é tão bom. – murmurei. — Jungkook ficará com ciúmes.

Taehyung sorriu e me mandou um beijo.

— Relaxa. – respondeu. — Ele ficará feliz ao saber que fiz isso por ele. – ele piscou para mim.

— Taehyung. – eu não sabia como o fazer, então faria. — Yoongi comentou que James está em Seoul.

— Eu sei. – sussurrou. — Estou de olho nele, não se preocupe. – me senti mal ao ouvir.

— O que você pensa em fazer? – estava com medo de ouvir a sua resposta.

— Matá-lo ao mínimo sinal de aproximação. – o seu olhar ficou frio e eu me senti triste. — Não se preocupe, ele não se aproximará de você.

Respirei fundo e coloquei a minha bandeja de lado, me aproximando dele. Taehyung me olhou e respirou fundo, não queria ouvir esse tipo de coisas vindo dele.

— Não diz isso. – pedi. — Nunca mais.

— Preciso proteger você. – respondeu friamente. — Faço de tudo para que você viva bem e em segurança.

— Sou grata por isso. – murmurei. — Mas não quero te ouvir falar assim, fica aqui comigo.

Me aproximei mais e o abracei, pousando a minha cabeça em seu colo. Não queria imaginar nenhum cenário onde ambos saíssemos magoados ou um cenário onde ele se magoaria para me proteger.

— Eu te amo tanto. – senti a sua respiração pesar.

— Também te amamos, papai. – ele sorriu ao ouvir.

— Me promete algo. – disse me olhando. — Por favor?

— O que meu amor? – indaguei.

— Promete que não desistirá de mim? – pediu me deixando confusa.

— Jamais! – exclamei. — Eu jamais desistira de nós.

Nunca passaria pela minha cabeça a ideia de o deixar. Nos meus sonhos e no meu pensamento, estaríamos juntos para sempre. Imaginei toda a minha vida ao seu lado, assim como a vida dos nossos filhos. Não deixaria a minha felicidade por nada, nem James mudaria isso no momento. Sentia medo e receio ao saber que ele estava em Seoul, mas não permitiria que ele me assombrasse de novo.

— Eu tenho medo de te perder. – essas palavras eram constantes no momento.

— Por qual motivo você repete isso? – questionei. — O que te faz pensar assim?

— Prometo que enquanto viver, eu lhe darei todo o amor do mundo. – disse ignorando a minha pergunta.

— Acho que se a massagem não continuar, você corre riscos. – ele sorriu.

— Eu tenho uma ideia melhor. – retrucou se aproximando.

Taehyung se aproximou mais e me jogou na cama, fazendo cócegas em mim. Senti as suas mãos e as gargalhadas foram constantes, eu me sentia bem e feliz. Estes momentos ficariam marcados em mim para sempre e eu jamais o trocaria por outro alguém. 

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