Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Prólogo

Ela quer ir para casa, mas ninguém está em casa

É onde ela deita, machucada por dentro

Sem nenhum lugar para ir, nenhum lugar para ir

Para secar seus olhos, machucada por dentro

-Avril Lavigne (Nobody's Home)

O cabelo castanho de Ana Clara desceu em cascatas por suas costas até chegar à alça de sua bolsa, que ela apressadamente jogava sobre os ombros enquanto desfazia o coque e, como uma ninja, arrancava as sapatilhas de balé, jogando-as no canto da sala de aula.

-Tchau pessoal, torçam por mim!- disse às alunas, dando saltinhos porta afora e encontrou-se com o marido.

O suor que lhe descia pelo canto do rosto já não importava mais, a mulher- agora agarrada ao braço de Bernardo - só estava interessada em uma coisa: Chegar logo ao carro e partir ao encontro do que achava significar um recomeço.

Ele, observando a esposa, tinha um sorriso abobado no rosto, de felicidade completa e absoluta.

-Eu nem acredito que foi tão rápido, meu amor! - Ele falou, lembrando-se da ligação que recebera em seu escritório mais cedo naquele dia.

A senhora do outro lado da linha disse algo breve sobre a história da garotinha que atendia os requisitos estabelecidos por eles e Bernardo não pensou duas vezes antes de aceitar conhece-la em nome de ambos.

-Tem certeza que sabe o caminho? - Clara perguntou, logo que entrou no carro.

-Deixe com o GPS. - A encarou, dando batidinhas no aparelho. -Se acalme, tá?

-Não dá! Nós vamos...conhecê-la! - disse, dando soquinhos no ar.

Um sorriu para o outro e ela ligou o rádio, tentando conter a euforia enquanto o carro arrancava.

>>>

Depois de vinte minutos viajando pela estrada esburacada, chegaram ao orfanato.

Na frente do enorme prédio uma placa estampava as palavras "Legião Da Guarda - Lar De Menores". A pintura branca estava intacta, sem qualquer marca do tempo.

O casal admirou a grandeza do lugar, impressionados com todo o cuidado que a faixada parecia receber. Não era nem de longe o lugar triste e melancólico que haviam imaginado.

A porta foi aberta, pegando-os de surpresa. Uma mulher de idade vestida de freira colocou a cabeça para fora e sorriu para eles:

-Um minuto, por favor.

Ela fechou-a novamente e barulhos de trancas sendo abertas puderam se fizeram ouvir. Então saiu, alisando a barra da batina. Era baixa e roliça, de olhos azuis e pele enrugada.

-Vocês devem ser Ana Clara e Bernardo, certo? Chegaram rápido!

Eles riram nervosamente e cumprimentaram a senhora. Ele com um aperto de mãos, ela com um abraço apertado.

-Pode me chamar só de Clara. - O sorriso da morena ia de orelha à orelha.

Sorridente, a senhora pediu que entrassem. Reconhecia pessoas boas quando as via, e tinha certeza que aquela era a família certa para a pequena mocinha que aguardava ansiosamente na sala de estar.

-Sou Natália, eu quem entrei em contato com vocês por telefone. Aqui, sentem-se. - Indicou uma cadeira na grande mesa retangular da cozinha, cujas paredes eram pintadas de lilás claro. - Eu fiquei muito feliz que aceitassem conhecer Sakura, ela é uma ótima menina.

-Nós quem ficamos felizes de receber uma resposta tão rápida. Soubemos de casais que ficaram anos na fila de espera.

-É verdade. Acho que depende da vontade de Deus, afinal. - Entregou-lhes duas canecas de café e sentou de frente para os dois.

Conversaram sobre o tempo, bebericaram os cafés, Natália falou da história do orfanato e eles sobre seus trabalhos. Interiormente, nenhum dos três aguentava mais esperar, ansiando pelo momento em que o casal conheceria a pequenina.

-Bem, acho que é hora de falarmos sobre assuntos sérios, infelizmente. - A freira recolheu as canecas vazias e levou-as até a pia, pondo-se a lava-las. -A mãe de Sakura morreu no parto, então ela estava sob a guarda do pai antes de chegar aqui. Infelizmente existe ainda muito pecado nesse mundo, e ele abusou da própria filha. Uma tragédia que já não é tão rara nos dias de hoje. Ela foi encontrada dentro da casa da família, que pegava fogo. O pai havia se matado com um tiro na cabeça, o que foi presenciado por ela.

Os olhos de Clara se arregalaram e Bernardo apertou sua mão por debaixo da mesa.

-Além disso, devo dizer que ela toma alguns remédios para depressão infantil. Quando chegou aqui, era isolada e não queria brincar com as outras crianças, além da falta de apetite. Mas hoje, depois de bastante tratamento, ela é  saudável e ativa. Não se percebe quase nenhum resquício do que aconteceu no passado. - Observou-os antes de continuar. - São pontos que a gente precisa ressaltar antes de qualquer outra coisa. Mas ela é um amor, vão adorá-la.

>>>

Alguns cômodos depois dali, sentada sobre as pernas no tapete macio da sala de estar, Sakura tentava ouvir o que dizia a freira - Tia Lia, como ela gostava de chamar - ao casal que ela vira chegar num carro bonito.

Já não se aguentava de ansiedade. Desde que Natália dissera que um casal viria conhecê-la estava inquieta, batendo os pezinhos no chão e roendo as unhas.

Talvez houvesse chegado a sua vez, finalmente. Talvez ela pegasse suas malas e partisse dali, deixando todo aquele passado ruim para trás. Enfim poderia recomeçar e esquecer a dor, o medo e as chamas.

Seria difícil despedir-se de alguns amigos e de Tia Lia, mas se esse fosse o preço a pagar por sua nova vida - com uma família feliz -, ela o faria sem nem hesitar.

De repente, tudo ficou silencioso e ela demorou a começar a ouvir passos, lentos e distantes.

Levantou, ajeitou o vestido preto e repassou o que havia ensaiado para dizer a eles, parte por parte. Estava determinada a sair dali naquele carro bonito, com um sorriso no rosto e pais que lhe dessem atenção quando contasse sobre o seu dia.

- Vai ficar tudo bem - repetiu para si mesma quase no instante em que a porta se abriu.

>>>

Quem diria que sua missão seria bem sucedida. Que, naquela terça-feira à noite a família - porque era isso que haviam se tornado - voltaria para a casa conversando sobre o que queriam comer no jantar.

>>>

O

i pessoas lindas. Vocês gostaram do prólogo? Eu espero que sim. Deixem as opiniões e críticas construtivas. 😍

Espero que estejam empolgados para conhecer a Sakura porque ela é um amor, como disse a tia Lia.

Capítulo que vem vocês vão ter mais o ponto de vista dela da história e poderão tirar as próprias conclusões.

Acho que mereço as estrelinhas de vocês só por causa dessa imagem linda no fim do capítulo. u.u

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro