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No momento, eu me sentia bem e por alguns minutos, acreditaria que tudo ficaria bem. Sempre soube que pensar demais não me ajudaria em nada, mas a minha mente não sabia como processar todas as informações vividas nos últimos dias. Não queria ser vista como a vítima e ao mesmo tempo, eu não podia esquecer que eu era uma vítima.

Taehyung e seus amigos alegravam tudo em mim, e a minha casa parecia um sanatório, cheio de pessoas comuns e ao mesmo tempo raras. Eu ainda não me sentia bem, mas gostava de tê-los ali. Ao ouvir os seus sorrisos ecoarem pelo ar, desejei que a felicidade permanecesse ao nosso lado, mesmo que eu não pudesse fazer parte dela por longo prazo. No momento certo eu me despediria dos meninos, e os deixaria aos poucos sem que fosse notada. Sorri de canto e respirei fundo ao ver como eles se divertiam juntos.

— Somos iguais, sabia? – murmurou Suga me assustando.

Respirei fundo e olhei para ele sentado no sofá em frente, ele me sorria de canto e eu retribui para não parecer mal-educada. Ele raramente falava comigo e, no entanto, desejava ser meu amigo. Era fascinante ver a forma como ele pensava. Sem saber, ele era completamente diferente dos outros e eu gostava disso.

— Iguais? – murmurei esboçando curiosidade.

— Pensamos muito e falamos pouco. – sussurrou respirando fundo. — Eu gosto dessa qualidade em você.

— Isso não é uma qualidade. – respondi. — Isso é um defeito, falar sempre será melhor do que morrer engasgada.

— O que tanto te preocupa neste momento? – ele mudava o assunto da forma que achava melhor.

— James. – sussurrei baixinho. — Ele nunca deixou os meus pensamentos, apenas fingi que sim.

— Ele não te machucará de novo. – afirmou me fazendo tremer. — Nunca mais.

— Eu sei disso, não serei um peso e nem serei protegida por vocês. – murmurei. — Ninguém consegue me proteger de James, querendo ou não, ele sempre encontrará uma forma para me machucar. – a realidade era tão cruel.

— Eu darei a minha vida para proteger você e o seu bebê. – ele falava com firmeza. — Isso, eu te prometo.

Não respondi, a sua reação era fofa, mas preocupante. Saber que eles estavam dispostos a isso, me assustava. Colocava a vida destas pessoas em risco, sem contar que acabei com a felicidade do meu pai. Tudo era culpa minha, todas as minhas decisões nos levaram aos momentos atuais. Não podia culpar ninguém por minhas decisões erradas e ao mesmo tempo, eu não queria aceitar que estávamos neste momento e as minhas decisões precisariam ser acertadas e dignas para os meninos que eu tanto gostava.

— Você ficará bem. – disse se levantando. — Com o tempo tudo voltará ao normal e você sentirá dores menores, até não sentir nada. No entanto, você não pode desistir, não permitirei que você o faça. – isso soava fácil. — Não estamos lutando apenas por você, mas também pelo bebê em seu ventre.

Sem esperar a minha resposta, ele se levantou e veio em minha direção. Em silêncio, ele estendeu a sua mão para mim e esperou. Sorri de canto e a segurei. Ele não era ruim e não parecia me odiar como pensava, todavia, adoraria saber de onde nos conhecíamos e desejava ouvi-lo falar sobre isso. Por qual motivo deixamos de nos conhecer?

— O que estamos fazendo? – perguntei me levantando.

— A comida chegou. – respondeu sorrindo.

Assim que ele terminou de proferir as suas palavras, a campainha tocou. Sorri de canto e ele fez o mesmo. Sem falar nada, ele me guiou em direção a cozinha, caminhando com calma ao meu lado. Taehyung nos olhava com atenção, eu não imaginava o que ele estava pensando e no fundo, eu não queria saber. Os seus olhares se tornaram cruéis e imaginar os seus significados, me doeria mais.

— Não sabia que você era bruxo. – comentei baixinho. — Isso sim é uma qualidade louvável.

— Ei! – retrucou me empurrado de leve.

Sorri ao sentir, ele me soltou e caminhou em direção a porta. Respirei fundo e continuei em direção a cozinha, me juntando aos meninos. A energia era contagiante e o sorriso em meus lábios era nítido, inspirei novamente e me sentei em uma cadeira. Taehyung me olhava com seriedade, mas não falou nada. Suga se aproximava em silêncio, carregando a comida em suas mãos.

— Você está bem? – senti a mão de Jimin em minha barriga e respirei fundo.

— Sim, mochi. – o seu sorriso dobrou de tamanho e o seu rosto ficou vermelho.

— Que bom, noona. – sorri de canto.

— E você, está bem? – questionei olhando em seus olhos.

— Sim. – murmurou. — Sei que não quer, mas sinto que serei o padrinho desse bebê. – não tinha nenhuma reação para ele.

— Você poderia se apressar? – gritou Seokjin. — Eu estou com fome.

— E isso é novidade? – rebateu Hoseok.

Gargalhadas ecoaram e o meu coração se aqueceu, sentiria tanta falta disso. Jimin prontamente foi em direção aos meninos e procurou ajudar com a comida, assim que o cheiro emanou pelo ar pude sentir o meu estômago revirar. Respirei fundo e procurei me controlar, Taehyung colocou um prato em minha frente e sorriu. Senti que ele queria uma reação, mas também para ele, não havia nenhuma no momento. No momento em que o Kimchi chegou aos meus sentidos, o meu estômago revirou novamente e deu mais uma volta e eu não consegui raciocinar direito.

Me levantei rapidamente e corri para o meu quarto, não queria passar por isso ali e nem queria que eles vissem isso. Corri para o quarto e andei em direção ao banheiro, me agarrei ao sanitário e deixei todo o mal-estar sair de mim. A minha barriga doía e a minha cabeça girava novamente, precisava agir rápido ou não conseguiria continuar. Não podia esperar muito ou a criança cresceria em minha barriga e em meu coração.

Após vomitar tudo o que tinha dentro de mim, me levantei e fui em direção a pia onde lavei o meu rosto e prontamente escovei os meus dentes. Ao fundo, pude ver o semblante de Taehyung e calmamente ele caminhou em minha direção. Respirei fundo e enxuguei o meu rosto, olhando para ele de relance. Sabia o que ele diria e isso podia nos levar a uma briga, algo que não era bom para ambos.

— Enjoos? – perguntou colocando as mãos no bolso.

— Sim. – sussurrei desviando o meu olhar para o espelho. — Prefiro não comer, se não se importar.

— Não me importo. – murmurou. — Mas você precisa comer algo, tomar algo que contenha vitaminas. – era verdade.

— Penso nisso depois. – sussurrei passando por ele. — Não se preocupe comigo.

— Você ainda pensa em tirar o nosso bebê? – indagou me seguindo para o quarto.

— Por favor, não começa. – pedi. — Já falamos sobre isso e você claramente não compreendeu o que eu queria. – não me esqueceria dos seus atos.

Ele se aproximou e me olhou com frieza, eu merecia isso e não tinha nada a ser feito.

— Alice, por favor. – pediu. — Vamos conversar sobre isso.

— Não. – respondi firme. — Você passou por cima das minhas decisões, contou sobre a minha gravidez para os meninos sem a minha autorização. – eu procurava manter a calma. — Como pôde fazer isso?

— Não queria passar por cima das suas decisões. – respondeu respirando fundo. — Mas é a única forma de contar para eles, espera que eu os comunique depois de matar a criança? – tremi ao ouvir. — Essa criança também é minha, e eu a quero.

— Ninguém se importa com o que eu quero. – comentei. — Por qual motivo você se convidou para morar aqui mesmo sabendo que eu não quero um relacionamento contigo? – retruquei com raiva.

— Confesso que estava com raiva. – assumiu. — Você decidiu tirar o nosso bebê, você não se importa com a minha opinião e eu devo me importar com a sua? – respirei fundo controlando a minha raiva. — Vou fazer uma sopa, descanse.

Taehyung não esperou a minha resposta, ele simplesmente saiu do quarto e me deixou sozinha. Eu estava com raiva dele, caminhei em direção ao armário onde havia guardado as suas pílulas e abri a gaveta, elas estavam ali esperando por mim. Respirei fundo e ponderei se deveria tomar agora, esse era o momento perfeito para fazer isso. Não tinha um relacionamento com ele, nenhum de nós sabia o que fazer diante tudo o que aconteceu. Se tomasse as pílulas agora tudo teria um fim e não sofreríamos mais, esse era o momento. Lentamente enfiei a mão dentro da gaveta para pegar as pílulas, mas parei ao ouvir passos.

— Posso? – me assustei ao ouvir a voz de Namjoon e fechei a gaveta rapidamente.

— Pode. – murmurei procurando disfarçar o momento.

Em seu rosto havia confusão e em suas mãos uma xícara de chá. Sorri de canto e caminhei em direção a cama, me sentando em seguida. Ele me seguiu em silêncio e se sentou ao meu lado, me entregando a bebida. O cheiro me confortou e o calor emanado da bebida me fez bem, ele sabia como me ajudar sem ao menos proferir ajuda.

— Está se sentindo mal? – a sua voz me acalmava. — Tome um pouco, pode ajudar.

— Obrigada. – respondi tomando um gole do chá. — Namjoon eu não posso ter essa criança, eu não a quero. – ele respirou fundo antes de responder.

— O que o Taehyung pensa sobre isso? – indagou me olhando nos olhos.

— Ele não gosta da ideia. – respondi colocando a xícara sobre a mesa de cabeceira. — Estamos indiferentes e eu não quero o nosso relacionamento, ele está decidido a fazer parte da minha vida embora eu não queira. – não queria chorar de novo.

— Entendo. – ele falava baixinho. — Por favor, pense antes de tomar qualquer decisão. No momento, a sua dor é grande e pode te levar por caminhos sem volta. Se lembre do amor que foi investido nessa criança e provavelmente ela a impediu que você engravidasse de James. – ele calculava as suas palavras. — Então procure sinais bons e não condene uma vida que não tem culpa de estar crescendo. Já disse e vou repetir, eu sempre estarei aqui para apoiar você. – isso era reconfortante. — Morrer nem sempre é o caminho, Alice.

— Obrigada. – murmurei. — Pensarei nisso.

Não queria continuar o assunto e não queria brigar com ele. Discutir não nos levaria a lugar nenhum e eu poderia perder a minha única companhia, mesmo ele não gostando totalmente de mim, ele ainda estava ao meu lado. Ponderei se deveria questionar os reais motivos do seu ódio, mas isso poderia nos levar para outro caminho e eu também não queria isso. Kim Namjoon era uma incógnita e eu não sabia como decifrar os seus sentimentos por mim.

— Alice? – sussurrou após alguns minutos. — O que fez com as cartas que eu te dei?

— Cartas? – retruquei com confusão.

— Estive aqui uns dias atrás. – explicou. — Menti dizendo que o correio entregou as suas correspondências por engano e te dei um envelope.

— Verdade. – murmurei ao me lembrar.

— O que fez com elas? – indagou me olhando nos olhos.

— Nada. – murmurei. — Apenas as guardei.

— Você chegou a ler o que estava escrito nelas? – ele parecia nervoso.

— Não. – sussurrei. — Acabei por esquecer e nunca mais pensei nisso.

— Não leu? – ele parecia não acreditar. — Sério?

— Sério. – sussurrei. — O que está acontecendo?

— Nada. – ele estava muito nervoso. — Pode me devolver?

Não entendi o que estava acontecendo, Namjoon estava nervoso e isso era algo que eu não havia visto antes.

— Sim. – murmurei. — Estão ali naquela cômoda, vou buscar. – respondi me levantando.

— Não. – disse me puxando de volta. — Depois, mais tarde você me entrega.

Aos poucos a curiosidade tomava conta de mim, o que ele estava escondendo? A sua aflição era notória e isso despertou a minha vontade de ler o que estava escrito nas cartas.

— Vai me contar o que tem nas cartas? – indaguei.

— Não é nada, as entreguei por engano. – respondeu. — As troquei sem querer e as cartas que Taehyung escreveu ficaram comigo. Te entrego as cartas dele, mas gostaria de receber as minhas de volta. – tudo era suspeito.

— Se não é nada, qual é a razão da sua aflição? – indaguei arqueando o sobrolho.

— Não estou aflito! – exclamou rapidamente. — Não tenho onde guardá-las no momento e não quero que os meninos me questionem sobre.

Cerrei os olhos e o olhei nos olhos, isso era estranho. No entanto, optaria por ignorar. Tudo o que menos precisava era um problema com Namjoon por causa de papéis que pertenciam a ele.

— Eu não cheguei a te agradecer. – murmurei mudando de assunto. — Você fez muito por mim.

— Não precisa. – respondeu timidamente. — Faria tudo de novo.

— Você acreditou em mim e me apoiou quando ninguém faria. – prossegui. — Por isso, eu preciso agradecer sim.

— Alice, eu fiz o que era certo. – afirmou. — E confesso que não quero perder a sua presença em minha vida. – senti um nó na garganta ao ouvir. — Sofreria mais do que o próprio Taehyung. – eu não entendia isso.

— Obrigada. – murmurei. — Pensei que você veio a pedido de Taehyung, mas ele não sabia sobre isso. – voltaria para o assunto com calma.

— Não. – sussurrou se levantando. — Ele não me pediu nada.

Namjoon respirou fundo e colocou as mãos nos bolsos.

— Segredo nosso. – e me piscou.

Era oficial, eu estava curiosa. Agora, eu queria saber o que havia nas cartas que ele me entregou. A sua aflição era repentina, será que ele escondia algo e não queria que ninguém soubesse? Não queria ter segredos com ninguém, muito menos com os amigos do meu ex-namorado. Já não estávamos bem e ter segredos desencadearia mais confusões e complicações com Taehyung.

Lembro de comentar que Namjoon esteve aqui e Taehyung não havia compreendido ou não quis compreender. Porém, eu sentia que algo estava acontecendo no momento e a minha curiosidade não me deixaria até descobrir exatamente o que acontecia entre nós. Por qual motivo Namjoon agia dessa forma? 

***

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