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Mas eu
(estou aqui)
Eu estou com você
Vou te levar através de tudo
Eu não vou te deixar
Eu vou te alcançar
Quando estiver com vontade de desistir
Porque você não está
Você não está só  

-Red (Not Alone) 

Um Mês Depois

-Mas, tirando isso, foi tudo bem hoje. - Clara contava à família como era assustador lidar com pais de crianças ricas e mimadas que acham ter talento para balé.

-E você, o que fez hoje, Sakura? - perguntou Bernardo enquanto cortava os legumes.

Era sempre ele quem cozinhava em casa, já que fazia isso muito bem. As receitas, na maioria das vezes, eram pratos que sua avó fazia quando ele era criança. Inclusive havia sido ela quem o ensinara a cozinhar.

-Brinquei com a Susi - respondeu Sakura.

-Foi divertido, amor? - A mãe peeguntou, sorrindo.

Acabara de chegar do trabalho e encontrara a família reunida ali, num clima gostoso de fim de sexta-feira. Voltar para casa e passar aquele tempo com eles, conversando sobre coisas triviais logo antes de ver um filme era sua parte favorita do dia.

-Foi sim, ela é legal. 

-Que bom, talvez possa chama-la para ir no parque amanhã conosco...Ter amizade com os vizinhos é importante. - Clara afagou os cabelos negros da filha.

Todos estavam calmos e sorridentes, mesmo que houvessem tido um dia cansativo. A cena remetia a uma propaganda de refrigerante, com direito a um fundo musical vindo do aparelho de som da sala de estar.

O casal estava deslumbrado por ter a quem dar todo aquele amor que estivera guardado por tanto tempo e, a menina, quase explodindo por ser tão mimada e ter duas pessoas que a tratavam tão bem, como tia Lia havia prometido que aconteceria.

Mesmo que no começo parecesse estranho que alguém que não usava uma roupa preta e um crucifixo se importasse com ela, lhe desse seus remédios e ouvisse o que dizia, era bom. Bom como viver num lindo sonho do qual nunca queria acordar.

Logo o cuscuz ficou pronto e, antes que percebessem, era hora de dormir.

>>>

Sakura encontrava-se numa escuridão sem fim. Tudo ao seu redor era preto e ela nada entendia, perguntando-se onde estava. Sem formas nem outras pessoas, apenas as trevas e ela.

-Ei, garotinha, você precisa vir comigo. - Uma voz grave ecoou ao longe. -Ele está atrás de você!

-Quem? -perguntou ela, procurando o dono da voz.

-Rápido, me deixe salvar você! Ele vai te matar!

A menina apertou os olhos e tentou enxergar quem falava com ela, mas não havia ninguém.

-Por favor!

E então a voz sumiu e tudo começou a tremer. Sakura foi lançada ao chão.

Ela debateu-se na cama, acordando num pulo. 

Olhou ao redor, aliviada por estar em casa novamente. Seu coração estava disparado e queria gritar, mas não o fez.

Por um instante, ficou ali, sentada na cama, ouvindo o barulho da cigarra lá fora e sentindo um arrepio na espinha. Dominada pelo pânico, via as sombras tornarem-se monstros enormes diante dos seus olhos.

Levantou-se devagar, foi até a porta e atravessou o longo e pavoroso corredor na ponta dos pés até o quarto dos pais.

Abriu a porta tentando fazer silêncio, mas sem sucesso.

-Sakura? O que foi? - Clara perguntou, parcialmente acordada.

-Eu...Eu tive um pesadelo.

A garota estava receosa, não queria incomodar o casal dessa maneira. Tinha medo que se zangassem e não a quisessem mais, mas ela não poderia simplesmente voltar a dormir, estava tremendo de medo. Aquilo parecia tão real...

-Oh, tudo bem. - Um sorriso compreensivo apareceu no rosto da mulher, que levantou e tomou a pequena pela mão. -Venha comigo, vou te mostrar uma coisa.

>>>

Atravessaram o escuro corredor que separava os quartos do resto da casa e chegaram à sala.

Clara soltou a mão de Sakura e começou a afastar os móveis, encostando-os nas paredes. Caminhou suavemente até o aparelho de som e ligou-o.

A garotinha, que observava tudo com curiosidade, deu um pulo quando a bela música clássica começou a tocar.

Com um sorriso, a morena jogou-lhe uma meia e, vendo o ponto de interrogação que se formava no rosto da menina, calçou as suas, pedindo para que ela fizesse o mesmo.

Aprumou-se numa complicada posição de balé:

- É isso que eu faço quando tenho medo. Venho aqui e danço até tudo passar. - Fechou os olhos - Funciona como uma muralha, impede as energias negativas.

Dito isso, saiu deslizando pelo chão, movimentando-se graciosamente, quase sem pensar. Parecia absorta na melodia, num ritmo perfeito e natural.

Sakura observava, hipnotizada. Nuca havia visto a mulher dançar e nem imaginara o quão deslumbrante poderia ser. Assemelhava-se com pássaro, era lindo de se ver. 

Piruetas, saltos e movimentos ritmados, tudo calmo e vagaroso.

Ao final da música ela andou novamente até o DVD e apertou o replay.

-Sua vez - disse.

-Eu...Posso? - indagou Sakura, baixinho.

Aquilo tudo parecia tão particular e maravilhoso que ela achava-se incapaz de qualquer coisa que chegasse perto.

-Ora, mas é claro! - Clara riu. - Vamos, eu te ajudo. Apenas mantenha a mente vazia e...Dance. Não precisa fazer nada certo, só deixe seu coração dizer como se movimentar.

Ela fechou os olhinhos puxados e tentou inutilmente não pensar em nada. Imaginou-se fazendo passos complicados, numa mera imitação falha de Clara. Mas simplesmente não conseguia, não conseguia imaginar cena alguma que não fosse invadida e ofuscada pela escuridão de seu sonho. O breu engolia tudo, cobrindo todos os seus pensamentos.

Clara pediu que ela se concentrasse, que sentisse a música. Mas a cada nota tocada, a voz voltava aos seus pensamentos.

"Rápido, me deixe salvar você! Ele vai te matar."

Não se pode dançar com a cabeça cheia, é quase impossível. Por isso, em sua primeira pirueta, Sakura caiu no chão, assustada.

-Ei, calma. - A mãe a ajudou a se levantar - Você precisa estar relaxada. Foque nos seus movimentos e na melodia. Eu sei que você consegue.

Várias outras tentativas foram tão desanimadoras quanto a primeira, sempre atrapalhadas por aquela maldita voz masculina e grave.

Ela estava sempre lá, num canto em sua cabeça, repetindo: "Ele está atrás de você!".

Mas quando a noite já era quase dia e se podia ver o vermelho da aurora, a menina conseguiu finalmente deixar o coração guiá-la.  Sentiu-se leve como uma pena enquanto rodopiava pela sala, deixando Clara a um passo de explodir de tanto orgulho.

Foi nesse momento em que a pequena se sentiu livre de tudo que a afligia. Do pesadelo, dos medos que a invadiam sorrateiramente, das lembranças sombrias das chamas e do passado marcado pelo horror.

E então, quando pousou graciosamente no chão, a voz sumiu.

>>>

Oi galera bonita, tudo certo? 😍

-O que acharam de conhecer um pouco melhor a relação da Sakura com os novos pais?

-O que acham que vai acontecer? De quem seria essa voz misteriosa? Teorias, quero ver as teorias!

Ah, e quando eu digo que a Clara é dançarina profissional e professora de balé, lembrem-se disso:

Não esqueçam da 🌟! Até segunda.💜

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