2 - NÓS SOMOS OS CAMPEÕES!
"We are the champions, my friends
and we'll keep on fighting'
Till the end" ²
MINHA PEQUENA CORREU PARA os meus braços e pulou em meu colo. Circundou suas pernas curtas na minha cintura enquanto eu a segurava e a girava no ar.
Seus lábios rosados e doces encheram meu rosto de beijos.
— J.J, senti tantas saudades! — exclamou, me apertando mais forte em seus pequenos braços.
Charlotte era baixa, por volta de 1,56 metros; e eu adorava lhe dar apelidos que combinassem com seu tamanho.
— Ei, tampinha! — respondi, a pondo no chão e a afastando para avaliá-la melhor.
Um enorme sorriso se pôs em seu rosto de traços delicados, emoldurado pelos cabelos castanho-claros ondulados que caíam sobre seus ombros.
Apesar de estar morando em Londres há apenas quase três anos, e termos nos visto nas férias de Natal, quatro meses atrás, Charlotte me parecia mais madura, menos menina e mais mulher. Até mesmo seu corpo, antes quase desnutrido, parecia ter ganhado mais massa, deixando-a uma mulher de belas curvas.
— Como você mudou, Charlly — pontuei, usando meu apelido carinhoso para ela. Trouxe-a para outro abraço e completei: — Estava mesmo precisando de mais um anão de jardim.
Charlotte riu e me estapeou nos ombros. Um pigarreio soou atrás de nós. Viramo-nos e encontramos os olhos ciumentos de Scott. Balançando-se para frente e para trás, disse:
— Você não tem só o Jim de irmão, sabia?
Minha irmã gêmea correu até Scott e o abraçou forte, também. Eu sabia que ele tinha um pouco de ciúmes por causa da nossa relação. Charlotte sempre foi a menina de ouro da família. Embora Scott nutrisse muito amor por ela, nada era comparável ao amor que nós tínhamos um pelo outro. Nunca soubemos se nossa conexão se devia ao fato de sermos gêmeos e de toda aquela superstição de sempre ou se era algo natural entre nós. O fato era: Charlotte e eu tínhamos um vínculo além do normal. Lembro-me, inclusive, que mamãe uma vez nos levou ao psicólogo para saber por que nós dois, em quinze anos, nunca tínhamos tido uma única discussão, uma briga, essas coisas de irmão, quando com Scott eu vivia em pé de guerra, e Charlotte discutia com ele até por um pedaço de pano.
Brigas à parte, Charlly também amava Scott, assim como eu o amava, mas entre nós, os gêmeos, a conversa era outra. Nossa ligação era extremamente forte, tanto que, com cinco anos, eu fiquei doente porque Charlotte ficou no hospital por uma semana, longe de mim. Mamãe até hoje conta sobre o episódio: me deu febre, disenteria e intensas dores no corpo. Só melhorei quando minha irmã voltou para casa. Nunca soubemos explicar esse caso.
E, sinceramente, atualmente eu também me sinto como quando eu tinha cinco anos. Eu não fiquei doente desde sua partida para Londres, mas não me sinto tão bem. Mas agora, nesse momento, toda a aflição no meu peito, o sentimento de vazio e solidão simplesmente se esvaíram de mim.
— Também senti saudades de você, Scott.
Meu irmão pegou a única mala dela, enquanto Charlotte se metia no meio de nós, nos abraçando pela cintura e tagarelava sobre sua viagem e de como queria estar a par das últimas novidades da banda.
Um sorriso quase incontrolável veio aos meus lábios. Com o incentivo de Joe, eu inscrevi minha banda no Talent Rock. Pela primeira vez fomos aprovados para as próximas fases. Passamos pelas audições sem dificuldade e agora estávamos nos preparando para a fase de competição e eliminação, que seria na primeira quinzena de abril, ou seja, dentro de algumas semanas. E eu estava realmente animado para isso. Lá no fundo, eu sentia que, finalmente, a Doktor Rock teria a sua chance de ouro e teríamos nosso trabalho valorizado em breve.
Durante o percurso, dentro do carro, contamos para Charlly tudo sobre o programa a qual estávamos participando. Minha irmã ficou muito agitada com a novidade, criativa como ela só, e como o prometido, em sua mente já criava um esboço de uma espécie de logo para a banda. Charlotte sempre foi uma incentivadora nata. Principalmente se tratando de mim e do Scott. Nunca vi alguém nos apoiar e nos incentivar tanto em nossos sonhos como a nossa baixinha. Depois de aceitarem que seus filhos não seriam doutores em alguma área mais nobre das profissões, papai e mamãe também passaram a nos dar algum tipo de apoio, mas nada era comparável à animação e ao amor que Charlly nutria pelos nossos sonhos e de como, realmente, queria nos ver felizes fazendo o que amamos: música.
Em casa, uma pequena recepção a esperava. Mike e Amy estavam presentes, acompanhados dos meus pais: Hilary Johnson e Antony Carter. Houve uma confraternização, como de costume. Charlotte sempre vinha nos visitar nas suas férias, que acontecem na semana do Natal, da Páscoa e as férias de verão, e mamãe sempre, sempre, faz uma recepção para ela. Um bolo, um jantar especial, algumas bexigas na cor rosa e aperitivos. Embora mamãe quisesse convidar a cidade toda, fazíamos questão de essas recepções serem somente entre nós, da família, onde Charlotte pudesse se sentir mais acolhida e confortável.
Após a pequena confraternização do rápido retorno de Charlly para casa, nós a deixamos subir para seu quarto e descansar. Bem... eles a deixaram, não eu. Assim que mamãe e pai se recolherem, Scott foi namorar, Mike preferiu ir ao cinema com um dos seus flertes, eu fui até o quarto de Charlotte. Bati à porta levemente, e logo recebi sua permissão.
Minha irmã já estava deitada, cabelos levemente úmidos e de pijama. Mexia no celular com destreza e abriu um sorriso ao me ver. Entrei e encostei a porta. Sentei-me à beira da cama e a esperei terminar sua conversa no celular — fosse lá com quem.
— Eu devia te deixar descansar, eu sei — disse, abrindo um rápido sorriso. — Mas sinto tantas saudades de você, Charlly. Queria muito você aqui, para me acompanhar nessa nova fase. Agora eu sinto, a banda vai deslanchar!
Charlotte saiu de baixo das suas cobertas e veio até mim, sentando-se sobre as suas pernas. Segurou-me pelas mãos e olhou dentro dos meus olhos:
— Eu nunca duvidei do potencial de vocês. Mas tudo tem o seu tempo, J.J. E o tempo de vocês está chegando. Em breve, o mundo todo vai conhecer a Doktor Rock — respondeu, animada, daquela maneira motivadora que lhe era única.
Apesar de já termos lhe contado tudo sobre as novidades da banda e a próxima fase do reality show, havia algo que eu não compartilhara com Charlotte porque não havia contado para ninguém e queria, por ora, confidenciar somente com ela.
— Tem uma coisa que queria te mostrar — proferi, olhando nossas mãos juntas. Minha irmã me olhou com atenção e esperou. Levantei-me e fui buscar meu violão, lhe pedindo para esperar.
Voltei com o instrumento e com uma folha dobrada em várias partes, muito amassada e bastante riscada.
— Uma composição nova? — arriscou. E ela estava certa. Eu sempre lhe mostrava primeiro minhas composições para depois apresentar ao restante da banda. Eu não sabia exatamente o porquê disso, mas acho que era pelo fato de Charlly ser muito sincera.
Se a música estivesse uma droga, ela me diria, mesmo que me amasse mais do que tudo. Minha irmã sabia da importância da sinceridade comigo e de uma boa crítica construtiva. Era importante para o meu próprio crescimento como músico e importante para a banda. Por isso, ela não me bajularia e diria estar uma maravilha quando não estava. Não que Scott, Mike e Amy não fizessem o mesmo, mas para mim era mais fácil ouvir uma crítica da minha irmã gêmea e depois tentar melhorar para mostrar ao restante da banda do que mostrar para eles primeiro.
— Sim, uma composição nova — respondi, ajeitando o violão na perna e conferindo a afinação do instrumento. — Estou trabalhando algum tempo nessa música. Eu quero que fique perfeita, para usarmos na próxima fase do programa que é apresentar uma música autoral.
Charlotte se ajeitou na cama e abriu um enorme sorriso.
— Então vamos lá, me mostre o que você tem aí.
Comecei dedilhando as cordas do violão suavemente, fazendo um slide entre uma ou outra mudança de notas. Fechei os olhos, pois já sabia a letra de cor, enquanto Charlotte segurava meu rascunho para acompanhar a letra. Um tempo depois deixei o dedilhado, e o tom da música tornou-se um pouco mais agressivo. Cantei a música, baixinho, só para Charlly ouvir. O refrão se repetia duas vezes, e era a minha parte preferida. Eu não costumava compor músicas mais suaves e românticas, mas neste caso, a inspiração me pegou de jeito.
— Eu fiz de tudo/ oh, deus sabe que eu tentei/ mas você só me despedaçou/ então, por favor, pegue o meu último beijo e me deixe/ Você já não significa mais nada pra mim/ Eu quero apenas viver/ mas com você na minha vida, não vou conseguir/ então pegue meu último beijo e me deixe.
Quando terminei, Charlotte me olhava com um enorme sorriso, seus olhos brilhavam mais do que o normal. De repente, ela pulou no meu pescoço e me abraçou fortemente.
— Ah, J.J! — exclamou me apertando muito em seus pequeninos braços. — Eu não tenho dúvidas de que essa música levará vocês para o topo!
Eu sorri, meio tímido. Charlotte como sempre estava apenas me dando seu apoio incondicional, um apoio moral. Eu não tinha lá tantas esperanças com essa música. Não negaria que era uma das minhas melhores composições, mas torná-la um sucesso nacional era um sonho quase inalcançável.
E eu nunca estive tão enganado.
— Uau! — exclamou Joe, batendo palmas.
Ele estava sentado em um sofá esquecido no canto da garagem de casa, assistindo ao ensaio da Doktor Rock para a apresentação na Talent Rock na próxima semana.
Joe se levantou do seu lugar, ainda batendo palmas fervorosamente, e veio ao meu encontro, me dando um abraço caloroso e animador.
— Cara! Essa música de vocês... é incrível! — disse, completamente agitado, olhando de mim para os demais membros da banda, ainda em suas posições.
Há alguns dias eu resolvi mostrar minha nova composição para a banda. Scott, Amy e Mike, assim como minha irmã, ficaram animados e vibrantes com a música, depositando uma esperança enorme em mim e na minha música. Por um lado, eu tinha muito medo de decepcioná-los, por outro, eu começava a confiar no meu trabalho e a compartilhar da mesma esperança deles.
Joe apareceu aqui hoje, a convite meu. A banda dele também está classificada para a próxima fase do reality show, o que significa que, em cima dos palcos, somos concorrentes. Se antes ele não levava a música tão a sério, agora, com essa participação no programa, meu melhor amigo tem se dedicado plenamente. E não esperaria menos. A banda vencedora vai ganhar 200 mil dólares, um contrato com a Sony Music para a gravação de um disco e uma turnê de shows. O sonho de qualquer banda.
Sendo meu melhor amigo, eu queria lhe mostrar minha música também — embora estivéssemos competindo entre nós — e saber da opinião dele. Como a opinião de Charlotte, a sua também era muito importante pra mim.
E agora, pelo seu sorriso enorme no rosto e pelo abraço apertado em mim, eu já sei o seu parecer.
— Você gostou mesmo? De verdade?
— Se eu gostei, Jim? Pelo amor de Deus! Não me surpreenderia se essa música fosse a mais tocada da Kiss Rock.
Dei uma risada longa e abanei a cabeça, ajeitando a guitarra nos meus ombros.
— Valeu pelo apoio, amigo. E a sua banda? Estão ensaiando muito?
— Estamos, sim, cara. Compomos uma música que está muito foda também! Eu queria poder te mostrar, mas estamos preparando uma surpresa para o programa.
Joe tornou a olhar para meu irmão, Mike e Amy, com aquele sorriso amigável e cheio de vida. Depois se sentou no sofá e cruzou as pernas.
— Toquem mais uma vez. Isso é, literalmente, música boa para os meus ouvidos!
Eu estava nervoso, andando de um lado a outro nos bastidores do programa. Não era para menos. Era a fase onde o público começava a votar nas bandas, além dos votos dos jurados. Além disso, as apresentações até aquele momento estavam excelentes, e eu me perguntava se nossa banda, nossa música, estava realmente à altura das outras. A minha composição parecia muito amadora perto das demais.
Scott estava ao meu lado, me ajudando a me acalmar. Logo seríamos nós, teríamos a nossa chance de mostrar nosso trabalho. Depois de Os Miseráveis, a banda do Joe, então seríamos nós.
E eu estava totalmente ansioso.
A banda no palco terminou sua música e recebeu uma crítica positiva dos jurados. Uma crítica que eu sonhava receber havia muito. A apresentadora do programa intermediou a atração por mais algum tempo, falando um pouco mais sobre as regras da votação do público e outras coisas. Minutos depois, anunciou a de Joe. Eles adentraram o palco e, enquanto isso, saímos do nosso camarim e seguimos até a entrada do palco, para logo em seguida entrarmos, também.
Joe conversava com a apresentadora, falando da banda e do que esperava do programa. Por fim, a mulher saiu do palco e deixou que ele e Os Miseráveis fizessem sua apresentação.
Ao soar das primeiras notas no violão dele eu fiquei paralisado. Por um segundo, eu imaginei estar apenas sonhando, ou delirando. Estava nervoso em demasia, era provável que eu estivesse imaginando aquilo, não era?
Busquei os meus amigos de banda. Scott olhava fixamente para o palco, a boca entreaberta, a respiração irregular. Ele também reconhecera aquelas primeiras notas. Depois, meus olhos foram para Mike, afagando os cabelos e socando o ar com uma força contida. Amy tapava a boca, os olhos bem apertos, o rosto era uma máscara de surpresa. Aquilo me deu a certeza de que, infelizmente, eu não estava sonhando.
Tornei a olhar para o palco, onde agora Joe começava a cantar os primeiros versos da música que eu compus e ensaiamos durante semanas para esse dia. Eu vi meu mundo e meus sonhos desmoronarem.
Meu amigo — meu melhor amigo — havia me traído de uma maneira indizível, cruel e covarde. Eu não conseguia acreditar naquilo.
— Jim! — Scott murmurou, me balançando. Estava em transe. — Por que ele está com a nossa música?
— Não é óbvio? — Mike respondeu, por mim. — Ele nos plagiou!
— O que vamos fazer? — Era a voz de Amy, soando baixa e nervosa.
Não havia muito a se fazer. Não podíamos de forma alguma cantar a mesma música que eles. Era contra as regras e seríamos desclassificados. Mas também não podíamos tocar outra música autoral porque nenhuma de nossas composições estava ao nível da competição exceto a que Joe roubou descaradamente de nós.
— Precisamos apresentar outra — Scott afirmou. — Talvez a...
— Não temos outra, Scott — cortei-o. — Só ensaiamos essa, e as demais não são páreas para essas bandas — e apontei para o palco.
— É a nossa única alternativa, Jim — interveio Mike, afagando o rosto. — É melhor arriscarmos com outra composição do que sermos desclassificados.
Eu estava completamente sem esperanças, vendo o sonho de uma vida se desfazer na frente dos meus olhos porque eu confiei na pessoa errada, na pessoa que se dizia meu melhor amigo. Contudo, Mike estava certo, não podíamos desistir, não naquele momento, e nossa única chance era apostar em uma música autoral abaixo do nível da competição e sem termos a ensaiado.
— Eu fiz de tudo/ oh, deus sabe que eu tentei/ mas você só me despedaçou/ então, por favor, pegue o meu último beijo e me deixe/ Você já não significa mais nada pra mim/ Eu quero apenas viver/ mas com você na minha vida, não vou conseguir/ então pegue meu último beijo e me deixe.
A voz de Joe cantando a minha música penetrava meus ouvidos e me deixava insano. Eu realmente não sei como fui capaz de conter meu gênio explosivo e ter me segurado para não invadir o palco da apresentação e socar a cara daquele desgraçado incontáveis vezes até vê-lo desfigurado por completo.
A plateia estava em pé agora, podíamos ver de onde estávamos, contemplando a banda tocando a minha música! As pessoas assobiavam e iam ao delírio com a melodia, com a letra, até mesmo com os solos de guitarra criados por mim!
Quando a música acabou, a plateia vibrava e aplaudia fervorosamente. Meu coração veio na garganta. Era para sermos nós recebendo todos aqueles aplausos e euforia!
Joe reverenciou o público, exibindo um sorriso enorme. Os jurados também estavam em pé aplaudindo. Scott me segurou pelo colarinho e me fez olhar em seus olhos. Precisávamos decidir qual outra música tocar e precisava ser rápido! Ignorei o parecer dos jurados acerca da apresentação de Os Miseráveis e me reuni com meu irmão em um círculo com os demais. Rapidamente entramos em um acordo, embora inseguros quanto a nossa escolha.
Quando a banda de Joe saiu do palco — pela lateral oposta a nossa — fomos anunciados. Eu nunca havia me sentido tão nervoso em uma vida. A apresentadora seguiu o ritual, como com as demais bandas. Dois minutos mais tarde, ela nos deu espaço para apresentarmos nossa música.
Pela primeira vez, eu não estava confiante segurando minha guitarra. Não era porque não tínhamos ensaiado a música, mas porque havia muita raiva concentrada em mim e nos meus punhos. Só o que eu desejava, além de desmascarar aquele desgraçado do Joe e acusá-lo de plágio — era tirar satisfações com ele, talvez quebrar seu nariz e algumas costelas.
Fizemos uma apresentação péssima, e eu sabia disso. Nós sabíamos disso. Os jurados não foram gentis ao opinar sobre nosso desempenho. E eu não os culpava de forma alguma. A letra da música não era das melhores para uma competição daquelas, eu não tocara como gostaria, e a banda parecia em desarmonia.
Saímos do palco, derrotados e desclassificados para a próxima fase. Sentei no sofá do camarim e chorei como em nenhum outro momento da minha vida. Meus amigos e meu irmão estavam igualmente abalados com a nossa desclassificação do programa. Scott veio ao meu lado e pousou uma das mãos em minhas costas.
Aquilo tudo era culpa minha, eu nunca devia ter convidado Joe para ir a uma apresentação da banda, de lhe mostrar a minha composição. Fomos derrotados, e tudo por minha causa.
— Ei, Jim, não fique assim — Scott sussurrou, ainda me afagando. — Perdemos a batalha, e não a guerra.
Olhei para meu irmão, mal o enxergando através das minhas lágrimas.
— Acabou, Scott.
— Não. Nós vamos procurar pelos nossos direitos. Aquela música é sua. Joe a plagiou e vai pagar por isso.
Sequei algumas lágrimas dos olhos e endireitei a postura. A raiva mais uma vez começava a subir pela minha espinha e a se concentrar em meus punhos. Encarei Amy ao lado de Mike, tão abatida como qualquer um de nós. Aquela derrota não ficaria assim. Meu irmão estava certo. Joe não sairia impune dessa. Não mesmo. Busquei os olhos de Scott e o olhei fixamente, com uma convicção exalando de mim que me é atípica.
— Eu quero ver esse desgraçado do Joe perder todos os pontos do público e notas dos jurados. Os campeões da noite deveriam ter sido nós, não eles. Nós somos os campeões, Scott, e lutaremos até o fim!
² Nós somos os campeões, meus amigos/ e lutaremos/ até o fim. Queen, We are the Champions.
https://youtu.be/hSTivVclQQ0
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