Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

» 5 «

••• um dia depois •••

Não sabia nada sobre ele.

Nada do que pensasse, poderia ser verdade. A minha mente vagou por várias teorias e em todas elas, ele seria alguém implantado pelo meu passado para me machucar. Kim tinha os olhos de alguém conhecido e ao mesmo tempo, distante. Em seus gestos e mímica pude ver a sua dor, porém, isso não era o suficiente para encantar a minha alma. A minha alma estava vazia e a sua alma estava em dor, ele chegaria neste momento, mas passaria por um longo processo.

A dor é um processo longo, cheio de recaídas e ataques de pânico.

Eu sabia o seu nome. Kim, que provavelmente era o seu sobrenome. Ótimo, a única informação sobre ele, era o sobrenome mais popular em toda a Coreia do Sul! Isso me levou para outro pensamento, que provavelmente esconder o seu verdadeiro nome fosse uma forma de não saber a sua identidade. Quais são os seus segredos? Por qual motivos nos conhecemos diante destas circunstâncias?

Era o fim, estava ficando louca e vivendo na insanidade. Perdera todo o medo e estava me aventurando nas ideias de um desconhecido, onde ficou o pouco de sanidade que ainda habitava o meu corpo? Será que essa era a última fase da minha dor? O momento em que me aventuro ao lado da morte procurando um pouco de excitação? Aos poucos, as minhas pernas começavam a tremer e o meu coração batia descompassadamente. Eu ficaria louca, sentia isso.

Não podia correr o risco de encontrar o meu passado, não podia abrir caminhos que não conseguiria fechar sozinha. Imaginar que estava sendo observada, machucava o meu coração e me dava medo. Tudo podia mudar e eu sairia sangrando novamente. Talvez se fosse embora, ele nunca saberia que estive ali, não seria ruim, afinal de contas não nos conhecemos, certo? Se ele não souber, não doerá.

Decidi que voltaria para casa. Isso, eu precisava voltar para o único lugar onde estaria longe e segura do meu passado. Não podia esquecer que mesmo tendo um pouco de liberdade, eu nunca serei completamente livre. Respirei fundo e me virei para ir embora, no entanto, fui impedida ao dar de caras com Kim. Prendi a minha respiração para esconder o nervosismo e me derreti ao ver o seu olhar doce. Ele sorria com ternura e os olhos me fitavam com carinho, como se me ver fosse algo bom.

— Você veio. – murmurou, esboçando um sorriso enorme enquanto me enlaçava em seus braços. — Gosto tanto de te ver.

Era tarde demais, não poderia correr deste momento.

Um calafrio percorreu todo o meu corpo assim que ele me abraçou, enquanto sentia o seu perfume passar por meus sentidos. O seu abraço era gostoso, reconfortante e quente, porém, precisava manter os meus sentimentos para mim. Kim não precisava saber dos meus pensamentos antes da sua presença, seria melhor assim. Se ele soubesse dos meus medos, provavelmente se afastaria de mim sem olhar para trás. O que no fundo, não seria algo ruim, seria seguro para ambos se isso acontecesse.

— Sim. – murmurei, ainda trêmula em seus braços. — Você disse que queria me ver de novo.

— Vamos dar uma volta? – ele me soltou e esboçou outro sorriso, que me aqueceu por dentro. — Gosto de estar em sua companhia.

Acenei afirmativamente com a cabeça, enquanto o seguia. Senti uma euforia por dentro e não sabia explicar o que estava acontecendo. Entretanto, queria muito estar ali, mesmo a minha cabeça dizendo que era errado. Não entendia o motivo de toda essa bipolaridade, isso estava acabando comigo. A minha vida seria assim para sempre ou em algum momento ou me sentiria melhor? Em algum momento eu precisava me sentir melhor, mas esse momento parecia não chegar.

— Nunca pensei que esse parque seria o começo de algo bom. – comentou, colocando as suas mãos dentro dos bolsos do seu casaco. — Nunca pensei que esse parque me fizesse sentir assim, mas gosto disso.

— Como assim? – indaguei sem entender. — Do que exatamente você está falando?

— Você, você é o começo de algo bom. – sorri ao ouvir as suas palavras.

O que exatamente ele queria dizer com isso?

— Do que está falando? – indaguei novamente só para ter a certeza. — Estou confusa, sério.

Eu preciso de algum tempo para entender algumas coisas, mas com o tempo, chegaria lá.

— Estou falando de você. – repetiu. — Você acredita em amor à primeira vista? – questionou parando em minha frente.

Os seus olhos penetraram os meus e não consegui desviar, o seu olhar era curioso e encantador. As suas pupilas estavam dilatadas e isso deixou o seu olhar maior, como se ele estivesse contemplando uma presa. Porém, eu estava confusa e não queria questionar de novo. Não queria estragar o momento com questionamentos confusos, estava bom assim.

— Que duas pessoas possam se encontrar do nada e sentirem um sentimento pela outra? – continuou.

Não sabia o que dizer. Do que ele estava falando mesmo? Será que ele realmente acreditava nessa possibilidade? Que dois estranhos poderiam se amar, sem ao menos se conhecer? Queria sorrir da situação, mas isso o magoaria. Será que Kim era fugitivo de um hospício e por isso toda essa loucura? Não acredito em amor, ou em destino. Essa história de amor à primeira vista é algo equivocado, criado para iludir adolescentes. Passei por isso, sei do que estou falando.

— Não sei, evito acreditar em certas coisas. – respondi, desviando o meu olhar. — É a melhor forma de evitar sofrimentos.

— Sabe, nunca acreditei nisso. – comentou. — Mas, confesso que estou mudando de ideias. – continuou, enquanto saia da minha frente. — Você mudará também.

— Você é confuso e me confunde. – disse em suspiro.

Kim sorriu e juntamente, continuamos a caminhar. O dia estava agradável e a brisa nos tocava com ternura, era bom estar aqui em dias assim. Ver o inverno nascer é lindo, como se você fosse parte disso. É a melhor estação do ano para corações abandonados.

— Eu sei, mas queria agradecer. – sorri de canto ao perceber que estava longe. — Você literalmente salvou a minha vida. – senti o meu peito apertar.

Senti uma leve dor em suas palavras, como se ele realmente as sentisse enquanto falava e isso me doeu a alma. Ele tinha uma dor maior do que eu imaginava.

— O que te aconteceu? – subitamente, senti um desejo em saber mais. — O que tanto te magoou?

Algo em mim, queria saber mais, entender e por um momento acolher a sua dor. Ninguém fez isso por mim, então, eu poderia fazer isso por ele para confortar a sua dor.

— Em outro momento, talvez. – murmurou. — Não é importante agora.

— Por qual motivo falou isso? – indaguei. — Se não é importante? – continuei caminhando ao seu lado.

As feições de Kim mudaram e ele parecia triste, não queria magoar o homem que estava ao meu lado. Porém, queria conhecer a sua história e queria conhecer tudo o que ele estava disposto a me apresentar. Sabia que ele carregava uma dor consigo, assim, como carregava uma comigo. Talvez saber dos seus medos e receios, ajudasse a acalmar os meus.

— Me fale de você. – pediu mudando de assunto. — Me deixe te conhecer melhor, quero tanto conhecer você.

Sorri de canto ao ouvir, não queria pressioná-lo, eu não podia. No fundo, ele queria o mesmo que eu, conhecimento. Talvez conhecer um pouco dele, abrisse o seu coração para que ele confiasse em mim e me contasse um pouco sobre a sua dor.

— O que deseja saber? – indaguei.

— O seu nome. – murmurou. — Há dias que fico imaginando qual seria o seu nome e fiz até uma lista. – sorri de canto ao ver que ele retirou um pedaço de papel do bolso. — Pensei em Grace, Ana, Katie, Young Min e até em John. – sorriu, me entregando o pedaço de papel.

Sorri, de alguma forma ele era muito fofo. O esforço era encantador, mesmo sabendo que não deveria dar tantas esperanças a alguém perdido. Entretanto, apenas um dos nomes era comum na Coreia, será que ele me considerava uma estrangeira? Eu não tinha nada de estrangeira, tudo em mim é coreano.

John seria o nome perfeito para mim. – soltei uma gargalhada, empurrando os meus ombros de leve contra os seus.

— O quê? Nunca se sabe! Hoje em dia tudo é possível. – disse sorrindo. — Então John, quantos anos você tem?

— Vinte e dois, novembro e você? – ele sorriu e me olhou.

— Vinte e um, dezembro. – respondeu mordendo o lábio. — Agora me sinto aliviado, estou com uma pessoa mais velha. Responsável até, eu diria. – piscou sorrindo em seguida.

— Que engraçado, você é hilário! – exclamei ironicamente. — Não sou tão velha assim e morrerei antes dos trinta para não envelhecer. – a ironia saía de mim.

No fundo, eu sabia que morreria. Ele me encontraria em breve e eu morreria sim, mesmo que não queira.

— Alguns dias. – sussurrou. — E não morrerá, não permitirei.

Sorri para Kim, que sorriu para mim. Não sei se deveria, mas aquele sorriso era reconfortante. Ele me acalmou e, ao mesmo tempo, me fez querer mais, muito mais.

***

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro