🔱 Capítulo 12 🔱
Fabrício Gonzalez
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Se eu não tivesse tão ansioso para ter uns minutinhos a mais ao lado da pequena diabinha dos olhos azuis, que vinha roubando todos os tipos de pensamentos da minha cabeça, eu com certeza não teria terminado a reunião mais cedo e nem dado uma desculpa tão esfarrapada, dizendo que eu teria logo mais uma videoconferência com um dos meus assessores. Quem é que inventa uma reunião dessa, depois das dez horas da noite?
Assim, ainda me sentindo meio encabulado com o que eu estava fazendo, deixei a Paola no Hotel em que nós estávamos hospedados e lhe disse que iria passar na casa de um amigo, para poder pegar umas papeladas. Ela não aceitou as minhas desculpas de primeira, mas sabia que eu não iria ficar lhe dando satisfações e nem explicações a respeito da minha vida. Por fim, ela bateu com força a porta do meu carro e se dirigiu para a entrada do Hotel. Sem ter tempo para as birras da Paola, dei partida no meu carro e dirigir diretamente para o endereço que o Erick tinha me mandado. Sei que não estava trajando uma roupa adequadamente para ir em uma boate, mas eu não iria ficar perdendo o meu tempo trocando de roupa, quando eu já poderia estar na presença dela.
Contudo, quando eu cheguei por lá, eu não esperava dar de cara com uma Stella atrevida e sensual, se esfregando tão nitidamente na frente do Erick. Saber que o seu corpo já era uma escultura esculpida por Deus, isso eu já sabia, pois eu já o tinha visto várias vezes de biquíni e analisado cada parte dele durante os nossos treinos; mas vê-lo dançando daquele jeito, rebolando e mexendo cada parte dele para cima do Erick, me fez subir o sangue e desejar ser eu, o cara a está atrás dela e tocando no seu corpo daquele jeito. Merda!!! Por que eu tinha decidido vir para cá, quando lá no fundo eu já sabia que iria acabar vendo isso? Fecho as minhas mãos em punho e tento me controlar ao máximo, para não acabar indo até lá e tomar realmente o que eu queria. E então, na medida que eu ia me aproximando deles, eu pude sentir o olhar da Stella baterem diretamente com os meus. Ela tanto havia ficado petrificada quanto assustada, ao me ver por ali. E como se o Erick também tivesse tido ciência da minha presença e da reação dela, ele também olhou diretamente na minha direção. Porém, o seu sorriso foi afetuoso e gentil ao me cumprimentar.
— E aí, cara! Pensei que não iria dar mais para você vim... — Ele fala com a voz um pouco mais alta por causa do som estridente e me cumprimenta, com uma leve batidinha nas costas. Logo, eu tento retribuir da mesma forma o seu sorriso. Eu devo estar sendo um péssimo amigo para ele.
E como se a minha consciência tivesse pesado um pouco mais naquele momento, eu tento engolir seco e mandar embora todo aquele meu desejo desenfreado pela Stella. Porém, o fato de eu ter sentido o cheiro do seu cabelo e o perfume da sua pele, que exalava noites quentes e doces sobre os lençóis, não havia me ajudado em nada em querer dissipar aquele desejo ardente por ela. Droga! Eu com certeza estava perdido. E com a minha mão ainda na sua cintura, logo depois de ter a cumprimentado, eu fico surpreendido ao sentir a sua pele se arrepiar com o calor do meu toque. E como se tivesse passado uma corrente elétrica entre a gente, ela decide se afastar e se virar para tentar fugir daquela situação.
— Eu acho que vou ali na toalete e já volto. — Ela se vira prontamente para o Erick e parte, chamando mais duas meninas para ir com ela.
O Erick fica a olhando se distanciar e lhe encara por mais um tempo, esperando que ninguém a intercepte no meio do caminho. Ou ele estava perdidamente apaixonado por ela, ou só estava tentando ser cuidadoso com alguém de quem gostava; não sei qual das duas ele estava sendo, mas com certeza nenhuma incluiria largar o próprio barco, para um pobre amigo poder avançar. Assim, ele me apresentou ao restante da turma e fiquei feliz de poder encontrar mais um rosto conhecido naquele meio; o do Plínio, o cara no qual eu havia conversado um outro dia no clube. Logo, me juntei a ele e tentei relaxar.
O ambiente era bom e tranquilo, para poder se curtir uma música agitada. Além disso, a batida que eclodia no lugar, era muito eletrizante e levantava todo mundo para poder dançar. E com pouco tempo depois, acabei descobrindo que a DJ que estava tocando no momento, era a Elisa, a prima da Stella. Ela era realmente boa. Talvez isso fosse coisa de família. Assim, fui pegar uma dose de uísque no bar e tive um pequeno deslumbre da silhueta da Stella, saindo do banheiro juntamente com as suas duas amigas. No primeiro instante, tive vontade de ir até lá e lhe encarar mais uma vez, só para poder ver aqueles seus olhos azuis me perscrutarem de forma tão intensa, do mesmo jeito que eles haviam feito antes. Porém, sei que se eu fizesse isso, eu iria acabar lhe agarrando ali mesmo no corredor e fazendo coisas que talvez depois eu fosse me arrepender. Logo, eu a ignorei por completo e me concentrei na primeira dose de uísque pura, que ia descendo e queimando toda a minha garganta. O trabalho havia me ajudado a apreciar certas bebidas que eu não tinha o costume de tomar. Essa era forte e seca, abrindo tudo que havia dentro de mim. Bom demais, eu estava precisando disso.
Porém, assim que depositei o copo no balcão, eu pude perceber uma mulher morena, dos olhos cor de mel e cabelos encaracolados, parada bem na minha frente, me encarando com verdadeiro deleite ao me ver engolindo a bebida. A forma na qual ela me encarava e mordia os próprios lábios, me dizia muito mais do que ela queria me mostrar. Ousada, mas só fogo de palha, para querer chamar atenção dos homens. E quando via isso, não tinha nenhuma experiência na carteira. Assim, como se estivesse querendo aproveitar a oportunidade de eu ter a notado, ela se aproxima mais de mim e tenta arriscar.
— Acho que depois de uma bela bebida quente dessa, a sua boca precisaria de um refresco, não acha? — Ela me encara de uma forma totalmente atrevida e segura uma pedra de gelo, na ponta da sua boca, esperando que de alguma forma eu a pegasse.
Ela só poderia estar louca, achando que essa cantada fosse funcionar, não é? Hoje em dia ninguém chega mais em ninguém, falando desse jeito. E para não parecer um grosso varrido do jeito que a Stella diz que eu sou, eu ainda tento ser gentil com ela. Inclino o meu corpo para mais perto do dela e sussurro próximo da sua boca.
— Essa noite estou acompanhado, querida. — Viro o meu rosto para o bartender e peço mais uma outra dose, antes de sair. Ela fica me encarando com cara de quem não acreditava no fora que levou e eu pouco me importei. Ou era isso, ou era eu lhe dizer que ela estava parecendo uma chupona, com aquela pedra de gelo nos lábios.
Mesmo que eu não estivesse acompanhado de verdade naquela noite, eu era muito mais seletivo a respeito das mulheres nas quais eu pegava. Assim, eu me volto para a mesa em que eu estava sentado com a turma da Stella e subo uma parte da minha blusa, para poder me sentir um pouco mais despojado em relação a minha roupa. E quando procuro a minha pequena diabinha dos olhos azuis, eu a vejo encostada na grade com o corpo virado para a frente do Erick. O seu olhar imediatamente se encontra com os meus e a vejo me fulminar, mesmo sendo de longe e de forma discreta. Não sei o que aquilo significava, mas fiquei curioso para saber.
Porém, quanto mais o tempo passava e eu tentava falar com a Stella, mais ela me evitava. Que porr* que estava acontecendo? Fico a encarando sério, quando a vejo tomar um drink de uma só vez e começar a rebolar na frente do Erick. Mas não era um simples rebolado, era um daqueles que fazia a minha imaginação e de qualquer um dali voar longe, e imaginá-la fazendo isso em cima de mim. Sentindo a raiva me subir pelos nervos, eu fico impaciente e fecho a minha cara para qualquer um que se aproxima.
— Se você não parar de encará-la desse jeito, qualquer um vai perceber. — O Plínio para bem do meu lado e olha para frente, fingindo que nada tinha dito.
— Eu... eu não estava a encarando. — Bufo fazendo o mesmo que ele e logo depois percebo que ele estava realmente certo. Merda! O que é que eu estava fazendo? Olho para baixo tomando ciência do meu ato e, por conseguinte eu assumo. — Eu não sei o que está dando em mim, juro que não sou de olhar para quem já está comprometido... — Olho para a Stella novamente e meu estômago se embrulha, ao ver ela passar a mão por dentro da camisa do Erick. Droga!! Esbravejo tirando a minha visão daquela tortura.
— Ninguém é até se ver fisgado pelo amor, meu cara... — Ele dá uma leve tapinha no meu ombro e sorrir de forma compadecida. Ah, mas não comigo... não por ela? Ou eu estava? Olho para a Stella novamente e não consigo negar a raiva que me dava, ao lhe ver se esfregando daquele jeito com um outro alguém. Droga! Isso não podia estar acontecendo. Dou mais um grande gole na minha bebida quente e vou buscar mais outra.
Nada mais do que uma bela dose, para me fazer esquecer aquelas imagens. Com isso, logo me vejo tomando mais uma, outra e mais outra, e nada daquilo estava me ajudando. Inferno, isso só estava piorando. Respiro fundo e apoio as minhas mãos no balcão, tentando tomar o controle novamente da minha vida. Porém, quando eu decido voltar para a minha eterna penitência, o Erick aparece do meu lado dizendo que já estava indo embora com a Stella. Imaginar o que aquilo poderia significar, só me fez querer impedi-lo e dizer que ele não poderia levá-la para casa, mas todos nós sabíamos que nada poderia ser feito; ela não era minha e nem tinha chance de ser. Por fim, eu só assenti e me entreguei ao máximo de doses de uísque que eu um homem poderia tomar em uma noite. Se eu estava predestinado a nunca ter o que eu realmente queria, que fosse pelo menos com uma boa noite de sexo.
Assim, deixei o meu carro estacionado na frente da boate mesmo e pedir um táxi, para ele poder me levar para o hotel. E assim que chego por lá, eu vou logo direto para porta do quarto da Paola e bato umas três vezes, antes de ela poder me atender. Ela me olha com um olhar confuso e percebe que eu só poderia estar bêbado, para está às duas horas da manhã batendo na sua porta. Contudo, isso não a impede de me deixar entrar e transar com ela mesmo que eu estivesse meio inconsciente. Ela era safada e sabia muito bem o que iria ganhar com isso.
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Olá meus Lermores! Não aguentei esperar para o dia seguinte, postei na madruga mesmo! Kkk.. 🤭🤭 E aí, o que acharam? Eu acho que pegou fogo nesse cabaré, hein?
Será que o Fabrício agr tem ciência dos seus sentimentos pela Stella? E a Stella, será vai transar com o Erick?👀(Tantas perguntas kkk, adoro fazer isso com vocês!) 😈😝👐🏼
A Stella se superou, hein? Provocou o Fabrício até o fim... E o Erick nem deve ter gostado do rala-e-rola kkk..🤭🔥
Quem se deu bem foi a Paola! E ela acabou ganhando a aposta.. argh! Víbora! Tenho que certeza que ela ainda vai aprontar...😒 (Ops, eu que sou a autora né? Kk..)
Se preparem para o próximo capítulo... Vai ter esquentaaas!🔥🔥🔥🙈
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Adorei lê-los depois.
Beijos e boa madrugada, meus Lermores! 😘😘🌃
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