skeptical: yongsun+moonbyul
Skeptical (Mamamoo)
- Sereias não existem - a garota dizia à irmã mais nova. - Ariel é só uma princesa boba da Disney.
- Omma! - a menininha choramingou. - Ela está me dizendo coisas feias!
- Ah, querida, venha aqui - a mulher chamou a pequena. - Não ligue para sua irmã.
- Ela disse que sereias não existem - a garotinha tinha os olhos vermelhos de chorar. - E disse que a Ariel é boba!
- Boba é ela - a mulher beijou seu rostinho. - Sereias existem sim, bebê.
A irmã mais velha rolou os olhos, prendendo o cabelo de coloração acizentada, e tirando os chinelos. Sentiu a areia entre os dedos dos pés e sentiu o calor do sol em seus braços, e imaginou o quão vermelhas ficariam as suas pernas brancas feito trigo.
- Vá pra água, minha filha, curta um pouco. Suas irmãs estão brincando. - seu pai bagunçou seu cabelo. - E pare de desiludir sua irmã.
- Ela tem nove anos, pai - a garota bufou. - Uma hora ela precisa saber que sereias, fadas, unicórnios e sabe-se-lá-mais-o-que não existem.
- Meu bem... - o homem riu. - Deixe ela acreditar, ainda é uma criança.
- Isso deteriora a mente da criança ein, pai - a magrela resmungou.
- Minha linda lua, tente aproveitar a praia, e pare de pensar nessas coisas - seu pai beijou o topo de sua cabeça. - Se divirta um pouco.
- Aham - ela fez uma careta e viu o homem correr para brincar com suas irmãs. - Talvez ele também seja uma criança.
Ela não gostava de praia, de areia, de água, de calor. Se sentia suja e melequenta.
Mas não, não era o litoral que estava deixando-a mal humorada. Honestamente, o motivo de seu estresse, eram os exames para vestibular que fizera há menos de uma semana. Ela só queria que o tempo passasse logo, para descobrir se havia entrado em alguma faculdade.
Naquela fase, ela não queria brincar de Barbie-Sereia com sua irmã de nove anos, e também não queria falar sobre garotos com a irmã de catorze, ela só queria começar a estudar logo.
De qualquer forma, caminhou até a água, tentando esconder os seios enquanto passava por um grupo de garotos.
- Ei, gata - um dos meninos à chamou. - Não precisa esconder o biquíni não, a gente gosta.
Três "Z" praticamente brotaram no topo da cabeça dela.
- Lave as mãos depois de bater punheta para seus amigos, antes de tentar falar com uma garota - ela disse, viu caretas se formarem nos rostos dos meninos, e ela continuou andando até a água, mas descruzou os braços deixou o busto e o biquíni à mostra. - E pode olhar, babaca. Olhar é o máximo que você vai conseguir.
Garotos são tão idiotas.
Ela chegou até a água, mas não entrou, apenas molhou os pés, não queria encharcar o shorts que usava, ou acabar com areia na calcinha.
Seus olhos bonitos caíram sobre a imensidão de água, e o barulho das ondas preencheu seus ouvidos. Calmaria à atingiu.
- Tudo vai dar certo - sussurrou à si mesma, tentando ser positiva. - Você vai conseguir passar no vestibular.
Seguindo a laretal da praia, com apenas os pés na água, sentindo a areia gelada, ela andou para longe das pessoas, em direção as rochas enormes que havian à direita, atrás de uma área de vegetação, onde casais faziam piqueniques.
A garota subiu nas pedras e saltou até onde queria ficar, assistindo as ondas atingirem as rochas com suavidade. A maré estava calma naquela hora.
A praia não era de todo ruim.
Ela se sentou sobre a pedra e deixou que a sombra das árvores refrecasse seu corpo.
Ela olhou com certo tédio para a água, e focou seus olhos ali. Enquanto a água ia e vinha, seu pensamento voou para outras coisas que ocupavam sua cabeça.
Distraída, não viu o vento ficar mais forte, não notou o agito nas ondas, apenas sentiu a vertigem.
Enjôo perpassou seu estômago, seus olhos doeram, e tonta, acabou desmaiando sobre a beira da pedra. A onda seguinte, era grande e intensa, tanto que encobriu as pedras.
O corpo da garota foi levado pela onda que voltava para o mar.
Ela acordou imersa, com seus pulmões queimando feito brasa, e o desespero dominou seu corpo. Sua visão, turva, escureceu rápido.
Tudo o que pôde sentir foi algo parecido com lábios, tocando sua boca, e de repente, ar invadiu seu peito. Então, apagou novamente.
Da segunda vez que acordou, não sentiu a água, ofegante, procurou por ar, e quase engoliu areia.
- Jesus Cristo! - a garota gritou, arqueando o corpo, seus olhos quase cozinharam com a luz forte do sol. - Eu estou viva?
Ela tocou os próprios braços, com medo de que não conseguisse sentir a carne.
- Estou viva - concluiu. Olhou em volta, e ouviu as vozes de crianças, descobrindo que estava próxima da praia de antes, mas no outro lado das rochas.
Fechou os olhos, e suspirou, grata por ainda estar viva. E nisso, lembrou-se de quando acordou em baixo da água, de como encontrou ar após algo comparado à um beijo.
- Que porra foi aquela? - perguntou à si mesma, começando a se julgar biruta.
- Ah, da terra menina acordou - ouviu o grito feminino, e saltou, dando um giro para encontrar a dona da voz.
- Oi? - a garota magra perguntou, sem ter noção de onde vinha a voz. - Onde você está?
- Estou eu aqui - a voz disse, e a água se agitou.
Assustada, a menina olhou na direção sa água, e lá encontrou uma mulher. Ela era definitivamente bonita e sorridente.
- Oi - a de cabelos cinza acenou para a garota na água, meio desconcertada. - Você me ajudou?
- Eu sim ajudei - ela respondeu, sem desfazer o sorriso.
- Er... - no rosto da magrela havia uma careta confusa. - Obrigada.
- Nada foi não - a garota, que estava a uma distância de uns dez metros, nadou até mais próximo, revelando o corpo até o umbigo. O cabelo longo não foi capaz de tapar completamente os seus seios desnudos.
- Você está sem biquíni?! - ela perguntou, chocada. - Isso não é uma praia de nudismo!
- Biquíni o que é? - a moça na água perguntou.
- Você fala errado - a garota na areia não-conseguia-não notar. - Você é o Yoda?
- Do humano língua difícil é - a moça riu, e afundou a cabeça na água por um momento. - Ar faltou.
- O que? - a adolescente não entendia nada. - Você pode sair da água? Eu acho que não estou te entendendo direito.
- Posso não eu - de repente a moça pareceu triste.
- Por quê? - a menina não compreendeu.
- Eu não dedos tenho - ela resmungou.
- Não tem? - a outra se aproximou da água. - Você não tem mãos?
- Tenho - ela respondeu. - Mas não dedos.
A garota não sabia o que dizer, estava confusa, e com medo de ofender a moça, já que ela podia ter dedos amputados ou coisa do tipo.
- Como assim? - ela tornou a perguntar.
- Assim - a moça tirou as mãos da água, revelando que entre os "dedos" haviam membranas. - Como os seus separados são não.
A menina não expressou seu choque, pois receava ofender mesmo a mulher. Mas merda, que tipo de doença era aquela?
- Eu nunca vi algo assim - a garota de cabelos acizentados queria se aproximar para tocar. - É como as patas dos largados e animais marinhos.
- Sim! - a mulher sorriu, alegre. - Da água eu venho!
- Pare de brincar - ela pediu, séria. - Já foi ao médico?
- Não - a moça disse. - Doença não é.
- Mas você devia ir ao médico ver isso - disse a menina.
- Quê pra? - ela riu. - Sou eu assim.
A garota não respondeu, apenas viu a outra voltar a afundar a cabeça na na água, retornando à superfície em seguida. Ela a viu engolir a água.
- Você é louca? - ficou chocada. - Isso é água marinha, se você beber, seu fígado pode parar!
- Eu para respirar preciso - ela riu. - Eu como peixe sou.
- Que sem graça - a menina rolou os olhos. - Onde estão suas guelras então?
- Aqui - a moça afastou o cabelo, revelando as fendas que pulsavam em seu pescoço.
Com um grito, a garota tropeçou, tentando se afastar, apavorada.
- O-o que é isso? - perguntou, torcendo para que estivesse apenas tendo uma ilusão.
- Guelras - a moça abriu a boca e engoliu mais água, e foi possível ver toda a água escorrer pelas aberturas em seu pescoço. - Peixinho eu ser.
- C-como assim? - o cérebro da menina estava entrando em pani. - Sai da água, deixa eu ver isso direito.
- Disse já, posso não - a moça falou. - Eu pés não tenho.
Naquele momento, a acizentada não duvidou, após ver que a mulher tinha guelras, realmente não duvidou.
- Mostra - pediu, mesmo amedrontada.
Com um sorriso no rosto, a moça virou de barriga para cima, e então levantou a calda. Onde deviam ter pernas, havia somente a silhueta, revestida por escamas douradas e vermelhas, quais reluziam feito lantejoulas, e no final, onde deveriam ter pés, havia uma espécie de rabo de peixe.
Não havia pernas, nem quadril, nem virilha, nem pés. Só a "metade de um peixe".
A garota sentiu a pressão cair.
- Um peixe sou eu - a mulher mergulhou e emergiu, gargalhando. - Menina da terra gostou?
- Puta merda - foi tudo o que conseguiu dizer.
- Eu feia sou? - a moça perguntou, enquanto seu sorriso sumia.
- N-não - ela respondeu. - Só... puta merda. Isso é impossível.
- Mas existo eu - a mulher acariciou a calda brilhante.
- Como? - a garota se levantou e tentou se aproximar. - Como pode ser? Como vocês se reproduzem?
- Menina da terra sabe - a moça riu, lasciva.
- Não, não sei - ela finalmente se aproximou, e então observou com atenção. - É como os golfinhos?
- Percido é - a mulher puxou a calda para dentro da água, e voltou a ficar na horizontal.
- E como vocês nascem? - a garota tentou entender.
- De ovos - ela respondeu, e um careta se formou em seu rosto bonito. - Você parece homem mau que pescou uma vez eu.
- Te pescou? - a garota procurou a mão dela, analisando as "nadadeiras".
- Disse ele que amava eu - a mulher puxou a mão de volta. - Mas queria só levar eu pra pesquisa.
- Isso é... - a menina não sabia o que dizer. - Que babava.
- Só perguntar sobre pare - a moça pediu.
- Mas... Você é uma sereia - a garota não acreditava que estava mesmo dizendo aquelas palavras. - Porra, uma sereia!
- Peixe eu sou - a mulher mergulhou a cabeça, para buscar mais oxigênio.
- Incrível - a menina afastou o cabelo dela e analisou as guelras. - Inacreditável.
- Vai não chamar ciência pra ver? - a moça a olhou receosa.
- Não, não vou - a menina disse. - Prometo.
- Família deixa falar com gente da terra não - ela abaixou o olhar, parecendo chateada. - Mas gosto eu.
- Deixa eu ver mais uma vez? - a menina pediu, e a moça puxou a calda e bateu contra a água. - Wow... É tão bonito!
- Mas menina da terra ir tem que - a mulher disse. - Chuva forte vem.
- Como sabe? - ela perguntou.
- Vento diz - a moça sorriu. - Mas humana outro dia volta?
- Volto! - respondeu imediatamente.
- Então, vai - ela riu. - E com pedra toma cuidado.
- Obrigada - a garota sorriu, encantada. - Eu volto amanhã.
- Eu esperar vou - a mulher bateu a calda dourada, fazendo água espirrar sobre a outra. - Gostei eu de humana.
- Gostei de você também - a acizentada riu, e sentiu as bochechas ficarem quentes. - Obrigada de novo. Tchau.
- Nome qual o seu? - a moça perguntou, voltando para dentro do mar.
- MoonByul Yi - ela lhe disse, sorrindo. - E o seu?
- Nome meu é YongSun - a mulher devolveu o sorriso. - Mas Moonbyul pode chamar de Solar, porque tem narizinho fofo.
//!!!moonsun!!!mamamoo!!!
gostaram?
ficou meio ruinzinho, mas não ficou ruinzao, eu acho (?)
tive a idéia enquanto desenhava uma sereia então tá ai...
votem e comentem, e recomendem algumas das oneshots pra seus amiguinhos
obrigada por lerem. <33//
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro