🔱 Capítulo 1 🔱
Stella Collins
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Já são quase duas horas da tarde, faltando apenas 20 minutos para eu entrar no mar e o Pasqual ainda nem havia me dado um sinal de vida; ele era o meu treinador de barco a vela, especificamente, um barco Laser radial, feito para competições olímpicas. Aqui, no Amélia Franco Clube, empresa essa que o meu pai crio para arrecadar fundos para orfanatos e abrigos, em troca de ensinar esportes náuticos para todos os tipos de pessoas, sejam elas ricas ou pobres, estávamos exatamente em uma época que sempre fazíamos uma gincana, isso, pelo menos uma vez no ano, para que pudéssemos reunir todos os atletas em um único dia. E como essa competição sempre trazia grandes olheiros e pessoas influentes da área, nós buscávamos sempre dar o nosso melhor, para que pudéssemos crescer ainda mais no esporte.
A Melyssa, a minha irmã do meio, na qual os meus pais a haviam adotado quando eu tinha 8 anos e ela 7, também fazia parte da competição a vela, porém, ela havia optado pelo RS:X, na classe conhecida como o Windsurfe. Ela era incrível nesse esporte. O meu primo Luke, também competia na mesma classe que ela, mas ele havia preferido deixar o esporte de lado, para que pudesse se dedicar mais na faculdade. E eu lhe entendia muito bem, pois, vezes eu deixava a minha de lado, o que no caso era Artes plásticas, para poder velejar. Era uma escolha difícil, mas eu ia tentando conciliar as duas ao mesmo tempo.
- Que merda, cadê o Pasqual? - Digo enfurecida, por eu ter ficado tão dependente dele, para poder trazer as cordas da minha vela.
- Calma Nella, ele vai chegar... você sabe que ele não é de se atrasar, alguma coisa deve ter acontecido. - A minha irmã diz, sendo ela sempre a mais calma de nós duas.
Ela era minha eterna confidente e parceira para tudo, sei que eu poderia contar com ela para qualquer coisa. Nem vou falar, as presepadas que já fizemos juntas durante a infância, foram tantas. O meu apelido mesmo, Nella, veio do meu nome Stella, misturado com o chocolate de Nutella, o qual esse, eu sempre buscava assaltar uma ou duas colheres na geladeira, durante a madrugada. Era típico eu fazer isso! A minha mãe até falou, que esse era um apelido parecido com o que o meu pai havia lhe dado durante o namoro deles, KitKat, também conhecido como um nome de um chocolate. Não sei o que tinha na nossa família, para sermos tão ligados a isso! Só falta a Melyssa e o David; o meu irmão mais novo; também fazerem parte desse grupo de chocolates; embora a Melyssa, nós já a chamássemos de "mel", onde já poderíamos considerar como sendo algo doce, para ser incluída nesse grupo. Está bem! Eu acho que isso é culpa da minha vó Kátia, com a sua imensa doceria, que sempre vivia nos bombardeando com as suas receitas novas.
Ok, agora eu já posso voltar a realidade! Eu estava parada aqui no deck, arretada, por achar que não iria dar tempo para eu poder competir naquele dia, por causa do atraso do Pasqual. Eu já estava até preparada, para poder tirar a minha roupa de Neoprene, essa, na qual eu já havia amarrado na minha cintura, só para poder encaixar os meus braços e entrar no mar para competir. Porém, quando eu já estava prestes a tirá-la e guardá-la na minha mochila, o Erick Martins, um dos poucos amigos de confiança do meu pai, no qual ele também trabalhava na Amélia F. Clube, há quase 2 anos como contador e administrador da empresa, aparece me chamando no gramado. Eu sei, são muitos nomes para conseguir decorar agora, mas devagarinho vocês vão se acostumando.
- Stella!!! Stella!!! - Ele vem na minha direção com seu sorriso cativante, que sempre alegrava a todos ao seu redor, inclusive a mim, quando estávamos juntos resolvendo as partes burocráticas a respeito dos fundos de investimento. Pois é, além de tudo o que eu já fazia na minha vida, o meu pai ainda havia me deixado responsável por isso! E para a Mel, ele havia deixado a parte da fiscalização dos equipamentos e das matrículas dos alunos. "Fazer o quê, ele gostava de ver a família envolvida nos negócios!".
Então, o Erick se aproxima um pouco mais de mim, com a sua respiração ainda ofegante por causa do esforço da corrida e estende a sua mão na minha frente. Ele estava segurando as cordas nas quais eu tanto precisava. Como... Como ele? Fico estatelada por ele as ter conseguido tão depressa. Ele era realmente incrível! Confesso que a minha quedinha por ele, estava aumentando cada dia mais. A forma como os seus cabelos loiros reluziam diante do sol, juntamente com os seus bíceps, que eram muito bem definidos por cima da camisa social, era quase impossível não o comparar a um "sereio" que vivia fora da água; só que sem todas aquelas roupas formais que ele vivia usando. Ele bem que poderia se vestir menos formal, não era? Ou melhor, sem roupa alguma. Sorriu para mim mesma, com aqueles meus pensamentos libertinos. Stella, Stella!
- Como foi que você conseguiu isso? - O questiono tentando mudar o foco da minha imaginação. Às vezes era difícil controlá-la!
- Dei os meus pulos peixinha, você não me disse que precisava de cordas... então eu as arrumei! Agora vai lá e mostra para eles o que você sabe! - Ele diz me dando uma piscadinha cúmplice e eu alargo ainda mais o meu sorriso. Esse foi o sinal mais nítido que ele já havia me dado.
O Erick era um cara legal e bonito, e embora ele às vezes seja um pouco tímido com as mulheres, ele sempre tinha uma ao seu redor. Esse era o mau de ser tão bonito! Porém, não é querendo me achar, não, mas uma vez ou outra eu lhe via me encarando de uma forma diferente. Não era com pura devassidão, mas com certeza era com muito desejo e carinho, como ele sempre se mostrava para comigo. E eu gostava disso, significava que ele me respeitava acima de qualquer coisa. Talvez a gente pudesse dar certo, já que todos os meus outros namorados, o meu pai os tinha dispensado com um pouco mais de ameaça contida na voz. É, esse era o meu pai, o famoso Dylan Collins, conhecido pelo seu temperamento efusivo e intimidador de ser, mas que ninguém sabia como ele era por dentro. Uma manteiga derretida, que fazia de tudo pela sua família. Enfim, acho que com o Erick ele pelo menos poderia se dar bem, já que eles eram tão amigos e eu ainda gostava dele. Pois é, a opinião de toda a minha família era muito importante.
Vestindo a minha malha de borracha e prendendo o meu cabelo no alto da cabeça, eu me aproximo do Erick e lhe digo com um olhar malicioso no rosto.
- Depois me diga como posso lhe agradecer, senhor todo eficiente... - Lhe dou um beijo mais do que demorado perto da boca e depois me afasto dele, para poder arrumar o meu barco.
Eu sei, eu fui um pouco mais ousada agora, mas eu já estava cansada de ter que ficar esperando por ele... Acho que ele tinha um pouco de medo, de tentar alguma coisa comigo por causa do meu pai. Aff, isso sempre me atrapalhava! Mas acho que dessa vez o Erick havia conseguido entender, não é? Pois, senão, com certeza na próxima eu me jogaria com tudo nos seus braços e esperaria para ver se ele me beijaria de uma vez sem hesitação. Estava difícil, hein?! Não é que eu estivesse na seca, mas se nós dois já sabíamos o que queríamos, então por que ficarmos postergando isso por muito mais? Assim, dou mais uma olhadinha para trás e o vejo me encarando de longe. Sei que o deixei confuso, mas espero que ele pelo menos tenha me entendido.
Porém, com pouco tempo depois de entrar na água, eu avisto um homem "maravigold" se aproximando dele. Quem será? O Erick não é de ter muitos amigos por aqui... O chamei assim, por ele ser um tremendo de um gato e por possuir uma pele maravilhosa, quase puxando para um bronzeado dourado. Nossa, meus hormônios com certeza deveriam estar à flor da pele! Eu era puritana demais, para ficar babando por qualquer homem que aparecesse na minha frente, já estando de olho em um, o Erick. Se controla Stella, você não é desse tipo! Me repreendo mentalmente e logo escuto as primeiras buzinas dos botes, nos sinalizando que já podíamos ir nos posicionar na linha imaginária em que eles traçavam.
A plateia que ficava no deck, estava praticamente toda lotada, e inclusa nela, estava toda a minha família Ribeiro e Collins, na qual elas nunca deixavam de vim ver uma única vez a competição da Amélia F. Clube. Isso já havia virado um evento obrigatório na nossa família, ninguém poderia faltar. Assim, com todo o amor e carinho que eu sentia por eles, eu aceno com uma das minhas mãos no alto da cabeça e lhes dou um sorriso radiante, antes de ir me posicionar no lugar da largada dos barcos. Agora era fácil, era só fazer o que eu havia nascido para fazer e seguir firme nos meus instintos. O tempo estava bom demais para velejar.
Assim que foi dada a largada, todos nós seguimos o percurso de balar-sota, onde teríamos que contornar duas boias para ultrapassarmos a linha de chegada. E como estávamos contra o vento, todos nós tínhamos que seguir com os nossos veleiros no estilo ziguezague, onde daríamos várias cambadas até chegarmos finalmente na primeira boia e arribarmos, dando o primeiro jaibe para seguirmos a favor do vento. Esse primeiro momento era primordial, para conseguirmos ultrapassar os adversários e ganhar uma vantagem na regata. Logo, eu mudava constantemente de bordo, inclinando o meu barco o máximo que eu podia e caçava bem a corda da minha retranca, para poder sustentar a minha vela. Eu havia treinado muito bem esse movimento com o meu pai, fazíamos isso desde que eu era criança. Isso havia virado um hábito nosso, nos finais de semanas.
Por fim, terminando de passar a segunda boia, que era a de soltavento, a última na qual passaríamos para fazer mais um ziguezague da regata e terminarmos a primeira etapa da competição, eu acabo perdendo a virada do bordo e fico com o vento sujo do outro barco, me deixando totalmente em desvantagem com a linha de chegada.
- Merda! - Esbravejo ao ver a Luanda me ultrapassando e vencendo logo depois a regata. Era sempre eu e ela na disputa.
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Olá meus Lermores! Demorei um pouquinho para postar, mas cheguei finalmente, não é?! Kkk.. 🤭😍👐🏼
E aí, o que acharam do primeiro capítulo de "No meu COMANDO"?
(Sei que são muitas informações para vocês processarem, mas devagarinho vcs vão pegando! Haha💁🏻♀️)
E aí, gostaram do Erick? Ele parece ser um cara legal, não é? Além de ser um tremendo de um gato! E o carinha "maravigolde" também... Ele com certeza não fica de fora kkk.. 😏😽
Acho que a nossa Stella erdou o fogo dos pais! Hahaha🔥
(Quem quiser saber mais sobre a história dos pais dela, é só ler a minha série do Sr. Collins, está lá no meu perfil.)
E o apelido Nella? Kk... É igual o da mãe(Kitkat), só que agora voltado para o chocolate Nutella! Gostaram?
🍫 Hahaha
E falando sobre a regata, que é uma competição de veleiros, eu espero que vocês tenham gostado. Tentei trazer o máximo dela, sem ser muito técnica! 😜✌🏼(Se alguém tiver alguma dúvida, eu só falar que eu respondo).
Enfim, é isso.. devagarinho eu vou postando os capítulos! Ainda não estou com os dias definidos. ️✨
Se estiverem gostando da leitura cliquem na ⭐ e deixem os seus comentários aqui embaixo 👇
Adorei lê-los depois!
Até mais! 💓
Estava com saudades de vocês, não aguentei esperar!🙈
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