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Os beijos de Taehyung me envolviam com carinho e muito fogo, os seus lábios incansáveis me devoraram e eu não queria parar. Todo o seu desejo me percorria e fazia com que o meu corpo se retraísse de desejo, não podíamos continuar, pois, alguém podia chegar a qualquer momento. Entretanto, queria este momento para o resto da minha vida. Terminei os nossos beijos e o fitei por alguns segundos, os seus lábios estavam vermelhos e mostrava a intensidade do momento. Levei uma de minhas mãos até o seu rosto e afastei os cabelos que caiam sobre os seus olhos.

— Cuidado para não se apaixonar. – murmurou levando uma de suas mãos aos meus lábios. — Eu sou comprometido. – ele acariciava os meus lábios com a pontinha dos dedos. — E a minha namorada é muito ciumenta.

— Tarde demais. – respondi. — Precisamos desse amor e com certeza seremos amantes. – ele sorriu e me beijou novamente.

Me soltei dos seus lábios e voltei a minha concentração para o forno, ele me observou com carinho e esperou.

— Eu acho que está bom. – comentou. — Já podemos tirar do forno.

— Ainda acho que pizza não seja uma má ideia. – pude ver a indignação voltar.

— Cale-se. – disse me causando um sorriso. — Ei, Alice? – indagou.

— Sim? – retruquei.

— Eu tenho uma ideia. – prosseguiu se aproximando.

— Pedir uma pizza? – provoquei.

— Você poderia parar? – segurei o meu sorriso. — Esse refogado está maravilhoso e todos vão amar.

Sem falar nada, ele me puxou pela cintura e sorriu.

— Eu tive uma outra ideia. – continuou baixinho. — E acredito que você amará.

— Aí sim? – entendia os seus sinais.

— Já que estamos sozinhos, vamos matar a saudade? – propôs mordendo os lábios. — Eu estou com muita saudade.

— Não podemos. – respondi me virando de costas, procurando sair dos seus braços.

Taehyung me pegou pela cintura e me empurrou contra a bancada da cozinha, senti o seu corpo atrás de mim e ainda em silêncio ele esfregou o seu corpo contra o meu. Taehyung insinuava algo e a sua pressão contra mim me deixava do jeito que ele queria, as suas mãos percorreram os meus cabelos e eu soltei um gemido. A sua respiração pesada em minha pele era cruel e me lembrava de como era bom tê-lo dentro de mim.

— Eu também estou com saudades. – ele sorriu e me virou para ele. — Subindo pelas paredes se deseja saber, mas não podemos.

— Você não é normal. – sussurrou mordendo o meu lábio inferior. — Vai perder a chance de amar um bebê como eu? – sorri de canto ao ouvir.

— Aprendi contigo e não podemos, bebê. – respondi devolvendo a sua mordida.

Não consegui processar os momentos seguintes, pois, ele me pegou pela bunda e me sentou em cima do balcão. Envolvi as minhas pernas em volta da sua cintura e senti os seus beijos em meu pescoço, descendo em direção aos meus seios. O meu corpo tremia com os seus toques e eu queria viver esse momento. Segurei o seu rosto em minhas mãos visando conter o seu desejo, ele ergueu o seu rosto e me olhou com cara de cachorro pidão. Sorri de canto ao ver e agradeci por tê-lo em minhas mãos.

Ele respirou fundo e me soltou, fazendo espaço para que eu descesse do balcão. Sorri e desci indo em direção ao forno, abri o retirei o refogado feito por Taehyung com uma leve ajuda minha. Pude ver de relance que o seu membro estava rígido contra o tecido da sua calça e me senti mal por ele, eu sabia o que ele queria. Coloquei o refogado sobre a mesa e voltei para ele, que sorria ao me ver. Não compreendia muito sobre culinária, mas essa receita era usada com frequência na minha casa. O meu estômago não aceitava esse tipo de comida, mas Taehyung havia escolhido, não podia mudar isso agora.

Taehyung acompanhava os meus movimentos em silêncio, ambos mudamos a nossa atenção ao ouvir um barulho vindo da porta. Ambos olhamos e esperamos, os meus pais entraram sorrindo e logo atrás deles, a presença de James se fez presente. Continuei fazendo o que eu devia e peguei os talheres, os organizando sobre a mesa. Olhei para Taehyung que rapidamente se aproximou e se posicionou ao meu lado.

— Filha! – exclamou o meu pai sorrindo.

— Oi. – murmurei. — Voltaram na hora certa.

Taehyung permaneceu em silêncio.

— Quem é esse rapaz? – questionou olhando para o Taehyung.

O meu pai sorria enquanto a minha mãe se aproximava com James, no entanto ambos ficaram em silêncio.

— Pai, esse é o Kim Taehyung. – respondi. — O meu namorado.

O meu corpo tremia ao falar, não acreditava em mim mesma. O meu pai sorriu e o seu sorriso era sincero, ele já estava do nosso lado sem ao menos saber nada sobre nós. A minha mãe abriu a sua boca em sinal de choque, James permaneceu sério e não expressou nenhuma reação. Mesmo se controlando, pude ver as suas narinas dilatarem e o seu corpo tremeu. James estava furioso e eu já me arrependia das minhas ações, Taehyung se aproximou mais ao notar e me passou confiança.

— Prazer, eu sou o Kim Taehyung. – se apresentou apertando a mão do meu pai.

— Prazer, meu filho. – disse o meu pai sorrindo.

— Fizemos um almoço para todos. – disse tentando. — Espero que gostem e aceitem comer conosco.

— Que bom. – o meu pai estava feliz. — Estou faminto e com muitas saudades da sua comida.

Sorri ao ver a reação do meu pai, ele se sentou e fez sinal para que Taehyung se sentasse também, em seguida ele fez sinal para que eu me sentasse ao seu lado. Me sentei ao lado de Taehyung e a minha mãe se sentou do lado do meu pai, James respirou fundo e se sentou ao lado da minha mãe. Evitei contato visual com ambos, não estava preparada para isso. A minha mãe olhava para Taehyung e o analisava de todas as formas possíveis, me senti mal ao ver, ele não merecia isso.

— Me diz uma coisa, Kim Taehyung. – começou ela. — O que você faz da vida?

Respirei fundo ao ouvir, ela sabia como ser indesejável.

— Eu sou cantor. – respondeu jogando os seus cabelos para trás.

A minha mãe não pareceu impressionada e isso não seria o suficiente para fazê-la mudar de ideias. Não sabia muito sobre si e não me importava com a sua carreira, o importante era o amor que sentia e a confiança que ele me passava.

— Isso não é impressionante. – comentou ela com desdenho. — O que mais tem na Coreia são crianças procurando serem Idols.

— Eu acho isso impressionante. – retrucou o meu pai. — Se eu começar a cantar, vocês ficarão surdos. – sorri de canto. — É um talento meu rapaz e você é muito bonito. – Taehyung sorriu.

— E quantos anos você tem? – prosseguiu ela.

— Idade o suficiente, não se preocupe. – retrucou com calma.

O meu pai segurou um sorriso e James se enfureceu mais ainda e eu optei por ignorar. O silêncio se fez presente e eu aproveitei o momento para buscar o resto da comida que havíamos feito. A minha mãe se levantou e me seguiu em direção a geladeira.

— Você não disse que tinha um namorado. – disse baixinho puxando o meu braço.

— Eu sou maior de idade e não preciso te informar sobre a minha vida pessoal. – respondi com a mesma rispidez e desdenho que ela havia tratado Taehyung. — Me deixa em paz!

— Aprendeu a ser mal-educada com ele? – ela estava furiosa.

— Não. – murmurei. — Aprendi a ser assim com você.

Peguei a comida e voltei para a mesa, me sentando ao lado de Taehyung. Ele conversava com o meu pai e ambos sorriam, eles combinavam e isso me deixou feliz. O meu pai ficaria do nosso lado e nos ajudaria, sentia isso. Fiz questão de ceder o lugar no topo da mesa para Taehyung e ele tinha a coroa no momento. Mesmo confiante, eu ainda sentia medo por nós. 

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