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» 26 «

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Respirei fundo e me olhei no espelho, todo o tempo a minha mente procurava por imperfeições. As minhas pernas tremiam e o meu coração batia aceleradamente, o meu corpo reagia assim e eu sentia que podia cair a qualquer momento. Gradualmente eu tentava mentalizar que estava bem e que ficaria bem, não precisava me sentir mal. Em alguns momentos Taehyung estaria aqui e juntos iriamos de encontro ao seu amigo. Em breve eu saberia mais sobre a sua vida e sobre o tipo de pessoas com quem ele convive.

Sempre que penso em sua vida várias perguntas invadem a minha mente, eu queria vê-lo se abrir comigo e gostaria de saber o que ele sente sobre nós. A sua decisão veio no momento certo, aos poucos a minha mente começava a imaginar que ele tinha uma vida dupla e por isso, a nossa relação possuía tantos segredos. Taehyung tinha algo maior em suas mãos e eu queria saber sobre isso, queria muito saber sobre a sua vida.

Não queria alimentar sentimentos ruins contra ele e não queria envenenar a minha mente contra a única pessoa que ainda estava ao meu lado. Porém, o meu passado ainda fazia parte do meu presente e fazia com que eu imaginasse Taehyung na posição onde o meu coração acredita que ele me magoará de todas as formas possíveis, como já aconteceu antes. No entanto, ao falar sobre a sua vida e me contar um pouco sobre o que sente, o meu coração se sentirá seguro sobre as suas decisões e sobre o nosso futuro.

Taehyung falava sobre os seus amigos e aos poucos eu memorizava todos os nomes ditos por ele. Hoje nos encontraríamos com Jeon Jungkook, um dos seus melhores amigos. Ele falava de muitos amigos que podiam ser melhores, então, eu precisava me lembrar de todos para evitar qualquer constrangimento na hora de os conhecer. Queria muito agradar os seus amigos e queria muito ser aceita por Jungkook. No pior dos cenários, ele aconselharia o seu amigo a se afastar de mim e em minha mente, eu também me questionava e tentava compreender se era boa o suficiente para estar ao lado de Taehyung.

Taehyung não comentou sobre a sua profissão, mas eu imaginava e aos poucos ligava os pontos. A pressão social seria grande e eu não saberia como reagir a isso, e com certeza não estava preparada para abrir mão da minha privacidade para tê-lo ao meu lado. Ter o controle sobre a minha privacidade, era a única coisa que me impedia de ser invadida por meu passado, então, eu precisava aproveitar cada momento para me afastar de qualquer coisa que me fizesse mal. Afastei os meus pensamentos ao realizar que não chegaria a lugar nenhum se continuasse pensando assim, eu precisava manter as minhas esperanças.

Evitar pensamentos negativos me ajudaria no processo, então não podia ceder. A minha mente precisava de um pouco de paz. Todos os questionamentos não me ajudariam em nada e agora não era o momento para pensar em tudo o que podia ou não acontecer ao estar ao lado de Taehyung. Estávamos juntos e isso era o mais importante no momento, precisava me lembrar disso. A noite estava fria e a ocasião me fez usar algo inconfortável, algo que eu normalmente não usaria. Coloquei um vestido branco e por baixo uma das lingeries que comprei no outro dia.

Passaria um certo frio e o desconforto já era notório, no entanto, eu estava decidida a manter o visual escolhido para a noite. Um vestido tornava tudo mais elegante e eu queria impressionar o amigo de Taehyung, assim como adoraria ver a sua reação ao me ver vestida desta forma. Sorri de canto e coloquei os sapatos de saltos altos e ao fundo pude ouvir a campainha tocar. Antes de correr para a sala voltei o meu olhar para o espelho e conferi se estava tudo em ordem. Após alguns segundos, respirei fundo e sai do quarto, caminhando com cuidado em direção a porta.

Normalmente eu não me vestia assim e nem me comportava assim, porém, eu gostaria de agradar. Me equilibrei em cima dos saltos altos e caminhei com calma procurando não cair na frente de Taehyung, sorri de canto ao imaginar que isso era possível e que eu já havia feito isso antes. Sem pensar duas vezes, abri a porta e soltei um suspiro aflito ao vê-lo. Para a minha felicidade, Taehyung vestia um smoking preto com uma camisa branca por baixo, e os seus sapatos pretos brilhavam mostrando que provavelmente seriam bem caros. Mordi os meus lábios ao encontrar os seus olhos, ele era tão lindo. Não pensei que poderia sentir isso por alguém, eu não entendia o que estava acontecendo

— Fiu, fiu. – assoviou.

Senti o meu rosto queimar, eu me sentia envergonhada.

— Está pronta meu amor? – tremi ao ouvir a sua voz doce. — Você está deslumbrante. – eu me sentia assim desde que o tinha ao meu lado.

— Sim. – murmurei. — Eu só preciso pegar a minha bolsa e podemos ir. – disse voltando para a sala.

Taehyung permaneceu parado e me observou, esperando por mim. A minha felicidade não queria ficar contida e eu queria muito estar ao seu lado. Peguei a minha bolsa e voltei para ele rapidamente, abrindo um enorme sorriso ao ver que ele segurava uma flor. Ele me recebeu com um sorriso acolhedor e isso fez o meu coração parar por alguns segundos, eu queria me sentir assim para sempre e sempre ainda seria pouco para estar ao seu lado.

— Você é linda. – disse me arrancando suspiros. — Preciso tomar muito cuidado ou os meus amigos roubarão você de mim.

— Não seja bobo. – murmurei. — Isso jamais aconteceria, o meu coração pertence somente ao seu sorriso.

Taehyung estendeu o seu braço para que eu me apoiasse e eu assim o fiz, sai do meu apartamento e segui os seus passos pelo corredor. Em silêncio ele nos guiou para dentro do elevador e permaneceu ao meu lado, acariciando a minha mão, eu gostava destes momentos ao seu lado. Mesmo sem falar nada, ainda estávamos em completa ligação e entendimento. Para a minha surpresa ele escolheu um restaurante perto da minha casa e isso nos permitiria andar até lá. Sorri de canto e apoiei a minha cabeça em seu ombro, sentindo o seu cheiro gostoso. Sem saber, Taehyung me dava paz e acalento.

— Como foi o seu dia princesa? – indagou quebrando o silêncio.

— Entediante. – murmurei. — E o seu?

— Eu tive alguns compromissos. – sussurrou passando uma de suas mãos por meu rosto. — Mal podia esperar para estar ao seu lado, queria tanto te ver. – sorri.

— Eu te gosto, não se esqueça disso. – murmurei.

Taehyung não disse nada, apenas sorriu. Saímos do elevador e andamos para a saída do meu prédio. A noite estava fria assim como havia presumido e trazia várias pessoas para as ruas, tornando tudo mais lindo ainda. Seoul se tornava mágica quando a luz do sol não estava presente e bem no alto, a luz da lua brilhava e tornava tudo ao meu redor em algo mais belo ainda. Estar na companhia de Taehyung me mostrou que eu precisava renunciar aos meus medos ou jamais seria feliz novamente. Aos poucos ele se tornou a minha melhor companhia e estar ao seu lado era a melhor parte do meu dia.

Sempre que me sentia triste, me lembrava dos momentos ao seu lado. Isso reconfortava o meu coração e me trazia paz. Caminhamos pelas ruas em silêncio e de longe já conseguíamos avistar o restaurante. O nervosismo tomava conta de mim novamente e eu mentalizava as coisas que gostaria de conversar com o seu amigo. De acordo com Taehyung o seu amigo também havia sofrido e por isso, ele queria nos aproximar um do outro. Não compreendia os motivos por trás da sua decisão, mas por gostar dele, estava disposta a fazê-lo.

— Eu gosto disso. – comentou quebrando o silêncio. — Estar ao seu lado nestes pequenos momentos torna tudo mais interessante.

— Também acho. – murmurei. — Também adoro estar em sua companhia.

— Eu imagino isso com frequência. – sorri de canto ao ouvir. — Algo que eu não costumava fazer, mas hoje já é parte de mim.

— O quê? – indaguei.

— O futuro. – sussurrou. — Penso em como será o nosso futuro e em minha mente, ele é brilhante ao ponto de me fazer desejar casar com você agora mesmo. – sorri de canto ao ouvir.

Taehyung apertou o meu braço e parou do nada, não entendi o seu comportamento e olhei em sua direção. Ele olhava para o alto e os seus olhos brilhavam com muita intensidade, pude ver lágrimas brotarem e isso fez com que o meu peito doesse. Segui o seu olhar e encontrei um outdoor, o seu segredo nos encontrou antes de conseguir ouvi-lo da sua boca. No placar havia sete rapazes fazendo propagando para uma marca de telefone e um deles, era o rosto que eu tanto adorava contemplar. Respirei fundo e voltei o meu olhar para ele, neste momento eu o queria dar conforto.

Taehyung apertou a minha mão e em silêncio me guiou para dentro do restaurante. Fomos recebidos com sorrisos e já havia uma mesa reservada para nós, de longe pude avistar um rapaz sozinho e ele sorriu ao nos ver. Taehyung fez sinal para o seu amigo e sorridente nos guiou até ele. Assim que nos aproximamos eles se abraçaram e eu permaneci em silêncio observando-os, ele parecia não sentir nada ao ver que eu sabia do seu segredo. Ainda me sentia nervosa e neste momento queria fazer tudo certo para não nos arrependermos depois. Era bom vê-lo feliz e era muito bom vê-lo ao lado de outras pessoas além de mim e dos nossos segredos.

— Maknae. – disse Taehyung o soltando.

— Tae. – respondeu o seu amigo sorrindo.

— Essa é a Alice. – disse me apresentando. — Não é linda?

Jungkook olhou para mim e analisou o meu semblante, queria que ele visse a minha sinceridade, no entanto, eu não podia manipular o momento. Alguns segundos depois ele sorriu e demonstrou a sua delicadeza.

— Prazer Alice. – disse. — O meu nome é Jungkook e você é realmente linda. – sorri de canto.

O amigo de Taehyung era muito elegante e não havia se vestido como Taehyung. Jungkook passava a impressão de ser mais novo e o seu rosto de menino era delicado, quase infantil. Os seus olhos eram grandes e brilhavam com intensidade, como se a sua alma transparecesse. Será que assim como Taehyung, a fama o atormentou ao ponto de fazê-lo se acolher na solidão?

— Vamos, a mesa está pronta. – disse nos guiando até ela.

O seguimos em silêncio, Taehyung sorriu de canto e puxou a cadeira para que eu me sentasse. O seu amigo fez o mesmo e se sentou em frente ao lugar onde Taehyung se sentaria, no entanto, ele não o fez.

— Eu já volto. – murmurou se afastando de nós.

Assim que Taehyung se afastou, ambos nos olhamos. Não queria fazer contato visual com ele e esperaria por sua deixa antes de começar algum assunto, eu não queria me envolver demais. Ainda precisava digerir as informações que havia descoberto em nossa caminhada e se isso fosse a razão de sua dor, ela seria maior ainda para o meu coração.

— Por algum tempo, pensamos que você fosse imaginação da sua cabeça. – disse quebrando o silêncio. — Custei a acreditar que você realmente fosse real.

— Por qual razão você pensaria isso? – indaguei baixinho.

— Taehyung sofreu muito. – respondeu. — Por vezes a dor vem de formas inesperadas e nos torna sombrios ao ponto de vermos uma felicidade que não existe. – senti dor em suas palavras. — Então, eu pensei que ele estivesse passando por isso e você fosse apenas mais uma ilusão da sua mente em dor.

— E o que te fez acreditar que eu não era uma ilusão? – questionei.

— Ele começou a falar sobre você. – murmurou brincando com o guardanapo. — As coisas que ele contava sobre você eram reais demais para não serem reais. E aos poucos a minha curiosidade em te conhecer aumentou.

— Não pensei que ele falasse de mim. – e realmente não pensava. — Não falamos muito sobre o que significamos um para o outro.

— Interessante. – murmurou. — Taehyung deixou de se importar com o mundo e vê-lo depositar tudo o que tem em você é tocante. Não vemos a sua felicidade há um tempo e arrisco dizer que ele encontrou a pessoa certa dessa vez. – me arrepiei ao ouvir.

Não queria falar sobre os meus sentimentos, não queria aceitar a realidade dos nossos sentimentos agora. O que sentíamos era protegido por algo chamado momento e este momento era frágil ao ponto de nos deixar, então não precisávamos falar sobre isso agora.

— Jungkook? – indaguei quase soletrando o seu nome.

— Eu sei, Alice. – disse respirando fundo. — E ao mesmo tempo não sei o que te dizer, a morte tem destas coisas. – senti o meu peito doer. — Todos temos o direito de ir se não quisermos mais.

As suas palavras fizeram o meu coração doer, as lágrimas queriam descer por meu rosto, mas eu precisava conter as emoções dentro de mim. Não era culpa de ninguém e agora ele estava bem, no entanto, imaginar que Taehyung quase acabou com a sua vida, fez o meu peito sangrar.

— Ele não fala muito sobre os seus sentimentos. – disse baixinho. — Atualmente, nenhum de nós fala sobre o que sente. Na noite em que ele saiu de casa decidido a não voltar, ele disse que voltaria em breve. Todavia, ele nunca se despedia quando saía, a sua despedida era um sinal nítido e eu fingi não ver.

— Jungkook. – sussurrei.

— Após uma hora eu compreendi a seriedade da situação. Eu entendi que ele não voltaria e assim, teria um enterro em minhas mãos. – ele fez uma breve pausa antes de continuar. — Lembro de sentir o sangue correr por minhas veias e a euforia se tornou presente, eu vasculhei o seu quarto e todos os seus pertences procurando por pistas de onde ele estaria. – a dor em meu peito voltou a ser nítida. — Taehyung sempre foi muito singelo e a pista estava colada em seu teto, ele havia desenhado o parque Hangang.

— Eu quero compreender os seus motivos e entender as suas mensagens, mas não consigo. – murmurei. — Entregar a vida é algo tão sério, não compreendo.

— Se você não compreende, provavelmente não morreu ainda. – pude ver lágrimas em seus olhos e isso me deixou triste.

— Eu sinto muito. – sussurrei.

Jungkook não disse nada, os seus sentimentos foram engolidos com classe e os seus dedos tamborilavam sobre a mesa. Em minha frente havia alguém tão quebrado como o alguém que passei a gostar e por dentro, sentia a sua dor.

— Se eu posso pedir algo. – murmurou quebrando o silêncio. — Peço que o ame sem olhar a nossa história. Existem outras pessoas que você precisa conhecer, mas acredito que eles gostaram de você.

— Outras pessoas? – questionei.

— Sim, somos em sete. – disse sorrindo de canto.

Entendi as suas palavras, mas não queria questionar. O semblante de Taehyung no outdoor fez sentido e o meu peito doeu, a sua vida era exatamente do jeito que eu imaginava. Até o momento eu não sabia nada sobre a sua vida e isso precisava continuar assim, não podia cometer o erro de cair nos segredos jogados aos ventos. A vida que lhe causava dor e angústia não era parte de mim e quanto menos soubesse, menos cicatrizes faríamos um ao outro. Respirei fundo ao ver o semblante de Taehyung ao caminhar em nossa direção, ele sorria docemente e isso me fez sorrir.

— Se importa se me sentar ao lado de Jungkook? – indagou passando uma de suas mãos por meu rosto.

— Claro que não. – sussurrei.

— Quero admirar a sua beleza de frente. – desviei o meu olhar ao ouvir. — Para todo o sempre. – senti o meu rosto corar.

— Não é como se eu estivesse aqui. – comentou Jungkook nos arrancando um sorriso. — Prossigam.

Taehyung se envolveu com Jungkook e ambos começaram uma conversa extremamente longa, eles contavam memórias de viagens e se divertiam com piadas que eu não compreendia. Por vezes os seus olhares se voltavam para mim e em sinal de respeito, eu sorria. A minha mente procurava assimilar tudo o que Jungkook disse e eu queria saber mais sobre o seu tipo de dor. Provavelmente, eu ainda não havia morrido como ele disse, mas me sentia assim, morta por dentro. Taehyung era tão belo e as suas feições me arrancavam arrepios sempre que ele olhava em minha direção.

— Ei, Alice? – chamou sorrindo.

— Sim. – murmurei.

— Jungkook é um ótimo imitador. – disse. — Você precisa ver as caras que ele faz.

— Isso não é verdade, você deveria ver as caras que Taehyung faz. – retrucou cobrindo o seu rosto. — Eu sou apenas um aprendiz.

— Agora você precisa mostrar os seus talentos. – brincou Taehyung. — A Alice ficará muito triste se você não mostrar o que sabe fazer. – sorri de canto.

Jungkook me olhou e respirou fundo, esperei por alguma reação e me assustei quando ela veio. Taehyung soltou uma gargalhada que ecoou todo o restaurante e eu procurei manter a seriedade para não constranger o seu amigo. Ao notar que eu não havia esboçado um sorriso, Jungkook voltou a fazer outras caretas e eu cedi, lhe sorrindo. Ao fundo a gargalhada de Taehyung ainda ecoava e tornava tudo mais lindo ainda, era bom vê-lo sorrir.

— Não se preocupe. – disse Jungkook. — Em pouco tempo você se acostumará com as risadas dele por causa das minhas caretas bobas. – concluiu piscando para mim.

— Às vezes eu me assusto. – murmurei.

— Eu também. – disse sorrindo. — Mas você o conhecerá melhor e entenderá que ele não é um santo.

— Ei, isso não é verdade! – exclamou Taehyung.

Todos sorrimos e o clima ficou mais agradável, me sentia como se estivesse ao lado de amigos de longa data. A noite passava à medida que comíamos a nossa refeição e eles bebiam cervejas, falávamos sobre coisas que não tínhamos em comum, a companhia de Jungkook fez com que Taehyung se sentisse feliz e isso me fez bem. Eu por outro lado, também me senti bem e nunca havia sorrido tanto em uma noite. Pude ver um outro lado de Taehyung que não conhecia, ele brincou, fez caretas e me fez bem mais do que o normal. Sem notar ele comentou que estava feliz e que gostaria de repetir essa noite mais vezes, algo que não pensei ouvir tão cedo depois dos últimos acontecimentos.

Enquanto eles conversavam a minha mente vagou por outros temas, eu me lembrei das palavras de Jungkook e senti o meu corpo arrepiar. Eu tinha uma certa curiosidade em saber o que ele tinha para falar sobre Taehyung, mas ao mesmo tempo eu gostaria de conhecê-lo por mim mesma. A noite passou sem ser notada e todo o tempo ao lado deles era mais do que precioso, assim que terminamos o jantar, comemos uma sobremesa e rapidamente saímos do restaurante. Nos encontrávamos na porta do restaurante e Jungkook fumava um cigarro antes de nos despedir, eu sabia que Taehyung ficaria triste, mas nos encontraríamos de novo. Eles viviam juntos e se viam o tempo todo, não seria um problema. Assim que Jungkook terminou de fumar, ele fez sinal para mim e pediu segredo, sorri de canto. Sem falar nada, ele se aproximou e me abraçou forte e em seguida fez o mesmo com Taehyung entrando em seu carro logo em seguida.

— Que noite boa! – exclamou assim que Jungkook saiu.

— Que bom que você se divertiu. – murmurei. — Realmente foi muito agradável.

— Vamos? – indagou me estendendo o braço.

— Vamos meu anjo. – respondi segurando o seu braço.

Taehyung adorava demonstrar carinho e eu gostava de receber, o meu coração se alegrava. Estar com ele era bom e os momentos ficariam para sempre em mim. Mesmo querendo esquecer tudo, eu não podia. Não estava na posição de perder a minha segurança e não podia esquecer das ameaças que ainda acompanhavam a minha mente me lembrando que não estava segura. Caminhávamos lado a lado, em silêncio. Após algum tempo ele soltou a minha mão e começou a pular ao meu lado.

Sorri ao ver o quão bobo ele era. Era bom ver o seu semblante de menino e as suas feições delicadas ao me fazer feliz. Taehyung era a definição de algo bom, mesmo sem saber. Os seus passos confusos se tornaram nítidos e os motivos também, ele estava bêbado. Lembro de o avisar que estava bebendo demais, mas ele não acreditou em mim.

— Pare com isso, as pessoas estão olhando. – pedi tentando conter a vergonha.

— Alice, e você se importa com o que as pessoas pensam? – retrucou dançando em minha frente.

— Eu não me importo. – eu me importava sim. — Mas não quero ser motivo de piada por aí.

Ignorando as minhas palavras, ele segurou os seus joelhos e desceu o seu corpo, segurei o meu sorriso ao ver que ele rebolava em minha frente. Não consegui conter as minhas emoções por muito tempo e acabei por soltar uma gargalhada ao vê-lo se contorcer de uma forma engraçada. Um pouco de álcool e ele já estava assim todo assanhado, não queria vê-lo completamente bêbado. Em silêncio ele se aproximou de mim e começou a me rodar, segurando em minha cintura.

— Isso é um ritual? – cutuquei tentando não ficar tonta.

— Ei, Alice? – indagou parando em minha frente. — Você me faz tão bem, sabe disso não sabe?

— Taehyung você está bêbado. – murmurei. — Pare com isso, é vergonhoso.

— Sim. – assumiu parando. — Estou bêbado, mas bêbado de amor. Eu amo você. – gritou abrindo os seus braços. — Eu amo você, Alice!

Sorri de canto ao ouvir, as pessoas olhavam em nossa direção com uma certa confusão, eu compreendia o momento, passávamos vergonha juntos e não sabia se isso era algo bom. No entanto, por alguns segundos o momento invadiu a minha alma e me mostrou um lado que não havia percebido, me mostrou um sentimento que eu ainda não sabia nomear. Ao ver que Taehyung pulava e dançava em minha frente, eu compreendi que eu adorava mais do que a ideia de tê-lo comigo, eu o amava também.

— Dance comigo amor do meu coração. – gritou me puxando.

— Para com isso! – pedi o segurando pelo braço. — Você não é normal.

Sem esperar a sua reação, o peguei pelo braço e o empurrei em direção ao meu prédio. Ele sorriu ao sentir e não lutou contra os meus movimentos, eu não o deixaria esquecer esse momento. Entrei no prédio ainda o segurando e rapidamente caminhei em direção ao elevador, não queria correr o risco de ser vista com alguém bêbado nesta situação lamentável. Taehyung sorria e a sua doçura não me deixava ser bruta com ele, assim como ele, eu queria que isso nunca acabasse. 

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