Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

4

Eu não posso parar esta doença que toma conta

Ela assume o controle e me arrasta para lugar nenhum

Eu preciso da sua ajuda, eu não posso lutar contra isso para sempre

-Starset (My Demons)

Doutor Decir estava tendo um dia atarefado, como de costume, quando Margarida entrou em sua sala, dizendo:

-Com licença, doutor. O casal Machado acaba de chegar, acho que é melhor dar uma olhada neles.

-Ora, temos uma fila de espera, eles serão atendidos quando chegar a vez deles. -Ele desviou a atenção de seus papéis por míseros segundos.

-Mas, senhor, sinto que é realmente uma emergência.

A recepcionista tinha um olhar aflito e incomodado enquanto falava, mordendo os lábios, como se do outro lado da porta houvesse uma bomba relógio e o médico estivesse se recusando a desarma-la.

-O que pode ser tão importante a ponto de querer que eu atrase todas as consultas já marcadas, Margarida? Diga a eles que esperem e que se quisessem atendimento imediato deveriam ter ido ao pronto-socorro.

-Sim, senhor - disse ela, engolindo em seco e retirando-se.

Foram atendidas pelo menos quatro pessoas antes que Clara e Bernardo tivessem a permissão de entrar.

O psicólogo então os recebeu, enquanto terminava de organizar algo nas gavetas.

Ele os cumprimentou, pediu que sentassem e ofereceu café. Foram feitas, também, as perguntas iniciais, que sempre são ouvidas em consultas.

Não pôde deixar de notar, é claro, o estado em que o casal se encontrava. Tinham um semblante que parecia permanentemente assustado, a pele pálida e olheiras enormes em volta dos olhos.

Ele já conhecia a família por Sakura ser sua paciente desde que fora adotada, à recomendação do próprio orfanato. Era uma garotinha alegre, com uma saúde psicológica desgastada pela tragédia que trazia na bagagem.

-Então, o que está acontecendo?

-Sakura, doutor. Tem algo muito errado com a nossa pequena. -respondeu Bernardo.

Sua esposa permanecia calada, seu olhar vidrado num ponto fixo mais além. Apesar de estar estática por fora, Decir tinha certeza de que seus pensamentos estavam a mil, como se a mulher estivesse trancada no próprio mundo, longe de toda aquela tristeza que a cercava.

-O que tem acontecido com ela? - Ele se preparou para anotar.

-Ela tem agido de forma...estranha.-Engoliu em seco - É como se não fosse ela. Não a reconheço.

-Como é o comportamento dela?

-Ela...Fala sozinha, não come, arranha as paredes com as unhas e, na semana passada, tentou enforcar a colega, Susie. Além de ter matado dois animais.

Os olhos do médico se arregalaram levemente, evidenciando uma pequena parte de sua surpresa.

Pensou por algum tempo, tentando ligar os acontecimentos com as consultas que já tivera com a menina. Nada fazia sentido.

Ela não era a criança com a mente mais saudável que já vira - longe disso; tomava remédios para depressão infantil e tinha pensamentos perigosamente depressivos para a sua idade -, mas nunca tivera algum problema de tal urgência.

Algo não encaixava. Por fim, optou pelo palpite mais seguro:

- Mudanças de comportamento bruscas não são tão incomuns na idade dela, devem saber. As crianças nessa faixa etária costumam precisar de muito mais...paciência.

Bernardo lançou-lhe um olhar confuso e incrédulo:

-Acha que minha filha quer chamar a  atenção?

-Não estou afirmando nada, apenas dizendo que não ficaria surpreso se fosse o caso. Inclusive, pode ser um problema patológico, se levarmos em consideração o passado dela.

-E o que devemos fazer? - O pai perguntou, sem convicção.

Sabia que o problema não era aquele. Sua filha não faria tudo aquilo para ser o centro das atenções, Sakura não era assim. Por mais que precisasse de tantos remédios multicoloridos, ele duvidava que algum deles - ou a sua falta - pudesse deixá-la naquele estado.

-Me deixem dar uma olhada nela, sim? A tragam aqui. Só assim vou poder dizer algo com certeza -respondeu o médico, notando o desapontamento do loiro.

-Não podemos -respondeu Bernardo, com um longo suspiro de frustração.

-Como não? - O doutor franziu o cenho.

-Sakura recusa-se a sair de casa. Fica brava quando está à luz do Sol e não sai do quarto durante o dia. À noite, no entanto, é um inferno. Ela faz todo tipo de coisa, como contei.

-Nossa filha não vive mais, doutor. Parece ter algo consumindo-a. -Pela primeira vez, Clara se pronunciou. Seu rosto se contorceu para soltar as poucas palavras e, logo depois, ela enterrou-o de novo no peito do marido, segurando o choro.

-Bem...Eu...

Com uma careta, Decir vasculhou os papéis, procurando sua agenda. Quando a encontrou, folheou-a rapidamente e então disse:

-Eu tenho um horário na sexta-feira à noite. Poderia ir até a casa de vocês, se permitirem, e dar uma olhada nela.

O doutor odiava, realmente, sair do consultório. As piores coisas, para ele, eram as consultas em domicílio. Mas olhando para a dupla aflita na sua frente, ele nunca poderia negar. Fizera um juramento: Prometera ajudar a salvar pessoas. E aquelas ali claramente precisavam dele.

Como num estalar de dedos, os rostos dos dois se iluminaram. Eles tinham, finalmente, encontrado ajuda. Talvez fosse a solução dos seus problemas.

-Muito obrigada, muito obrigada! O senhor não sabe como está nos ajudando. - respondeu Clara.

Às lágrimas e agradecimentos, o casal se retirou, deixando um médico confuso para trás.

>>>

Caminhando pela calçada pouco iluminada, Decir ensaiava como se desculparia por chegar tão tarde à casa dos Machado.

"Nove e meia, vê se é hora de visitar algum paciente.", pensou.

Mas também, como seria diferente, se tinha uma rotina tão agitada, trabalhando não só vinte e quatro, mas vinte e cinco horas por dia? Sentia-se sobrecarregado, é claro, mas fora a profissão que escolhera, e o fazia feliz.

Quando se deu conta, encarava a campainha da casa grande de portão branco.

Apertou-a nervosamente e esperou que Ana Clara aparecesse.

-Oh, doutor. Graças a Deus! Entre, não repare na bagunça.

-O senhor veio! Que bom. - Bernardo o recebeu, recostado na porta.

-Boa noite, perdão pelo atraso. - Fez uma pausa - Onde está Sakura?

O casal se entreolhou com um ar de culpa e, após alguns segundos de silêncio constrangedor, o marido respondeu:

-Está no quarto, lá em cima. Acontece que não sabemos se é seguro entrar, nesse horário. Há algumas semanas, depois que as facas começaram a sumir da cozinha, decidimos que seria melhor tranca-la lá a partir das oito.

O médico arregalou os olhos e engoliu em seco, observando a escada que levava ao andar de cima.

"Então facas começaram a sumir...", pensou. "Que raio está acontecendo aqui?".

-Bom, então lá vou eu -disse, mais para si mesmo.

>>>

Olá gente bonita desse meu mundão redondo! Tudo certinho?


O que vocês acharam do capítulo dessa semana? Sentiram falta da Sakura e do Gael? Tudo bem, pq semana que vem eles voltam!

O que acharam do Dr.Decir?
Vote 1 para cagão e 2 para simpático!

É isso aí, galerinha da pesada. A gente se vê segunda que vem com mais um De Onde Vem!

🌟Pessoal que curte O Exorcista é mais que obrigado a deixar a estrelinha! 2 bjs. 🌟

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro