🔱 Capítulo 33 🔱
Fabrício Gonzalez
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Que porra foi aquela? Exclamo para mim mesmo, agora dentro da minha suíte, que eu havia reservado de última hora em um hotel luxuoso próximo ao baile; e jogo na pia mais uma gase ensanguentada, na qual eu havia usado para tentar conter o sangramento que estava logo mais acima do meu supercílio. É, péssimo lugar para se levar um corte; mas o pai da Stella havia vindo com tanta determinação para cima de mim, que eu nem havia conseguido me desviar do golpe; sem falar da minha boca, que também estava toda inchada, com a força dos seus socos disparados diretamente na minha cara. Merda!! Pego mais uma pedra de gelo, do balde de champanhe que eu havia encomendado para depois do baile, e boto ela enrolada na minha blusa, a pressionando levemente sobre os meus lábios; rezando para que eles desinchassem e não ficassem tão horríveis quanto parecia.
Contudo, o que mais me intrigava nessa história toda, era querer saber como aquele maldito vídeo havia sido gravado e exibido exatamente, na festa organizada pela família da Stella. Com certeza foi a Paola, porém, o que eu não conseguia saber, era como ela havia conseguido botar aquele vídeo para ser rodado bem ali. Que seja, aquela filmagem nunca era para ter existido. Eu ainda não estava com a Stella e naquele momento eu estava puto, por a ter visto saindo exclusivamente com o Erick; isso bêbada, logo depois de uma festa. Aquilo tinha me deixado totalmente possesso e me feito ir exatamente atrás da Paola, para poder me descarregar e saciar a minha eterna frustação. Maldito dia que eu fui me envolver com essa mulher. Ah, piranha dos infernos! E pensar que eu ainda pude sentir pena, por a ver tão entregue e disposta a qualquer coisa desde aquela última vez que lhe vi. Era para eu ter a escorraçado ainda mais, se eu soubesse que ela iria armar todo esse circo para cima de mim. Você me paga! Sua Paola desgraçada.
A xingo mentalmente, mas sei que o meu maior problema agora, era poder me reatar com a Stella e lhe explicar tudo, exatamente tudo o que havia acontecido naquele vídeo. Ela precisava acreditar que o que eu realmente havia dito e ela visto nele, tinha sido muito antes de eu me descobrir apaixonado por ela e a ter verdadeiramente nos meus braços. Hoje, ela era tudo aquilo que eu tinha e que eu poderia desejar ter na minha vida. Aquele do vídeo era um outro eu, onde eu não sabia quem eu era e qual era o verdadeiro sentido de se poder amar uma outra pessoa. Ela precisava acreditar em mim e no meu amor.
Vejo o sangue escorrer mais uma vez por um dos lados das minhas têmporas e logo, pego a caixa dos primeiros socorros que ficava no quarto, buscando por aquelas fitas adesivas de pontos, para unir as minhas duas peles e fechar aquele sangramento insuportável que não parava de escorrer pelo meu rosto. Faço a higiene novamente dele e meio desajeitado, eu tento colocá-las sobre o meu ferimento. Elas ficam meio tronchas em cima da minha sobrancelha, mas era o que eu tinha para hoje. Pensei em ir para um médico de primeira, mas pelo fato de que no fim, eu iria ter que dar satisfação pela tal situação em que eu me encontrava, eu me neguei no mesmo instante. Sei que eu também poderia ir à uma delegacia e prestar queixa contra o Sr. Collins, a respeito das agressões que ele havia cometido contra mim; porém, eu sabia que naquele momento ele só estava querendo proteger a Stella e descontar toda a sua fúria, por eu ter feito a sua tão amada filha passar por toda aquela humilhação e constrangimento diante de todos. Isso, mesmo eu não tendo nada a ver com toda essa armação da Paola.
Assim, pedir para o Erick me deixar na porta do hotel e ir embora direto para a sua casa. Ele, é claro, no começo se negou; mas eu lhe garantir que iria primeiro na enfermaria do hotel, para poder cuidar dos meus profundos ferimentos. O que no caso eu não fui, já que eu queria me manter são, sem muitas drogas no meu organismo, para eu poder raciocinar direito e pensar em algum plano para reverter toda aquela história.
Logo, eu termino de limpar as baboseiras que eu fiz no banheiro e entro no box, tomando cuidado para não molhar os meus curativos e relaxar um pouco, naquela água gelada do chuveiro. O meu corpo ainda estava quente, com toda aquela agitação e ação da noite. Assim, me enxugo levemente com a toalha e vou até a minha mala, pegar qualquer roupa para eu logo poder sair. Visto uma bermuda moletom preta e uma blusa cinza, com um casaco verde musgo por cima, para caso fizesse muito frio lá fora. Eu iria para a casa da Stella e esperaria o dia amanhecer, para então por fim, poder ir lá falar com ela.
Sei, que ainda hoje, ela não iria ter condições para poder conversar comigo; estávamos os dois de cabeça quente e com os nervos à flor da pele. Porém, amanhã seria um outro dia e logo, ela iria poder me ouvir com mais facilidade e me escutar com mais clareza, acreditando realmente na minha verdade. Mas ficar aqui, parado, trancafiado dentro de um quarto de hotel, sem saber muito bem o que fazer e ficar andando de um lado para outro, igual um doente mental, não iria me ajudar em nada em pensar em algum jeito de solucionar esse meu problema. Logo, ficar olhando para a janela do quarto da Stella e imaginando que de alguma forma eu estava perto dela, já me trazia um certo conforto. Eu não iria desistir tão facilmente da minha pequena diabinha.
Assim, eu interfono para a recepção e peço para eles alugarem e prepararem um carro para mim; isso mesmo, essa era a vantagem de se ficar hospedado em um hotel luxuoso e de cinco estrelas. Agora era uma pena, eu não poder ter a minha diabinha aqui comigo, para curtirmos isso tudo bem juntinhos. Sei que ela iria adorar, ter uma piscina interna bem na nossa própria varanda. Sorrio imaginando a Stella ali e logo pego as minhas chaves, vendo a pequena caixa de presente da minha mãe, sobre a elegante cômoda do quarto. Merda! Nem havia lhe dado o presente mais cedo. Assim, deixo isso para uma outra hora e saio rapidamente dali.
Em poucos minutos, eu já estava dobrando a rua da Stella e pegando uma estrada intertravada, com alguns arbustos meio fechados e poucos iluminados. Estava escuro e facilmente eu poderia me esconder por entre eles. E antes de eu poder dar de cara com o estacionamento que ficava bem de frente à sua casa, eu viro à direita, pegando uma pequena estradinha de terra e me escondendo com o meu carro, bem de baixo de uma árvore com algumas folhagens grandes. Contudo, daquele lugar ainda dava para ver a janela e a sacada da varanda do quarto da Stella.
Eu sei que deve estar doendo meu amor, mas logo, isso tudo vai ser explicado e solucionado. Me sinto tentado em ir invadir o seu quarto novamente, como da última vez que eu havia feito, mas rapidamente me contenho, pensando que no outro dia vai ser melhor e que logo estaremos juntos mais uma vez.
(Escutem e leiam a letra dessa música, perfeita para esse momento. 😭)
Assim, boto para tocar uma playlist de Coldplay no som do carro e no mesmo instante, começa a reverberar em um tom meio baixinho, a música "Yellow". Perfeita! Olho para as estrelas acima do lago, que ficava bem na beira da casa da Stella e me vejo perdido em pensamentos, através daquelas belas palavras na qual aquela canção era composta. Você sabe que eu te amo pequena, eu sempre vou te amar. Fico ali tentando acalmar o meu coração e aos poucos ele vai relaxando, me fazendo cair levemente em um sono profundo. E finalmente o cansaço havia me vencido.
∘∘∘
Logo, quando por fim eu venho acordar, é com umas belas batidas no vidro do meu carro, de uma forma insistente de querer me acordar. Assim, abro os meus olhos ainda sonolentos e dou de cara com um Luke mal-humorado, com um semblante nada amigável e com raiva nos olhos. Logo, eu abaixo o meu vidro e lhe encaro sem muitas expectativas, do que ele realmente possa me falar. Provavelmente iria me enxotar dali.
- Olá. - Digo com um dos meus olhos meio abertos e o outro fechado, por causa do sol.
- O que faz aqui? Não acha que já estragou demais com a vida da Stella, não? - Ele indaga segurando firmemente um copo de café na mão e me olhando com uma cara bem séria, esperando que eu realmente fosse sentir medo dele e saísse correndo dali.
- Não, eu não acho isso, Luke. - Digo me empertigando no banco e me tornando altivo, para poder falar. - Eu não estraguei com a vida da Stella. Aquele vídeo não tem nada a ver comigo. Ele foi gravado bem antes de eu poder ficar com ela. Se aquele vídeo foi postado daquele jeito na festa, com certeza não foi a minha culpa, alguém; que eu sem muito bem quem é; estava querendo me prejudicar e acabar de uma vez com o meu relacionamento com a Stella. Mas eu não vou deixar isso acontecer... Eu não vou desistir dela por uma armação de uma pessoa mal-amada e nem por um vídeo, no qual nem eu mesmo tinha ciência dele e nem culpa dele ter sido exibido. - Solto tudo isso de uma vez e me sinto de uma certa forma exacerbado, por causa de todo o fôlego que eu havia perdido.
O Luke, o seu primo, me olha meio que de soslaio e o vejo ponderando exatamente o que eu falei. Ele era advogado e sabia muito bem, como analisar uma pessoa e saber se ela estava realmente mentindo; e eu não estava. Esperava ansiosamente que ele pudesse ver verdade nas minhas palavras e nos meus olhos. Ele demora um certo tempo me analisando, mas por fim, parece relaxar um pouco com a sua postura.
- E o que vai fazer? Acha que será fácil assim, provar que você não fez nada daquilo e que foi tudo armação de alguém? - Ele bebe tranquilamente o seu café e olha para o horizonte, vendo o brilho do sol resplandecer intensamente sobre o lago.
- Não, não será..., mas eu quero pelo menos tentar falar com a Stella de uma forma civilizada, sem muita gente ao redor. - Digo enfatizando aquilo, para que ele realmente lembrasse da grande surra que eu acabei levando do seu tio na noite passada. Ele então parece concordar comigo e ter se tocado, que eu e a Stella precisávamos realmente ter um pouco de privacidade.
- Está bem, eu vou tirar a Melyssa lá de dentro..., mas a partir do momento que eu ouvir a minha prima gritando ou ela se quer aumentando o tom de voz, eu vou entrar rapidamente naquela casa e acabar de uma vez com essa história, está me ouvindo? - Ele me fuzila com o seu olhar muito bem treinado no tribunal e eu concordo com ele. Isso era o de menos para mim, eu só queria poder entrar ali e falar de uma vez com a minha pequena Stella.
Logo, eu pego imediatamente os meus óculos de sol e saio do carro praticamente em um pulo. Não via a hora de poder resolver essa situação de uma vez e de poder estar abraçado ao lado da minha diabinha. Assim, inesperadamente eu pego o copo de café da mão do Luke e dou um belo de um gole nele, desejando que aquela pequena dor de cabeça que havia se instalado bem no meio das minhas têmporas, pudesse desaparecer de imediato. O fato de eu ainda não ter tomado nenhum tipo de analgésico desde a noite passada, só havia intensificado ainda mais a minha dor. Que maravilha, Fabrício. O Luke me dar um olhar atravessado, mas logo me entende, ao perceber que eu havia passado a noite inteira dentro de um carro.
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Olá, meus Lermores... 😢 Que ainda está com peninha do Fabrício? Eu confesso que chorei horrores, na parte da música. 🙈🎼🌛✨
Vcs acham que alguém ajudou a Paola com o vídeo? 👀👀
E o fato do Luke parecer acreditar.. gostaram? Acho que as habilidades dele como advogado será de muita valia nesse momento.. assim como as da Cris. 🙊🤐 Ops! Tô falando demais kkk.. 😅
E aí, preparados para mais uma bomba... A REPORTAGEM. 😬💣
A Paola arquitetou direitinho. (Vacaranha dos infernos cobrola.)
🐮🕷️🔥🐍
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Adorarei lê-los depois.
Até mais ver, meus amorecos! ❤️😚
Não surtem, enlouqueçam comigo! Hahaha 😈💆🏻♀️🌪️ amo vcs!
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