🔱 Capítulo 41 🔱
Stella Collins
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Não sei em que momento eu havia apagado e depois voltado a realidade; porque tudo me parecia tão louco, que eu ainda pensava que estava sonhando ou tendo algum tipo de alucinação, sobre o Fabrício ter me beijado e falado todas aquelas coisas bonitas, e aberto totalmente o seu coração.
Eu estava tão em choque e ainda meio zonza com tudo aquilo, que eu nem havia pestanejado muito, quando ele me comunicou que iria me levar independente de qualquer coisa para um hospital. É, talvez eu esteja precisando mesmo de um médico, porque tudo isso me parecia muito surreal na minha cabeça. Logo, eu assinto para ele e o vejo todo nervoso, atacando o meu cinto às pressas e arrodeando o carro, para poder dá partida no mesmo. E de instante em instante, ele olhava para mim, tentando se certificar de que eu não havia desmaiado uma outra vez do seu lado.
— Eu estou bem, Fabrício... Não precisa ficar me olhando desse jeito. — O olho com carinho e toco de leve no dorso da sua mão, sentindo logo em seguida que ela estava gelada, como se ele ainda pudesse estar nervoso com toda aquela situação. — Você está bem, as suas mãos...? — Indago agora preocupada com ele, mas ele logo se desvia da minha pergunta.
— Sim, estou. — Ele se volta novamente para frente e o vejo com os pensamentos longe, como se estivesse tentando fugir de si mesmo e do que estava realmente sentindo.
— Fabrício... — Tento chamá-lo para lhe falar que eu não me importava pelo fato dele está sentindo isso, mas ele logo me corta.
— Quer saber... eu podia ter perdido você, Stella! Eu podia ter perdido a porr* da minha vida, quando eu te vi caída nos meus braços daquele jeito. O meu mundo todo se ruiu, ao te ver desacordada na minha frente... — Ele esbraveja alto, como se estivesse colocando toda a sua fúria e adrenalina para fora. — Eu quase entrei em pânico, está bem? Eu quase surtei, achando que eu estava perdendo uma outra pessoa importante na minha vida... Eu realmente achei que iria te perder. Merda! Eu... eu... — Vejo ele querendo entrar em pânico novamente e eu logo trato de tentar lhe acalmar mais uma vez.
— Fabrício, eu estou bem... eu estou aqui, está vendo?! Não precisa ter medo. Eu não vou te deixar. — Sinto o peso das minhas palavras saírem automaticamente pela minha boca e no mesmo instante, eu sei que todas elas eram realmente verdadeiras. Embora no começo, eu tenha demorado para entender isso e tenha o negado de uma certa forma, eu sabia que jamais iria conseguir esquecer o Fabrício e nem de ser capaz, de lhe abandonar totalmente de verdade. Logo, eu não retiro as minhas palavras e ainda continuo. — Do mesmo jeito que você diz ser meu, eu também sou sua... eu nunca deixei de ser. — Lhe olho profundamente nos olhos e consigo ver nitidamente a intensidade dos seus nos meus.
Uma buzina alta se faz ouvir logo atrás de nós, e surpreendentemente, nem tínhamos percebido que havíamos criado todo um trânsito, por termos parado bem no meio de uma pista de mão dupla para podermos conversar. Com isso, no mesmo instante, os carros começam a buzinar impacientemente atrás de nós querendo passar; e o Fabrício, ao que me parecia, não estava se importando nem um pouquinho com a barulheira que eles estavam fazendo; ele estava concentrado demais nas minhas próprias palavras, para poder se desviar delas.
— Eu acho que já podemos dirigir... não? — Mordo levemente a parte de baixo dos meus lábios, me sentindo meio envergonhada com o seu olhar penetrante, quando ele instantaneamente sorri de lado para mim e me olha com aquele fogo, no qual lá no fundo eu sei que ele tem.
— Você sempre consegue me surpreender, pequena. Por isso que eu sou louco e enfeitiçado por você; nenhuma mulher consegue fazer exatamente isso, que você acabou de me fazer sentir. — Ele entrelaça imediatamente a sua mão na minha; a que estava sobre a sua; e a beija delicadamente na parte de cima, sem desviar em nenhum momento os seus olhos dos meus. A minha pele automaticamente se arrepia e eu logo umedeço os meus lábios, tentando me controlar da melhor forma possível.
— Fabrício... — Eu tento falar alguma coisa, mas ele rapidamente me interrompe.
— Não fale, amor. Deixe que o silêncio e os nossos corpos, falem por si só. Sei que agora não é o momento certo e eu respeito isso, mas não posso negar a vontade que eu tenho de querer lhe beijar agora mesmo. — Ele diz se aproximando de mim de mansinho e deixando as nossas respirações bem juntas, quase que me fazendo perder completamente o ar com aquela nossa aproximação. — Posso? — Ele então encaixa suavemente a sua outra mão no meu pescoço e afaga os meus cabelos, me fazendo sentir uma imensa carícia gostosa, ao ponto de me fazer gemer baixinho contra aqueles seus lindos lábios avermelhados.
— Sim... — Sussurro em contra partida, quase sem emitir um único som diante dele, quando o Fabrício me puxa para junto de si e cola os nossos lábios quentes e desejosos, numa mistura de exploração e conhecimento daquilo que já conseguíamos identificar muito bem um no outro.
Ele então suga os meus lábios inferiores com fascínio e depois os superiores, encaixando de imediato aquela sua língua molhada na minha e aprofundando o nosso beijo, deixando-o cada vez mais quente e instigante. As nossas respirações logo se misturam uma na outra e começam a pedirem por mais fôlego, aumentando automaticamente os nossos movimentos e a intensidade deles. Gemidos escapam da minha boca e sinto as mãos do Fabrício subirem pela minha blusa, acariciando ardentemente a minha pele desnuda e a fazendo queimar como brasas em fogo, como se estivéssemos parados bem no meio de uma grande fogueira. Deus, que beijo era esse!!
"TOC! TOC!" Batidas fortes ecoam na parte de dentro do carro, no lado esquerdo onde ficava a janela do motorista.
Logo, eu e o Fabrício nos sobressaltamos, tendo os nossos corações quase que roubados; ao termos que nos distanciar um do outro e ainda nos assustarmos, ao ouvirmos aquele forte barulho na parte de dentro do carro. Droga! Aquele lá era um policial, que estava batendo do outro lado do nosso vidro. Rapidamente eu e ele nos recompomos e tentamos nos parecer o mais neutro possível, diante de toda aquela situação.
— Olá! Policial. — O Fabrício logo o cumprimenta, assim que consegue abaixar o vidro do carro para poder lhe ver melhor. O mesmo, me parecia muito mais controlado do que eu, porque a minha respiração ainda estava completamente descompensada e ofegante, e a dele não. Deus, que eu não desmaie mais uma vez aqui na sua frente.
— Algum problema por aqui? O seu carro está parado bem no meio de uma estrada movimentada... — O tal policial de olhos castanhos e rechonchudo nos olha com uma certa desconfiança, e depois me avalia com mais cuidado, não querendo passar nada despercebido da sua vista.
— Sim... A minha mulher teve uma crise alérgica e eu tive de parar imediatamente, quando ela disse que estava com falta de ar... Estávamos indo agorinha para o hospital. — O Fabrício fala com firmeza na voz e eu fico estopetada, ao ouvir ele ter que arrumar uma desculpa tão quase perfeita para o meu atual estado físico e mental. Eu estava tão vermelha, quanto ainda desnorteada com o nosso momento de antes.
O tal policial então me olha com mais atenção e começa realmente acreditar na história que o Fabrício havia lhe contado. E não mais tardando do que isso, o mesmo parece se compadecer da nossa triste e inventada situação, e pede para que nós o sigamos, para que ele possa ir abrindo caminho nas ruas até nós chegarmos finalmente ao hospital. Ficamos gratos por a sua ajuda e depois suspiramos, quando o mesmo se afastou da gente e se encaminhou para fazer exatamente o que disse que iria fazer. Essa foi por pouco, hein? Já pensou, se nós não tivéssemos que ir para um hospital? Estávamos ferrados.
Sorrimos com aquela situação e passamos o restante todo do caminho em silêncio, apenas com umas breves carícias suas nas minhas mãos e o seu olhar reconfortante, que me diziam muito mais do que palavras pudessem me dizer naquele momento. Talvez tivéssemos realmente uma chance de poder recomeçar. Eu o amava e ele também, nós erramos no passado e agora estávamos tendo mais uma oportunidade de podermos nos reconectar novamente. Eu o queria e não poderia negar esse sentimento de plenitude que ele conseguia me fazer sentir. Era a segurança do seu abraço, as palavras doces que saiam da sua boca, o calor do seu corpo e a sensação de êxtase, no qual o seu toque conseguia me dá toda vez em que me tocava. Era uma mistura de sensações, que me faziam o querer acima de qualquer coisa. Sei que devo ter cuidado com esse tipo de sentimento e é por isso, que agora eu quero ir devagar dessa vez; não quero me machucar drasticamente novamente. Eu o amo e não tenho como negar; esse era um fato totalmente incontestável.
Lhe olho com a cabeça recostada no banco e vejo tudo o que poderíamos viver juntos, um ao lado do outro. Quero acreditar no seu amor e nas suas palavras; desconfianças não poderiam existir se fossemos realmente recomeçar. Fico com os meus pensamentos meio longe dali e nem percebo quando já adentramos no estacionamento e paramos bem na abertura das portas duplas da emergência.
Logo, eu desço do carro e no mesmo instante o Fabrício vem ao meu lado, me ajudando a fechar a porta do passageiro e seguirmos direto para a recepção, para fazermos o meu cadastro antes do atendimento. E nisso, em nenhum momento ele tirou as suas mãos de mim, era como se ele quisesse ter a certeza que poderia me amparar em qualquer momento. Assim, esperamos o médico me chamar e imediatamente ele fez uma bateria de exames comigo, para poder checar se havia algum motivo em especifico para o meu súbito desmaio naquele dia.
∘∘∘
Deitada agora em uma sala, dividida por cortinas em cada um dos seus leitos, eu espero pacientemente pelos meus resultados com o Fabrício do meu lado, ouvindo-o me contar sobre as breves armações que a Cris e a Elisa haviam feito, para poderem me fazer se encontrar com ele bem no meio daquela corrida. Aquelas traíras! E eu pensando que aquelas mensagens que elas tanto cochichavam no carro, era sobre alguma coisa que envolvia o Breno e a nova paixonite da Cris. O Fabrício logo as trata de lhes defender e diz que elas só estavam tentando nos ajudar; pois elas sabiam, que precisaríamos ter aquela séria conversa em algum determinado momento. E eles tinham razão. Agora só restávamos saber, como iriamos lidar com tudo isso de agora em diante.
Assim, com poucos minutos depois, o Dr. Rangel aparece bem no meio das minhas cortinas, as arrastando para o lado e dizendo que os resultados dos meus exames já haviam chegado. Ele então, me olha com um semblante meio sério e já prevejo que coisas boas não iriam vir sair dali. Logo, seguro firmemente nas mãos do Fabrício e o sinto as pressiona levemente, tentando passar algum tipo de segurança para mim.
— E então doutor, está tudo bem com a Stella...? — Ele se põe prontamente de pé, como se estivesse pronto para qualquer combate que viesse a surgir na sua frente. Logo, sinto o meu coração se aquecer um pouco mais, ao ver aquele seu pequeno ato de bravura para comigo; isso só mostrava o quanto ele ainda estava disposto a enfrentar qualquer tipo de barreira ao meu lado.
— E você é...? — O doutor Rangel pergunta, para poder se situar da situação.
— O namorado dela. — O Fabrício diz incisivamente e eu não o corto por ter imposto aquilo, sem ainda nem termos discutido sobre isso; embora no fundo, eu saiba que vai ser exatamente isso que iremos nos tornar novamente. Logo, o doutor assente para ele e me olha mais uma vez, para poder falar o seu tal esperado diagnóstico.
— Então senhorita Collins, fizemos vários exames..., em busca de podemos encontrar alguma coisa que pudesse justificar esse seu repentino e demorado desmaio. Não é comum se demorar mais do que um minuto ou dois, para poder se acordar... Contudo, o que conseguimos detectar nos seus exames, foi que você está com uma moderada anemia e uma baixa taxa de glicose no seu sangue. E isso é muito mais comum de se acontecer no primeiro trimestre de gestação, do que muitas pessoas pensam! Mas recomendo que fale urgentemente com a sua ginecologista, para que ela possa lhe passar um melhor tratamento para isso. No mais, o seu bebê me parece estar muito bem, apenas precisando de alguns nutrientes a mais para ele. — Ele esboça um pequeno sorriso singelo e diz que ainda vai vir aqui me chamar, para que possamos fazer uma ultrassonografia e descartarmos qualquer tipo de problemas futuros para nós.
"UM BEBÊ. Deus, como assim? Ele falou isso mesmo?" Olho estopetada para o Fabrício e imediatamente levo uma das minhas mãos ao meu ventre, tentando imaginar como aquilo era possível e que eu nem havia percebido isso, durante todo aquele tempo. EU, GRÁVIDA. ESPERANDO UM FILHO DO FABRÍCIO! Era muita loucura para uma pessoa só. Como um mundo poderia virar de cabeça para baixo de uma hora para outra, por causa de um simples desmaio que havia me sucedido bem no final daquela tarde? Eu, com certeza não poderia esperar por isso.
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Olá meus Lermores! Esperavam por essa? Kkk.. eu sei que sim!🤭😂❤️ Nem fiz muito suspense para isso!
(Ah aqueles que já suspeitavam disso, desse do dia em que a Stella teve ânsia de vômito na noite do baile.. kk e acertaram! 😁👐🏼) Contudo, a nossa Stellinha não fazia nem ideia.. vcs chutam quantos meses já fazem?🤰🏻
E o nosso Fabrício.. Tadinho! Nem se por onde começar com ele. O fogo ainda está enraizado neles kkk.. viram como foi o beijo deles no carro? Deus é mais kkkk 🔥🙈😈 até eu sentir daqui! (– Amor, eu quero um beijo desse agora! — Eu falando para o meu love.) 😁😁😁😏
A desculpa do Fabrício me fez lembrar a do Sr. Collins, no dia do barco... Falando de um rato kkk.. porém, a do Fabrício fez bem mais sentido kkkk😂😂😂 não acham?
É isso meu povo.. logo mais, venho com mais capítulos para vocês. Demorei, porque a criatividade não veio; mas enfim, saiu, não é?! Kkk.. continuem juntos de mim nessa história, que ainda tem muitas águas pra rolar por aqui! Vcs sabem como eu sou kkk 😈💅🏻
Se estiverem gostando da leitura, cliquem na ⭐ e deixem os seus comentários aqui embaixo. 👇🏼 Adorarei lê-los depois.
Até mais, meus amorecos... Deixo para vcs, uma fotinha básica do nosso casal. Kkk.. Os novos papis!😍👐🏼
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