41 - AO NORMAL
O dia amanhece bonito e ensolarado, o clima de serra é assim, sempre imprevisível e vai dos extremos de repente.
Mau acorda primeiro já meio excitado sentindo o corpo quente e nú da sua noiva encostado nele dormindo de conchinha, ele não consegue segurar o sorriso bobo, é a melhor sensação do mundo para ele acordar com ela assim.
O perfume suave da garota invade suas narinas fazendo ele ficar ainda mais "animado" do que estava, essa posição sempre foi um problema para ele se controlar, mas apesar da sua vontade, ele afasta seu quadril cuidadosamente para que sua excitação não a acorde, pois hoje queria fazer uma surpresa preparando um café da manhã bem gostoso para ela.
Vagarosamente e com muito custo consegue sair de perto, veste sua calça flanelada do pijama que estava jogada num canto o que ficou com um aspecto de "barraca armada" devido a ereção, mesmo assim pé ante pé vai em direção da cozinha fechando a porta devagar, não queria que o barulho dele mexendo lá dentro acordasse a garota.
Mau não era muito bom cozinhando, mas sabia se virar com o básico, a cozinha era bem equipada então não foi difícil fazer algumas coisas nela, abriu os armários para se familiarizar com o que tinha lá.
Encontrou uma máquina de waffle ainda na caixa nunca usada, e tinha uma receita junto com o manual de instruções, ele achou fácil e como tinha todos os ingredientes da massa, seguindo passo a passo até que saíram alguns waffles bem bonitos, arrumou em dois pequenos pratos jogando mel em cima.
Também passou geleia de blueberry em algumas torradas, fez ovos mexidos, iogurte com granola e alguns morangos em cima, fez uma caneca de café instantâneo e suco de laranja de caixa.
Achou uma bandeja de cama (bandeja com pés usada para servir na cama) e arrumou tudo cuidadosamente em cima, ficou olhando por um tempo e estava faltando alguma coisa.
Pela porta da cozinha saiu para fora procurando e não precisou ir tão longe, ainda bem pois estava descalço e sem camisa e o ar da manhã estava gelado, cortou um pequeno buquê de hortênsias azuis que tinha aos montes em toda a propriedade, voltou correndo para dentro da cozinha, colocou a flor dentro de um copo alto que encontrou e posicionou no meio da bandeja.
Sorriu satisfeito com o resultado, era o que queria.
Devagar tentando equilibrar os ítens na bandeja, Mau volta para a sala e Juliah continuava dormindo, ele coloca cuidadosamente a bandeja ao lado e volta sentar perto da noiva, só que não tem coragem de acordá-la de imediato.
Ela estava deitada de bruços com o edredom cobrindo a cintura para baixo deixando suas costas expostas, seus cabelos bagunçados caia cobrindo um pouco o rosto e seus lábios rosados entreabertos.
"Tão linda..." - Mau pensa sorrindo voltando a ficar abobado.
Ele se inclina para dar suaves beijos por toda a costa da garota fazendo ela começar a se mexer. Juliah sorri ainda de olhos fechados. - _ Bom dia amor.
_ Bom dia meu anjo. - Mau busca os lábios da sua amada para dar um selinho. - _ Está com fome?
_ Hummmm muita...porque fazer sexo dá tanta fome? - Ela diz agora se virando e espreguiçando junto.
Mau solta uma risada. - _ Acho que porque gastamos muita energia.
Juliah se senta e olha em direção da bandeja ao seu lado...abre um enorme sorriso. - _ Mauuuu você vai me deixar mal acostumada assim.
_ Já falei que vou mimar muito a minha noiva. - o rapaz fala dando um beijo suave no ombro da garota.
_ Como você fez esses waffles? - Juliah diz puxando a bandeja para mais perto.
_ Tem uma máquina ainda fechada na caixa e pelo jeito ninguém sabia. - Mau também se aproxima mais se posicionando atrás da garota e volta a beijar seu ombro.
_ Hummm quer dizer que meu noivo está descobrindo seus dotes culinários. - ela pega um morango e dá na boca do rapaz que abocanha junto com os dedos dela de propósito, provocando risos da garota.
_ Por você eu faço qualquer coisa. - Mau fala de boca cheia ao mesmo tempo se inclina procurando os lábios macios de sua noiva para mais um selinho, ela entrelaça seus braços no pescoço do rapaz.
_ Eu te amo tanto... - Juliah diz olhando fixamente com seus grandes olhos cor de mel brilhantes para o rapaz que se perde completamente neles, não importa o quanto o tempo passe, Mau nunca irá saber direito lidar sempre que ela fizer assim.
E como tudo que é bom sempre dura pouco, já era de tarde, hora de ir embora, mas Mau e Juliah estão felizes mesmo assim, deram um grande passo em suas vidas e combinaram que sempre que for possível fugirem de suas rotinas para se perderem em Bath.
Assim que Juliah estaciona o Mini Cooper perto da entrada da garagem da mansão com Mau no banco de passageiro, James já vem recebê-los.
_ Boa tarde Sr. Smith e Srta. Ryckel, foram bem de viagem?
_ Foi tudo ótimo! - Juliah diz sorridente.
_ Quer que eu traga sua moto Sr. Smith? - o motorista se adianta.
_ Ela é muito pesada para vir empurrando, vou te ensinar a pilotar moto para pelo menos conseguir manobrar ela sem esforço. - Mau diz rindo, para falar a verdade ele não gosta muito que mexam na sua moto, mais depois de conhecer o trabalho impecável do motorista no cuidado dos carros antigos e raros do patrão, começou a confiar em James de olhos fechados.
_ Eu vou agradecer Senhor, por falar nisso limpei ela.
_ Obrigado James, estava precisando mesmo. - Mau dá um leve sorriso.
_ Disponha Senhor. - James volta para dentro da garagem.
O casal entra de mãos dadas na sala e encontra Gregory sentado numa mesa de canto mexendo no seu inseparável tablet.
_ Oi Gregory. - Juliah chama a atenção do assistente.
_ Olá! Foram bem de viagem?
_ Tudo ótimo...onde estão meus pais?
_ No escritório Srta. Ryckel.
Juliah se vira para o noivo. - _ Já venho.
_ Que bom ver que tudo voltou ao normal como deveria ser... não é Sr. Mau? - Gregory puxa assunto assim que ficam a sós.
_ Até a algum tempo atrás você estava me chamando só de Mau. - o rapaz observa esse detalhe.
_ Você sabe que eu não tenho autorização de chamar os membros da família sem as suas devidas formalidades. - o assistente rebate com seu tom sarcástico de sempre.
_ E você sabe que eu não ligo para isso. - Mau rebate na mesma moeda.
_ Talvez eu possa abrir uma exceção às vezes... quando não tiver ninguém por perto. - o assistente diz sorrindo.
_ Obrigado Gregory...por tudo que você fez. - o rapaz está realmente muito agradecido, ele se aproxima do assistente estendendo a mão que retribui o gesto.
_ Disponha...Mau.
A paz enfim reina para todos.
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